Influência das variantes anatômicas do sifão carotídeo e do polígono de Willis na origem de aneurismas de carótida interna-artéria comunicante posterior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Raimundo da Silva Neto, Ângelo
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000006h3v
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8436
Resumo: Introdução: Os aneurismas da artéria carótida interna (ACI) no segmento comunicante posterior (AcomP) correspondem a 25% dos aneurismas intracranianos. Esses aneurismas são mais freqüentes em mulheres e após a quarta década de vida. Por sua particular relação anatômica com o sifão carotídeo e apresentar variabilidade relacionada à circulação com a artéria cerebral posterior (ACP), esses aneurismas podem sofrer influência de fatores hemodinâmicos. Variações anatômicas também relacionadas a fatores não hemodinâmicos, como gênero e idade, podem também influenciar na formação desses aneurismas. Objetivo: Avaliar variações do sifão carotídeo e da ACI na formação de aneurismas de carótida considerando gênero, idade e lateralidade. Pacientes e métodos: De uma série de 512 pacientes que realizaram angiografia cerebral diagnóstica, selecionamos 169 (33%) pacientes com aneurismas cerebrais, entre 2001 e 2007, no setor de Imagem do Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal- RN. Destes 59 tinham aneurismas de AcomP. No grupo controle foram selecionados 34 pacientes sem aneurismas para o comparativo com o ângulo do sifão carotídeo. Este ângulo e variações anatômicas do polígono de Willis, com ênfase na circulação AcomPACP foram estudadas. Classificamos essa em tipos adulto, intermediário e fetal, baseado na relação da AcomP com o segmento P1 da ACP na arteriografia do sistema vértebro-basilar em antero-posterior (AP). Os grupos foram comparados com relação ao gênero. Resultados: Os aneurismas de AcomP foram mais freqüentes em mulheres (p<0,001). Houve associação com ângulo do sifão carotídeo mais fechado (p < 0,05) apenas do lado esquerdo. No grupo de pacientes com aneurismas o ângulo do sifão carotídeo foi menor que no grupo controle (27,3° ± 19,1° vs. 34.8° ± 22,6°). Essa diferença também foi encontrada nas mulheres ( 26,8 ± 19,6 vs. 38,4° ± 23,9°, p = 0,012). Observamos uma associação com presença de padrão fetal e a incidência de aneurismas da AcomP (p<0,001), havendo uma relação inversa com aneurismas de artéria comunicante anterior (p= 0,0125). Conclusões: O sifão carotídeo mais estreito pode ter relação com influência hemodinâmica na incidência de aneurismas de AcomP. Tal fato tem associação com a diferença entre os gêneros encontrada nesse tipo de aneurisma
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Por sua particular relação anatômica com o sifão carotídeo e apresentar variabilidade relacionada à circulação com a artéria cerebral posterior (ACP), esses aneurismas podem sofrer influência de fatores hemodinâmicos. Variações anatômicas também relacionadas a fatores não hemodinâmicos, como gênero e idade, podem também influenciar na formação desses aneurismas. Objetivo: Avaliar variações do sifão carotídeo e da ACI na formação de aneurismas de carótida considerando gênero, idade e lateralidade. Pacientes e métodos: De uma série de 512 pacientes que realizaram angiografia cerebral diagnóstica, selecionamos 169 (33%) pacientes com aneurismas cerebrais, entre 2001 e 2007, no setor de Imagem do Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal- RN. Destes 59 tinham aneurismas de AcomP. No grupo controle foram selecionados 34 pacientes sem aneurismas para o comparativo com o ângulo do sifão carotídeo. Este ângulo e variações anatômicas do polígono de Willis, com ênfase na circulação AcomPACP foram estudadas. Classificamos essa em tipos adulto, intermediário e fetal, baseado na relação da AcomP com o segmento P1 da ACP na arteriografia do sistema vértebro-basilar em antero-posterior (AP). Os grupos foram comparados com relação ao gênero. Resultados: Os aneurismas de AcomP foram mais freqüentes em mulheres (p<0,001). Houve associação com ângulo do sifão carotídeo mais fechado (p < 0,05) apenas do lado esquerdo. No grupo de pacientes com aneurismas o ângulo do sifão carotídeo foi menor que no grupo controle (27,3° ± 19,1° vs. 34.8° ± 22,6°). Essa diferença também foi encontrada nas mulheres ( 26,8 ± 19,6 vs. 38,4° ± 23,9°, p = 0,012). Observamos uma associação com presença de padrão fetal e a incidência de aneurismas da AcomP (p<0,001), havendo uma relação inversa com aneurismas de artéria comunicante anterior (p= 0,0125). Conclusões: O sifão carotídeo mais estreito pode ter relação com influência hemodinâmica na incidência de aneurismas de AcomP. 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