Avaliação da atividade leishmanicida in vitro de riparinas I, II e III sobre as formas promastigotas de Leishmnia (L.) amazonensis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Phillipe Linneker da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/00130000094rv
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32752
Resumo: Leishmaniose tegumentar americana é uma doença negligenciada que atinge mais de 1 milhão de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, a espécie do parasita de maior notoriedade, devido a distribuição e severidade clínica, é a Leishmania (L.) amazonensis. Embora tenha sido descoberta em meados da década de 70, a tratamento da doença ainda continua ineficaz, causando diversos efeitos colaterais nos pacientes em tratamento e, consequentemente, abandono da terapia, contribuindo para o surgimento de parasitas resistentes. Portanto, é importante a busca de métodos terapêuticos menos tóxicos e mais eficientes, como por exemplo os fitoterápicos. Aniba riparia, possui um metabólito secundário que foi isolado e identificado como riparina, um alcalóide alcamida. Os alcaloides pertencem a um grupo de metabólitos secundários com atividade leishmanicida comprovada. Portanto, neste trabalho foram avaliadas as riparinas I, II e III, quanto a capacidade de inibir in vitro o crescimento da Leishmania amazonensis. A determinação da viabilidade parasitaria após tratamento com as riparinas foi determinada pelo emprego do MTT. As riparinas I, II e III testadas contra o parasita apresentaram uma IC50 de 6,65 μg/mL, 3,60 μg/mL e 6,57μg/mL, respectivamente. A riparina II destacou-se entre as três riparinas testadas, apresentou melhor atividade leishmanicida, portanto, foi escolhida para os demais testes. No ensaio de MTT com célula Vero, a riparina II apresentou uma IC50 de 14,54 μg/ml contra as células Vero, significando baixa citotoxicidade para a célula testada. As análises das imagens obtidas através de microscopia eletrônica de varredura (MEV) das L. amazonensis cultivadas com riparina II na concentração 3,60 μg/mL apresentaram alterações na morfologia dos parasitas, o mesmo resultado foi obtido na microscópia óptica. Foram observados encurtamento do flagelo, arredondamento do corpo do parasita e bolhas na superfície da membrana plasmática. Essas alterações também foram observados com os parasitas cultivados na concentrações de 200μg/mL em microsópia óptica. A avaliação do perfil proteico dos parasitas cultivadas com riparina II, na concentração de 200μg/mL, demonstrou a presença de duas bandas, localizadas imediatamente abaixo dos pesos moleculares de 96KDa e 66KDa, porém, não sendo encontrada na concentração de 3,60 μg/mL . Conclui-se que a riparina II é um alcalóide com potencial ação farmacológica para estudos "in vivo" como um fármaco promissor contra a leishmaniose tegumentar.
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Aniba riparia, possui um metabólito secundário que foi isolado e identificado como riparina, um alcalóide alcamida. Os alcaloides pertencem a um grupo de metabólitos secundários com atividade leishmanicida comprovada. Portanto, neste trabalho foram avaliadas as riparinas I, II e III, quanto a capacidade de inibir in vitro o crescimento da Leishmania amazonensis. A determinação da viabilidade parasitaria após tratamento com as riparinas foi determinada pelo emprego do MTT. As riparinas I, II e III testadas contra o parasita apresentaram uma IC50 de 6,65 μg/mL, 3,60 μg/mL e 6,57μg/mL, respectivamente. A riparina II destacou-se entre as três riparinas testadas, apresentou melhor atividade leishmanicida, portanto, foi escolhida para os demais testes. No ensaio de MTT com célula Vero, a riparina II apresentou uma IC50 de 14,54 μg/ml contra as células Vero, significando baixa citotoxicidade para a célula testada. As análises das imagens obtidas através de microscopia eletrônica de varredura (MEV) das L. amazonensis cultivadas com riparina II na concentração 3,60 μg/mL apresentaram alterações na morfologia dos parasitas, o mesmo resultado foi obtido na microscópia óptica. Foram observados encurtamento do flagelo, arredondamento do corpo do parasita e bolhas na superfície da membrana plasmática. Essas alterações também foram observados com os parasitas cultivados na concentrações de 200μg/mL em microsópia óptica. A avaliação do perfil proteico dos parasitas cultivadas com riparina II, na concentração de 200μg/mL, demonstrou a presença de duas bandas, localizadas imediatamente abaixo dos pesos moleculares de 96KDa e 66KDa, porém, não sendo encontrada na concentração de 3,60 μg/mL . Conclui-se que a riparina II é um alcalóide com potencial ação farmacológica para estudos "in vivo" como um fármaco promissor contra a leishmaniose tegumentar.American cutaneous leishmaniasis is a neglected disease that affects more than 1 million people worldwide, according to the World Health Organization. In Brazil, the species of the most notorious parasite, due to its distribution and clinical severity, is Leishmania (L.) amazonensis. Although it was discovered in the mid-1970s, the treatment of the disease still remains ineffective, causing several side effects in patients undergoing treatment and, consequently, abandoning therapy, contributing to the emergence of resistant parasites. Therefore, the search for less toxic and more efficient therapeutic methods, such as herbal medicines, is important. Aniba riparia, has a secondary metabolite that has been isolated and identified as riparine, an alkaloid alkaloid. Alkaloids belong to a group of secondary metabolites with proven leishmanicidal activity. Therefore, in this work, riparines I, II and III were evaluated for their ability to inhibit the growth of Leishmania amazonensis in vitro. The determination of parasite viability after treatment with riparines was determined by the use of MTT. The riparines I, II and III tested against the parasite had an IC50 of 6.65 μg/mL, 3.60 μg/mL and 6.57 μg/mL, respectively. Therefore, it was chosen for the three riparines tested, presented better leishmanicidal activity, therefore, it was chosen for the other tests. In the Vero cell MTT assay, riparine II had na IC of 14.54 μg/mL against Vero cells, meaning low cytotoxicity for the cell tested. The analysis of the images obtained by scanning electron microscopy (SEM) of L. amazonenis cultured with 3,60 μg/mL of riparian II presented alterations in the morphology of the parasites, the same result was obtained by light microscopy. Flagellum shortening, rounding of the parasite body and bubbles on the surface of the plasma membrane were observed. These changes were also observed with the parasites cultured at concentrations of 200 μg/mL in optical microscopy. The evaluation of the proteic profile of the parasites cultured with riparin II, at 200 μg/mL, demonstrated the presence of two bands, located immediately below the molecular weights of 96KDa and 66KDa, but not found in the concentration of 3.60 μg/mL. It is concluded that riparine II is an alkaloid with potential pharmacological action for in vivo studies as a promising drug against tegumentary leishmaniasis.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em MorfotecnologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessLeishmanioseAvaliação da atividade leishmanicida in vitro de riparinas I, II e III sobre as formas promastigotas de Leishmnia (L.) amazonensisAvaliação da atividade leishmanicida in vitro de riparinas I, II e III sobre as formas promastigotas de Leishmnia amazonensisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Phillipe Lynneker da Silva.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Phillipe Lynneker da Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1180https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32752/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Phillipe%20Lynneker%20da%20Silva.pdf.jpg4aeca83423396dd7f454a183163de37dMD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Phillipe Lynneker da Silva.pdfDISSERTAÇÃO Phillipe Lynneker da Silva.pdfapplication/pdf914443https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32752/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Phillipe%20Lynneker%20da%20Silva.pdf74b9f87d9b939daf3c2c0355099e1133MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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