Cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BEZERRA, Marcos Eugênio Ramalho
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30559
Resumo: Introdução: A distonia crânio-cervical é uma forma de distonia, focal ou segmentar em sua distribuição, classicamente conhecida como torcicolo espasmódico quando em sua forma cervical pura primária, sendo a distonia mais comumente associada a dores. Apesar de incluída como cefaleia secundária desde 2004 na Classificação Internacional das Cefaleias, a cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical até hoje não conta com uma descrição adequada, seja de suas características clínicas, epidemiológicas ou terapêuticas, sendo considerada rara. Objetivos: Este trabalho visa determinar a prevalência da cefaleia associada à distonia crânio-cervical segundo critérios da terceira edição da Classificação Internacional das Cefaleias, estudar as características clínicas desta cefaleia secundária, estudar o impacto da cefaleia associada à distonia crânio-cervical na vida dos pacientes, e verificar se sintomas depressivos e ansiosos são associados à cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical. Métodos: O estudo foi realizado no ambulatório de Neurologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, incluindo pacientes com distonia cervical maiores de idade. Foram utilizados para coletas de dados: questionário semi-estruturado contendo dados sócio-demográficos e clínicos; diário de cefaleias; versão brasileira do Headache Impact Test (HIT-6); versão brasileira do Short Form-36 Health Survey (SF-36); questionário Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS); escala Toronto Western Spasmodic Torticollis Rating Scale (TWSTRS); versão brasileira do McGill Pain Questionnaire. Os pacientes incluídos foram divididos em três grupos – com cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical, com outras cefaleias e sem cefaleias – avaliados em três consultas consecutivas: inicial, após 4 semanas e após 16 semanas. Os pacientes com distonia foram ainda comparados com outros pacientes atendidos na rede de atenção primária em relação às características das suas cefaleias, e a qualidade de vida dos pacientes com distonia foi comparada aos dados referenciais da população brasileira. Resultados: Foram incluídos 24 pacientes, 14 mulheres, idade média de 46,0 ± 13,4 anos, 19 referindo dores (79,1%). Dezoito pacientes (75,0%) apresentavam cefaleias, sete destes (29,2%) preenchendo critérios para cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical, todos referindo crises de padrão similar à migrânea. Os escores de dor e incapacidade entre os pacientes com cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical eram significativamente piores que entre os pacientes sem cefaleias. Observou-se uma redução significativa do impacto da cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical em paralelo à melhoria da distonia após tratamento com toxina botulínica entre a primeira e segunda avaliação. Os escores de qualidade de vida, depressão e ansiedade não demonstraram diferença entre os grupos nas três avaliações. Pacientes com cefaleia e distonia apresentaram escores de qualidade de vida piores que a população geral, considerando-se os dados referenciais brasileiros. Pacientes com distonia cervical tem um risco aumentado de depressão e migrânea quando comparados com outros pacientes atendidos na atenção primária. Conclusões: A cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical é uma entidade menos rara quanto previamente pensada, podendo ser considerada um possível sintoma não motor associado à distonia crânio-cervical. A presença de cefaleias entre pacientes com distonia crânio-cervical pode contribuir para um aumento das dores nos indivíduos afetados e piora de sua qualidade de vida.
