Efeitos da irrigação com esgoto tratado sobre o sistema solo-planta (milho) e indução da supressividade a doenças causadas por nematóides

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kelly Barros da Silva, Kenia
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4977
Resumo: Os efluentes tratados apresentam grande potencial de aplicação na agricultura, por possuírem teores de nutrientes e matéria orgânica capazes de melhorar as características químicas de solos, e assim, induzir a supressividade de solos a doenças de planta causadas por fitopatógenos. O objetivo deste trabalho foi fornecer subsídios técnicos para a fertirrigação de milho (Zea mays L.) com o efluente de um reator do tipo UASB, operando em escala real, e avaliar a indução da supressividade de solos a doenças de plantas causadas por nematóides do gênero Meloydogine. O experimento foi conduzido na área de uso de efluentes tratados pertencente à Universidade Federal de Pernambuco, localizada na ETE Mangueira, em Recife PE, que dispunha de 24 lisímetros de drenagem. Os tratamentos aplicados foram: irrigação com água de abastecimento (T1); irrigação com água de abastecimento mais aplicação de NPK (T2); irrigação com água de abastecimento mais infestação com Meloydogine incógnita (T3); irrigação com água de abastecimento mais aplicação de NPK e infestação com Meloydogine incógnita (T4); irrigação com efluente tratado (T5), irrigação com efluente tratado mais aplicação de P (T6); irrigação com efluente tratado mais infestação com Meloydogine incógnita (T7); irrigação com efluente tratado mais aplicação de P e infestação com Meloydogine incógnita (T8). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três repetições. O sistema de irrigação utilizado foi localizado por gotejamento e o manejo da irrigação foi realizado em turno variável através do monitoramento do potencial matricial da água no solo em tensiômetros. Os resultados mostraram que a fertirrigação com efluente tratado foi capaz de acumular nutrientes e metais na camada superficial do solo (0-20 cm). No entanto, estatisticamente houve diferenças significativas entre: as concentrações de NO-3 dos tratamentos T5 e T4; as concentrações de NH+4 dos tratamentos T8, T6 e T5 e os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento; a concentração de P do tratamento T6 e as concentrações de P registradas nos tratamentos T1, T2 e T3; a concentração de K+ do tratamento T5 e as concentrações de K+ dos tratamentos T1 e T3; a concentração de Ca2+ registrada no tratamento T8 e as concentrações desse elemento encontradas em todos os tratamentos irrigados com água de abastecimento. A fertirrigação também elevou as concentrações de Na+3+ e Al, mas os valores encontrados não foram capazes de provocar danos ao solo, como sodicidade, toxidez por alumínio ou salinidade. Estatisticamente, os valores de PST verificados no solo que recebeu a adição do efluente tratado não atingiram o valor crítico de 15% e não houve diferenças significativas entre os resultados dos tratamentos. Os resultados de RAS também não foram significativos, o que confirma a ausência do risco de sodicidade do solo. A fertirrigação elevou o pH do solo, mas este não afetou o desenvolvimento da cultura. Estatisticamente, apenas houve diferenças significativas entre os tratamentos T6 e T8 e o tratamento T2. Com relação à matéria orgânica, apenas os tratamentos T7 e T8 foram significativamente diferentes do tratamento T1. No caso da CTC efetiva, o tratamento T8 foi o único a apresentar diferença significativa quando comparado com os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento. Com relação aos metais no solo, as concentrações de Fe2+ e Zn2+ do tratamento T6 apresentaram diferenças significativas quando comparadas com todos os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento. No caso das concentrações de Cu2+ do solo, os resultados mostraram que os tratamentos T6 e T7 diferiram significativamente dos tratamentos T1 e T3. Os resultados obtidos para o Mn2+ mostraram que a diferença significativa ocorreu entre os tratamentos T6 e T8 e os tratamentos T1 e T3. A fertirrigação com o efluente tratado foi capaz de acumular nutrientes e metais no tecido foliar das plantas. No entanto, apenas houve diferenças significativas entre os teores de N encontrados nas plantas submetidas aos tratamentos T6 e T8 e os teores desse elemento encontrados nas plantas submetidas aos tratamentos irrigados com água de abastecimento. No caso do P, isto ocorreu entre o tratamento T6 e os tratamentos T1 e T3. Com relação aos teores de K em tecido foliar, houve diferenças significativas entre todos os tratamentos