Alterações laboratoriais e histopatológicas renais associadas à febre chikungunya

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: COSTA, Denise Maria do Nascimento
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45452
Resumo: A febre chikungunya foi detectada pela primeira vez no Brasil em 2014, causando uma epidemia subsequente. Além de febre e dor articular, a febre chikungunya pode apresentar-se com formas atípicas, incluindo manifestações renais. A lesão renal relacionada ao vírus chikungunya tem incidência extremamente variável a depender da população avaliada, acometendo de 0,6 a 79% dos pacientes, podendo estar relacionada a alta morbidade e mortalidade. Entretanto, foi apenas descrita em fase aguda da infecção e ainda carece de melhor caracterização. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a ocorrência de lesão renal e investigar a presença de material viral no tecido renal de pacientes afetados por febre chikungunya em diferentes estágios da infecção. Tratou-se de um estudo exploratório, conduzido entre 2018 e 2020, em seis hospitais universitários do Brasil. Dois grupos de pacientes foram avaliados: o primeiro foi composto por pacientes com lesão renal estabelecida após febre chikungunya e comprovada por biópsia; o segundo, pacientes com manifestações crônicas articulares pós-chikungunya, sem lesão renal conhecida. Lesão renal foi investigada através da análise da creatinina sérica e exames urinários para detecção de hematúria e proteinúria, sendo indicada biópsia renal conforme protocolo habitual dos serviços. Partículas e antígenos do vírus chikungunya foram analisados no tecido renal através de imunohistoquímica, e microscopia eletrônica. No primeiro grupo, 15 pacientes com mediana de idade de 32 anos (IQR 17,5 - 41) tiveram lesão renal estabelecida entre 15 dias e 24 meses após CHIK. Creatinina sérica inicial variou de 0,2 a 22,3 mg/dl (mediana 1,2 mg/dl; IQR 1,0 - 5,6), e proteinúria e hematúria foram detectadas em 100% e 80% dos pacientes, respectivamente. Não foram detectados materiais virais no tecido renal. Os achados histopatológicos mais frequentes foram podocitopatias, além de nefrite lúpica classe IV, glomerulonefrite crescêntica, microangiopatia trombótica e nefropatia membranosa. Alelos de risco para desenvolvimento de síndrome hemolítico-urêmica atípica, glomeruloesclerose segmentar focal e glomerulopatia colapsante foram detectados em cinco dos sete pacientes com esses diagnósticos. Após seguimento mediano de 12 meses, houve progressão para doença renal crônica em 60% dos casos, sendo dois deles dependentes de diálise. No segundo grupo, 114 pacientes sem lesão renal conhecida e com manifestações crônicas pós-chikungunya foram avaliados quanto a marcadores de lesão renal de forma transversal. A média de idade foi 56,2 ± 11 anos e o diagnóstico da infecção havia ocorrido cerca de 35,6 meses antes da avaliação. A média de creatinina foi 0.9 ± 0,2 mg/dl e de proteinúria 71,5 ± 37,5 mg/dia. Hematúria não glomerular foi detectada em um dos pacientes. Nenhum desses pacientes apresentou critérios para indicação de biópsia renal, conforme protocolo do serviço. Em conclusão, nossos achados revelam o potencial do vírus chikungunya de desencadear lesões renais com diferentes graus de severidade. Entretanto, a hipótese de que o vírus pode se replicar a longo prazo no tecido renal, nos parece improvável.
