De estigma, de sangue até cuidados : mudos, mudas e ouvintes no sertão da Paraíba
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52224 |
Resumo: | Esta tese descreve formas de vida de “mudas”, “mudos” e ouvintes a partir de atos de cuidados produzidos ao longo do tempo. Inicialmente, aborda eventos político-sociais transnacionais e a história brasileira, relacionados ao processo de formação de Estado nação, em que a pessoa “muda” foi enlaçada, resultando em estigmatizações, assujeitamentos e formas de tutela. A atribuição depreciativa de “doido/doida” que “mudos/mudas” recebem no cotidiano é uma categoria analisada concretamente de como se conjugam ou se invertem na vida social local e extralocal, em diferentes tempos. Seguindo Veena Das, as narrativas, as classificações e as memórias mais íntimas elaboradas na vida doméstica são também políticas e históricas. Nesse sentido, as histórias pessoais e familiares, vistas através dos discursos e das práticas de cuidados, se conectam às formações políticas mais amplas das quais fazem parte, entendidas como “comunidades morais”, no sentido de Turner. A partir de reflexões etnográficas e sócio-históricas, examina como estas questões se cruzam em corpos que não são genéricos. Os corpos de “mudas”, “mudos” e ouvintes falam sobre doenças, deficiências, pobreza, protagonismos, famílias, gênero, geração, migração, relações de poder, estratégias de sobrevivência, instituições estatais e cuidados público e privado. Os cuidados inscritos e embebidos no movimento da vida são tecidos numa coprodução instável e contínua com estas categorias, que não são fixas. As ambiguidades das práticas e atribuições de cuidar cotidianamente, como as que envolvem atenção, negociação, afeto, conflitos, dinheiro, tempo, divisão do trabalho e dificuldades, são coconstituídas pelas linhas das correspondências e discordâncias das expectativas sociais do gênero, da geração, dos corpos, da classe, das instituições do Estado e dos códigos familiares. Os custos e os valores do (não) reconhecimento das diversas formas de produção de “cuidar de si e do outro” se visibilizam, tornando-se temas de reverberação política sócio-histórica e de discussões sobre experiências de desigualdades. |
id |
UFPE_65d8f49d8424a9488b3ad2191f1aab24 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/52224 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
ALBUQUERQUE, Carolina Barbosa dehttp://lattes.cnpq.br/5471357489195604http://lattes.cnpq.br/3496902001574617SCOTT, Russell Parry2023-09-13T17:41:29Z2023-09-13T17:41:29Z2022-02-16ALBUQUERQUE, Carolina Barbosa de. De estigma, de sangue até cuidados: mudos, mudas e ouvintes no sertão da Paraíba. 2022. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52224Esta tese descreve formas de vida de “mudas”, “mudos” e ouvintes a partir de atos de cuidados produzidos ao longo do tempo. Inicialmente, aborda eventos político-sociais transnacionais e a história brasileira, relacionados ao processo de formação de Estado nação, em que a pessoa “muda” foi enlaçada, resultando em estigmatizações, assujeitamentos e formas de tutela. A atribuição depreciativa de “doido/doida” que “mudos/mudas” recebem no cotidiano é uma categoria analisada concretamente de como se conjugam ou se invertem na vida social local e extralocal, em diferentes tempos. Seguindo Veena Das, as narrativas, as classificações e as memórias mais íntimas elaboradas na vida doméstica são também políticas e históricas. Nesse sentido, as histórias pessoais e familiares, vistas através dos discursos e das práticas de cuidados, se conectam às formações políticas mais amplas das quais fazem parte, entendidas como “comunidades morais”, no sentido de Turner. A partir de reflexões etnográficas e sócio-históricas, examina como estas questões se cruzam em corpos que não são genéricos. Os corpos de “mudas”, “mudos” e ouvintes falam sobre doenças, deficiências, pobreza, protagonismos, famílias, gênero, geração, migração, relações de poder, estratégias de sobrevivência, instituições estatais e cuidados público e privado. Os cuidados inscritos e embebidos no movimento da vida são tecidos numa coprodução instável e contínua com estas categorias, que não são fixas. As ambiguidades das práticas e atribuições de cuidar cotidianamente, como as que envolvem atenção, negociação, afeto, conflitos, dinheiro, tempo, divisão do trabalho e dificuldades, são coconstituídas pelas linhas das correspondências e discordâncias das expectativas sociais do gênero, da geração, dos corpos, da classe, das instituições do Estado e dos códigos familiares. Os custos e os valores do (não) reconhecimento das diversas formas de produção de “cuidar de si e do outro” se visibilizam, tornando-se temas de reverberação política sócio-histórica e de discussões sobre experiências de desigualdades.CAPESThese are the ways of life of deaf and listeners from acts of care sought over time. Initially, it addresses transnational social and political events and Brazilian history, connected to the process of nation-state formation, in which the deaf person was entangled, resulting in stigmatization, subjection and forms of tutelage. The derogatory attribution of “crazy” that deaf receive in everyday life is a category analyzed concretely