irrigados com o efluente tratado e os tratamentos T1 e T3. A respeito dos metais, tanto os valores de Fe2+ como de Zn2+, encontrados no tecido foliar das plantas irrigadas com o efluente tratado, não ficaram dentro da faixa de teores adequados para o desenvolvimento das plantas de milho. As plantas fertirrigadas com o efluente tratado apresentaram melhores desenvolvimento e produtividade. Mas apenas os tratamentos T6 e T8 apresentaram diferenças significativas quando comparados com os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento. A fertirrigação diminuiu a densidade de ovos e o FR do Meloidogyne incognita nas raízes das plantas, além de melhorar a resistência das plantas aos sintomas da doença provocada pelo nematóide. No entanto, só o tratamento T3 apresentou diferença significativa quando comparado com os outros tratamentos (T4, T7 e T8), que apresentaram melhores resultados. Como a supressividade pode ser induzida por diversos fatores, bióticos e abióticos, os resultados apresentados neste trabalho foram atribuídos aos aumentos nos valores de pH, na CEes, na CTC efetiva e nos teores de M.O, Ca2+, Mg2+3+e Al nas plantas irrigadas com o efluente tratado. Além disso, as plantas submetidas aos tratamentos irrigados com o efluente tratado apresentaram maiores teores de N e Zn no tecido foliar. A respeito dos elementos lixiviados, houve um aumento nas concentrações de nutrientes lixiviados, principalmente de N-NO-+- e Na. As concentrações de N-NO33 lixiviadas foram maiores que a permitida para manter a qualidade das águas subterrâneas (10 mg N-NO-3/L, para consumo humano; Resolução Nº 369 do CONAMA/2008). Dentre os metais, o Fe foi o elemento que apresentou maiores concentrações lixiviadas
id UFPE_4900b73168324bd752b4dbb577bef883
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/4977
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling Kelly Barros da Silva, Keniade Lourdes Florencio Santos, Maria 2014-06-12T17:35:16Z2014-06-12T17:35:16Z2009-01-31Kelly Barros da Silva, Kenia; de Lourdes Florencio Santos, Maria. Efeitos da irrigação com esgoto tratado sobre o sistema solo-planta (milho) e indução da supressividade a doenças causadas por nematóides. 2009. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4977Os efluentes tratados apresentam grande potencial de aplicação na agricultura, por possuírem teores de nutrientes e matéria orgânica capazes de melhorar as características químicas de solos, e assim, induzir a supressividade de solos a doenças de planta causadas por fitopatógenos. O objetivo deste trabalho foi fornecer subsídios técnicos para a fertirrigação de milho (Zea mays L.) com o efluente de um reator do tipo UASB, operando em escala real, e avaliar a indução da supressividade de solos a doenças de plantas causadas por nematóides do gênero Meloydogine. O experimento foi conduzido na área de uso de efluentes tratados pertencente à Universidade Federal de Pernambuco, localizada na ETE Mangueira, em Recife PE, que dispunha de 24 lisímetros de drenagem. Os tratamentos aplicados foram: irrigação com água de abastecimento (T1); irrigação com água de abastecimento mais aplicação de NPK (T2); irrigação com água de abastecimento mais infestação com Meloydogine incógnita (T3); irrigação com água de abastecimento mais aplicação de NPK e infestação com Meloydogine incógnita (T4); irrigação com efluente tratado (T5), irrigação com efluente tratado mais aplicação de P (T6); irrigação com efluente tratado mais infestação com Meloydogine incógnita (T7); irrigação com efluente tratado mais aplicação de P e infestação com Meloydogine incógnita (T8). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três repetições. O sistema de irrigação utilizado foi localizado por gotejamento e o manejo da irrigação foi realizado em turno variável através do monitoramento do potencial matricial da água no solo em tensiômetros. Os resultados mostraram que a fertirrigação com efluente tratado foi capaz de acumular nutrientes e metais na camada superficial do solo (0-20 cm). No entanto, estatisticamente houve diferenças significativas entre: as concentrações de NO-3 dos tratamentos T5 e T4; as concentrações de NH+4 dos tratamentos T8, T6 e T5 e os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento; a concentração de P do tratamento T6 e as concentrações de P registradas nos tratamentos T1, T2 e T3; a concentração de K+ do tratamento T5 e as concentrações de K+ dos tratamentos T1 e T3; a concentração de Ca2+ registrada no tratamento T8 e as concentrações desse elemento encontradas em todos os tratamentos irrigados com água de abastecimento. A fertirrigação também elevou