Transplante ortotópico de fígado sem desvio veno-venoso pelas técnicas convencional e piggyback

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sérgio Vieira de Melo, Paulo
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2888
Resumo: Introdução: O transplante ortotópico de fígado é amplamente utilizado no tratamento das doenças hepáticas irreversíveis e sem possibilidade de tratamento clínico. Na realização desse procedimento, ao se empregar a técnica convencional, a veia cava retro-hepática é removida juntamente com o fígado nativo. A veia cava inferior (VCI), portanto, permanece clampeada até a revascularização do enxerto e, nesse período, ocorre diminuição do retorno venoso, que pode induzir queda do débito cardíaco (em até 50%), instabilidade hemodinâmica e diminuição da pressão de perfusão renal. A utilização do sistema de desvio veno-venoso (DVV) porto-fêmoro-axilar, onde o sangue proveniente da veia femoral e da veia porta retorna ao coração, pela veia axilar, impulsionado por uma bomba centrífuga, tem como objetivo minimizar os efeitos do clampeamento da VCI. Na técnica piggyback, o fígado nativo é retirado preservando-se a veia cava do receptor, que é clampeada apenas parcialmente. O Serviço de Transplante Hepático dos hospitais Universitário Oswaldo Cruz e Jayme da Fonte têm empregado as duas técnicas sem a utilização do DVV há dez anos. O objetivo do presente estudo foi comparar os resultados com a utilização das duas técnicas. Casuística e Métodos: Foram analisados, retrospectivamente, 195 pacientes, transplantados entre 1999 e 2008, sendo 125 pela técnica convencional sem desvio veno-venoso (grupo CON) e 70 pela técnica piggyback (grupo PB). Os dados referentes aos receptores, no período pré-transplante, e aos doadores foram comparáveis. Analisaram-se parâmetros transoperatórios (tempo cirúrgico, tempo de isquemia, uso de hemoderivados e diurese), suporte de terapia intensiva (tempo de permanência e uso de drogas vasoativas), período de intubação, período de internamento hospitalar, função renal, função do enxerto, variação de peso, complicações pós-operatórias, retransplante e sobrevida dos pacientes. Resultados: O grupo PB apresentou redução do tempo cirúrgico, do tempo de isquemia total, do tempo de isquemia quente, do uso de concentrado de hemácias e plasma fresco, do tempo de internamento hospitalar e da mortalidade em 30 dias (p<0,05). Não houve diferença com relação à diurese transoperatória, ao tempo de permanência e ao uso de drogas vasoativas na UTI, ao período de intubação, à função renal, à função do enxerto, à variação de peso, à necessidade de reoperação, à incidência de sepse, às complicações biliares, às complicações vasculares, à necessidade de retransplante e à sobrevida atuarial de seis meses. Conclusão: O transplante ortotópico de fígado pode ser realizado sem DVV, com bons resultados, tanto pela técnica convencional quanto pela técnica piggyback. Desde que não haja contra-indicação técnica ou previsão de tempo de isquemia prolongado, a técnica piggyback deve ser preferida
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A veia cava inferior (VCI), portanto, permanece clampeada até a revascularização do enxerto e, nesse período, ocorre diminuição do retorno venoso, que pode induzir queda do débito cardíaco (em até 50%), instabilidade hemodinâmica e diminuição da pressão de perfusão renal. A utilização do sistema de desvio veno-venoso (DVV) porto-fêmoro-axilar, onde o sangue proveniente da veia femoral e da veia porta retorna ao coração, pela veia axilar, impulsionado por uma bomba centrífuga, tem como objetivo minimizar os efeitos do clampeamento da VCI. Na técnica piggyback, o fígado nativo é retirado preservando-se a veia cava do receptor, que é clampeada apenas parcialmente. O Serviço de Transplante Hepático dos hospitais Universitário Oswaldo Cruz e Jayme da Fonte têm empregado as duas técnicas sem a utilização do DVV há dez anos. O objetivo do presente estudo foi comparar os resultados com a utilização das duas técnicas. Casuística e Métodos: Foram analisados, retrospectivamente, 195 pacientes, transplantados entre 1999 e 2008, sendo 125 pela técnica convencional sem desvio veno-venoso (grupo CON) e 70 pela técnica piggyback (grupo PB). Os dados referentes aos receptores, no período pré-transplante, e aos doadores foram comparáveis. Analisaram-se parâmetros transoperatórios (tempo cirúrgico, tempo de isquemia, uso de hemoderivados e diurese), suporte de terapia intensiva (tempo de permanência e uso de drogas vasoativas), período de intubação, período de internamento hospitalar, função renal, função do enxerto, variação de peso, complicações pós-operatórias, retransplante e sobrevida dos pacientes. Resultados: O grupo PB apresentou redução do tempo cirúrgico, do tempo de isquemia total, do tempo de isquemia quente, do uso de concentrado de hemácias e plasma fresco, do tempo de internamento hospitalar e da mortalidade em 30 dias (p<0,05). Não houve diferença com relação à diurese transoperatória, ao tempo de permanência e ao uso de drogas vasoativas na UTI, ao período de intubação, à função renal, à função do enxerto, à variação de peso, à necessidade de reoperação, à incidência de sepse, às complicações biliares, às complicações vasculares, à necessidade de retransplante e à sobrevida atuarial de seis meses. Conclusão: O transplante ortotópico de fígado pode ser realizado sem DVV, com bons resultados, tanto pela técnica convencional quanto pela técnica piggyback. Desde que não haja contra-indicação técnica ou previsão de tempo de isquemia prolongado, a técnica piggyback deve ser preferidaporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessTransplante hepáticoTécnica convencionalDesvio veno-venosoTécnica piggybackTransplante ortotópico de fígado sem desvio veno-venoso pelas técnicas convencional e piggybackinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo1354_1.pdf.jpgarquivo1354_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1428https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/2888/4/arquivo1354_1.pdf.jpg94d260f31a6cc2d52593bf08b9377a19MD54ORIGINALarquivo1354_1.pdfapplication/pdf3344224https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/2888/1/arquivo1354_1.pdf930b951b851e2e5fbe0ea652b1000fbaMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/2888/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo1354_1.pdf.txtarquivo1354_1.pdf.txtExtracted texttext/plain154707https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/2888/3/arquivo1354_1.pdf.txte8496340384d792c3e5a85f18cd35223MD53123456789/28882019-10-25 13:14:29.92oai:repositorio.ufpe.br:123456789/2888Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T16:14:29Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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