Presença de incontinência urinaria oculta, diabetes, obesidade, gravidade do prolapso e tipo de reparo cirúrgico como fatores de risco para incontinência urinária de esforço de novo em mulheres submetidas a tratamento cirúrgico de prolapso de órgãos pélvicos : revisão sistemática e metanálise
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54281 |
Resumo: | A Sociedade Internacional de Continência e a Associação Internacional de Uroginecologia ainda não padronizaram a definição para Incontinência Urinária de Esforço de novo (IUE de novo), entretanto estudos realizados nos últimos anos a definem por desenvolvimento de IUE após cirurgia para correção do prolapso de órgãos pélvicos (POP), em mulheres previamente continentes. Os mecanismos pelos quais a IUE de novo pode surgir, contudo, ainda não estão esclarecidos. O conhecimento dos fatores que predizem esse desfecho após a correção cirúrgica do POP seria essencial para avaliar se um procedimento anti-incontinência concomitante deveria ser realizado. O objetivo desta revisão sistemática e metanálise foi identificar fatores de risco (Índice de Massa Corporal elevado, estágio de prolapso de órgão pélvico antes da cirurgia, presença de Incontinência urinária oculta (IUO), tipo de cirurgia e diabetes mellitus) para IUE de novo. Com registro no PROSPERO sob número CRD42021293764, foi realizada a revisão sistemática seguindo as recomendações do MOOSE, nas bases de dados Pubmed, EMBASE, Scopus, CINAHL, LILACS até 22 de julho 2022, com a análise de dados realizada com Review Manager, Version 5.4.1, The Cochrane Collaboration, 2020. Foram identificados 2242 artigos, incluídos nove estudos de coorte na revisão sistemática e sete na metanálise. A análise do risco de viés foi realizada pela escala Newcastle-Ottawa e a certeza da evidência dos fatores de exposição investigados, avaliada pelo GRADE para cada desfecho. Com a realização da metanálise foi evidenciada a associação entre IUO (n: 422; OR: 2.01; IC 95%: 1.26 – 3.22; p=0.004), diabetes (n: 1213; OR: 2.35; IC 95%: 1.30-4.26; p=0.005) e POP em estágio avançado (n: 1003; OR: 1.94; IC95%: 1.14- 3.30; p=0.01) com a IUE de novo. Não foi possível realizar metanálise para o tipo de cirurgia realizado, entretanto na revisão sistemática foi encontrado dados importantes. Um estudo que comparou sacrocolpopexia abdominal (ASCP) com sacrocolpopexia minimamente invasiva e evidenciou que as mulheres que realizaram ASCP tinham mais chances de desenvolver IUE novo (n: 77; OR: 4.73; IC95%: 1,56-14.34; p= 0.005). Outro estudo comparou as mulheres que realizaram tela transvaginal (TVM) com as que realizaram sacrocolpexia assistida por robô (RSC) e identificaram maior chance de desenvolver IUE de novo entre as que realizaram TVM (n: 76; OR: 6.74; IC95% 1.35-33.75; p=0.02). Não foi possível realizar metanálise do fator de exposição IMC elevado ou obesidade devido diferenças em relação ao método de avaliação entre os artigos incluídos. Esta metanálise mostrou que incontinência oculta, diabetes e prolapso grave foram associados à IUE de novo e podem ser grupos elegíveis para procedimentos anti-incontinência concomitantes ao reparo do POP. |
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Dissertação (Mestrado em Cirurgia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54281ark:/64986/0013000008cxhA Sociedade Internacional de Continência e a Associação Internacional de Uroginecologia ainda não padronizaram a definição para Incontinência Urinária de Esforço de novo (IUE de novo), entretanto estudos realizados nos últimos anos a definem por desenvolvimento de IUE após cirurgia para correção do prolapso de órgãos pélvicos (POP), em mulheres previamente continentes. Os mecanismos pelos quais a IUE de novo pode surgir, contudo, ainda não estão esclarecidos. O conhecimento dos fatores que predizem esse desfecho após a correção cirúrgica do POP seria essencial para avaliar se um procedimento anti-incontinência concomitante deveria ser realizado. 