A morada do (a) Teimoso (a)": As práticas Socioambientais de Resistência em Mãe Luiza/Natal - Um Território (in) Sustentável
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10006 |
Resumo: | Este é um estudo sobre as práticas sócio-ambientais de resistência dos(as) moradores(as) do bairro de Mãe Luiza Natal/RN frente as diversas formas de degradação sócio-ambiental impostas ao seu território. O objetivo deste trabalho consiste em apreender e analisar as possibilidades, os limites e desafios da efetivação do Desenvolvimento Sustentável Local através das práticas sócioambientais dos sujeitos em Mãe Luiza. Trata-se de identificar a direção que assume essas práticas de resistência, suas ambigüidades e perspectivas. A pesquisa foi realizada com dirigentes de sete grupos associativos localizadas no bairro. O trabalho leva à reflexão sobre a construção das práticas sócio-ambientais de resistência dos sujeitos e os seus resultados permitem considerar que: 1°) a população se preocupa com a preservação do meio ambiente como estratégia para permanecer e lutar pelo direito ao território; 2°) a ação dos promotores imobiliários conta, na maioria das vezes, com o apoio do poder público; 3°) o poder público dissemina ideologicamente o discurso da sustentabilidade local em detrimento de ações concretas de fiscalização e controle da ação dos promotores imobiliários; 4º) as práticas sócio-ambientais de resistência dos(as) moradores(as) constituem-se em práticas imediatistas voltadas para responder questões sócioambientais relacionadas à sobrevivência, apesar de terem importância na formação da identidade política dos indivíduos, e 5°) apesar da resistência dos(as) moradores(as) às inúmeras formas de degradação sócio-ambiental, o meio ambiente natural e construído de Mãe Luiza, continua a sofrer, de forma, cada vez mais acentuada, ações entrópicas, inferidas, na maioria das vezes, pelos mecanismos de mercado que especulam sobre o valor do uso e ocupação do solo. Desse modo, o que se pode concluir, nessa pesquisa, é que as práticas sócioambientais dos(as) moradores(as) traduzem o signo da resistência, da luta pelo direito à cidade e da possibilidade da formação de uma consciência cotidiana crítica e, neste complexo processo de guerra entre territórios e territorialidades se revelam insuficientes para enfrentar o poder do mercado imobiliário. O território de Mãe Luiza, como outros espaços urbanos, permanece insustentável do ponto de vista social, ecológico e humano |
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Trata-se de identificar a direção que assume essas práticas de resistência, suas ambigüidades e perspectivas. A pesquisa foi realizada com dirigentes de sete grupos associativos localizadas no bairro. O trabalho leva à reflexão sobre a construção das práticas sócio-ambientais de resistência dos sujeitos e os seus resultados permitem considerar que: 1°) a população se preocupa com a preservação do meio ambiente como estratégia para permanecer e lutar pelo direito ao território; 2°) a ação dos promotores imobiliários conta, na maioria das vezes, com o apoio do poder público; 3°) o poder público dissemina ideologicamente o discurso da sustentabilidade local em detrimento de ações concretas de fiscalização e controle da ação dos promotores imobiliários; 4º) as práticas sócio-ambientais de resistência dos(as) moradores(as) constituem-se em práticas imediatistas voltadas para responder questões sócioambientais relacionadas à sobrevivência, apesar de terem importância na formação da identidade política dos indivíduos, e 5°) apesar da resistência dos(as) moradores(as) às inúmeras formas de degradação sócio-ambiental, o meio ambiente natural e construído de Mãe Luiza, continua a sofrer, de forma, cada vez mais acentuada, ações entrópicas, inferidas, na maioria das vezes, pelos mecanismos de mercado que especulam sobre o valor do uso e ocupação do solo. Desse modo, o que se pode concluir, nessa pesquisa, é que as práticas sócioambientais dos(as) moradores(as) traduzem o signo da resistência, da luta pelo direito à cidade e da possibilidade da formação de uma consciência cotidiana crítica e, neste complexo processo de guerra entre territórios e territorialidades se revelam insuficientes para enfrentar o poder do mercado imobiliário. 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