id UFPE_4986e4ec9921d07290190f3c05b2ba88
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/45452
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling COSTA, Denise Maria do Nascimentohttp://lattes.cnpq.br/4299459388666757http://lattes.cnpq.br/1262842713515748http://lattes.cnpq.br/5438381343904106SILVEIRA, Vera Magalhães daVALENTE, Lucila Maria2022-08-04T14:06:18Z2022-08-04T14:06:18Z2022-02-23COSTA, Denise Maria do Nascimento. Alterações laboratoriais e histopatológicas renais associadas à febre chikungunya. 2022. Tese (Doutorado em Medicina Tropical) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45452A febre chikungunya foi detectada pela primeira vez no Brasil em 2014, causando uma epidemia subsequente. Além de febre e dor articular, a febre chikungunya pode apresentar-se com formas atípicas, incluindo manifestações renais. A lesão renal relacionada ao vírus chikungunya tem incidência extremamente variável a depender da população avaliada, acometendo de 0,6 a 79% dos pacientes, podendo estar relacionada a alta morbidade e mortalidade. Entretanto, foi apenas descrita em fase aguda da infecção e ainda carece de melhor caracterização. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a ocorrência de lesão renal e investigar a presença de material viral no tecido renal de pacientes afetados por febre chikungunya em diferentes estágios da infecção. Tratou-se de um estudo exploratório, conduzido entre 2018 e 2020, em seis hospitais universitários do Brasil. Dois grupos de pacientes foram avaliados: o primeiro foi composto por pacientes com lesão renal estabelecida após febre chikungunya e comprovada por biópsia; o segundo, pacientes com manifestações crônicas articulares pós-chikungunya, sem lesão renal conhecida. Lesão renal foi investigada através da análise da creatinina sérica e exames urinários para detecção de hematúria e proteinúria, sendo indicada biópsia renal conforme protocolo habitual dos serviços. Partículas e antígenos do vírus chikungunya foram analisados no tecido renal através de imunohistoquímica, e microscopia eletrônica. No primeiro grupo, 15 pacientes com mediana de idade de 32 anos (IQR 17,5 - 41) tiveram lesão renal estabelecida entre 15 dias e 24 meses após CHIK. Creatinina sérica inicial variou de 0,2 a 22,3 mg/dl (mediana 1,2 mg/dl; IQR 1,0 - 5,6), e proteinúria e hematúria foram detectadas em 100% e 80% dos pacientes, respectivamente. Não foram detectados materiais virais no tecido renal. Os achados histopatológicos mais frequentes foram podocitopatias, além de nefrite lúpica classe IV, glomerulonefrite crescêntica, microangiopatia trombótica e nefropatia membranosa. Alelos de risco para desenvolvimento de síndrome hemolítico-urêmica atípica, glomeruloesclerose segmentar focal e glomerulopatia colapsante foram detectados em cinco dos sete pacientes com esses diagnósticos. Após seguimento mediano de 12 meses, houve progressão para doença renal crônica em 60% dos casos, sendo dois deles dependentes de diálise. No segundo grupo, 114 pacientes sem lesão renal conhecida e com manifestações crônicas pós-chikungunya foram avaliados quanto a marcadores de lesão renal de forma transversal. A média de idade foi 56,2 ± 11 anos e o diagnóstico da infecção havia ocorrido cerca de 35,6 meses antes da avaliação. A média de creatinina foi 0.9 ± 0,2 mg/dl e de proteinúria 71,5 ± 37,5 mg/dia. Hematúria não glomerular foi detectada em um dos pacientes. Nenhum desses pacientes apresentou critérios para indicação de biópsia renal, conforme protocolo do serviço. Em conclusão, nossos achados revelam o potencial do vírus chikungunya de desencadear lesões renais com diferentes graus de severidade. Entretanto, a hipótese de que o vírus pode se replicar a longo prazo no tecido renal, nos parece improvável.Chikungunya fever was first detected in Brazil in 2014, causing a subsequent epidemic. In addition to fever and joint pain, chikungunya fever may present with atypical forms, including renal manifestations. Renal injury related to chikungunya virus has an extremely variable incidence depending on the population evaluated, affecting 0.6 to 79% of patients and may be related to high morbidity and mortality. However, it was only described in the acute phase of infection and still lacks better characterization. Thus, the objective of this study was