Osmofobia e cefaleia desencadeada por odores em pacientes com migrânea e cefaleia do tipo tensional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva-Néto, Raimundo Pereira da
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12760
Resumo: Migrânea manifesta-se por episódios recorrentes de cefaleia e sintomas associados, que inclu-em: náusea, vômitos, fotofobia e fonofobia. Além destes, pode ocorrer osmofobia, uma intole-rância aos odores associada às cefaleias primárias, principalmente à migrânea, tanto na crise como no período intercrise. Objetivos: Caracterizar odorantes referidos como desencadeado-res de crises de migrânea e avaliar a acurácia da osmofobia no diagnóstico de migrânea. Paci-entes e Métodos: Este foi um estudo transversal analisando amostra não aleatória, de conve-niência, no período de agosto a dezembro de 2011. Foram 400 pacientes, sendo 200 com mi-grânea e 200 com cefaleia do tipo tensional, de acordo com os critérios diagnósticos da Inter-national Classification of Headache Disorders – second edition. Através de questionário, fo-ram entrevistados sobre odorantes deflagradores de cefaleia, tempo de surgimento da dor após exposição e osmofobia durante a crise e no período intercrise. Os odorantes foram distribuídos em oito categorias: odores fétidos, perfumes, derivados de petróleo, inseticidas, produtos de limpeza, de culinária e beleza e outros. Resultados: Dos 400 entrevistados, 219 (54,8%) eram mulheres e 181 (45,2%) homens. A idade variou de 22 a 58 anos (38,6±0,5 anos, IC95% 37,6-39,6). Dos 200 pacientes com migrânea, 182 (91,0%) eram mulheres e 18 (9,0%) homens e dos 200 pacientes com cefaleia do tipo tensional, 37 (18,5%) eram mulheres e 163 (81,5%) homens. A razão masculino/feminino para migrânea e cefaleia do tipo tensional foi igual, res-pectivamente, a 0,1:1 e 4,4:1,0. A idade dos pacientes com migrânea e cefaleia do tipo tensio-nal foi, respectivamente, 37,3±0,6 (IC95% 36,0-38,6) e 40,0±0,7 (IC95% 38,5-41,4) anos. As diferenças para sexo (p<0,001, 2) e idade (p=0,008, Mann-Whitney) foram significantes. Houve desencadeamento da cefaleia por odores decorridos 25,5±1,9 minutos e mediana de 20 minutos da exposição em 70,0% (140/200) dos pacientes com migrânea e em nenhum com ce-faleia do tipo tensional, do que decorreu baixa sensibilidade (70,0%, IC95%=63,1-76,2) e alta especificidade (100,0%, IC95%=97,6-100,0). Os odores desencadeantes de cefaleia distribuí-ram-se nessa ordem de frequência: perfumes (106/140; 75,7%), tintas (59/140; 42,1%), gaso-lina (40/140; 28,6%) e água sanitária (38/140; 27,1%). Houve significância na associação de odores desencadeantes de migrânea, especialmente entre perfumes com produtos de limpeza (Phi=-0,459), de culinária (Phi=0,238), de beleza (Phi=-0,213) e com odores fétidos (Phi=-0,582). Durante a crise, osmofobia ocorreu em 86,0% (172/200) dos pacientes com migrânea e em 6,0% (12/200) daqueles com cefaleia do tipo tensional. Na migrânea, osmofobia esteve as-sociada com fotofobia e fonofobia (66/200; 33,0%) ou com náusea, fotofobia e fonofobia (107/200; 53,5%) e apresentou alta sensibilidade (86,0%, IC95%=80,2-90,3) e especificidade (94,0%, IC95%=89,5-96,7), com baixos percentuais de falsos positivos (6,5%, IC95%=3,6-11,4) e negativos (13,0%, IC95%=8,9-18,4). No período intercrise, osmofobia foi restrita a pacientes migranosos (48/200; 24,0%). As áreas sob as curvas ROC foram: 0,903±0,017 para osmofobia durante crise; 0,784±0,025 intercrise; 0,807±0,023 para fotofobia/fonofobia e 0,885±0,017 para desencadeamento de dor por odores. Conclusões: As substâncias odorantes desencadearam crises de migrânea nessa ordem de frequência: perfumes, tintas, gasolina e á-gua sanitária. Osmofobia predominou em pacientes com migrânea e poderá ser um marcador específico para diferenciar migrânea de cefaleia do tipo tensional.
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Através de questionário, fo-ram entrevistados sobre odorantes deflagradores de cefaleia, tempo de surgimento da dor após exposição e osmofobia durante a crise e no período intercrise. Os odorantes foram distribuídos em oito categorias: odores fétidos, perfumes, derivados de petróleo, inseticidas, produtos de limpeza, de culinária e beleza e outros. Resultados: Dos 400 entrevistados, 219 (54,8%) eram mulheres e 181 (45,2%) homens. A idade variou de 22 a 58 anos (38,6±0,5 anos, IC95% 37,6-39,6). Dos 200 pacientes com migrânea, 182 (91,0%) eram mulheres e 18 (9,0%) homens e dos 200 pacientes com cefaleia do tipo tensional, 37 (18,5%) eram mulheres e 163 (81,5%) homens. A razão masculino/feminino para migrânea e cefaleia do tipo tensional foi igual, res-pectivamente, a 0,1:1 e 4,4:1,0. A idade dos pacientes com migrânea e cefaleia do tipo tensio-nal foi, respectivamente, 37,3±0,6 (IC95% 36,0-38,6) e 40,0±0,7 (IC95% 38,5-41,4) anos. As diferenças para sexo (p<0,001, 2) e idade (p=0,008, Mann-Whitney) foram significantes. Houve desencadeamento da cefaleia por odores decorridos 25,5±1,9 minutos e mediana de 20 minutos da exposição em 70,0% (140/200) dos pacientes com migrânea e em nenhum com ce-faleia do tipo tensional, do que decorreu baixa sensibilidade (70,0%, IC95%=63,1-76,2) e alta especificidade (100,0%, IC95%=97,6-100,0). Os odores desencadeantes de cefaleia distribuí-ram-se nessa ordem de frequência: perfumes (106/140; 75,7%), tintas (59/140; 42,1%), gaso-lina (40/140; 28,6%) e água sanitária (38/140; 27,1%). Houve significância na associação de odores desencadeantes de migrânea, especialmente entre perfumes com produtos de limpeza (Phi=-0,459), de culinária (Phi=0,238), de beleza (Phi=-0,213) e com odores fétidos (Phi=-0,582). Durante a crise, osmofobia ocorreu em 86,0% (172/200) dos pacientes com migrânea e em 6,0% (12/200) daqueles com cefaleia do tipo tensional. 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