Perfil fitoquímico, avaliação da atividade antimicrobiana e biocompatibilidade de Syzygium malaccense (L) Merr. & L. M. Perry (Myrtaceae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MELO, René Rodrigues de
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000002jhp
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3276
Resumo: Syzygium malaccense (L.) Merr. & L. M. Perry, pertence à família das Myrtaceae, é uma árvore frutífera de ocorrência em países tropicais e subtropicais. Popularmente é conhecida como jambo vermelho e é utilizada na alimentação e no tratamento de distúrbios gastrintestinais e no diabetes mellitus. Com base na etno-farmacologia, o presente trabalho teve como objetivo analisar o perfil fitoquímico, a composição dos extratos éter de petróleo, acetato de etila, metanol e água, obtidos das folhas de S. malaccense, determinar a atividade antimicrobiana destes extratos e avaliar in vivo a compatibilidade biológica do extrato aquoso de S. malaccense com o tecido subcutâneo, hepático e renal. A análise fitoquímica foi realizada por cromatografia em camada delgada para a pesquisa de metabólitos secundários. A atividade antimicrobiana foi avaliada sobre 48 microrganismos incluindo cocos Gram-positivos n=18), bacilos Gram-negativos(n=20) e levedura do gênero Candida(n=10). Para a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi utilizada a técnica de micro-diluição em meio líquido. Nos ensaios de biocompatibilidade, injeções do extrato aquoso de S. malaccense de concentração 0,6 mg/mL foram administradas a 24 ratos (Rattus novergicus, albino Wistar) divididos em quatro grupos. Após 7, 14, 28 e 32 dias desta administração, o tecido subcutâneo circunjacente à injeção foi retirado fixado em formalina à 10% tamponada (pH=7,0) e realizados os procedimentos histológicos para posterior análise microscópica. Procedimentos semelhantes ao descrito acima foram realizados também para o fígado e rins. A análise fitoquímica revelou a presença de monoterpenóides e sesquiterpenóides nos extratos de éter de petróleo, acetato de etila e metanólico. Flavonóides, açúcares redutores, proantocianidinas e taninos hidrolisáveis nos extratos metanólico e aquoso e triterpenóides e esteróides no extratos acetato de etila. Todos os extratos ensaiados apresentaram atividade antimicrobiana, sendo esta superior para os cocos Gram-positivos. O gênero Staphylococcus foi o mais sensível à ação destes extratos cuja CIM foi em média de 0,44 ± 0,28 mg/mL. O extrato acetato de etila foi o mais efetivo frente à totalidade os microrganismos avaliados cuja CIM média foi de 1,0 ± 0,46 mg/mL. As estruturas celulares dos tecidos analisados apresentaram suas características bem conservadas sem nenhuma alteração morfológica. Os resultados obtidos neste trabalho corroboram o uso popular das folhas S. malaccense como fitoterápico sendo uma planta promissora para o desenvolvimento de medicamentos
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Com base na etno-farmacologia, o presente trabalho teve como objetivo analisar o perfil fitoquímico, a composição dos extratos éter de petróleo, acetato de etila, metanol e água, obtidos das folhas de S. malaccense, determinar a atividade antimicrobiana destes extratos e avaliar in vivo a compatibilidade biológica do extrato aquoso de S. malaccense com o tecido subcutâneo, hepático e renal. A análise fitoquímica foi realizada por cromatografia em camada delgada para a pesquisa de metabólitos secundários. A atividade antimicrobiana foi avaliada sobre 48 microrganismos incluindo cocos Gram-positivos n=18), bacilos Gram-negativos(n=20) e levedura do gênero Candida(n=10). Para a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi utilizada a técnica de micro-diluição em meio líquido. Nos ensaios de biocompatibilidade, injeções do extrato aquoso de S. malaccense de concentração 0,6 mg/mL foram administradas a 24 ratos (Rattus novergicus, albino Wistar) divididos em quatro grupos. Após 7, 14, 28 e 32 dias desta administração, o tecido subcutâneo circunjacente à injeção foi retirado fixado em formalina à 10% tamponada (pH=7,0) e realizados os procedimentos histológicos para posterior análise microscópica. Procedimentos semelhantes ao descrito acima foram realizados também para o fígado e rins. A análise fitoquímica revelou a presença de monoterpenóides e sesquiterpenóides nos extratos de éter de petróleo, acetato de etila e metanólico. Flavonóides, açúcares redutores, proantocianidinas e taninos hidrolisáveis nos extratos metanólico e aquoso e triterpenóides e esteróides no extratos acetato de etila. Todos os extratos ensaiados apresentaram atividade antimicrobiana, sendo esta superior para os cocos Gram-positivos. O gênero Staphylococcus foi o mais sensível à ação destes extratos cuja CIM foi em média de 0,44 ± 0,28 mg/mL. O extrato acetato de etila foi o mais efetivo frente à totalidade os microrganismos avaliados cuja CIM média foi de 1,0 ± 0,46 mg/mL. 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