to evaluate the occurrence of kidney injury and to detect viral material in the renal tissue of patients affected by chikungunya fever at different stages of infection. This was an exploratory study conducted between 2018 and 2020 in six university hospitals in Brazil. Two groups of patients were evaluated: the first was composed of patients with biopsy-proven kidney injury with onset after chikungunya fever and the second were patients followed-up with chronic joint manifestations after infection without known renal injury. Kidney injury was investigated through serum creatinine analysis and urinary tests for hematuria and proteinuria detection, and renal biopsy was indicated according to the usual site protocol. Viral material was analyzed in renal tissue through immunohistochemistry and electron microscopy. In the first group, 15 patients with a median age of 32 years (IQR 17.5 - 41) had kidney injury established between 15 days and 24 months after chikungunya fever. Initial serum creatinine ranged from 0.2 to 22.3 mg/dl (median 1.2 mg/dl; IQR 1.0 - 5.6), and proteinuria and hematuria were detected in 100% and 80% of patients, respectively. No viral material was detected in the renal tissue. The most frequent histopathological findings were podocytopathies, but class IV lupus nephritis, crescentic glomerulonephritis, thrombotic microangiopathy and membranous nephropathy were also found. High-risk alleles for atypical hemolytic uremic syndrome, focal segmental glomerulosclerosis and collapsing glomerulopathy were detected in five of seven patients with these diagnoses. After median follow-up of 12 months, there was progression to chronic kidney disease in 60% of the cases, two of them dependent on dialysis. In the second group, 114 patients with chronic manifestations after chikungunya fever without known kidney injury were assessed for kidney injury markers in a cross-sectional way. The mean age was 56.2 years (SD 11) and the diagnosis of infection had occurred about 35.6 months before the evaluation. The mean creatinine was 0.9 mg/dl (SD 0.2) and proteinuria 71.5 mg/day (SD 37.5). Non-glomerular hematuria was detected in one of the patients. There was no indication of renal biopsy in this group, according to the service protocol. In conclusion, our findings indicate that chikungunya virus may potentially trigger kidney lesions with varying degrees of severity. However, the hypothesis that the virus may replicate in long-term in renal tissue seems unlikely.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Medicina TropicalUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessVírus ChikungunyaFebre de ChikungunyaInjúria Renal AgudaGlomerulopatiaInsuficiência Renal CrônicaAlterações laboratoriais e histopatológicas renais associadas à febre chikungunyainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Denise Maria do Nascimento Costa.pdfTESE Denise Maria do Nascimento Costa.pdfapplication/pdf2352582https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45452/1/TESE%20Denise%20Maria%20do%20Nascimento%20Costa.pdfae7ba0895df82c878542892ee49e4812MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45452/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45452/3/license.txt6928b9260b07fb2755249a5ca9903395MD53TEXTTESE Denise Maria do Nascimento Costa.pdf.txtTESE Denise Maria do Nascimento Costa.pdf.txtExtracted texttext/plain369778https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45452/4/TESE%20Denise%20Maria%20do%20Nascimento%20Costa.pdf.txtd656d272a898102febf7f789df0ffbacMD54THUMBNAILTESE Denise Maria do Nascimento Costa.pdf.jpgTESE Denise Maria do Nascimento Costa.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1248https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45452/5/TESE%20Denise%20Maria%20do%20Nascimento%20Costa.pdf.jpg48c81c58b1230abf19931b5f5881c13aMD55123456789/454522022-08-05 