Controle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formação do banco de esporos em dois fragmentos de Mata Atlântica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/773 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi avaliar duas populações de Blechnum brasiliense Desv. e B. occidentale L. quanto a viabilidade e a germinação dos esporos, o desenvolvimento dos gametófitos e, a formação do banco de esporos. Blechnum brasiliense está presente em áreas alagadas, sombreadas e distribuídas de forma agregada, enquanto B. occidentale cresce em margens e barrancos, áreas iluminadas formando um tapete resultado de reprodução por rizomas. As espécies foram coletadas nas matas da Azuada e da Reserva Biológica Municipal, localizadas no município de Bonito (PE). Frondes férteis foram coletadas e mantidas em temperatura ambiente por cinco dias para a liberação dos esporos. O armazenamento foi feito sob condições de 5ºC e escuro contínuo ou condições ambientais. Experimentos foram montados para a avaliação da: 1) germinação de esporos recém coletados: esporos mantidos em solução nutritiva, a 25oC e 12h de luz; 2) germinação sob diferentes temperaturas: esporos mantidos em câmara tipo BOD sob as temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30 e 35ºC e tratamentos de luz e escuro constantes; 3) nutrição mineral na germinação: esporos mantidos em água destilada, solução de Mohr a 10, 50, 100% e solução com ausência de ferro, a 25oC e 12h de luz; 4) estresse hídrico na germinação: esporos mantidos em solução nutritiva nos potenciais hídricos de 0,01 a 1,0 MPa obtidos com adição de PEG 6000; 5) armazenamento e viabilidade: esporos armazenados por 1, 2, 3, 6, 9 e 12 meses em condições controladas (5oC e escuro constante) e no campo (200mg de esporos foram misturadas a 10g de solo, acondicionados em sacos de náilon que ficaram expostos na superfície ou enterrado a 5cm de profundidade); 6) desenvolvimento de gametófitos em diferentes substratos: os esporos foram distribuídos sobre ágar, areia, solo e solo com folhedo e a avaliação morfológica foi semanal; 7) banco de esporos no solo: coleta de solo superficial nos meses de agosto/2001 e janeiro/2002 em dez pontos. O material coletado foi distribuído em placas de Petri e mantido em câmara de germinação durante 6 meses com acompanhamento quinzenal. A germinação dos esporos recém coletados de B. brasiliense e B. occidentale iniciou no 3o e 4o dias, respectivamente. Esporos, de ambas espécies, sob diferentes temperaturas apresentaram germinabilidade de 100%, exceto a 10 e 35ºC, que não germinaram. Nos experimentos de nutrição mineral, apenas a água não foi favorável ao desenvolvimento de gametófitos. Quando submetidas ao estresse hídrico, as duas espécies, apresentaram 100% de germinabilidade nos potenciais hídricos de 0,01 a 0,04 MPa. Baixos valores de germinação foram encontrados apenas em B. brasiliense nos tratamentos de 0,05 a 1,0 MPa. Houve perda total da viabilidade dos esporos armazenados no campo entre o 6o e o 9o mês, enquanto os esporos armazenados em condições controladas mantiveram 100% de germinabilidade por 12 meses. Embora a germinação tenha sido semelhante à solução nutritiva, a areia foi considerada como substrato menos favorável, pois apresentou permanência da fase filamentosa e morte aos 30 dias de cultivo. Nos demais substratos, o desenvolvimento inicial dos gametófitos foi semelhante, seguindo a seqüência do desenvolvimento filamentoso, espatulado e cordiforme nas duas espécies. Estruturas reprodutivas foram observadas com 45 dias de cultivo. O banco de esporos no solo apresentou, em sua maioria, gametófitos tricomados. Foram encontrados 13 morfotipos de gametófitos. A maior diversidade de gametófitos foi encontrada nas amostras da mata da Reserva na estação chuvosa. Nos dois locais, houve maior número de gametófitos durante a estação chuvosa. Esporófitos surgiram a partir do 3o mês de cultivo |
id |
UFPE_810728c08ca73b6925cc7f3cfc3d4e78 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/773 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
Silva, Flávia Carolina Lins daSimabukuro, Eliana Akie2014-06-12T15:05:21Z2014-06-12T15:05:21Z2003Carolina Lins da Silva, Flávia; Akie Simabukuro, Eliana. Controle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formação do banco de esporos em dois fragmentos de Mata Atlântica. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/773O objetivo deste trabalho foi avaliar duas populações de Blechnum brasiliense Desv. e B. occidentale L. quanto a viabilidade e a germinação dos esporos, o desenvolvimento dos gametófitos e, a formação do banco de esporos. Blechnum brasiliense está presente em áreas alagadas, sombreadas e distribuídas de forma agregada, enquanto B. occidentale cresce em margens e barrancos, áreas iluminadas formando um tapete resultado de reprodução por rizomas. As espécies foram coletadas nas matas da Azuada e da Reserva Biológica Municipal, localizadas no município de Bonito (PE). Frondes férteis foram coletadas e mantidas em temperatura ambiente por cinco dias para a liberação dos esporos. O armazenamento foi feito sob condições de 5ºC e escuro contínuo ou condições ambientais. Experimentos foram montados para a avaliação da: 1) germinação de esporos recém coletados: esporos mantidos em solução nutritiva, a 25oC e 12h de luz; 