Trajetórias de proximidade, redes e feiras : as práticas de agricultores familiares feirantes em Água Branca e Delmiro Gouveia, Alagoas
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Data de Publicação: | 2012 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11340 |
Resumo: | Esta tese tem como objetivo compreender as práticas sociais de feirantes agricultores familiares de Água Branca e Delmiro Gouveia, no Alto Sertão de Alagoas, tendo como questão central identificar quais são os aspectos dessas práticas que revelam a reprodução social destes sujeitos. Diante de tal problemática construímos uma hipótese geral de que essas práticas acontecem por meio das conexões firmadas pelas teias de relações entre Agricultura Familiar e Feiras. Destas derivam características que assumem as continuidades e mudanças sociais nos seus modos de viver e trabalhar, especificamente relacionadas às figurações sociais (re)construídas pelas ações dos sujeitos diante dos fatores objetivos das inter-relações sociais, econômicas, políticas e culturais; que se manifestam através dos fatores subjetivos como confiança, reputação, honra e responsabilidade dos feirantes acerca de suas próprias experiências. Ao considerar a manifestação da subjetividade na objetividade das trajetórias desses agentes, no sentido construído pelos fundamentos teóricos de Pierre Bourdieu e de Norbert Elias, nos foi possível compreender em profundidade o resultado das mudanças que acontecem principalmente devido as formas de antagonismo econômico e social que fundamentam as relações entre os sujeitos estudados. Por outro lado, as continuidades com que se estruturam essas relações estão fundamentadas de uma maneira pouco expressiva a novas experiências transformativas. Utilizamos a hermenêutica de Gadamer como abordagem metodológica, e para a construção dos seus aspectos, uma diversidade de procedimentos foram delineados, buscando, através de fatores objetivos e subjetivos, apreender como as relações entre Agricultura Familiar e Feira têm se dado. Especificamente, foram privilegiados instrumentos para gerar dados quantitativos e qualitativos, que favorecessem evidenciar aspectos sociais no presente, mas também do passado, recortes privilegiados neste estudo. O trabalho de campo foi realizado de outubro de 2010 a dezembro de 2011. A profundidade das análises nos permitiu entender, pela combinação de princípios das ordens econômico-produtiva e as de natureza social e política, que as feiras apresentam formas típicas de agir de sujeitos que têm trajetórias de proximidade imbricadas nas (re)produções dos espaços das praças de comércio. Ao que parece, essa proximidade funciona como válvula do motor desse processo de permanência das feiras, uma postura que foi sedimentada nas atitudes dos indivíduos por mecanismos sociais, discursivos e culturais em muitos anos de história. Esse híbrido de inter-relação mobiliza os feirantes, as conexões entre eles e o fortalecimento do próprio coletivo, posto que os mecanismos econômico-produtivos sejam administrados e regulados socialmente, de uma maneira que nenhum deles deixa de procurar o seu espaço particular. |
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Destas derivam características que assumem as continuidades e mudanças sociais nos seus modos de viver e trabalhar, especificamente relacionadas às figurações sociais (re)construídas pelas ações dos sujeitos diante dos fatores objetivos das inter-relações sociais, econômicas, políticas e culturais; que se manifestam através dos fatores subjetivos como confiança, reputação, honra e responsabilidade dos feirantes acerca de suas próprias experiências. Ao considerar a manifestação da subjetividade na objetividade das trajetórias desses agentes, no sentido construído pelos fundamentos teóricos de Pierre Bourdieu e de Norbert Elias, nos foi possível compreender em profundidade o resultado das mudanças que acontecem principalmente devido as formas de antagonismo econômico e social que fundamentam as relações entre os sujeitos estudados. Por outro lado, as continuidades com que se estruturam essas relações estão fundamentadas de uma maneira pouco expressiva a novas experiências transformativas. Utilizamos a hermenêutica de Gadamer como abordagem metodológica, e para a construção dos seus aspectos, uma diversidade de procedimentos foram delineados, buscando, através de fatores objetivos e subjetivos, apreender como as relações entre Agricultura Familiar e Feira têm se dado. Especificamente, foram privilegiados instrumentos para gerar dados quantitativos e qualitativos, que favorecessem evidenciar aspectos sociais no presente, mas também do passado, recortes privilegiados neste estudo. O trabalho de campo foi realizado de outubro de 2010 a dezembro de 2011. A profundidade das análises nos permitiu entender, pela combinação de princípios das ordens econômico-produtiva e as de natureza social e política, que as feiras apresentam formas típicas de agir de sujeitos que têm trajetórias de proximidade imbricadas nas (re)produções dos espaços das praças de comércio. Ao que parece, essa proximidade funciona como válvula do motor desse processo de permanência das feiras, uma postura que foi sedimentada nas atitudes dos indivíduos por mecanismos sociais, discursivos e culturais em muitos anos de história. Esse híbrido de inter-relação mobiliza os feirantes, as conexões entre eles e o fortalecimento do próprio coletivo, posto que os mecanismos econômico-produtivos sejam administrados e regulados socialmente, de uma maneira que nenhum deles deixa de procurar o seu espaço particular.CAPESporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAgricultura familiarFeirasTrajetórias de ProximidadeFigurações sociaisTrajetórias de proximidade, redes e feiras : as práticas de agricultores familiares feirantes em Água Branca e Delmiro Gouveia, Alagoasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTrajetórias de proximidade, redes e feiras_Samuel Melo.pdf.jpgTrajetórias de proximidade, redes e feiras_Samuel Melo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1228https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11340/4/Trajet%c3%b3rias%20de%20proximidade%2c%20redes%20e%20feiras_Samuel%20Melo.pdf.jpg3a6fa9deea97cdc50af03ad9c86973ebMD54ORIGINALTrajetórias de proximidade, redes e feiras_Samuel Melo.pdfTrajetórias de proximidade, redes e feiras_Samuel Melo.pdfapplication/pdf4353635https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11340/1/Trajet%c3%b3rias%20de%20proximidade%2c%20redes%20e%20feiras_Samuel%20Melo.pdfd944103cd31f998f368fc84c8f12832eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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