Micropartículas de alginato contendo eugenol : atividade antimicrobriana e influência organoléptica em queijo de coalho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BARROS, Dayane de Melo
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47661
Resumo: O queijo de coalho é considerado um dos derivados lácteos mais consumidos no Brasil, principalmente na região Nordeste e sua produção é predominantemente artesanal, tornando-o altamente suscetível a contaminantes microbiológicos. Vários estudos sobre a avaliação da qualidade microbiológica do queijo de coalho evidenciaram uma quantidade considerável de microrganismos patogênicos e deteriorantes excedendo, muitas vezes, os limites estabelecidos pela legislação. Sendo assim, se faz necessário determinar mecanismos eficazes para a conservação do queijo de coalho garantindo a qualidade nutricional e segurança microbiológica. Com o aumento da demanda do mercado consumidor por opções alimentares mais saudáveis e sem aditivos químicos, os Óleos Essenciais (OEs) e seus fitoconstituintes podem ser alternativas para a conservação de alimentos. Uma grande quantidade de componentes de OEs tem demonstrado várias propriedades bioativas incluindo, antioxidante e antimicrobiana. Dentre estes o eugenol, composto majoritário do óleo essencial de cravo-da-índia, tem recebido destaque devido a sua eficiência na inibição de bactérias contaminantes de alimentos. Entretanto, devido aos seus aspectos intrínsecos como a aromaticidade e alta volatilidade, o eugenol pode modificar as características sensoriais do alimento como cor, sabor, odor e textura. Isto, pode ser contornado através da microencapsulação do eugenol que além de contribuir para a proteção e otimização das atividades bioativas do eugenol, mantém os aspectos específicos do alimento. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana e influência organoléptica de micropartículas de eugenol em queijo de coalho. O sistema de encapsulamento se mostrou eficaz ao capsular 87,3% da substância ativa. O tamanho médio das partículas foi de 1,21 μm, o que é favorável para adição em alimentos, e o índice de polidispersão (0,15) evidenciou distribuição uniforme. O potencial zeta apresentou um valor de -5,86mV, a eletronegatividade obtida está relacionada com a estrutura química da matriz polimérica. As micropartículas quando úmidas, apresentaram formato esférico e uniforme através de microscopia óptica. Porém, quando avaliadas após secagem por microscopia eletrônica de varredura foi observada morfologia irregular. Quanto à atividade antimicrobiana, as micropartículas foram significativamente eficientes in vitro e em queijo de coalho (in situ). Os atributos sensoriais das amostras de queijo de coalho com e sem micropartículas foram considerados similares exceto para o atributo textura (compacidade). No teste de intenção de compra, as amostras de queijo de coalho padrão apresentaram o melhor resultado quanto ao termo hedônico certamente compraria o produto. As amostras de queijo de coalho com micropartículas de alginato contendo eugenol receberam a melhor avaliação no termo provavelmente compraria o produto. Dessa forma, pode-se inferir que a utilização de micropartículas de alginato contendo eugenol pode ser uma alternativa promissora de conservante natural para adição em alimentos.
