Efeitos da irrigação com esgoto tratado sobre o sistema solo-planta (milho) e indução da supressividade a doenças causadas por nematóides

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kelly Barros da Silva, Kenia
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000cnxv
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4977
Resumo: Os efluentes tratados apresentam grande potencial de aplicação na agricultura, por possuírem teores de nutrientes e matéria orgânica capazes de melhorar as características químicas de solos, e assim, induzir a supressividade de solos a doenças de planta causadas por fitopatógenos. O objetivo deste trabalho foi fornecer subsídios técnicos para a fertirrigação de milho (Zea mays L.) com o efluente de um reator do tipo UASB, operando em escala real, e avaliar a indução da supressividade de solos a doenças de plantas causadas por nematóides do gênero Meloydogine. O experimento foi conduzido na área de uso de efluentes tratados pertencente à Universidade Federal de Pernambuco, localizada na ETE Mangueira, em Recife PE, que dispunha de 24 lisímetros de drenagem. Os tratamentos aplicados foram: irrigação com água de abastecimento (T1); irrigação com água de abastecimento mais aplicação de NPK (T2); irrigação com água de abastecimento mais infestação com Meloydogine incógnita (T3); irrigação com água de abastecimento mais aplicação de NPK e infestação com Meloydogine incógnita (T4); irrigação com efluente tratado (T5), irrigação com efluente tratado mais aplicação de P (T6); irrigação com efluente tratado mais infestação com Meloydogine incógnita (T7); irrigação com efluente tratado mais aplicação de P e infestação com Meloydogine incógnita (T8). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três repetições. O sistema de irrigação utilizado foi localizado por gotejamento e o manejo da irrigação foi realizado em turno variável através do monitoramento do potencial matricial da água no solo em tensiômetros. Os resultados mostraram que a fertirrigação com efluente tratado foi capaz de acumular nutrientes e metais na camada superficial do solo (0-20 cm). No entanto, estatisticamente houve diferenças significativas entre: as concentrações de NO-3 dos tratamentos T5 e T4; as concentrações de NH+4 dos tratamentos T8, T6 e T5 e os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento; a concentração de P do tratamento T6 e as concentrações de P registradas nos tratamentos T1, T2 e T3; a concentração de K+ do tratamento T5 e as concentrações de K+ dos tratamentos T1 e T3; a concentração de Ca2+ registrada no tratamento T8 e as concentrações desse elemento encontradas em todos os tratamentos irrigados com água de abastecimento. A fertirrigação também elevou as concentrações de Na+3+ e Al, mas os valores encontrados não foram capazes de provocar danos ao solo, como sodicidade, toxidez por alumínio ou salinidade. Estatisticamente, os valores de PST verificados no solo que recebeu a adição do efluente tratado não atingiram o valor crítico de 15% e não houve diferenças significativas entre os resultados dos tratamentos. Os resultados de RAS também não foram significativos, o que confirma a ausência do risco de sodicidade do solo. A fertirrigação elevou o pH do solo, mas este não afetou o desenvolvimento da cultura. Estatisticamente, apenas houve diferenças significativas entre os tratamentos T6 e T8 e o tratamento T2. Com relação à matéria orgânica, apenas os tratamentos T7 e T8 foram significativamente diferentes do tratamento T1. No caso da CTC efetiva, o tratamento T8 foi o único a apresentar diferença significativa quando comparado com os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento. Com relação aos metais no solo, as concentrações de Fe2+ e Zn2+ do tratamento T6 apresentaram diferenças significativas quando comparadas com todos os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento. No caso das concentrações de Cu2+ do solo, os resultados mostraram que os tratamentos T6 e T7 diferiram significativamente dos tratamentos T1 e T3. Os resultados obtidos para o Mn2+ mostraram que a diferença significativa ocorreu entre os tratamentos T6 e T8 e os tratamentos T1 e T3. A fertirrigação com o efluente tratado foi capaz de acumular nutrientes e metais no tecido foliar das plantas. No entanto, apenas houve diferenças significativas entre os teores de N encontrados nas plantas submetidas aos tratamentos T6 e T8 e os teores desse elemento encontrados nas plantas submetidas aos tratamentos irrigados com água de abastecimento. No caso do P, isto ocorreu entre o tratamento T6 e os tratamentos T1 e T3. Com relação aos teores de K em tecido foliar, houve diferenças significativas entre todos os tratamentos irrigados com o efluente tratado e os tratamentos T1 e T3. A respeito dos metais, tanto os valores de Fe2+ como de Zn2+, encontrados no tecido foliar das plantas irrigadas com o efluente tratado, não ficaram dentro da faixa de teores adequados para o desenvolvimento das plantas de milho. As plantas fertirrigadas com o efluente tratado apresentaram melhores desenvolvimento e produtividade. Mas apenas os tratamentos T6 e T8 apresentaram diferenças significativas quando comparados com os tratamentos submetidos à irrigação com água de abastecimento. A fertirrigação diminuiu a densidade de ovos e o FR do Meloidogyne incognita nas raízes das plantas, além de melhorar a resistência das plantas aos sintomas da doença provocada pelo nematóide. No entanto, só o tratamento T3 apresentou diferença significativa quando comparado com os outros tratamentos (T4, T7 e T8), que apresentaram melhores resultados. Como a supressividade pode ser induzida por diversos fatores, bióticos e abióticos, os resultados apresentados neste trabalho foram atribuídos aos aumentos nos valores de pH, na CEes, na CTC efetiva e nos teores de M.O, Ca2+, Mg2+3+e Al nas plantas irrigadas com o efluente tratado. Além disso, as plantas submetidas aos tratamentos irrigados com o efluente tratado apresentaram maiores teores de N e Zn no tecido foliar. A respeito dos elementos lixiviados, houve um aumento nas concentrações de nutrientes lixiviados, principalmente de N-NO-+- e Na. As concentrações de N-NO33 lixiviadas foram maiores que a permitida para manter a qualidade das águas subterrâneas (10 mg N-NO-3/L, para consumo humano; Resolução Nº 369 do CONAMA/2008). Dentre os metais, o Fe foi o elemento que apresentou maiores concentrações lixiviadas
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O objetivo deste trabalho foi fornecer subsídios técnicos para a fertirrigação de milho (Zea mays L.) com o efluente de um reator do tipo UASB, operando em escala real, e avaliar a indução da supressividade de solos a doenças de plantas causadas por nematóides do gênero Meloydogine. O experimento foi conduzido na área de uso de efluentes tratados pertencente à Universidade Federal de Pernambuco, localizada na ETE Mangueira, em Recife PE, que dispunha de 24 lisímetros de drenagem. Os tratamentos aplicados foram: irrigação com água de abastecimento (T1); irrigação com água de abastecimento mais aplicação de NPK (T2); irrigação com água de abastecimento mais infestação com Meloydogine incógnita (T3); irrigação com água de abastecimento mais aplicação de NPK e infestação com Meloydogine incógnita (T4); irrigação com efluente tratado (T5), irrigação com efluente tratado mais aplicação de P (T6); irrigação com efluente tratado mais infestação com Meloydogine incógnita (T7); irrigação com efluente tratado mais aplicação de P e infestação com Meloydogine incógnita (T8). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três repetições. O sistema de irrigação utilizado foi localizado por gotejamento e o manejo da irrigação foi realizado em turno variável através do monitoramento do potencial matricial da água no solo em tensiômetros. 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