Fatores de risco para mortalidade neonatal em crianças com baixo peso ao nascer: um estudo de coorte Recife 2001 a 2003

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro Ribeiro, Adolfo
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000z5mf
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9563
Resumo: Introdução: O baixo peso ao nascer é, isoladamente, o principal determinante da mortalidade neonatal, a qual tem assumido participação crescente na mortalidade infantil. Além do peso, uma cadeia complexa de fatores é descrita na determinação da mortalidade neonatal. Estes fatores têm sido hieraquizados em três níveis: distal (socioeconômicos), intermediário (relacionados com a atenção à saúde) e proximal (biológicos), com diferentes magnitudes de associação ao óbito neonatal. No Brasil, os sistemas de informação sobre nascidos vivos (Sinasc) e sobre mortalidade (SIM) têm se prestado para estudos populacionais sobre fatores de risco para a mortalidade no primeiro ano de vida, por meio da integração de seus bancos de dados. Objetivo: A revisão de literatura apresentou os fatores de exposição, à mortalidade neonatal e ao baixo peso ao nascer, que podem ser estudados a partir do banco de dados do Sinasc e do SIM. No artigo original foram analisados os fatores de risco associados aos óbitos neonatais, em crianças com baixo peso ao nascer, no Recife, segundo um modelo hierarquizado. Método: A revisão foi baseada em pesquisa bibliográfica no MEDLINE, SCIELO, LILACS E PUBMED, utilizando-se os termos baixo peso , mortalidade neonatal e fatores de risco . Foram priorizados os artigos publicados nos cinco últimos anos. Também foram consultadas publicações oficiais do Ministério da Saúde e dissertações e teses brasileiras do mesmo período. O artigo original desenvolveu-se num estudo de coorte, abrangendo todos os nascidos vivos com peso entre 500 e 2.499g, residentes no Recife, entre janeiro de 2001 e dezembro de 2003, produtos de gestação única e sem anencefalia, acompanhados, quanto à sobrevivência, até 27 dias completos de vida. Os dados sobre os 5.687 nascidos vivos e 499 óbitos, provenientes do Sinasc e do SIM e coletados na Secretaria Municipal de Saúde, foram integrados pela técnica de linkage. As variáveis de exposição selecionadas foram hierarquizadas em três níveis de determinação (distal, intermediário e proximal) e submetidas à análise univariada (RR com IC de 95%) e à regressão logística multivariada (Forward Stepwise, OR com IC de 95%). Resultados: O capítulo de revisão teórica apresenta os fatores de risco presentes no Sinasc e SIM, sua importância e viabilidade para realizar estudos relacionados à mortalidade neonatal, notadamente de base populacional. Demonstra ainda que é possível, a partir de dados dos bancos citados, utilizando dados do Índice de Desenvolvimento Humano e do IBGE, construir outras variáveis. Estas variáveis ampliam informações referentes às condições socioeconômicas, pouco presentes no banco de dados do Sinasc e SIM. No artigo original, na análise univariada, para a condição de vida e a densidade de pobreza do bairro de residência, no nível distal, e a idade materna, no nível proximal, não foram evidenciadas associações com o óbito neonatal. Após o ajuste com as variáveis de todos os níveis de determinação, nenhum fator distal apresentou associação com o óbito neonatal, permanecendo quatro fatores do nível intermediário e quatro do nível proximal. Foram eles, em ordem decrescente do risco: Apgar, no quinto minuto, inferior a 7 (OR=5,38), peso ao nascer abaixo de 2000g (OR=5,30), presença de malformação congênita (OR=4,46), Apgar, no primeiro minuto, inferior a 7 (OR=4,38), prematuridade (OR=3,22), parto vaginal (OR=1,78), sexo masculino (OR=1,55) e número de consultas de pré-natal inferior a 7 (OR=1,45). Conclusão: No Recife, em NV com baixo peso, os fatores intermediários e proximais apresentaram-se associados com o óbito neonatal, ressaltando-se os relacionados com a atenção à gestante e ao RN, redutíveis pela atuação do setor saúde
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No Brasil, os sistemas de informação sobre nascidos vivos (Sinasc) e sobre mortalidade (SIM) têm se prestado para estudos populacionais sobre fatores de risco para a mortalidade no primeiro ano de vida, por meio da integração de seus bancos de dados. Objetivo: A revisão de literatura apresentou os fatores de exposição, à mortalidade neonatal e ao baixo peso ao nascer, que podem ser estudados a partir do banco de dados do Sinasc e do SIM. No artigo original foram analisados os fatores de risco associados aos óbitos neonatais, em crianças com baixo peso ao nascer, no Recife, segundo um modelo hierarquizado. Método: A revisão foi baseada em pesquisa bibliográfica no MEDLINE, SCIELO, LILACS E PUBMED, utilizando-se os termos baixo peso , mortalidade neonatal e fatores de risco . Foram priorizados os artigos publicados nos cinco últimos anos. Também foram consultadas publicações oficiais do Ministério da Saúde e dissertações e teses brasileiras do mesmo período. O artigo original desenvolveu-se num estudo de coorte, abrangendo todos os nascidos vivos com peso entre 500 e 2.499g, residentes no Recife, entre janeiro de 2001 e dezembro de 2003, produtos de gestação única e sem anencefalia, acompanhados, quanto à sobrevivência, até 27 dias completos de vida. Os dados sobre os 5.687 nascidos vivos e 499 óbitos, provenientes do Sinasc e do SIM e coletados na Secretaria Municipal de Saúde, foram integrados pela técnica de linkage. As variáveis de exposição selecionadas foram hierarquizadas em três níveis de determinação (distal, intermediário e proximal) e submetidas à análise univariada (RR com IC de 95%) e à regressão logística multivariada (Forward Stepwise, OR com IC de 95%). Resultados: O capítulo de revisão teórica apresenta os fatores de risco presentes no Sinasc e SIM, sua importância e viabilidade para realizar estudos relacionados à mortalidade neonatal, notadamente de base populacional. 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Foram eles, em ordem decrescente do risco: Apgar, no quinto minuto, inferior a 7 (OR=5,38), peso ao nascer abaixo de 2000g (OR=5,30), presença de malformação congênita (OR=4,46), Apgar, no primeiro minuto, inferior a 7 (OR=4,38), prematuridade (OR=3,22), parto vaginal (OR=1,78), sexo masculino (OR=1,55) e número de consultas de pré-natal inferior a 7 (OR=1,45). Conclusão: No Recife, em NV com baixo peso, os fatores intermediários e proximais apresentaram-se associados com o óbito neonatal, ressaltando-se os relacionados com a atenção à gestante e ao RN, redutíveis pela atuação do setor saúdeConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMortalidade NeonatalBaixo Peso ao NascerFator de RiscoFatores de risco para mortalidade neonatal em crianças com baixo peso ao nascer: um estudo de coorte Recife 2001 a 2003info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo8386_1.pdf.jpgarquivo8386_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1464https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9563/4/arquivo8386_1.pdf.jpg9cd82d41b6003d3aa661502ddea6409aMD54ORIGINALarquivo8386_1.pdfapplication/pdf1100225https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9563/1/arquivo8386_1.pdf04a10bec9dd658ed95472d5ba451487bMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9563/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo8386_1.pdf.txtarquivo8386_1.pdf.txtExtracted texttext/plain143894https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9563/3/arquivo8386_1.pdf.txt8a810017061787b5b67ce375c27a4944MD53123456789/95632019-10-25 14:25:35.564oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9563Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T17:25:35Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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