Novas manifestações de racismo e sexismo contra mulheres negras e contradiscursos das ativistas digitais negras
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Data de Publicação: | 2019 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34218 |
Resumo: | O objeto da presente tese é a atualidade do racismo e do sexismo em relação a mulheres negras, que nesse estudo foi tratado a partir da comunicação em meio virtual. Nesse sentido, problematizamos a partir de uma perspectiva interseccional, quais os elementos que enfeixam o racismo e o sexismo na produção de discursos sobre as mulheres negras veiculadas na internet, considerando a prevalência do mito da democracia racial e do machismo no país. Para tanto nos embasamos nos debates dos (as) intelectuais acerca da ideologia do branqueamento e o mito da democracia racial no país, nas mulheres e intelectuais negras que integram o feminismo negro. Nosso objetivo geral foi analisar o racismo e sexismo virtual a partir das experiências das mulheres negras e os seus enfrentamentos. A abordagem teórico-metodológica adotada foi à análise crítica do discurso (ACD), a partir das contribuições de Teun. A. van Dijk, considerando a importância dos seus estudos relacionados ao discurso, mídia e racismo, sobretudo, pelo estudo ter sido desenvolvido na internet, no blog Blogueiras Negras. Os resultados do estudo demonstram que com as novas tecnologias da informação, há a produção de discursos sociais, que trazem à tona as articulações entre racismo e sexismo, especialmente evidenciados e direcionados às mulheres negras. Por outro lado, também possibilita a produção de contradiscursos sociais, por ativistas digitais negras, que problematizam e dão visibilidade ao racismo e sexismo, oportunizando aos internautas acessar/dialogar (com) conhecimentos contra-hegemônicos. Identificamos assim discursos de negação, reprodução e reforço do racismo e sexismo, o discurso antagonista, as reações das mulheres frente ao racismo e sexismo e o potencial político pedagógico do ativismo negro na internet. Concluímos que através das redes sociais o racismo e sexismo emergem sem disfarces trazendo à tona o conservadorismo histórico da sociedade brasileira, a ponto de se presentificar entre os que deveriam combater o racismo. Cria fissuras no mito da democracia racial e ao mesmo tempo evidencia novos formatos de luta e possibilidades de combate ao discurso racista hegemônico. |
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CLEMENTE, Flávia da Silvahttp://lattes.cnpq.br/3845365828533014http://lattes.cnpq.br/0578087214340210COSTA, Mônica Rodrigues2019-10-04T20:52:48Z2019-10-04T20:52:48Z2019-02-12https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34218ark:/64986/001300000ccvxO objeto da presente tese é a atualidade do racismo e do sexismo em relação a mulheres negras, que nesse estudo foi tratado a partir da comunicação em meio virtual. Nesse sentido, problematizamos a partir de uma perspectiva interseccional, quais os elementos que enfeixam o racismo e o sexismo na produção de discursos sobre as mulheres negras veiculadas na internet, considerando a prevalência do mito da democracia racial e do machismo no país. Para tanto nos embasamos nos debates dos (as) intelectuais acerca da ideologia do branqueamento e o mito da democracia racial no país, nas mulheres e intelectuais negras que integram o feminismo negro. Nosso objetivo geral foi analisar o racismo e sexismo virtual a partir das experiências das mulheres negras e os seus enfrentamentos. A abordagem teórico-metodológica adotada foi à análise crítica do discurso (ACD), a partir das contribuições de Teun. A. van Dijk, considerando a importância dos seus estudos relacionados ao discurso, mídia e racismo, sobretudo, pelo estudo ter sido desenvolvido na internet, no blog Blogueiras Negras. Os resultados do estudo demonstram que com as novas tecnologias da informação, há a produção de discursos sociais, que trazem à tona as articulações entre racismo e sexismo, especialmente evidenciados e direcionados às mulheres negras. Por outro lado, também possibilita a produção de contradiscursos sociais, por ativistas digitais negras, que problematizam e dão visibilidade ao racismo e sexismo, oportunizando aos internautas acessar/dialogar (com) conhecimentos contra-hegemônicos. Identificamos assim discursos de negação, reprodução e reforço do racismo e sexismo, o discurso antagonista, as reações das mulheres frente ao racismo e sexismo e o potencial político pedagógico do ativismo negro na internet. Concluímos que através das redes sociais o racismo e sexismo emergem sem disfarces trazendo à tona o conservadorismo histórico da sociedade brasileira, a ponto de se presentificar entre os que deveriam combater o racismo. Cria fissuras no mito da democracia racial e ao mesmo tempo evidencia novos formatos de luta e possibilidades de combate ao discurso racista hegemônico.The object of the present thesis is the actuality of racism and sexism in relation to black women, who in this study was treated from virtual communication. In this sense, we problematize from an intersectional perspective, which elements that enrich racism and sexism in the production of discourses about black women on the internet, considering the prevalence of the myth of racial democracy and machismo in the country. For this we rely on the debates of the intellectuals about the ideology of whitening and the myth of racial democracy in the country, the women and black intellectuals that integrate black feminism. Our general objective was to analyze racism and virtual sexism from the experiences of black women and their confrontations. The theoretical-methodological approach adopted was to the critical discourse analysis (ACD), based on Teun's contributions. A. van Dijk, considering the importance of his studies related to discourse, media and racism, mainly, because the study was developed on the Internet, in the blog Blogueiras Negras. The results of the study show that with the new information technologies, there is the production of social discourses, which bring to the fore the articulations between racism and sexism, especially evidenced and directed to black women. On the other hand, it also makes possible the production of social contradictions, by black digital activists, who problematize and give visibility to racism and sexism, allowing Internet users to access / dialogue with counter-hegemonic knowledge. We thus identify discourses of denial, reproduction and reinforcement of racism and sexism, antagonistic discourse, women's reactions to racism and sexism, and the political pedagogical potential of black activism on the internet. We conclude that through social networks, racism and sexism emerge without disguise, bringing to the fore the historical conservatism of Brazilian society, to the point of becoming one of those who should combat racism. It creates fissures in the myth of racial democracy and at the same time shows new forms of struggle and possibilities to combat the racist hegemonic discourse.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Servico SocialUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessRacismoSexismoMulheres negrasNovas manifestações de racismo e sexismo contra mulheres negras e contradiscursos das ativistas digitais negrasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Flávia da Silva Clemente.pdf.jpgTESE Flávia da Silva Clemente.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1207https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/34218/7/TESE%20Fl%c3%a1via%20da%20Silva%20Clemente.pdf.jpgdb4a32f754bd4c9383ce56e64e1254d1MD57CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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