id UFPE_5585527f303c378d16362b6f2a3cecda
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/30559
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling BEZERRA, Marcos Eugênio Ramalhohttp://lattes.cnpq.br/5546354922950816http://lattes.cnpq.br/8338928817559947ROCHA FILHO, Pedro Augusto Sampaio2019-05-08T22:01:18Z2019-05-08T22:01:18Z2016-08-26https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30559Introdução: A distonia crânio-cervical é uma forma de distonia, focal ou segmentar em sua distribuição, classicamente conhecida como torcicolo espasmódico quando em sua forma cervical pura primária, sendo a distonia mais comumente associada a dores. Apesar de incluída como cefaleia secundária desde 2004 na Classificação Internacional das Cefaleias, a cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical até hoje não conta com uma descrição adequada, seja de suas características clínicas, epidemiológicas ou terapêuticas, sendo considerada rara. Objetivos: Este trabalho visa determinar a prevalência da cefaleia associada à distonia crânio-cervical segundo critérios da terceira edição da Classificação Internacional das Cefaleias, estudar as características clínicas desta cefaleia secundária, estudar o impacto da cefaleia associada à distonia crânio-cervical na vida dos pacientes, e verificar se sintomas depressivos e ansiosos são associados à cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical. Métodos: O estudo foi realizado no ambulatório de Neurologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, incluindo pacientes com distonia cervical maiores de idade. Foram utilizados para coletas de dados: questionário semi-estruturado contendo dados sócio-demográficos e clínicos; diário de cefaleias; versão brasileira do Headache Impact Test (HIT-6); versão brasileira do Short Form-36 Health Survey (SF-36); questionário Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS); escala Toronto Western Spasmodic Torticollis Rating Scale (TWSTRS); versão brasileira do McGill Pain Questionnaire. Os pacientes incluídos foram divididos em três grupos – com cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical, com outras cefaleias e sem cefaleias – avaliados em três consultas consecutivas: inicial, após 4 semanas e após 16 semanas. Os pacientes com distonia foram ainda comparados com outros pacientes atendidos na rede de atenção primária em relação às características das suas cefaleias, e a qualidade de vida dos pacientes com distonia foi comparada aos dados referenciais da população brasileira. Resultados: Foram incluídos 24 pacientes, 14 mulheres, idade média de 46,0 ± 13,4 anos, 19 referindo dores (79,1%). Dezoito pacientes (75,0%) apresentavam cefaleias, sete destes (29,2%) preenchendo critérios para cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical, todos referindo crises de padrão similar à migrânea. Os escores de dor e incapacidade entre os pacientes com cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical eram significativamente piores que entre os pacientes sem cefaleias. Observou-se uma redução significativa do impacto da cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical em paralelo à melhoria da distonia após tratamento com toxina botulínica entre a primeira e segunda avaliação. Os escores de qualidade de vida, depressão e ansiedade não demonstraram diferença entre os grupos nas três avaliações. Pacientes com cefaleia e distonia apresentaram escores de qualidade de vida piores que a população geral, considerando-se os dados referenciais brasileiros. Pacientes com distonia cervical tem um risco aumentado de depressão e migrânea quando comparados com outros pacientes atendidos na atenção primária. Conclusões: A cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical é uma entidade menos rara quanto previamente pensada, podendo ser considerada um possível sintoma não motor associado à distonia crânio-cervical. A presença de cefaleias entre pacientes com distonia crânio-cervical pode contribuir para um aumento das dores nos indivíduos afetados e piora de sua qualidade de vida.Introduction: Craniocervical dystonia is a type of dystonia, focal or segmental on its distribution, classically known as spasmodic torticollis when in the pure cervical primary form, and it is the commonest dystonia associated to pain. Regardless being described as a secondary headache since 2004 at the International Classification of Headache Disorders, the headache attributed to craniocervical dystonia keeps lacking a proper description of its clinical, epidemiological or therapeutics characteristics, and it is considered a rare condition. Objectives: This study aims to determine the prevalence of the headache attributed to craniocervical dystonia accordingly to the current third edition of International Classification of Headache Disorders diagnostic criteria, to study the clinical characteristics of this secondary headache, to study the impact of the headache attributed to craniocervical dystonia on the life of patients, and to determine if depression or anxiety symptoms are associated to the headache attributed to craniocervical