As armadilhas do Programa de Aprendizagem Profissional como estratégia para o enfrentamento ao trabalho infantil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CASTRO, Antonia Ozana Silva Luna de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49724
Resumo: A presente dissertação busca analisar as tendências da Aprendizagem profissional a partir da análise da sua trajetória histórica, da problematização dos interesses e direcionamentos dos seus principais Aparelhos Privados de Hegemonia (APHs) e a sua atuação junto ao Estado, assim como os rebatimentos e os desafios para o enfrentamento ao trabalho infantil. Além disso, também se propõe a identificar a construção de um novo perfil de adolescente trabalhador e de uma determinada cultura do trabalho subjacente ao Programa de Aprendizagem, tomando como referência o período a partir do pós-golpe. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com base na análise dos principais documentos: Lei do Novo Ensino Médio no 13.415/2017; II Plano Nacional de Aprendizagem Profissional (2018-2022), aprovado pela Portaria no 335/2018; Relatório Final do Grupo de Trabalho Tripartite (GTT): Aprendizagem Profissional e empregabilidade de jovens, referente a 2022. Realizamos, também, levantamentos bibliográficos acerca do tema abordado e dos principais teóricos marxistas sobre a teoria da dependência, sobre a crítica à perspectiva dualista, a teoria do Estado ampliado e os APHs e a articulação desses assuntos com a política de educação e trabalho. Nesse sentido, pudemos perceber que, desde a sua gênese, tanto o Estado quanto seus principais APHs, a saber, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Serviço Nacional de Aprendizagem, através do Sistema S, vem direcionando a aprendizagem profissional de acordo com os interesses do mercado, através de “armadilhas” que são tecidas ao longo de sua trajetória, especialmente, através dos variados ajustes às normativas ao longo dos seus 22 anos, o que permitiu, por exemplo: mudar o foco do programa para os jovens e sua empregabilidade; abrir espaço para as instituições de ensino privado dentro do programa; implementar o Ensino a Distância no programa, articular a integração do Novo Ensino Médio à Educação Profissional, além das propostas de flexibilização da Aprendizagem encontradas no Relatório Final da Aprendizagem. Quanto ao programa, identificamos pelo menos 2 perfis de aprendizes que o acessam: um que possui mais possibilidades de inserção e outro com mais possibilidade de efetivação, o que nos revelou que os/as adolescentes egressos do trabalho infantil não apenas possuem mais dificuldade de inserção como também possuem menores possibilidades de efetivação. Eles também estão em ocupações ligadas, principalmente, ao setor administrativo (57%). Além disso, o empreendedorismo e o cooperativismo também são uma tendência bastante explorada nos programas de aprendizagem e fazem parte das suas diretrizes curriculares e dos seus planos de curso cujo direcionamento ocorre num contexto de precarização, desemprego, informalidade, como uma alternativa para a superação da pobreza, do trabalho infantil, dentre tantas outras situações de vulnerabilidades, a partir do esforço do próprio indivíduo, sem a mediação e proteção do Estado. Portanto, compreendemos que, na realidade, o programa de aprendizagem profissional enquanto política de enfrentamento ao trabalho infantil é constituído por “armadilhas” que contribuem para um perfil de trabalhador, forjado desde a adolescência, adaptado e moldado para um mercado precário, flexível, tecido na informalidade e no desemprego e incapaz de alterar significativamente a realidade do trabalho infantil no Brasil.
