Efeitos nas hidrolases e potencial genotóxico de cianotoxinas em peixes-zebra (Danio rerio – Hamilton, 1822)
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Resumo: | Florações de cianobactérias representam potencial risco para os animais, inclusive os seres humanos, pelo fato de produzirem compostos tóxicos que comprometem a qualidade da água. A fim de minimizar o risco de exposição às cianotoxinas e confirmando a necessidade de se estabelecer um monitoramento para garantir a segurança, a OMS (Organização Mundial da Saúde) e os órgãos responsáveis pela gestão da agua em cada país, desenvolveram um quadro de recomendações para o manejo de toxinas de algas em águas potáveis e recreativas, com valores máximos permitidos de cianotoxinas. Nesse sentido, o presente estudo avaliou as técnicas biológicas utilizadas para detecção das cianotoxinas microcistina-LR, cilindrospermopsina, saxitoxina e anatoxina, bem como, compreender mecanismos de toxicidade neurológicas, digestivas e genotóxicas ocasionados por esses compostos secundários. Assim, no 1o capítulo foi realizado um estudo de revisão sobre as técnicas biológicas utilizadas para detecção das cianotoxinas: bioensaios com organismos modelos, ensaio de inibição da proteína fosfatase (PPIA) e o ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA). Dentre essas técnicas, o ensaio ELISA é o mais comumente utilizado, no entanto, esse método não é tão eficaz na detecção de toxinas como a saxitoxina e cilindrospermopsina. Pois, esse método pode subestimar a concentração dessas toxinas quando mais de uma variante se faz presente. Diante disso, faz-se necessário abordagens analíticas capazes de quantificar toxinas multiclasses em matrizes ambientais, e assim direcionar para um tratamento mais eficaz da água de reservatórios destinados ao abastecimento público. No 2o capítulo foram avaliados os possíveis efeitos neurológicos, digestivos e genotóxicos das cianotoxinas (microcistina-LR (MC-LR), cilindrospermopsina (CYN), saxitoxina (STX), e anatoxina (ATX)) em concentrações baixas e em valores máximos permitidos (VMP) pela OMS e pela legislação brasileira (CONAMA e Ministério da Saúde), utilizando o peixe-zebra como organismo modelo. Então, foi observado que a exposição as cianotoxinas (MC-LR, CYN, STX, ATX) nas concentrações testadas induziu efeitos bioquímicos e genotóxicos no sistema nervoso e digestivo do peixe-zebra, além disso, os resultados aqui encontrados servem como alerta e gatilhos para novos estudos no que diz respeito aos níveis de toxinas permitidos pela legislação na água usada para abastecimento público. |
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A fim de minimizar o risco de exposição às cianotoxinas e confirmando a necessidade de se estabelecer um monitoramento para garantir a segurança, a OMS (Organização Mundial da Saúde) e os órgãos responsáveis pela gestão da agua em cada país, desenvolveram um quadro de recomendações para o manejo de toxinas de algas em águas potáveis e recreativas, com valores máximos permitidos de cianotoxinas. Nesse sentido, o presente estudo avaliou as técnicas biológicas utilizadas para detecção das cianotoxinas microcistina-LR, cilindrospermopsina, saxitoxina e anatoxina, bem como, compreender mecanismos de toxicidade neurológicas, digestivas e genotóxicas ocasionados por esses compostos secundários. Assim, no 1o capítulo foi realizado um estudo de revisão sobre as técnicas biológicas utilizadas para detecção das cianotoxinas: bioensaios com organismos modelos, ensaio de inibição da proteína fosfatase (PPIA) e o ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA). Dentre essas técnicas, o ensaio ELISA é o mais comumente utilizado, no entanto, esse método não é tão eficaz na detecção de toxinas como a saxitoxina e cilindrospermopsina. Pois, esse método pode subestimar a concentração dessas toxinas quando mais de uma variante se faz presente. Diante disso, faz-se necessário abordagens analíticas capazes de quantificar toxinas multiclasses em matrizes ambientais, e assim direcionar para um tratamento mais eficaz da água de reservatórios destinados ao abastecimento público. No 2o capítulo foram avaliados os possíveis efeitos neurológicos, digestivos