02:16:51.054oai:repositorio.ufpe.br:123456789/45452VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBEb2N1bWVudG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUKIAoKRGVjbGFybyBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIGVzdGUgVGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyB0ZW0gbyBvYmpldGl2byBkZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZG9zIGRvY3VtZW50b3MgZGVwb3NpdGFkb3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBlIGRlY2xhcm8gcXVlOgoKSSAtICBvIGNvbnRlw7pkbyBkaXNwb25pYmlsaXphZG8gw6kgZGUgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBkZSBzdWEgYXV0b3JpYTsKCklJIC0gbyBjb250ZcO6ZG8gw6kgb3JpZ2luYWwsIGUgc2UgbyB0cmFiYWxobyBlL291IHBhbGF2cmFzIGRlIG91dHJhcyBwZXNzb2FzIGZvcmFtIHV0aWxpemFkb3MsIGVzdGFzIGZvcmFtIGRldmlkYW1lbnRlIHJlY29uaGVjaWRhczsKCklJSSAtIHF1YW5kbyB0cmF0YXItc2UgZGUgVHJhYmFsaG8gZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbywgRGlzc2VydGHDp8OjbyBvdSBUZXNlOiBvIGFycXVpdm8gZGVwb3NpdGFkbyBjb3JyZXNwb25kZSDDoCB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogZXN0b3UgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBhIGFsdGVyYcOnw6NvIGRhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgYWNlc3NvIGFvIGRvY3VtZW50byBhcMOzcyBvIGRlcMOzc2l0byBlIGFudGVzIGRlIGZpbmRhciBvIHBlcsOtb2RvIGRlIGVtYmFyZ28sIHF1YW5kbyBmb3IgZXNjb2xoaWRvIGFjZXNzbyByZXN0cml0bywgc2Vyw6EgcGVybWl0aWRhIG1lZGlhbnRlIHNvbGljaXRhw6fDo28gZG8gKGEpIGF1dG9yIChhKSBhbyBTaXN0ZW1hIEludGVncmFkbyBkZSBCaWJsaW90ZWNhcyBkYSBVRlBFIChTSUIvVUZQRSkuCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBBYmVydG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAsIGRlIDE5IGRlIGZldmVyZWlybyBkZSAxOTk4LCBhcnQuIDI5LCBpbmNpc28gSUlJLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFBlcm5hbWJ1Y28gYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBncmF0dWl0YW1lbnRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQgKGFxdWlzacOnw6NvKSBhdHJhdsOpcyBkbyBzaXRlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgbm8gZW5kZXJlw6dvIGh0dHA6Ly93d3cucmVwb3NpdG9yaW8udWZwZS5iciwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZSBkZXDDs3NpdG8uCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBSZXN0cml0bzoKCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBhdXRvciBxdWUgcmVjYWVtIHNvYnJlIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBmdW5kYW1lbnRhZG8gbmEgTGVpIGRlIERpcmVpdG8gQXV0b3JhbCBubyA5LjYxMCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIHF1YW5kbyBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvIGNvbmRpemVudGUgYW8gdGlwbyBkZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbmZvcm1lIGluZGljYWRvIG5vIGNhbXBvIERhdGEgZGUgRW1iYXJnby4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212022-08-05T05:16:51Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Alterações laboratoriais e histopatológicas renais associadas à febre chikungunya
title Alterações laboratoriais e histopatológicas renais associadas à febre chikungunya
spellingShingle Alterações laboratoriais e histopatológicas renais associadas à febre chikungunya
COSTA, Denise Maria do Nascimento
Vírus Chikungunya
Febre de Chikungunya
Injúria Renal Aguda
Glomerulopatia
Insuficiência Renal Crônica
title_short Alterações laboratoriais e histopatológicas renais associadas à febre chikungunya
title_full Alterações laboratoriais e histopatológicas renais associadas à febre chikungunya
title_fullStr Alterações laboratoriais e histopatológicas renais associadas à febre chikungunya
title_full_unstemmed Alterações laboratoriais e histopatológicas renais associadas à febre chikungunya
title_sort Alterações laboratoriais e histopatológicas renais associadas à febre chikungunya
author COSTA, Denise Maria do Nascimento
author_facet COSTA, Denise Maria do Nascimento
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4299459388666757
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1262842713515748
dc.contributor.advisor-coLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5438381343904106
dc.contributor.author.fl_str_mv COSTA, Denise Maria do Nascimento
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv SILVEIRA, Vera Magalhães da
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv VALENTE, Lucila Maria
contributor_str_mv SILVEIRA, Vera Magalhães da
VALENTE, Lucila Maria
dc.subject.por.fl_str_mv Vírus Chikungunya
Febre de Chikungunya
Injúria Renal Aguda
Glomerulopatia
Insuficiência Renal Crônica
topic Vírus Chikungunya
Febre de Chikungunya
Injúria Renal Aguda
Glomerulopatia
Insuficiência Renal Crônica
