Desenvolvimento de nanoinibidores enzimáticos para a enzima tirosinase : interação molecular, mecanismo e cinética inibitória
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Data de Publicação: | 2021 |
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Resumo: | A tirosinase é uma enzima que atua catalisando a o-hidroxilação e a consecutiva oxidação de compostos fenólicos, tendo papel chave na produção de melanina. Logo, desordens de pigmentação estão diretamente ligadas a ação desta enzima, como hiperpigmentação, melasmas e câncer, o que a torna um marcador sensível, uma vez que ela é super-expressa durante tais desordens. Por isso, muitos inibidores de fontes naturais e sintéticas têm sido estudados para inibir a tirosinase, porém possuem desvantagens quanto a toxicidade, baixa estabilidade e solubilidade, e biocompatibilidade. Nesse cenário, nanopartículas de carbono (CDs) surgem como candidatos promissores para inibição enzimática, sendo a proposta desse trabalho sintetizar e caracterizar quatro CDs utilizando técnicas espectroscópicas (FTIR, UV-vis) e investigar suas propriedades de interação e inibição usando experimentos espectroscópicos (UV-vis, Espectroscopia de Fluorescência) e cinéticos. Os resultados expõem que os CDs hidrofóbicos contendo grupos superficiais amínicos e carboxil aumentaram a capacidade de inibição da tirosinase (IC50) para a faixa nanomolar para todas as quatro nanopartículas. Além disso, todos os CDs apresentam interações moderadas com a enzima com constantes de associação Ka ≈ 10^6 M-1, interagindo de forma espontânea (ΔG<0) e foram inibidores da tirosinase até três ordens de grandeza mais potentes que o inibidor comercial ácido kójico e aproximadamente duas a três ordens de grandeza mais efetivos que as nanopartículas de amido relatadas anteriormente. Dentre as quatro nanopartículas, as que mostraram a presença de grupos NH em sua superfície foram as que mostraram maior afinidade e capacidade de inibição, sendo estes os melhores inibidores desse trabalho: MnCdots (Ki = 44,28 ± 8,83 nM) e EuCdots (Ki = 234,8 ± 31,75 nM), evidenciando que a presença desses grupos pode ser um diferencial na inibição. Cada um dos quatro CDs inibiu a tirosinase de formas diferentes (Cdots competitivo, FeCdots acompetitivo, MnCdots misto e EuCdots não-competitivo), realizando interações hidrofóbicas, exceto EuCdots com interações hidrofóbicas e de ligações de hidrogênio, provavelmente por possuir mais grupos amina. |
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BARROS, Marcela Jacinta Rodrigues dehttp://lattes.cnpq.br/8312053654209952http://lattes.cnpq.br/4215225925783359NEVES, Jorge Luiz2021-04-28T18:55:24Z2021-04-28T18:55:24Z2021-02-25BARROS, Marcela Jacinta Rodrigues de. Desenvolvimento de nanoinibidores enzimáticos para a enzima tirosinase: interação molecular, mecanismo e cinética inibitória. 2021. Dissertação (Mestrado em Química) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40014ark:/64986/0013000004ghmA tirosinase é uma enzima que atua catalisando a o-hidroxilação e a consecutiva oxidação de compostos fenólicos, tendo papel chave na produção de melanina. Logo, desordens de pigmentação estão diretamente ligadas a ação desta enzima, como hiperpigmentação, melasmas e câncer, o que a torna um marcador sensível, uma vez que ela é super-expressa durante tais desordens. Por isso, muitos inibidores de fontes naturais e sintéticas têm sido estudados para inibir a tirosinase, porém possuem desvantagens quanto a toxicidade, baixa estabilidade e solubilidade, e biocompatibilidade. Nesse cenário, nanopartículas de carbono (CDs) surgem como candidatos promissores para inibição enzimática, sendo a proposta desse trabalho sintetizar e caracterizar quatro CDs utilizando técnicas espectroscópicas (FTIR, UV-vis) e investigar suas propriedades de interação e inibição usando experimentos espectroscópicos (UV-vis, Espectroscopia de Fluorescência) e cinéticos. Os resultados expõem que os CDs hidrofóbicos contendo grupos superficiais amínicos e carboxil aumentaram a capacidade de inibição da tirosinase (IC50) para a faixa nanomolar para todas as quatro nanopartículas. Além disso, todos os CDs apresentam interações moderadas com a enzima com constantes de associação Ka ≈ 10^6 M-1, interagindo de forma espontânea (ΔG<0) e foram inibidores da tirosinase até três ordens de grandeza mais potentes que o inibidor comercial ácido kójico e aproximadamente duas a três ordens de grandeza mais efetivos que as nanopartículas de amido relatadas anteriormente. Dentre as quatro nanopartículas, as que mostraram a presença de grupos NH em sua superfície foram as que mostraram maior afinidade e capacidade de inibição, sendo estes os melhores inibidores desse trabalho: MnCdots (Ki = 44,28 ± 8,83 nM) e EuCdots (Ki = 234,8 ± 31,75 nM), evidenciando que a presença desses grupos pode ser um diferencial na inibição. Cada um dos quatro CDs inibiu a tirosinase de formas diferentes (Cdots competitivo, FeCdots acompetitivo, MnCdots misto e EuCdots não-competitivo), realizando interações hidrofóbicas, exceto EuCdots com interações hidrofóbicas e de ligações de hidrogênio, provavelmente por possuir mais grupos amina.FACEPETyrosinase is an enzyme that acts by catalyzing o-hydroxylation and the consecutive oxidation of phenolic compounds and has a key role in the production of melanin, therefore pigmentation disorders are directly linked to the action of this enzyme, such as hyperpigmentation, melasmas and cancer, which it makes it a sensitive marker, since it is overexpressed during such disorders. For this reason, many