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Além disso, também se propõe a identificar a construção de um novo perfil de adolescente trabalhador e de uma determinada cultura do trabalho subjacente ao Programa de Aprendizagem, tomando como referência o período a partir do pós-golpe. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com base na análise dos principais documentos: Lei do Novo Ensino Médio no 13.415/2017; II Plano Nacional de Aprendizagem Profissional (2018-2022), aprovado pela Portaria no 335/2018; Relatório Final do Grupo de Trabalho Tripartite (GTT): Aprendizagem Profissional e empregabilidade de jovens, referente a 2022. Realizamos, também, levantamentos bibliográficos acerca do tema abordado e dos principais teóricos marxistas sobre a teoria da dependência, sobre a crítica à perspectiva dualista, a teoria do Estado ampliado e os APHs e a articulação desses assuntos com a política de educação e trabalho. Nesse sentido, pudemos perceber que, desde a sua gênese, tanto o Estado quanto seus principais APHs, a saber, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Serviço Nacional de Aprendizagem, através do Sistema S, vem direcionando a aprendizagem profissional de acordo com os interesses do mercado, através de “armadilhas” que são tecidas ao longo de sua trajetória, especialmente, através dos variados ajustes às normativas ao longo dos seus 22 anos, o que permitiu, por exemplo: mudar o foco do programa para os jovens e sua empregabilidade; abrir espaço para as instituições de ensino privado dentro do programa; implementar o Ensino a Distância no programa, articular a integração do Novo Ensino Médio à Educação Profissional, além das propostas de flexibilização da Aprendizagem encontradas no Relatório Final da Aprendizagem. Quanto ao programa, identificamos pelo menos 2 perfis de aprendizes que o acessam: um que possui mais possibilidades de inserção e outro com mais possibilidade de efetivação, o que nos revelou que os/as adolescentes egressos do trabalho infantil não apenas possuem mais dificuldade de inserção como também possuem menores possibilidades de efetivação. Eles também estão em ocupações ligadas, principalmente, ao setor administrativo (57%). Além disso, o empreendedorismo e o cooperativismo também são uma tendência bastante explorada nos programas de aprendizagem e fazem parte das suas diretrizes curriculares e dos seus planos de curso cujo direcionamento ocorre num contexto de precarização, desemprego, informalidade, como uma alternativa para a superação da pobreza, do trabalho infantil, dentre tantas outras situações de vulnerabilidades, a partir do esforço do próprio indivíduo, sem a mediação e proteção do Estado. Portanto, compreendemos que, na realidade, o programa de aprendizagem profissional enquanto política de enfrentamento ao trabalho infantil é constituído por “armadilhas” que contribuem para um perfil de trabalhador, forjado desde a adolescência, adaptado e moldado para um mercado precário, flexível, tecido na informalidade e no desemprego e incapaz de alterar significativamente a realidade do trabalho infantil no Brasil.This dissertation seeks to analyze the trends of the Professional Apprenticeship from the analysis of its historical trajectory, the problematization of the interests and directions of its main Private Apparatus of Hegemony (APHs) and their actions with the State, as well as the repercussions and challenges to combat child labor. In addition, it also proposes to identify the construction of a new profile of adolescent workers and a particular work culture underlying the Apprenticeship Program, taking as a reference the post-coup period. This is a qualitative research, based on the analysis of the main documents: New High School Law no13.415/2017; II National Plan for Professional Learning (2018 - 2022), approved by Ordinance no 335/2018; Final Report of the Tripartite Working Group (GTT): "Professional Learning and youth employability," referring to 2022." We also carried out bibliographic surveys about the theme addressed and the main Marxist theorists about the dependency theory, the critique of the dualist perspective, the theory of the expanded state and the APHs and the articulation of these issues with the education and labor policy. In this sense we could realize, that since the genesis of professional apprenticeship, both the State and its main APHs, namely, National Confederation of Industry (CNI) and National Apprenticeship Service, through the S System, has been directing it according to market interests, through "traps," which are woven throughout its trajectory, especially, through the varied normative adjustments throughout its 22 years, which allowed, for example: shifting the focus of the program to young people and their employability; opening space for private educational institutions within the program; implementing Distance Learning in the program, articulating the integration of the New High School to Professional Education, in addition to the proposals to make Apprenticeships more flexible found in the Final Report on Apprenticeships. As for the program, we have identified at least two profiles of apprentices who access it: one that has more possibilities of insertion and another with more chances of effectiveness, which revealed to us that the adolescents coming out of child labor not only have more difficulty in insertion but also have fewer chances of effectiveness. They are also in occupations linked, mainly, to the administrative sector (57%). In addition, entrepreneurship and cooperativism is also a widely explored trend in apprenticeship programs and are part of their curricular guidelines and course plans, whose direction occurs in a context of precarization, unemployment, informality, as an alternative to overcome poverty, child labor, among many other vulnerable situations, based on the individual's own efforts, without the mediation and protection of the State. Therefore, we understand that, in reality, the professional apprenticeship program as a policy to fight child labor is made up of "traps" that contribute to a worker profile, forged since adolescence, adapted and molded for a precarious and flexible market, woven in informality and unemployment and unable to significantly change the reality of child labor in Brazil.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Servico SocialUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPrograma de aprendizagemEducaçãoTrabalho infantilAs armadilhas do Programa de Aprendizagem Profissional como estratégia para o enfrentamento ao trabalho infantilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Antonia Ozana Silva Luna de Castro.pdfDISSERTAÇÃO Antonia Ozana Silva Luna de Castro.pdfapplication/pdf1737917https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/49724/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Antonia%20Ozana%20Silva%20Luna%20de%20Castro.pdfd78486769d2cf0836b4f92ce46f0d9b7MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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