2) germinação sob diferentes temperaturas: esporos mantidos em câmara tipo BOD sob as temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30 e 35ºC e tratamentos de luz e escuro constantes; 3) nutrição mineral na germinação: esporos mantidos em água destilada, solução de Mohr a 10, 50, 100% e solução com ausência de ferro, a 25oC e 12h de luz; 4) estresse hídrico na germinação: esporos mantidos em solução nutritiva nos potenciais hídricos de 0,01 a 1,0 MPa obtidos com adição de PEG 6000; 5) armazenamento e viabilidade: esporos armazenados por 1, 2, 3, 6, 9 e 12 meses em condições controladas (5oC e escuro constante) e no campo (200mg de esporos foram misturadas a 10g de solo, acondicionados em sacos de náilon que ficaram expostos na superfície ou enterrado a 5cm de profundidade); 6) desenvolvimento de gametófitos em diferentes substratos: os esporos foram distribuídos sobre ágar, areia, solo e solo com folhedo e a avaliação morfológica foi semanal; 7) banco de esporos no solo: coleta de solo superficial nos meses de agosto/2001 e janeiro/2002 em dez pontos. O material coletado foi distribuído em placas de Petri e mantido em câmara de germinação durante 6 meses com acompanhamento quinzenal. A germinação dos esporos recém coletados de B. brasiliense e B. occidentale iniciou no 3o e 4o dias, respectivamente. Esporos, de ambas espécies, sob diferentes temperaturas apresentaram germinabilidade de 100%, exceto a 10 e 35ºC, que não germinaram. Nos experimentos de nutrição mineral, apenas a água não foi favorável ao desenvolvimento de gametófitos. Quando submetidas ao estresse hídrico, as duas espécies, apresentaram 100% de germinabilidade nos potenciais hídricos de 0,01 a 0,04 MPa. Baixos valores de germinação foram encontrados apenas em B. brasiliense nos tratamentos de 0,05 a 1,0 MPa. Houve perda total da viabilidade dos esporos armazenados no campo entre o 6o e o 9o mês, enquanto os esporos armazenados em condições controladas mantiveram 100% de germinabilidade por 12 meses. Embora a germinação tenha sido semelhante à solução nutritiva, a areia foi considerada como substrato menos favorável, pois apresentou permanência da fase filamentosa e morte aos 30 dias de cultivo. Nos demais substratos, o desenvolvimento inicial dos gametófitos foi semelhante, seguindo a seqüência do desenvolvimento filamentoso, espatulado e cordiforme nas duas espécies. Estruturas reprodutivas foram observadas com 45 dias de cultivo. O banco de esporos no solo apresentou, em sua maioria, gametófitos tricomados. Foram encontrados 13 morfotipos de gametófitos. A maior diversidade de gametófitos foi encontrada nas amostras da mata da Reserva na estação chuvosa. Nos dois locais, houve maior número de gametófitos durante a estação chuvosa. Esporófitos surgiram a partir do 3o mês de cultivoCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGametófitosGerminaçãoPteridófitasControle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formação do banco de esporos em dois fragmentos de Mata Atlânticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo4649_1.pdf.jpgarquivo4649_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1083https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/773/4/arquivo4649_1.pdf.jpgb025a517e7c77054fce6ff682b7b3a2dMD54ORIGINALarquivo4649_1.pdfapplication/pdf2971784https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/773/1/arquivo4649_1.pdf786ccf3064956575064131db6829bf05MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/773/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo4649_1.pdf.txtarquivo4649_1.pdf.txtExtracted texttext/plain117646https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/773/3/arquivo4649_1.pdf.txtf695db93598e1f0cc325d3c3c7528bccMD53123456789/7732019-10-25 19:44:25.282oai:repositorio.ufpe.br:123456789/773Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T22:44:25Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Controle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formação do banco de esporos em dois fragmentos de Mata Atlântica |
title |
Controle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formação do banco de esporos em dois fragmentos de Mata Atlântica |
spellingShingle |
Controle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formação do banco de esporos em dois fragmentos de Mata Atlântica Silva, Flávia Carolina Lins da Gametófitos Germinação Pteridófitas |
title_short |
Controle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formação do banco de esporos em dois fragmentos de Mata Atlântica |
title_full |
Controle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formação do banco de esporos em dois fragmentos de Mata Atlântica |
title_fullStr |
Controle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formação do banco de esporos em dois fragmentos de Mata Atlântica |
title_full_unstemmed |
Controle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formação do banco de esporos em dois fragmentos de Mata Atlântica |
title_sort |
Controle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formação do banco de esporos em dois fragmentos de Mata Atlântica |
author |
Silva, Flávia Carolina Lins da |
author_facet |
Silva, Flávia Carolina Lins da |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Flávia Carolina Lins da |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Simabukuro, Eliana Akie |
