Projeto sífilis não : efeitos na sífilis congênita em Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VASCONCELOS, Cleonúsia Batista Leite de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47803
Resumo: Em pleno século XXI, a sífilis ainda se apresenta como um agravo mundial sem controle, com maiores taxas de incidência em localidades mais pobres. A doença é transmitida sexualmente causando maiores danos às gestantes e seus conceptos. O Brasil enfrenta uma reemergência da doença e o estado de Pernambuco possui taxa de incidência acima da média do país. A dissertação analisa a implantação do projeto “Sífilis Não” no estado de Pernambuco e o efeito na taxa de incidência de sífilis congênita após um ano. O projeto tem como objetivo reduzir a sífilis adquirida e em gestante e eliminar a sífilis congênita promovendo ações conjuntas entre as áreas de vigilância e atenção em saúde. Adicionalmente, foi feita exploração espacial da sífilis em todo o Estado, de 2010 a 2019, que identificou tendência de crescimento com interiorização da doença. Foram encontradas incidências mais elevadas nas Macrorregiões Metropolitana, Agreste e Sertão. Existia uma maior detecção da sífilis congênita que em gestantes, que só reverteu a partir do ano de 2018. A autocorrelação espacial identificou 29 municípios críticos na incidência de sífilis, sendo 27 deles na Macrorregião Metropolitana e dois no Agreste. O projeto foi considerado implantado nos municípios. A redução na taxa de incidência da sífilis congênita à curto prazo, foi observada em: Olinda (41%), São Lourenço da Mata (6,8%) e Igarassu (63,2%). O restante teve um aumento: Recife (159,2%), Jaboatão (3,8%), Cabo (14,0%) e Camaragibe (31,5%). Não foi possível correlacionar os efeitos das ações realizadas com os resultados diretos a curto prazo na redução da sífilis congênita. No perfil das genitoras das crianças com sífilis congênita predominou a faixa etária entre 20 e 29 anos, ensino fundamental incompleto, raça parda, pré-natal realizado, diagnóstico tardio da doença e tratamento inadequado. Dos desafios na implantação do projeto se destacaram as falhas nas ações de cuidado integral, em especial no pré-natal, reiterando a necessidade de determinação coletiva em ampliar esforços na garantia do acesso ao diagnóstico e tratamento oportunos. Estudos futuros são necessários para melhor identificação das limitações dos serviços de saúde no manejo e controle da sífilis.
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O projeto tem como objetivo reduzir a sífilis adquirida e em gestante e eliminar a sífilis congênita promovendo ações conjuntas entre as áreas de vigilância e atenção em saúde. Adicionalmente, foi feita exploração espacial da sífilis em todo o Estado, de 2010 a 2019, que identificou tendência de crescimento com interiorização da doença. Foram encontradas incidências mais elevadas nas Macrorregiões Metropolitana, Agreste e Sertão. Existia uma maior detecção da sífilis congênita que em gestantes, que só reverteu a partir do ano de 2018. A autocorrelação espacial identificou 29 municípios críticos na incidência de sífilis, sendo 27 deles na Macrorregião Metropolitana e dois no Agreste. O projeto foi considerado implantado nos municípios. A redução na taxa de incidência da sífilis congênita à curto prazo, foi observada em: Olinda (41%), São Lourenço da Mata (6,8%) e Igarassu (63,2%). O restante teve um aumento: Recife (159,2%), Jaboatão (3,8%), Cabo (14,0%) e Camaragibe (31,5%). Não foi possível correlacionar os efeitos das ações realizadas com os resultados diretos a curto prazo na redução da sífilis congênita. No perfil das genitoras das crianças com sífilis congênita predominou a faixa etária entre 20 e 29 anos, ensino fundamental incompleto, raça parda, pré-natal realizado, diagnóstico tardio da doença e tratamento inadequado. Dos desafios na implantação do projeto se destacaram as falhas nas ações de cuidado integral, em especial no pré-natal, reiterando a necessidade de determinação coletiva em ampliar esforços na garantia do acesso ao diagnóstico e tratamento oportunos. Estudos futuros são necessários para melhor identificação das limitações dos serviços de saúde no manejo e controle da sífilis.In the 21st century, syphilis still presents itself as a worldwide disease without control, with higher incidence rates in poorer locations. The disease is sexually transmitted causing greater damage to pregnant women and their fetuses. Brazil is facing a re-emergence of the disease, and the state of Pernambuco has an incidence rate above the country’s average. The dissertation analyzes the implementation of the "Syphilis No” project in the state of Pernambuco and the effect on the incidence rate of congenital syphilis after one year. The project aims to reduce acquired and pregnant syphilis and eliminate congenital syphilis by promoting joint actions between the areas of surveillance and health care. Additionally, a spatial exploration of syphilis was carried out throughout the State, from 2010 to 2019, which identified a growth trend with internalization of the disease. Higher incidences were found in the Metropolitan, Agreste and Sertão Macroregions. There was a greater detection of congenital syphilis than in pregnant women, wich only reversed from the year 2018. Spatial autocorrelation identified 29 critical municipalities in the incidence of syphilis, 27 of them in the Macroregion Metropolitan and two in the Agreste. The project was considered implemented in the municipalities. The reduction in the incidence rate of congenital syphilis in the short term was observed in: Olinda (41%), São Lourenço da Mata (6.8%) and Igarassu (63.2%). The rest had an increase: Recife (159.2%), Jaboatão (3.8%), Cabo (14.0%) and Camaragibe (31.5%). It was not possible to correlate the effects of the actions taken with the direct short-term results in the reduction of congenital syphilis. In the profile of the mothers of children with congenital syphilis, the predominant age group was between 20 and 29 years old, incomplete elementary school, brown race, with prenatal care, late diagnosis of the disease and inadequate treatment. Of the challenges in implementing the project, failures in comprehensive care actions, especially in prenatal care, were highlighted, reiterating the need for a collective determination to expand efforts to ensure access to timely diagnosis and treatment. Future studies are needed to better identify the limitations of health services in the management and control of syphilis.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Gestao e Economia da SaudeUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessSífilis congênita, hereditária e infantilPolítica de saúdeQualidade da assistência à saúdeProjeto sífilis não : efeitos na sífilis congênita em Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestrado profissionalreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/47803/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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