Novas imidazolidinas potencialmente ativas no combate à esquistossomose : síntese e avaliação da atividade no Schistosoma mansoni

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALBUQUERQUE, Mônica Camelo Pessôa de Azevedo do
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000j98z
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1754
Resumo: A esquistossomose, doença causada por trematódeos do gênero Schistosoma, parasitas responsáveis por quadros patológicos debilitantes, atinge 200 milhões de pessoas e expõe outras 600 milhões em situação de risco. A quimioterapia representa a única ferramenta para os indivíduos acometidos por esses parasitas, restringindo-se atualmente ao praziquantel e ao oxaminiquine. Apesar da eficácia dessas drogas, os índices de prevalência da doença vêem sendo mantidos há décadas devido a fatores sócio-econômicos e a ocorrência de resistência dos schistosomas às drogas. Faz-se necessário, portanto, medidas urgentes e efetivas que conduzam energicamente à pesquisa de novas drogas. Utilizando conceitos fundamentais da Química Medicinal, propomos neste trabalho a executar um programa estratégico de ações científicas e tecnológicas para contribuirmos, na introdução de novos agentes esquistossomicidas imidazolidínicos, mediante a síntese e avaliação da susceptibilidade de vermes adultos de Schistosoma mansoni mantidos in vitro. Os resultados obtidos demonstraram que os compostos estudados causaram efeitos nos vermes, alterando sobretudo a viabilidade, motilidade, pareamento e integridade do tegumento. Os compostos FZ-4, JT-59 e JT-62 foram os mais ativos, causando 100% de mortalidade dos vermes ao final do período de tratamento. Em geral, os vermes fêmeas mostraram-se mais sensíveis que os machos frente a todos compostos ensaiados. Vesículas, colapso de tubérculos e descamações constituíram as alterações mais freqüentes observadas no tegumento dos schistosomas tratados. O efeito do carbacol, abolindo a motilidade dos vermes provocada por FZ-4, sugere uma ação em receptores colinérgicos. O sistema neuromuscular do Schistosoma, pelas características farmacológicas únicas apresentadas, pode ser usado como alvo para ataque de agentes esquistossomicidas
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Apesar da eficácia dessas drogas, os índices de prevalência da doença vêem sendo mantidos há décadas devido a fatores sócio-econômicos e a ocorrência de resistência dos schistosomas às drogas. Faz-se necessário, portanto, medidas urgentes e efetivas que conduzam energicamente à pesquisa de novas drogas. Utilizando conceitos fundamentais da Química Medicinal, propomos neste trabalho a executar um programa estratégico de ações científicas e tecnológicas para contribuirmos, na introdução de novos agentes esquistossomicidas imidazolidínicos, mediante a síntese e avaliação da susceptibilidade de vermes adultos de Schistosoma mansoni mantidos in vitro. Os resultados obtidos demonstraram que os compostos estudados causaram efeitos nos vermes, alterando sobretudo a viabilidade, motilidade, pareamento e integridade do tegumento. Os compostos FZ-4, JT-59 e JT-62 foram os mais ativos, causando 100% de mortalidade dos vermes ao final do período de tratamento. Em geral, os vermes fêmeas mostraram-se mais sensíveis que os machos frente a todos compostos ensaiados. Vesículas, colapso de tubérculos e descamações constituíram as alterações mais freqüentes observadas no tegumento dos schistosomas tratados. O efeito do carbacol, abolindo a motilidade dos vermes provocada por FZ-4, sugere uma ação em receptores colinérgicos. 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