dystonia. Methods: This study has been carried at the neurology outpatient clinics of the Hospital das Clínicas of Universidade Federal de Pernambuco, including cervical dystonia patients of legal age. The following tools were used to assess patients: Semi-structured questionnaire containing socio-demographic and clinical data about the dystonia; headache diary; Headache Impact Test-6 (HIT-6); Short Form-36 Health Survey (SF-36); Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS); Toronto Western Spasmodic Torticollis Rating Scale (TWSTRS); McGill Pain Questionnaire. Included patients had been divided into three groups – with headache attributed to craniocervical dystonia, with other headaches or without headaches – and evaluated in three consecutive visits: baseline, after four weeks and after sixteen weeks. Cervical dystonia patients had also been compared to other patients without dystonia on primary healthcare regarding the characteristics of their headaches, and their quality of life scores were compared to Brazilian normative quality of life referential data. Results: 24 patients were included, 14 women, mean age of 46.0 ± 13.4 years, 19 referring pain (79.1%). Eighteen patients (75,0%) presented headaches, and seven (29,2%) met the headache attributed to craniocervical dystonia diagnostic criteria, all of them describing a migraine-like headache pattern. Pain and disability scores among headache attributed to craniocervical dystonia patients were significantly worst than the patients without headaches. There was a significant reduction on the headache attributed to craniocervical dystonia impact in parallel to the improvement of dystonia symptoms after botulinum toxin injections, between the first and second visits. Quality of life, depression and anxiety scores had not shown differences among the groups at all visits. Cervical dystonia patients with headaches presented worst quality of life scores than general population, considering Brazilian normative referential data. Cervical dystonia patients had shown an increased risk of migraine and depression when compared to other patients on primary healthcare. Conclusions: Headache attributed to craniocervical dystonia is an entity not so rare as previously thought, and it could be considered a possible non-motor feature of craniocervical dystonia. Headaches among craniocervical dystonia patients can contribute to an increase in the overall pain in affected individuals and worsening of their quality of life.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do ComportamentoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCefaleiaTranstornos da cefaleiaTorcicoloDistoniaDistonia cervical primáriaCefaleia atribuída à distonia crânio-cervicalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Marcos Eugênio Ramalho Bezerra.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Marcos Eugênio Ramalho Bezerra.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1297https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30559/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Marcos%20Eug%c3%aanio%20Ramalho%20Bezerra.pdf.jpg360a1cea4f7f86c1bfff7d8a90b533eeMD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Marcos Eugênio Ramalho Bezerra.pdfDISSERTAÇÃO Marcos Eugênio Ramalho Bezerra.pdfapplication/pdf2846574https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30559/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Marcos%20Eug%c3%aanio%20Ramalho%20Bezerra.pdfa05e91da221cf09868c7b4c1120ec06cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30559/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30559/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDISSERTAÇÃO Marcos Eugênio Ramalho Bezerra.pdf.txtDISSERTAÇÃO Marcos Eugênio Ramalho Bezerra.pdf.txtExtracted texttext/plain288919https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30559/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Marcos%20Eug%c3%aanio%20Ramalho%20Bezerra.pdf.txtd0399597640a1b7cd95809fad68d15fdMD54123456789/305592019-10-25 10:30:18.67oai:repositorio.ufpe.br:123456789/30559TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T13:30:18Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical
title Cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical
spellingShingle Cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical
BEZERRA, Marcos Eugênio Ramalho
Cefaleia
Transtornos da cefaleia
Torcicolo
Distonia
Distonia cervical primária
title_short Cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical
title_full Cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical
title_fullStr Cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical
title_full_unstemmed Cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical
title_sort Cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical
author BEZERRA, Marcos Eugênio Ramalho
author_facet BEZERRA, Marcos Eugênio Ramalho
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5546354922950816
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8338928817559947
dc.contributor.author.fl_str_mv BEZERRA, Marcos Eugênio Ramalho