description A febre chikungunya foi detectada pela primeira vez no Brasil em 2014, causando uma epidemia subsequente. Além de febre e dor articular, a febre chikungunya pode apresentar-se com formas atípicas, incluindo manifestações renais. A lesão renal relacionada ao vírus chikungunya tem incidência extremamente variável a depender da população avaliada, acometendo de 0,6 a 79% dos pacientes, podendo estar relacionada a alta morbidade e mortalidade. Entretanto, foi apenas descrita em fase aguda da infecção e ainda carece de melhor caracterização. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a ocorrência de lesão renal e investigar a presença de material viral no tecido renal de pacientes afetados por febre chikungunya em diferentes estágios da infecção. Tratou-se de um estudo exploratório, conduzido entre 2018 e 2020, em seis hospitais universitários do Brasil. Dois grupos de pacientes foram avaliados: o primeiro foi composto por pacientes com lesão renal estabelecida após febre chikungunya e comprovada por biópsia; o segundo, pacientes com manifestações crônicas articulares pós-chikungunya, sem lesão renal conhecida. Lesão renal foi investigada através da análise da creatinina sérica e exames urinários para detecção de hematúria e proteinúria, sendo indicada biópsia renal conforme protocolo habitual dos serviços. Partículas e antígenos do vírus chikungunya foram analisados no tecido renal através de imunohistoquímica, e microscopia eletrônica. No primeiro grupo, 15 pacientes com mediana de idade de 32 anos (IQR 17,5 - 41) tiveram lesão renal estabelecida entre 15 dias e 24 meses após CHIK. Creatinina sérica inicial variou de 0,2 a 22,3 mg/dl (mediana 1,2 mg/dl; IQR 1,0 - 5,6), e proteinúria e hematúria foram detectadas em 100% e 80% dos pacientes, respectivamente. Não foram detectados materiais virais no tecido renal. Os achados histopatológicos mais frequentes foram podocitopatias, além de nefrite lúpica classe IV, glomerulonefrite crescêntica, microangiopatia trombótica e nefropatia membranosa. Alelos de risco para desenvolvimento de síndrome hemolítico-urêmica atípica, glomeruloesclerose segmentar focal e glomerulopatia colapsante foram detectados em cinco dos sete pacientes com esses diagnósticos. Após seguimento mediano de 12 meses, houve progressão para doença renal crônica em 60% dos casos, sendo dois deles dependentes de diálise. No segundo grupo, 114 pacientes sem lesão renal conhecida e com manifestações crônicas pós-chikungunya foram avaliados quanto a marcadores de lesão renal de forma transversal. A média de idade foi 56,2 ± 11 anos e o diagnóstico da infecção havia ocorrido cerca de 35,6 meses antes da avaliação. A média de creatinina foi 0.9 ± 0,2 mg/dl e de proteinúria 71,5 ± 37,5 mg/dia. Hematúria não glomerular foi detectada em um dos pacientes. Nenhum desses pacientes apresentou critérios para indicação de biópsia renal, conforme protocolo do serviço. Em conclusão, nossos achados revelam o potencial do vírus chikungunya de desencadear lesões renais com diferentes graus de severidade. Entretanto, a hipótese de que o vírus pode se replicar a longo prazo no tecido renal, nos parece improvável.
publishDate 2022
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-08-04T14:06:18Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-08-04T14:06:18Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-02-23
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv COSTA, Denise Maria do Nascimento. Alterações laboratoriais e histopatológicas renais associadas à febre chikungunya. 2022. Tese (Doutorado em Medicina Tropical) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45452
identifier_str_mv COSTA, Denise Maria do Nascimento. Alterações laboratoriais e histopatológicas renais associadas à febre chikungunya. 2022. Tese (Doutorado em Medicina Tropical) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45452
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45452/1/TESE%20Denise%20Maria%20do%20Nascimento%20Costa.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45452/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45452/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45452/4/TESE%20Denise%20Maria%20do%20Nascimento%20Costa.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/45452/5/TESE%20Denise%20Maria%20do%20Nascimento%20Costa.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv ae7ba0895df82c878542892ee49e4812
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
6928b9260b07fb2755249a5ca9903395
d656d272a898102febf7f789df0ffbac
48c81c58b1230abf19931b5f5881c13a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310743021846528