on how they are conjugated or inverted in local and extralocal social life, at different times. Following Veena Das, the most intimate narratives, classifications and memories elaborated in domestic life are also political and historical. In this sense, personal and family histories, seen through the discourses and practices of care, are connected to the broader political formations of which they are part, understood as “moral communities” in Turner's sense. Based on ethnographic and socio-historical reflections, it examines how these issues intersect in bodies that are not generic. The bodies of deaf and listeners talk about diseases, disabilities, poverty, protagonists, families, gender, generation, migration, power relations, survival strategies, state institutions, public and private care. Care inscribed and embedded in the movement of life is woven into an unstable and continuous co-production with these categories, which are not fixed. The ambiguities of the practices and attributions of daily care, such as those involving attention, negotiation, affection, conflicts, money, time, division of labor and difficulties, are co-constituted by the lines of correspondence and disagreements with social expectations of gender, of the generation, bodies, class, state institutions and family codes. The costs and values of the (non) recognition of the different forms of production of “taking care of oneself and the other” become visible, becoming themes of socio-historical political reverberation and discussions about inequalities experiences.Esta tesis describe las formas de vida de las personas sordas y oyentes a partir de los actos de cuidado producidos a lo largo del tiempo. Inicialmente, aborda los acontecimientos sociales y políticos transnacionales y la historia brasileña, relacionados con el proceso de formación del Estado-nación, en los que se enredaba la persona “muda”, lo que resultaba en estigmatización, sometimiento y formas de tutela. La despectiva atribución de “locura” que reciben las personas sordas en su vida cotidiana es una categoría analizada en términos concretos de cómo se conjugan o invierten en la vida social local y extralocal, en diferentes momentos. Siguiendo a Veena Das, las narrativas, clasificaciones y recuerdos más íntimos elaborados en la vida doméstica son también políticos e históricos. En este sentido, las historias personales y familiares, vistas a través de los discursos y prácticas del cuidado, están conectadas con las formaciones políticas más amplias de las que forman parte, entendidas como “comunidades morales” en el sentido de Turner. A partir de reflexiones etnográficas y sociohistóricas, examina cómo estos temas se entrecruzan en cuerpos que no son genéricos. Cuerpos sordos y oyentes hablan de enfermedades, discapacidades, pobreza, protagonistas, familias, género, generación, migración, relaciones de poder, estrategias de supervivencia, instituciones estatales, atención pública y privada. El cuidado inscrito e incrustado en el movimiento de la vida se entreteje en una coproducción inestable y continua con estas categorías, que no son fijas. Las ambigüedades de las prácticas y atribuciones del cuidado diario, como las que involucran atención, negociación, afecto, conflictos, dinero, tiempo, división del trabajo y dificultades, están co-constituidas por las líneas de correspondencia y desacuerdos con las expectativas sociales de género, de la generación, los cuerpos, la clase, las instituciones estatales y los códigos de familia. Los costos y valores del (no) reconocimiento de las diversas formas de producción del “cuidar de uno mismo y del otro” se hacen visibles, convirtiéndose en temas de reverberación política sociohistórica y discusiones sobre experiencias de desigualdad.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em AntropologiaUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAntropologiaCuidadosPessoas com deficiênciaSurdosSurdezRelações familiaresDe estigma, de sangue até cuidados : mudos, mudas e ouvintes no sertão da Paraíbainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPELICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52224/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53ORIGINALTESE Carolina Barbosa de Albuquerque.pdfTESE Carolina Barbosa de Albuquerque.pdfapplication/pdf5043929https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52224/1/TESE%20Carolina%20Barbosa%20de%20Albuquerque.pdf6fee6b12b2aab20db3f7af7d65c85ba2MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52224/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52TEXTTESE Carolina Barbosa de Albuquerque.pdf.txtTESE Carolina Barbosa de Albuquerque.pdf.txtExtracted texttext/plain685948https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52224/4/TESE%20Carolina%20Barbosa%20de%20Albuquerque.pdf.txtc4cafa2f5287f9f9e3cacbc063b80b9dMD54THUMBNAILTESE Carolina Barbosa de Albuquerque.pdf.jpgTESE Carolina Barbosa de Albuquerque.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1265https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52224/5/TESE%20Carolina%20Barbosa%20de%20Albuquerque.pdf.jpg26db598c62d6f201aafcfa14c62fb7dcMD55123456789/522242023-09-14 02:13:46.708oai:repositorio.ufpe.br:123456789/52224VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212023-09-14T05:13:46Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
