A nova Lei das Domésticas e a saudade dos "velhos tempos": contribuições antropológicas sobre o trabalho doméstico em Recife e em Porto Alegre
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31435 |
Resumo: | No que há de específico à experiência brasileira, o trabalho doméstico remunerado reflete as persistências das consequências de uma sociedade colonial escravagista e hierarquizada, por isso ficou à margem das Leis Trabalhistas até o ano de 1972, quando foi definida a especificidade do trabalho doméstico frente a outras atividades remuneradas. Tal distinção deve-se à separação entre os trabalhos de produção e de reprodução realizado no interior das unidades familiares, embora os dados e os movimentos sociais denunciem ainda a expressiva informalidade e precariedade como característica do setor. Apenas tardiamente, em 2013, a legislação foi alterada de forma incisiva. A reação das profissionais frente às mudanças reflete um entusiasmo sem precedentes, num setor historicamente marcado pelo subemprego. Entretanto, o reconhecimento da categoria é acompanhado com desconforto por parte da classe média e média alta empregadora revelando as ambivalências de uma atividade que ainda ocupa um lugar intermediário entre um ambiente moderno e os resíduos de exploração tradicionais que trazem à tona os porões de nosso passado resistente e receoso. Este estudo teve como objetivo captar a corrente desses acontecimentos, segundo a visão de trabalhadoras domésticas e patroas, e seus efeitos nas relações que se desenvolvem nos bastidores do serviço doméstico remunerado, agora, sob o impacto da nova Legislação. Através da interlocução com as categorias estudadas e da observação direta nos sindicatos tivemos acesso à história das lutas, da opressão, da resistência e às especificidades da relação entre patrões e subalternos que revelou um misto de tensão e improviso de estratégias de “sobrevivência”. A pesquisa foi realizada entre os anos de 2012 e 2015 com trabalho de campo nas cidades do Recife e de Porto Alegre e se beneficiou de trabalho anterior (PEREIRA, 2012). |
id |
UFPE_474e5e31f43182a1807e46314d4e7e53 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/31435 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
PEREIRA, Virgínia Areiashttp://lattes.cnpq.br/1843082203854486http://lattes.cnpq.br/2858210983086479CAVALCANTI, Josefa Salete Barbosa2019-07-11T19:56:17Z2019-07-11T19:56:17Z2017-03-09https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31435No que há de específico à experiência brasileira, o trabalho doméstico remunerado reflete as persistências das consequências de uma sociedade colonial escravagista e hierarquizada, por isso ficou à margem das Leis Trabalhistas até o ano de 1972, quando foi definida a especificidade do trabalho doméstico frente a outras atividades remuneradas. Tal distinção deve-se à separação entre os trabalhos de produção e de reprodução realizado no interior das unidades familiares, embora os dados e os movimentos sociais denunciem ainda a expressiva informalidade e precariedade como característica do setor. Apenas tardiamente, em 2013, a legislação foi alterada de forma incisiva. A reação das profissionais frente às mudanças reflete um entusiasmo sem precedentes, num setor historicamente marcado pelo subemprego. Entretanto, o reconhecimento da categoria é acompanhado com desconforto por parte da classe média e média alta empregadora revelando as ambivalências de uma atividade que ainda ocupa um lugar intermediário entre um ambiente moderno e os resíduos de exploração tradicionais que trazem à tona os porões de nosso passado resistente e receoso. Este estudo teve como objetivo captar a corrente desses acontecimentos, segundo a visão de trabalhadoras domésticas e patroas, e seus efeitos nas relações que se desenvolvem nos bastidores do serviço doméstico remunerado, agora, sob o impacto da nova Legislação. Através da interlocução com as categorias estudadas e da observação direta nos sindicatos tivemos acesso à história das lutas, da opressão, da resistência e às especificidades da relação entre patrões e subalternos que revelou um misto de tensão e improviso de estratégias de “sobrevivência”. A pesquisa foi realizada entre os anos de 2012 e 2015 com trabalho de campo nas cidades do Recife e de Porto Alegre e se beneficiou de trabalho anterior (PEREIRA, 2012).CAPESRegarding what is particular to the Brazilian experience, paid domestic service reflects the persistence of the consequences of a hierarchical and enslaving colonial society. The domestic work remained on the fringes labor laws until the year 1972, when its specificity in relation to other paid activities was defined. Such distinction are held because of the separation between production and reproduction work performed inside the family units, even though facts and social movements still report expressive informality and precariousness as characteristics of the sector. Only belatedly, in 2013, legislation was amended decisively. The reaction of the professionals to the changes reflects an unprecedented enthusiasm in a sector historically marked by underemployment. However, the category acceptance has been accompanied by discomfort from a portion of the employing middle and upper-middle classes unveiling ambivalences of a service that occupies an intermediate position between a modern environment and remnants of traditional exploration that brings to light the bases of our lasting and fearful past. This study aimed to capture the chain of events according to the view of domestic workers and their employers, and the effects on the relationships that develop backstage of paid domestic service, now under the impact of the new legislation. Through conversation with the people studied and direct observation in the unions, we had access to the history of the struggles, oppression, resistance, and specificities of the relationships between employers and subordinates that revealed a peculiar combination of tension and improvisation of ‘survival’ strategies. This study was carried out between 2012 and 2015 with field work in the cities of Recife and Porto Alegre and benefited from a previous study (PEREIRA, 2012).porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em AntropologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAntropologiaEmpregados domésticos – LeisRelações trabalhistasTrabalho domésticoConflitos trabalhistasRelações