e genotóxicos das cianotoxinas (microcistina-LR (MC-LR), cilindrospermopsina (CYN), saxitoxina (STX), e anatoxina (ATX)) em concentrações baixas e em valores máximos permitidos (VMP) pela OMS e pela legislação brasileira (CONAMA e Ministério da Saúde), utilizando o peixe-zebra como organismo modelo. Então, foi observado que a exposição as cianotoxinas (MC-LR, CYN, STX, ATX) nas concentrações testadas induziu efeitos bioquímicos e genotóxicos no sistema nervoso e digestivo do peixe-zebra, além disso, os resultados aqui encontrados servem como alerta e gatilhos para novos estudos no que diz respeito aos níveis de toxinas permitidos pela legislação na água usada para abastecimento público.CAPESCyanobacterial blooms pose a potential risk to animals, including humans, as they produce toxic compounds that compromise water quality. In order to minimize the risk of exposure to cyanotoxins and confirming the need to establish monitoring to ensure safety, the WHO (World Health Organization) and the bodies responsible for water management in each country have developed a framework of recommendations for the management of algal toxins in drinking and recreational waters, with maximum permissible values of cyanotoxins. In this sense, the present study evaluated the biological techniques used to detect the cyanotoxins microcystin-LR, cylindrospermopsin, saxitoxin and anatoxin, as well as to understand mechanisms of neurological, digestive and genotoxic toxicity caused by these secondary compounds. Thus, in the 1st chapter, a review study was carried out on the biological techniques used for the detection of cyanotoxins: bioassays with model organisms, protein phosphatase inhibition assay (PPIA) and the enzyme immunosorbent assay (ELISA). Among these techniques, the ELISA assay is the most commonly used, however, this method is not as effective in the detection of toxins such as saxitoxin and cylindrospermopsin. This method may underestimate the concentration of these toxins when more than one variant is present. In view of this, it is necessary analytical approaches capable of quantifying multiclass toxins in environmental matrices, and thus directing towards a more effective treatment of water from reservoirs intended for public supply. In the 2nd chapter, the possible neurological, digestive and genotoxic effects of cyanotoxins (microcystin-LR (MC-LR), cylindrospermopsin (CYN), saxitoxin (STX), and anatoxin (ATX)) at low concentrations and at maximum permitted values were evaluated (VMP) by the WHO and Brazilian legislation (CONAMA and Ministry of Health), using zebrafish as a model organism. So, it was observed that exposure to cyanotoxins (MC-LR, CYN, STX, ATX) at the concentrations tested induced biochemical and genotoxic effects in the nervous and digestive system of zebrafish, in addition, the results found here serve as a warning and triggers for further studies regarding the levels of toxins permitted by legislation in water used for public supply.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Ciencias BiologicasUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessÁgua - PoluiçãoSaúde ambientalPeixes - Efeitos da poluição da águaEfeitos nas hidrolases e potencial genotóxico de cianotoxinas em peixes-zebra (Danio rerio – Hamilton, 1822)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTTESE Flávia Morgana Monteiro.pdf.txtTESE Flávia Morgana Monteiro.pdf.txtExtracted texttext/plain225511https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46425/4/TESE%20Fl%c3%a1via%20Morgana%20Monteiro.pdf.txt3a324848b1792078c70e877810488d03MD54THUMBNAILTESE Flávia Morgana Monteiro.pdf.jpgTESE Flávia Morgana Monteiro.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1240https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46425/5/TESE%20Fl%c3%a1via%20Morgana%20Monteiro.pdf.jpg82cf87edd6ef3a01d907cb2fe9c8bb3bMD55ORIGINALTESE Flávia Morgana Monteiro.pdfTESE Flávia Morgana Monteiro.pdfapplication/pdf2047044https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46425/1/TESE%20Fl%c3%a1via%20Morgana%20Monteiro.pdf2364db58afd90a6dea52a42d85b28c85MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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