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv ROCHA FILHO, Pedro Augusto Sampaio
contributor_str_mv ROCHA FILHO, Pedro Augusto Sampaio
dc.subject.por.fl_str_mv Cefaleia
Transtornos da cefaleia
Torcicolo
Distonia
Distonia cervical primária
topic Cefaleia
Transtornos da cefaleia
Torcicolo
Distonia
Distonia cervical primária
description Introdução: A distonia crânio-cervical é uma forma de distonia, focal ou segmentar em sua distribuição, classicamente conhecida como torcicolo espasmódico quando em sua forma cervical pura primária, sendo a distonia mais comumente associada a dores. Apesar de incluída como cefaleia secundária desde 2004 na Classificação Internacional das Cefaleias, a cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical até hoje não conta com uma descrição adequada, seja de suas características clínicas, epidemiológicas ou terapêuticas, sendo considerada rara. Objetivos: Este trabalho visa determinar a prevalência da cefaleia associada à distonia crânio-cervical segundo critérios da terceira edição da Classificação Internacional das Cefaleias, estudar as características clínicas desta cefaleia secundária, estudar o impacto da cefaleia associada à distonia crânio-cervical na vida dos pacientes, e verificar se sintomas depressivos e ansiosos são associados à cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical. Métodos: O estudo foi realizado no ambulatório de Neurologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, incluindo pacientes com distonia cervical maiores de idade. Foram utilizados para coletas de dados: questionário semi-estruturado contendo dados sócio-demográficos e clínicos; diário de cefaleias; versão brasileira do Headache Impact Test (HIT-6); versão brasileira do Short Form-36 Health Survey (SF-36); questionário Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS); escala Toronto Western Spasmodic Torticollis Rating Scale (TWSTRS); versão brasileira do McGill Pain Questionnaire. Os pacientes incluídos foram divididos em três grupos – com cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical, com outras cefaleias e sem cefaleias – avaliados em três consultas consecutivas: inicial, após 4 semanas e após 16 semanas. Os pacientes com distonia foram ainda comparados com outros pacientes atendidos na rede de atenção primária em relação às características das suas cefaleias, e a qualidade de vida dos pacientes com distonia foi comparada aos dados referenciais da população brasileira. Resultados: Foram incluídos 24 pacientes, 14 mulheres, idade média de 46,0 ± 13,4 anos, 19 referindo dores (79,1%). Dezoito pacientes (75,0%) apresentavam cefaleias, sete destes (29,2%) preenchendo critérios para cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical, todos referindo crises de padrão similar à migrânea. Os escores de dor e incapacidade entre os pacientes com cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical eram significativamente piores que entre os pacientes sem cefaleias. Observou-se uma redução significativa do impacto da cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical em paralelo à melhoria da distonia após tratamento com toxina botulínica entre a primeira e segunda avaliação. Os escores de qualidade de vida, depressão e ansiedade não demonstraram diferença entre os grupos nas três avaliações. Pacientes com cefaleia e distonia apresentaram escores de qualidade de vida piores que a população geral, considerando-se os dados referenciais brasileiros. Pacientes com distonia cervical tem um risco aumentado de depressão e migrânea quando comparados com outros pacientes atendidos na atenção primária. Conclusões: A cefaleia atribuída à distonia crânio-cervical é uma entidade menos rara quanto previamente pensada, podendo ser considerada um possível sintoma não motor associado à distonia crânio-cervical. A presença de cefaleias entre pacientes com distonia crânio-cervical pode contribuir para um aumento das dores nos indivíduos afetados e piora de sua qualidade de vida.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-08-26
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-05-08T22:01:18Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-05-08T22:01:18Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30559
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30559
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30559/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Marcos%20Eug%c3%aanio%20Ramalho%20Bezerra.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30559/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Marcos%20Eug%c3%aanio%20Ramalho%20Bezerra.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30559/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30559/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30559/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Marcos%20Eug%c3%aanio%20Ramalho%20Bezerra.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 360a1cea4f7f86c1bfff7d8a90b533ee
a05e91da221cf09868c7b4c1120ec06c
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
d0399597640a1b7cd95809fad68d15fd
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1797780635788509184