de poderA nova Lei das Domésticas e a saudade dos "velhos tempos": contribuições antropológicas sobre o trabalho doméstico em Recife e em Porto Alegreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Virgínia Areias Pereira.pdf.jpgTESE Virgínia Areias Pereira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31435/7/TESE%20Virg%c3%adnia%20Areias%20Pereira.pdf.jpged892c848db35b3f8f5d477862c44b0dMD57LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31435/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31435/4/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD54ORIGINALTESE Virgínia Areias Pereira.pdfTESE Virgínia Areias Pereira.pdfapplication/pdf8451205https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31435/5/TESE%20Virg%c3%adnia%20Areias%20Pereira.pdfee4d3a37fd519400c585742074e1cc1aMD55TEXTTESE Virgínia Areias Pereira.pdf.txtTESE Virgínia Areias Pereira.pdf.txtExtracted texttext/plain539227https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31435/6/TESE%20Virg%c3%adnia%20Areias%20Pereira.pdf.txt019c48ef7a44ef3e8f5777694d82f1dfMD56123456789/314352019-10-26 03:37:14.37oai:repositorio.ufpe.br:123456789/31435TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T06:37:14Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A nova Lei das Domésticas e a saudade dos "velhos tempos": contribuições antropológicas sobre o trabalho doméstico em Recife e em Porto Alegre |
title |
A nova Lei das Domésticas e a saudade dos "velhos tempos": contribuições antropológicas sobre o trabalho doméstico em Recife e em Porto Alegre |
spellingShingle |
A nova Lei das Domésticas e a saudade dos "velhos tempos": contribuições antropológicas sobre o trabalho doméstico em Recife e em Porto Alegre PEREIRA, Virgínia Areias Antropologia Empregados domésticos – Leis Relações trabalhistas Trabalho doméstico Conflitos trabalhistas Relações de poder |
title_short |
A nova Lei das Domésticas e a saudade dos "velhos tempos": contribuições antropológicas sobre o trabalho doméstico em Recife e em Porto Alegre |
title_full |
A nova Lei das Domésticas e a saudade dos "velhos tempos": contribuições antropológicas sobre o trabalho doméstico em Recife e em Porto Alegre |
title_fullStr |
A nova Lei das Domésticas e a saudade dos "velhos tempos": contribuições antropológicas sobre o trabalho doméstico em Recife e em Porto Alegre |
title_full_unstemmed |
A nova Lei das Domésticas e a saudade dos "velhos tempos": contribuições antropológicas sobre o trabalho doméstico em Recife e em Porto Alegre |
title_sort |
A nova Lei das Domésticas e a saudade dos "velhos tempos": contribuições antropológicas sobre o trabalho doméstico em Recife e em Porto Alegre |
author |
PEREIRA, Virgínia Areias |
author_facet |
PEREIRA, Virgínia Areias |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1843082203854486 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2858210983086479 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
PEREIRA, Virgínia Areias |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
CAVALCANTI, Josefa Salete Barbosa |
contributor_str_mv |
CAVALCANTI, Josefa Salete Barbosa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Antropologia Empregados domésticos – Leis Relações trabalhistas Trabalho doméstico Conflitos trabalhistas Relações de poder |
topic |
Antropologia Empregados domésticos – Leis Relações trabalhistas Trabalho doméstico Conflitos trabalhistas Relações de poder |
description |
No que há de específico à experiência brasileira, o trabalho doméstico remunerado reflete as persistências das consequências de uma sociedade colonial escravagista e hierarquizada, por isso ficou à margem das Leis Trabalhistas até o ano de 1972, quando foi definida a especificidade do trabalho doméstico frente a outras atividades remuneradas. Tal distinção deve-se à separação entre os trabalhos de produção e de reprodução realizado no interior das unidades familiares, embora os dados e os movimentos sociais denunciem ainda a expressiva informalidade e precariedade como característica do setor. Apenas tardiamente, em 2013, a legislação foi alterada de forma incisiva. A reação das profissionais frente às mudanças reflete um entusiasmo sem precedentes, num setor historicamente marcado pelo subemprego. Entretanto, o reconhecimento da categoria é acompanhado com desconforto por parte da classe média e média alta empregadora revelando as ambivalências de uma atividade que ainda ocupa um lugar intermediário entre um ambiente moderno e os resíduos de exploração tradicionais que trazem à tona os porões de nosso passado resistente e receoso. Este estudo teve como objetivo captar a corrente desses acontecimentos, segundo a visão de trabalhadoras domésticas e patroas, e seus efeitos nas relações que se desenvolvem nos bastidores do serviço doméstico remunerado, agora, sob o impacto da nova Legislação. Através da interlocução com as categorias estudadas e da observação direta nos sindicatos tivemos acesso à história das lutas, da opressão, da resistência e às especificidades da relação entre patrões e subalternos que revelou um misto de tensão e improviso de estratégias de “sobrevivência”. A pesquisa foi realizada entre os anos de 2012 e 2015 com trabalho de campo nas cidades do Recife e de Porto Alegre e se beneficiou de trabalho anterior (PEREIRA, 2012). |
publishDate |
2017 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-03-09 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-07-11T19:56:17Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-07-11T19:56:17Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31435 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31435 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Antropologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31435/7/TESE%20Virg%c3%adnia%20Areias%20Pereira.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31435/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31435/4/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31435/5/TESE%20Virg%c3%adnia%20Areias%20Pereira.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31435/6/TESE%20Virg%c3%adnia%20Areias%20Pereira.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
ed892c848db35b3f8f5d477862c44b0d 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 ee4d3a37fd519400c585742074e1cc1a 019c48ef7a44ef3e8f5777694d82f1df |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310686372528128 |