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Vários estudos sobre a avaliação da qualidade microbiológica do queijo de coalho evidenciaram uma quantidade considerável de microrganismos patogênicos e deteriorantes excedendo, muitas vezes, os limites estabelecidos pela legislação. Sendo assim, se faz necessário determinar mecanismos eficazes para a conservação do queijo de coalho garantindo a qualidade nutricional e segurança microbiológica. Com o aumento da demanda do mercado consumidor por opções alimentares mais saudáveis e sem aditivos químicos, os Óleos Essenciais (OEs) e seus fitoconstituintes podem ser alternativas para a conservação de alimentos. Uma grande quantidade de componentes de OEs tem demonstrado várias propriedades bioativas incluindo, antioxidante e antimicrobiana. Dentre estes o eugenol, composto majoritário do óleo essencial de cravo-da-índia, tem recebido destaque devido a sua eficiência na inibição de bactérias contaminantes de alimentos. Entretanto, devido aos seus aspectos intrínsecos como a aromaticidade e alta volatilidade, o eugenol pode modificar as características sensoriais do alimento como cor, sabor, odor e textura. Isto, pode ser contornado através da microencapsulação do eugenol que além de contribuir para a proteção e otimização das atividades bioativas do eugenol, mantém os aspectos específicos do alimento. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana e influência organoléptica de micropartículas de eugenol em queijo de coalho. O sistema de encapsulamento se mostrou eficaz ao capsular 87,3% da substância ativa. O tamanho médio das partículas foi de 1,21 μm, o que é favorável para adição em alimentos, e o índice de polidispersão (0,15) evidenciou distribuição uniforme. O potencial zeta apresentou um valor de -5,86mV, a eletronegatividade obtida está relacionada com a estrutura química da matriz polimérica. As micropartículas quando úmidas, apresentaram formato esférico e uniforme através de microscopia óptica. Porém, quando avaliadas após secagem por microscopia eletrônica de varredura foi observada morfologia irregular. Quanto à atividade antimicrobiana, as micropartículas foram significativamente eficientes in vitro e em queijo de coalho (in situ). Os atributos sensoriais das amostras de queijo de coalho com e sem micropartículas foram considerados similares exceto para o atributo textura (compacidade). No teste de intenção de compra, as amostras de queijo de coalho padrão apresentaram o melhor resultado quanto ao termo hedônico certamente compraria o produto. As amostras de queijo de coalho com micropartículas de alginato contendo eugenol receberam a melhor avaliação no termo provavelmente compraria o produto. Dessa forma, pode-se inferir que a utilização de micropartículas de alginato contendo eugenol pode ser uma alternativa promissora de conservante natural para adição em alimentos.FACEPECoalho cheese is considered one of the most consumed dairy products in Brazil, mainly in the Northeast region and its production is predominantly artisanal, making it highly susceptible to microbiological contaminants. Several studies on the evaluation of the microbiological quality of coalho cheese showed a considerable amount of pathogenic and deteriorating microorganisms, often exceeding the limits established by legislation. Therefore, it is necessary to determine effective mechanisms for the conservation of coalho cheese, ensuring nutritional quality and microbiological safety. With the increase in consumer market demand for healthier food options without chemical additives, Essential Oils (EOs) and their phytoconstituents can be alternatives for food preservation. A large number of EO components have demonstrated various bioactive properties including antioxidant and antimicrobial. Among these, eugenol, the major compound in clove essential oil, has been highlighted due to its efficiency in inhibiting food-contaminating bacteria. However, due to its intrinsic aspects such as aromaticity and high volatility, eugenol can modify the sensory characteristics of food such as color, flavor, odor and texture. This can be circumvented through the microencapsulation of eugenol which, in addition to contributing to the protection and optimization of the bioactive activities of eugenol, maintains the specific aspects of the food. Therefore, the aim of this study was to evaluate the antimicrobial activity and organoleptic influence of eugenol microparticles in coalho cheese. The encapsulation system proved to be effective in capsulating 87.3% of the active substance. The average particle size was 1.21 μm, which is favorable for addition to foods, and the polydispersity index (0.15) showed uniform distribution. The zeta potential showed a value of -5.86mV, the electronegativity obtained is related to the chemical structure of the polymer matrix. The microparticles when wet, showed a spherical and uniform shape by optical microscopy. However, when evaluated after drying by scanning electron microscopy, irregular morphology was observed. As for the antimicrobial activity, the microparticles were significantly efficient in vitro and in coalho cheese (in situ). The sensory attributes of the coalho cheese samples with and without microparticles were considered similar except for the texture attribute (compactness). In the purchase intent test, the standard curd cheese samples presented the best result regarding the hedonic term would certainly buy the product. Coalho cheese samples with eugenol-containing alginate microparticles received the best evaluation in the term would probably buy the product. Thus, it can be inferred that the use of alginate microparticles containing eugenol can be a promising alternative of natural preservative for addition in foods.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Bioquimica e FisiologiaUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessTecnologia de alimentosLaticíniosQueijo - IndústriaMicropartículas de alginato contendo eugenol : atividade antimicrobriana e influência organoléptica em queijo de coalhoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Dayane de Melo Barros.pdfTESE Dayane de Melo Barros.pdfapplication/pdf3381673https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/47661/1/TESE%20Dayane%20de%20Melo%20Barros.pdf7f8a6f4b4bf25dedaa959b2f38bd0355MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/47661/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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