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The goal of this systematic review and meta-analysis was to identify risk factors (elevated Body Masss Index, stage of pelvic prolapse before surgery, presence of occult urinary incontinence, type of surgery and diabetes mellitus) for the de novo SUI. After registration at PROSPERO under the number CRD42021293764, a systematic review following MOOSE recommendations was executed on the Pubmed, EMBASE, Scopus, CINAHL, LILACS databases until July 2022, with data analysis executed with Review Manager, Version 5.4.1, The Cochrane Collaboration, 2020. A total amount of 2242 articles were identified, and nine and seven cohort studies were included on systematic review and meta-analysis, respectively. The analysis of risk of bias and the certainty of evidence of investigated exposure factors for each outcome were assessed, respectively, by Newcastle-Ottawa scale and GRADE. The meta- analysis evidenced occult urinary incontinence (n: 422; OR? 2.01; IC 95%: 1.26 – 3.22; p=0.004), diabetes (n: 1213; OR: 2.35; IC 95%: 1.30-4.26; p=0.005), and POP advanced stage (n: 1003; OR: 1.94; IC95%: 1.14-3.30; p=0.01) were associated with de novo SUI. Systematic review was performed for studying the association between type of surgery and de novo SUI. A study compared abdominal sacrocolpopexy (ASCP) with minimally invasive sacrocolpopexy (MISCP). The women that performed ASCP had more chances of developing SUI (n: 77; OR: 4.73; IC95%: 1,56-14.34; p= 0.005); Another study compared women that performed transvaginal mesh (TVM) and robot-assisted sacrocolpexy (RSC) and was identified that women that had been submitted to TVM had more chance of developing de novo SUI (n: 76; OR: 6.74; IC95% 1.35-33.75; p=0.02). It was not possible to execute a statistical analysis of the high BMI exposure factor/obesity due to difference in the evaluation method between the articles included. This meta-analysis showed that occult incontinence, diabetes and severe were associated with de novo SUI and could be eligible groups patients for concomitant anti-incontinence procedures to POP repair.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em CirurgiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessIncontinência urinaria de esforçoProlapso de órgãos pélvicosFatores de riscoEpidemiologiaIncontinência urinária de novoPresença de incontinência urinaria oculta, diabetes, obesidade, gravidade do prolapso e tipo de reparo cirúrgico como fatores de risco para incontinência urinária de esforço de novo em mulheres submetidas a tratamento cirúrgico de prolapso de órgãos pélvicos : revisão sistemática e metanáliseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Ianne Kaline Bezerra Oliveira.pdfDISSERTAÇÃO Ianne Kaline Bezerra Oliveira.pdfapplication/pdf2752500https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/54281/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ianne%20Kaline%20Bezerra%20Oliveira.pdf0057ff83219a935ecc3a22f8d68cde81MD51TEXTDISSERTAÇÃO Ianne Kaline Bezerra Oliveira.pdf.txtDISSERTAÇÃO Ianne Kaline Bezerra Oliveira.pdf.txtExtracted texttext/plain107949https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/54281/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ianne%20Kaline%20Bezerra%20Oliveira.pdf.txtafe6846d275c3632d258429021baea12MD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Ianne Kaline Bezerra Oliveira.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Ianne Kaline Bezerra Oliveira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1297https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/54281/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ianne%20Kaline%20Bezerra%20Oliveira.pdf.jpg170617188e83035ec34efce46af43a5fMD55CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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OLIVEIRA, Ianne Kaline Bezerra. Presença de incontinência urinaria oculta, diabetes, obesidade, gravidade do prolapso e tipo de reparo cirúrgico como fatores de risco para incontinência urinária de esforço de novo em mulheres submetidas a tratamento cirúrgico de prolapso de órgãos pélvicos: revisão sistemática e metanálise. 2022. Dissertação (Mestrado em Cirurgia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022. |
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