as concentrações de Na+3+ e Al, mas os valores encontrados não foram capazes de provocar danos ao solo, como sodicidade, toxidez por alumínio ou salinidade. Estatisticamente, os valores de PST verificados no solo que recebeu a adição do efluente tratado não atingiram o valor crítico de 15% e não houve diferenças significativas entre os resultados dos tratamentos. Os resultados de RAS também não foram significativos, o que confirma a ausência do risco de sodicidade do solo. A fertirrigação elevou o pH do solo, mas este não afetou o desenvolvimento da cultura. Estatisticamente, apenas houve diferenças significativas entre os tratamentos T6 e T8 e o tratamento T2. Com relação à matéria orgânica, apenas os tratamentos T7 e T8 foram significativamente diferentes do tratamento T1. No caso da CTC efetiva, o tratamento T8 foi o único a apresentar diferença significativa quando comparado com os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento. Com relação aos metais no solo, as concentrações de Fe2+ e Zn2+ do tratamento T6 apresentaram diferenças significativas quando comparadas com todos os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento. No caso das concentrações de Cu2+ do solo, os resultados mostraram que os tratamentos T6 e T7 diferiram significativamente dos tratamentos T1 e T3. Os resultados obtidos para o Mn2+ mostraram que a diferença significativa ocorreu entre os tratamentos T6 e T8 e os tratamentos T1 e T3. A fertirrigação com o efluente tratado foi capaz de acumular nutrientes e metais no tecido foliar das plantas. No entanto, apenas houve diferenças significativas entre os teores de N encontrados nas plantas submetidas aos tratamentos T6 e T8 e os teores desse elemento encontrados nas plantas submetidas aos tratamentos irrigados com água de abastecimento. No caso do P, isto ocorreu entre o tratamento T6 e os tratamentos T1 e T3. Com relação aos teores de K em tecido foliar, houve diferenças significativas entre todos os tratamentos irrigados com o efluente tratado e os tratamentos T1 e T3. A respeito dos metais, tanto os valores de Fe2+ como de Zn2+, encontrados no tecido foliar das plantas irrigadas com o efluente tratado, não ficaram dentro da faixa de teores adequados para o desenvolvimento das plantas de milho. As plantas fertirrigadas com o efluente tratado apresentaram melhores desenvolvimento e produtividade. Mas apenas os tratamentos T6 e T8 apresentaram diferenças significativas quando comparados com os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento. A fertirrigação diminuiu a densidade de ovos e o FR do Meloidogyne incognita nas raízes das plantas, além de melhorar a resistência das plantas aos sintomas da doença provocada pelo nematóide. No entanto, só o tratamento T3 apresentou diferença significativa quando comparado com os outros tratamentos (T4, T7 e T8), que apresentaram melhores resultados. Como a supressividade pode ser induzida por diversos fatores, bióticos e abióticos, os resultados apresentados neste trabalho foram atribuídos aos aumentos nos valores de pH, na CEes, na CTC efetiva e nos teores de M.O, Ca2+, Mg2+3+e Al nas plantas irrigadas com o efluente tratado. Além disso, as plantas submetidas aos tratamentos irrigados com o efluente tratado apresentaram maiores teores de N e Zn no tecido foliar. A respeito dos elementos lixiviados, houve um aumento nas concentrações de nutrientes lixiviados, principalmente de N-NO-+- e Na. As concentrações de N-NO33 lixiviadas foram maiores que a permitida para manter a qualidade das águas subterrâneas (10 mg N-NO-3/L, para consumo humano; Resolução Nº 369 do CONAMA/2008). Dentre os metais, o Fe foi o elemento que apresentou maiores concentrações lixiviadasConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFertirrigaçãoMilhoSupressividadeEfeitos da irrigação com esgoto tratado sobre o sistema solo-planta (milho) e indução da supressividade a doenças causadas por nematóidesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo2218_1.pdf.jpgarquivo2218_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1347https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4977/4/arquivo2218_1.pdf.jpg782439137125bec41ea858f931a49208MD54ORIGINALarquivo2218_1.pdfapplication/pdf1321056https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4977/1/arquivo2218_1.pdf25bab624bb54e9ae33434a564c92453eMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4977/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo2218_1.pdf.txtarquivo2218_1.pdf.txtExtracted texttext/plain225619https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4977/3/arquivo2218_1.pdf.txt0bcfb6f1d89358ba4bf3a3e57ef236c3MD53123456789/49772019-10-25 03:24:57.812oai:repositorio.ufpe.br:123456789/4977Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T06:24:57Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Efeitos da irrigação com esgoto tratado sobre o sistema solo-planta (milho) e indução da supressividade a doenças causadas por nematóides