De estigma, de sangue até cuidados : mudos, mudas e ouvintes no sertão da Paraíba |
title |
De estigma, de sangue até cuidados : mudos, mudas e ouvintes no sertão da Paraíba |
spellingShingle |
De estigma, de sangue até cuidados : mudos, mudas e ouvintes no sertão da Paraíba ALBUQUERQUE, Carolina Barbosa de Antropologia Cuidados Pessoas com deficiência Surdos Surdez Relações familiares |
title_short |
De estigma, de sangue até cuidados : mudos, mudas e ouvintes no sertão da Paraíba |
title_full |
De estigma, de sangue até cuidados : mudos, mudas e ouvintes no sertão da Paraíba |
title_fullStr |
De estigma, de sangue até cuidados : mudos, mudas e ouvintes no sertão da Paraíba |
title_full_unstemmed |
De estigma, de sangue até cuidados : mudos, mudas e ouvintes no sertão da Paraíba |
title_sort |
De estigma, de sangue até cuidados : mudos, mudas e ouvintes no sertão da Paraíba |
author |
ALBUQUERQUE, Carolina Barbosa de |
author_facet |
ALBUQUERQUE, Carolina Barbosa de |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5471357489195604 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3496902001574617 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
ALBUQUERQUE, Carolina Barbosa de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
SCOTT, Russell Parry |
contributor_str_mv |
SCOTT, Russell Parry |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Antropologia Cuidados Pessoas com deficiência Surdos Surdez Relações familiares |
topic |
Antropologia Cuidados Pessoas com deficiência Surdos Surdez Relações familiares |
description |
Esta tese descreve formas de vida de “mudas”, “mudos” e ouvintes a partir de atos de cuidados produzidos ao longo do tempo. Inicialmente, aborda eventos político-sociais transnacionais e a história brasileira, relacionados ao processo de formação de Estado nação, em que a pessoa “muda” foi enlaçada, resultando em estigmatizações, assujeitamentos e formas de tutela. A atribuição depreciativa de “doido/doida” que “mudos/mudas” recebem no cotidiano é uma categoria analisada concretamente de como se conjugam ou se invertem na vida social local e extralocal, em diferentes tempos. Seguindo Veena Das, as narrativas, as classificações e as memórias mais íntimas elaboradas na vida doméstica são também políticas e históricas. Nesse sentido, as histórias pessoais e familiares, vistas através dos discursos e das práticas de cuidados, se conectam às formações políticas mais amplas das quais fazem parte, entendidas como “comunidades morais”, no sentido de Turner. A partir de reflexões etnográficas e sócio-históricas, examina como estas questões se cruzam em corpos que não são genéricos. Os corpos de “mudas”, “mudos” e ouvintes falam sobre doenças, deficiências, pobreza, protagonismos, famílias, gênero, geração, migração, relações de poder, estratégias de sobrevivência, instituições estatais e cuidados público e privado. Os cuidados inscritos e embebidos no movimento da vida são tecidos numa coprodução instável e contínua com estas categorias, que não são fixas. As ambiguidades das práticas e atribuições de cuidar cotidianamente, como as que envolvem atenção, negociação, afeto, conflitos, dinheiro, tempo, divisão do trabalho e dificuldades, são coconstituídas pelas linhas das correspondências e discordâncias das expectativas sociais do gênero, da geração, dos corpos, da classe, das instituições do Estado e dos códigos familiares. Os custos e os valores do (não) reconhecimento das diversas formas de produção de “cuidar de si e do outro” se visibilizam, tornando-se temas de reverberação política sócio-histórica e de discussões sobre experiências de desigualdades. |
publishDate |
2022 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-02-16 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-09-13T17:41:29Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-09-13T17:41:29Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
ALBUQUERQUE, Carolina Barbosa de. De estigma, de sangue até cuidados: mudos, mudas e ouvintes no sertão da Paraíba. 2022. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52224 |
identifier_str_mv |
ALBUQUERQUE, Carolina Barbosa de. De estigma, de sangue até cuidados: mudos, mudas e ouvintes no sertão da Paraíba. 2022. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022. |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52224 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Antropologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52224/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52224/1/TESE%20Carolina%20Barbosa%20de%20Albuquerque.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52224/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52224/4/TESE%20Carolina%20Barbosa%20de%20Albuquerque.pdf.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52224/5/TESE%20Carolina%20Barbosa%20de%20Albuquerque.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973 6fee6b12b2aab20db3f7af7d65c85ba2 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 c4cafa2f5287f9f9e3cacbc063b80b9d 26db598c62d6f201aafcfa14c62fb7dc |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310636215992320 |