inhibitors from natural and synthetic sources have been studied to inhibit tyrosinase, however they have disadvantages in terms of toxicity, low stability and solubility, and biocompatibility. In this scenario, carbon nanoparticles (CDs) appear as promising candidates for enzymatic inhibition, the purpose of this work being to synthesize, characterize four CDs using spectroscopic techniques (FTIR, UV-vis) and investigate their interaction and inhibition properties using spectroscopic experiments (UV-vis, Fluorescence Spectroscopy) and kinetic. The results show that hydrophobic CDs containing amine and carboxyl surface groups increased the tyrosinase inhibition capacity (IC50) for the nanomolar range for all four nanoparticles. In addition, all CDs have moderate interactions with the enzyme with Ka ≈ 10^6 M-1 association constants, interacting spontaneously (ΔG <0) and inhibited tyrosinase activity up to three orders of magnitude more potently than the commercial kojic acid inhibitor and approximately two to three orders of magnitude more effective than the starch nanoparticles previously reported. Among the four nanoparticles, the ones that showed the presence of NH groups on their surface were the ones that showed greater affinity and inhibition capacity, these being the best inhibitors of this work: MnCdots (Ki = 44.28 ± 8.83 nM) and EuCdots (Ki = 234.8 ± 31.75 nM), showing that the presence of these groups can be a differential in inhibition. Each of the four CDs inhibited tyrosinase in different ways (competitive Cdots, uncompetitive FeCdots, mixed MnCdots and non-competitive EuCdots), performing hydrophobic interactions, except EuCdots with hydrophobic and hydrogen bonding interactions, probably because it has more amine groups.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em QuimicaUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessQuímica inorgânicaTirosinaseCarbono dotsInibiçãoDesenvolvimento de nanoinibidores enzimáticos para a enzima tirosinase : interação molecular, mecanismo e cinética inibitóriainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTDISSERTAÇÃO Marcela Jacinta Rodrigues de Barros.pdf.txtDISSERTAÇÃO Marcela Jacinta Rodrigues de Barros.pdf.txtExtracted texttext/plain126860https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40014/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Marcela%20Jacinta%20Rodrigues%20de%20Barros.pdf.txt8cfbee30e3ba309c7304081e20db1b2fMD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Marcela Jacinta Rodrigues de Barros.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Marcela Jacinta Rodrigues de Barros.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1339https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40014/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Marcela%20Jacinta%20Rodrigues%20de%20Barros.pdf.jpg0376e8855acaf3c98f4b5dca76acfbe0MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Marcela Jacinta Rodrigues de Barros.pdfDISSERTAÇÃO Marcela Jacinta Rodrigues de Barros.pdfapplication/pdf2887791https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40014/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Marcela%20Jacinta%20Rodrigues%20de%20Barros.pdf8ca193de6347b431b85ba5b3023fe92fMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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A tirosinase é uma enzima que atua catalisando a o-hidroxilação e a consecutiva oxidação de compostos fenólicos, tendo papel chave na produção de melanina. Logo, desordens de pigmentação estão diretamente ligadas a ação desta enzima, como hiperpigmentação, melasmas e câncer, o que a torna um marcador sensível, uma vez que ela é super-expressa durante tais desordens. Por isso, muitos inibidores de fontes naturais e sintéticas têm sido estudados para inibir a tirosinase, porém possuem desvantagens quanto a toxicidade, baixa estabilidade e solubilidade, e biocompatibilidade. Nesse cenário, nanopartículas de carbono (CDs) surgem como candidatos promissores para inibição enzimática, sendo a proposta desse trabalho sintetizar e caracterizar quatro CDs utilizando técnicas espectroscópicas (FTIR, UV-vis) e investigar suas propriedades de interação e inibição usando experimentos espectroscópicos (UV-vis, Espectroscopia de Fluorescência) e cinéticos. Os resultados expõem que os CDs hidrofóbicos contendo grupos superficiais amínicos e carboxil aumentaram a capacidade de inibição da tirosinase (IC50) para a faixa nanomolar para todas as quatro nanopartículas. Além disso, todos os CDs apresentam interações moderadas com a enzima com constantes de associação Ka ≈ 10^6 M-1, interagindo de forma espontânea (ΔG<0) e foram inibidores da tirosinase até três ordens de grandeza mais potentes que o inibidor comercial ácido kójico e aproximadamente duas a três ordens de grandeza mais efetivos que as nanopartículas de amido relatadas anteriormente. Dentre as quatro nanopartículas, as que mostraram a presença de grupos NH em sua superfície foram as que mostraram maior afinidade e capacidade de inibição, sendo estes os melhores inibidores desse trabalho: MnCdots (Ki = 44,28 ± 8,83 nM) e EuCdots (Ki = 234,8 ± 31,75 nM), evidenciando que a presença desses grupos pode ser um diferencial na inibição. Cada um dos quatro CDs inibiu a tirosinase de formas diferentes (Cdots competitivo, FeCdots acompetitivo, MnCdots misto e EuCdots não-competitivo), realizando interações hidrofóbicas, exceto EuCdots com interações hidrofóbicas e de ligações de hidrogênio, provavelmente por possuir mais grupos amina. |
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