title Efeitos da irrigação com esgoto tratado sobre o sistema solo-planta (milho) e indução da supressividade a doenças causadas por nematóides
spellingShingle Efeitos da irrigação com esgoto tratado sobre o sistema solo-planta (milho) e indução da supressividade a doenças causadas por nematóides
Kelly Barros da Silva, Kenia
Fertirrigação
Milho
Supressividade
title_short Efeitos da irrigação com esgoto tratado sobre o sistema solo-planta (milho) e indução da supressividade a doenças causadas por nematóides
title_full Efeitos da irrigação com esgoto tratado sobre o sistema solo-planta (milho) e indução da supressividade a doenças causadas por nematóides
title_fullStr Efeitos da irrigação com esgoto tratado sobre o sistema solo-planta (milho) e indução da supressividade a doenças causadas por nematóides
title_full_unstemmed Efeitos da irrigação com esgoto tratado sobre o sistema solo-planta (milho) e indução da supressividade a doenças causadas por nematóides
title_sort Efeitos da irrigação com esgoto tratado sobre o sistema solo-planta (milho) e indução da supressividade a doenças causadas por nematóides
author Kelly Barros da Silva, Kenia
author_facet Kelly Barros da Silva, Kenia
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Kelly Barros da Silva, Kenia
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv de Lourdes Florencio Santos, Maria
contributor_str_mv de Lourdes Florencio Santos, Maria
dc.subject.por.fl_str_mv Fertirrigação
Milho
Supressividade
topic Fertirrigação
Milho
Supressividade
description Os efluentes tratados apresentam grande potencial de aplicação na agricultura, por possuírem teores de nutrientes e matéria orgânica capazes de melhorar as características químicas de solos, e assim, induzir a supressividade de solos a doenças de planta causadas por fitopatógenos. O objetivo deste trabalho foi fornecer subsídios técnicos para a fertirrigação de milho (Zea mays L.) com o efluente de um reator do tipo UASB, operando em escala real, e avaliar a indução da supressividade de solos a doenças de plantas causadas por nematóides do gênero Meloydogine. O experimento foi conduzido na área de uso de efluentes tratados pertencente à Universidade Federal de Pernambuco, localizada na ETE Mangueira, em Recife PE, que dispunha de 24 lisímetros de drenagem. Os tratamentos aplicados foram: irrigação com água de abastecimento (T1); irrigação com água de abastecimento mais aplicação de NPK (T2); irrigação com água de abastecimento mais infestação com Meloydogine incógnita (T3); irrigação com água de abastecimento mais aplicação de NPK e infestação com Meloydogine incógnita (T4); irrigação com efluente tratado (T5), irrigação com efluente tratado mais aplicação de P (T6); irrigação com efluente tratado mais infestação com Meloydogine incógnita (T7); irrigação com efluente tratado mais aplicação de P e infestação com Meloydogine incógnita (T8). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três repetições. O sistema de irrigação utilizado foi localizado por gotejamento e o manejo da irrigação foi realizado em turno variável através do monitoramento do potencial matricial da água no solo em tensiômetros. Os resultados mostraram que a fertirrigação com efluente tratado foi capaz de acumular nutrientes e metais na camada superficial do solo (0-20 cm). No entanto, estatisticamente houve diferenças significativas entre: as concentrações de NO-3 dos tratamentos T5 e T4; as concentrações de NH+4 dos tratamentos T8, T6 e T5 e os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento; a concentração de P do tratamento T6 e as concentrações de P registradas nos tratamentos T1, T2 e T3; a concentração de K+ do tratamento T5 e as concentrações de K+ dos tratamentos T1 e T3; a concentração de Ca2+ registrada no tratamento T8 e as concentrações desse elemento encontradas em todos os tratamentos irrigados com água de abastecimento. A fertirrigação também elevou as concentrações de Na+3+ e Al, mas os valores encontrados não foram capazes de provocar danos ao solo, como sodicidade, toxidez por alumínio ou salinidade. Estatisticamente, os valores de PST verificados no solo que recebeu a adição do efluente tratado não atingiram o valor crítico de 15% e não houve diferenças significativas entre os resultados dos tratamentos. Os resultados de RAS também não