contributor_str_mv |
Simabukuro, Eliana Akie |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Gametófitos Germinação Pteridófitas |
topic |
Gametófitos Germinação Pteridófitas |
description |
O objetivo deste trabalho foi avaliar duas populações de Blechnum brasiliense Desv. e B. occidentale L. quanto a viabilidade e a germinação dos esporos, o desenvolvimento dos gametófitos e, a formação do banco de esporos. Blechnum brasiliense está presente em áreas alagadas, sombreadas e distribuídas de forma agregada, enquanto B. occidentale cresce em margens e barrancos, áreas iluminadas formando um tapete resultado de reprodução por rizomas. As espécies foram coletadas nas matas da Azuada e da Reserva Biológica Municipal, localizadas no município de Bonito (PE). Frondes férteis foram coletadas e mantidas em temperatura ambiente por cinco dias para a liberação dos esporos. O armazenamento foi feito sob condições de 5ºC e escuro contínuo ou condições ambientais. Experimentos foram montados para a avaliação da: 1) germinação de esporos recém coletados: esporos mantidos em solução nutritiva, a 25oC e 12h de luz; 2) germinação sob diferentes temperaturas: esporos mantidos em câmara tipo BOD sob as temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30 e 35ºC e tratamentos de luz e escuro constantes; 3) nutrição mineral na germinação: esporos mantidos em água destilada, solução de Mohr a 10, 50, 100% e solução com ausência de ferro, a 25oC e 12h de luz; 4) estresse hídrico na germinação: esporos mantidos em solução nutritiva nos potenciais hídricos de 0,01 a 1,0 MPa obtidos com adição de PEG 6000; 5) armazenamento e viabilidade: esporos armazenados por 1, 2, 3, 6, 9 e 12 meses em condições controladas (5oC e escuro constante) e no campo (200mg de esporos foram misturadas a 10g de solo, acondicionados em sacos de náilon que ficaram expostos na superfície ou enterrado a 5cm de profundidade); 6) desenvolvimento de gametófitos em diferentes substratos: os esporos foram distribuídos sobre ágar, areia, solo e solo com folhedo e a avaliação morfológica foi semanal; 7) banco de esporos no solo: coleta de solo superficial nos meses de agosto/2001 e janeiro/2002 em dez pontos. O material coletado foi distribuído em placas de Petri e mantido em câmara de germinação durante 6 meses com acompanhamento quinzenal. A germinação dos esporos recém coletados de B. brasiliense e B. occidentale iniciou no 3o e 4o dias, respectivamente. Esporos, de ambas espécies, sob diferentes temperaturas apresentaram germinabilidade de 100%, exceto a 10 e 35ºC, que não germinaram. Nos experimentos de nutrição mineral, apenas a água não foi favorável ao desenvolvimento de gametófitos. Quando submetidas ao estresse hídrico, as duas espécies, apresentaram 100% de germinabilidade nos potenciais hídricos de 0,01 a 0,04 MPa. Baixos valores de germinação foram encontrados apenas em B. brasiliense nos tratamentos de 0,05 a 1,0 MPa. Houve perda total da viabilidade dos esporos armazenados no campo entre o 6o e o 9o mês, enquanto os esporos armazenados em condições controladas mantiveram 100% de germinabilidade por 12 meses. Embora a germinação tenha sido semelhante à solução nutritiva, a areia foi considerada como substrato menos favorável, pois apresentou permanência da fase filamentosa e morte aos 30 dias de cultivo. Nos demais substratos, o desenvolvimento inicial dos gametófitos foi semelhante, seguindo a seqüência do desenvolvimento filamentoso, espatulado e cordiforme nas duas espécies. Estruturas reprodutivas foram observadas com 45 dias de cultivo. O banco de esporos no solo apresentou, em sua maioria, gametófitos tricomados. Foram encontrados 13 morfotipos de gametófitos. A maior diversidade de gametófitos foi encontrada nas amostras da mata da Reserva na estação chuvosa. Nos dois locais, houve maior número de gametófitos durante a estação chuvosa. Esporófitos surgiram a partir do 3o mês de cultivo |
publishDate |
2003 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2003 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2014-06-12T15:05:21Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2014-06-12T15:05:21Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
Carolina Lins da Silva, Flávia; Akie Simabukuro, Eliana. Controle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formação do banco de esporos em dois fragmentos de Mata Atlântica. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/773 |
identifier_str_mv |
Carolina Lins da Silva, Flávia; Akie Simabukuro, Eliana. Controle populacional de Blechnum brasiliense Desv. e Blechnum occidentale L. e formação do banco de esporos em dois fragmentos de Mata Atlântica. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003. |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/773 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/773/4/arquivo4649_1.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/773/1/arquivo4649_1.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/773/2/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/773/3/arquivo4649_1.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
b025a517e7c77054fce6ff682b7b3a2d 786ccf3064956575064131db6829bf05 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 f695db93598e1f0cc325d3c3c7528bcc |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310703077392384 |