A impunidade de agentes estatais nos casos julgados pela Corte Interamericana de Direitos Humanos
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Data de Publicação: | 2018 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32710 |
Resumo: | A presente tese teve como objetivo pesquisar os motivos de não se cumprirem integralmente as medidas de reparação que a Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) impôs aos Estados para investigar, julgar e condenar os agentes estatais responsáveis por violações de direitos humanos. Para tanto, realizou-se uma análise em dois planos: (a) no internacional (sistêmico), discutiu-se sobre as estruturas existentes no sistema interamericano que não têm funcionado a contento para persuadir os Estados a cumprirem integralmente as sentenças; e (b) no estatal, investigou-se o andamento dos processos nacionais que buscam punir os agentes estatais que a Corte IDH julgou. Desta forma, a análise do sistema interamericano teve como foco o mecanismo de supervisão de sentenças da Corte IDH, realizando-se uma abordagem comparativa com o mecanismo de supervisão de sentenças do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Para análise das sentenças da Corte IDH, utilizou-se o método exploratório-descritivo, com uma coleta de dados das sentenças e resoluções de supervisão entre os anos de 2001 e 2015. Os resultados da análise mostraram que o sistema interamericano aprovou um deficiente mecanismo político de supervisão, verificando-se uma omissão dos órgãos políticos da Organização dos Estados Americanos (OEA) quanto à discussão dos descumprimentos das sentenças. Os principais resultados também apontam que apenas três países (Colômbia, Guatemala e Peru) somam o equivalente a 53% das sentenças, estados estes que possuíram em comum, entre as décadas de 1960 e 1990, guerras civis e guerrilhas comunistas, e os dois últimos governos militares. Ademais, mais da metade das ações tendentes a punir os responsáveis nos países estão em fase de investigação ou sem réus identificados, o que revela que o maior empecilho se encontra nos órgãos policiais e Ministério Público. A análise relevou que a maioria dos crimes ocorreu na década de 1980 e 1990, no entanto, mais da metade não tiveram andamento processual relevante. Os casos mais antigos ocorreram entre 45 e 43 anos atrás. Este fato mostra a dificuldade que os Estados têm de trabalhar para investigar e julgar os crimes que são alvo de sentenças da Corte IDH. Em relação aos tipos de crimes, estão em primeiro lugar o assassinato, seguido de tortura e desaparecimento forçado, este último ocorreu em três dos casos em períodos democráticos, mas a tortura e o assassinato continuam frequentes também nestes regimes. |
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Desta forma, a análise do sistema interamericano teve como foco o mecanismo de supervisão de sentenças da Corte IDH, realizando-se uma abordagem comparativa com o mecanismo de supervisão de sentenças do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Para análise das sentenças da Corte IDH, utilizou-se o método exploratório-descritivo, com uma coleta de dados das sentenças e resoluções de supervisão entre os anos de 2001 e 2015. Os resultados da análise mostraram que o sistema interamericano aprovou um deficiente mecanismo político de supervisão, verificando-se uma omissão dos órgãos políticos da Organização dos Estados Americanos (OEA) quanto à discussão dos descumprimentos das sentenças. Os principais resultados também apontam que apenas três países (Colômbia, Guatemala e Peru) somam o equivalente a 53% das sentenças, estados estes que possuíram em comum, entre as décadas de 1960 e 1990, guerras civis e guerrilhas comunistas, e os dois últimos governos militares. Ademais, mais da metade das ações tendentes a punir os responsáveis nos países estão em fase de investigação ou sem réus identificados, o que revela que o maior empecilho se encontra nos órgãos policiais e Ministério Público. A análise relevou que a maioria dos crimes ocorreu na década de 1980 e 1990, no entanto, mais da metade não tiveram andamento processual relevante. Os casos mais antigos ocorreram entre 45 e 43 anos atrás. Este fato mostra a dificuldade que os Estados têm de trabalhar para investigar e julgar os crimes que são alvo de sentenças da Corte IDH. Em relação aos tipos de crimes, estão em primeiro lugar o assassinato, seguido de tortura e desaparecimento forçado, este último ocorreu em três dos casos em períodos democráticos, mas a tortura e o assassinato continuam frequentes também nestes regimes.FACEPEThe purpose of this thesis was to investigate the reasons for not fully complying with the reparation measures that the Inter-American Court of Human Rights (IACHR) imposed on states to investigate, prosecute and condemn state agents responsible for human rights violations. In order to do so, an analysis was made on two levels: (a) in the (systemic) international, the structures in the inter-American system that have not worked satisfactorily to persuade States to comply with the sentences have been discussed; and (b) in the state, investigated the progress of the national processes that seek to punish the state agents that the IACHR judged. Thus, the analysis of the inter-American system focused on the mechanism for supervising the judgments of the Inter-American Court of Human Rights, with a comparative approach to the mechanism for supervision of judgments of the European Court of Human Rights. For the analysis of the decisions of the Inter-American Court, the exploratory-descriptive method was used, with a data collection of the sentences and resolutions of supervision between the years of 2001 and 2015. The results of the analysis showed that the inter-American system approved a deficient political mechanism (OAS) regarding the discussion of non-compliance with the judgments. The main results also point out that only three countries (Colombia, Guatemala and Peru) add up to 53% of the sentences, which have had in common between the 1960s and 1990s, civil wars and communist guerrillas, and the last two governments. In addition, more than half of the actions aimed at punishing those responsible in the countries are in the investigation phase or without identified defendants, which shows that the greatest obstacle is found in the police and prosecution services. The analysis revealed that most crimes occurred in the 1980s and 1990s, however, more than half did not have relevant procedural progress. The oldest cases occurred between 45 and 43 years ago. This fact shows the difficulty that states have to work to investigate and prosecute the crimes that are the subject of the decisions of the Inter-American Court. In relation to the types of crimes, murder, followed by torture and forced disappearance, was the first in three cases in democratic times, but torture and murder are still frequent in these regimes.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Ciencia PoliticaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCiência políticaServidores públicosImpunidadeSentenças condenatóriasAgentes estataisCumprimento de sentençasA impunidade de agentes estatais nos casos julgados pela Corte Interamericana de Direitos Humanosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Rodrigo de Almeida Leite.pdf.jpgTESE Rodrigo de Almeida Leite.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1213https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32710/5/TESE%20Rodrigo%20de%20Almeida%20Leite.pdf.jpg662c11ad985b8fcd3c07a057bdaa620bMD55ORIGINALTESE Rodrigo de Almeida Leite.pdfTESE Rodrigo de Almeida Leite.pdfapplication/pdf2675951https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32710/1/TESE%20Rodrigo%20de%20Almeida%20Leite.pdfe110000ff22f11f8674c392a1caf8a4bMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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