foram significativos, o que confirma a ausência do risco de sodicidade do solo. A fertirrigação elevou o pH do solo, mas este não afetou o desenvolvimento da cultura. Estatisticamente, apenas houve diferenças significativas entre os tratamentos T6 e T8 e o tratamento T2. Com relação à matéria orgânica, apenas os tratamentos T7 e T8 foram significativamente diferentes do tratamento T1. No caso da CTC efetiva, o tratamento T8 foi o único a apresentar diferença significativa quando comparado com os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento. Com relação aos metais no solo, as concentrações de Fe2+ e Zn2+ do tratamento T6 apresentaram diferenças significativas quando comparadas com todos os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento. No caso das concentrações de Cu2+ do solo, os resultados mostraram que os tratamentos T6 e T7 diferiram significativamente dos tratamentos T1 e T3. Os resultados obtidos para o Mn2+ mostraram que a diferença significativa ocorreu entre os tratamentos T6 e T8 e os tratamentos T1 e T3. A fertirrigação com o efluente tratado foi capaz de acumular nutrientes e metais no tecido foliar das plantas. No entanto, apenas houve diferenças significativas entre os teores de N encontrados nas plantas submetidas aos tratamentos T6 e T8 e os teores desse elemento encontrados nas plantas submetidas aos tratamentos irrigados com água de abastecimento. No caso do P, isto ocorreu entre o tratamento T6 e os tratamentos T1 e T3. Com relação aos teores de K em tecido foliar, houve diferenças significativas entre todos os tratamentos irrigados com o efluente tratado e os tratamentos T1 e T3. A respeito dos metais, tanto os valores de Fe2+ como de Zn2+, encontrados no tecido foliar das plantas irrigadas com o efluente tratado, não ficaram dentro da faixa de teores adequados para o desenvolvimento das plantas de milho. As plantas fertirrigadas com o efluente tratado apresentaram melhores desenvolvimento e produtividade. Mas apenas os tratamentos T6 e T8 apresentaram diferenças significativas quando comparados com os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento. A fertirrigação diminuiu a densidade de ovos e o FR do Meloidogyne incognita nas raízes das plantas, além de melhorar a resistência das plantas aos sintomas da doença provocada pelo nematóide. No entanto, só o tratamento T3 apresentou diferença significativa quando comparado com os outros tratamentos (T4, T7 e T8), que apresentaram melhores resultados. Como a supressividade pode ser induzida por diversos fatores, bióticos e abióticos, os resultados apresentados neste trabalho foram atribuídos aos aumentos nos valores de pH, na CEes, na CTC efetiva e nos teores de M.O, Ca2+, Mg2+3+e Al nas plantas irrigadas com o efluente tratado. Além disso, as plantas submetidas aos tratamentos irrigados com o efluente tratado apresentaram maiores teores de N e Zn no tecido foliar. A respeito dos elementos lixiviados, houve um aumento nas concentrações de nutrientes lixiviados, principalmente de N-NO-+- e Na. As concentrações de N-NO33 lixiviadas foram maiores que a permitida para manter a qualidade das águas subterrâneas (10 mg N-NO-3/L, para consumo humano; Resolução Nº 369 do CONAMA/2008). Dentre os metais, o Fe foi o elemento que apresentou maiores concentrações lixiviadas
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009-01-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2014-06-12T17:35:16Z
dc.date.available.fl_str_mv 2014-06-12T17:35:16Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Kelly Barros da Silva, Kenia; de Lourdes Florencio Santos, Maria. Efeitos da irrigação com esgoto tratado sobre o sistema solo-planta (milho) e indução da supressividade a doenças causadas por nematóides. 2009. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4977
identifier_str_mv Kelly Barros da Silva, Kenia; de Lourdes Florencio Santos, Maria. Efeitos da irrigação com esgoto tratado sobre o sistema solo-planta (milho) e indução da supressividade a doenças causadas por nematóides. 2009. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4977
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4977/4/arquivo2218_1.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4977/1/arquivo2218_1.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4977/2/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4977/3/arquivo2218_1.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 782439137125bec41ea858f931a49208
25bab624bb54e9ae33434a564c92453e
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
0bcfb6f1d89358ba4bf3a3e57ef236c3
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310694251528192