O que pensam e fazem duas professoras de alfabetização e o que seus alunos aprendem?
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4326 |
Resumo: | Nossa pesquisa teve como objetivo investigar as concepções e práticas de alfabetização de duas professoras do 1° ano do 1° ciclo da rede municipal de Recife e analisar sua apropriação das inovações surgidas no campo da alfabetização, a partir da década de 1980. Especificamente, nos interessava identificar e analisar quais atividades as professoras investigadas utilizavam para que seus alunos se apropriassem do Sistema de Escrita Alfabética (doravante, SEA) e avaliar os desempenhos das crianças quanto ao domínio da escrita e sua possível relação com o tipo de ensino recebido. Selecionamos uma docente ( professora 1 ) que utilizava princípios de um método mais convencional (fônico), priorizando um ensino sistemático das correspondências som-grafia, mas desenvolvendo, ainda, práticas de leitura e produção de textos. A segunda docente ( professora 2 ) também realizava um trabalho envolvendo a leitura de textos e sistematizava o ensino do SEA, levando os alunos a refletir sobre palavras, pensando em seus segmentos orais e sonoros. Além de terem práticas distintas, as duas profissionais eram consideradas boas alfabetizadoras, nas escolas onde atuavam. Utilizamos três procedimentos metodológicos: a) Observações participantes das aulas ministradas pelas professoras (23 observações em cada turma), no início, no meio e no final do ano letivo; b) Entrevista semi-estruturada, no início e final do ano, a fim de examinar quais concepções permeavam as práticas docentes e quais atividades elas consideravam essenciais no processo de alfabetização; e c) Aplicação de Sondagens com os alunos, também no início, no meio e no final do ano). As crianças, nesses momentos, foram solicitadas a fazer 6 tarefas. Realizamos, inicialmente, um ditado de palavras , a fim de avaliar as hipóteses de escrita. Em seguida, fizemos uma atividade de leitura de palavras e três tarefas de consciência fonológica (identificação de palavras que começam com a mesma sílaba, identificação de palavras que rimam e produção de palavras maiores). Por fim, aplicamos uma tarefa de compreensão leitora, para identificar se as crianças já conseguiam ler e compreender um pequeno texto. Os dados aqui examinados evidenciam que as professoras conheciam as recentes propostas didáticas na área de Língua Portuguesa e que tinham fabricado inovações em suas formas de alfabetizar, as quais, especialmente no caso da Professora 1, conviviam com antigas alternativas metodológicas. Percebemos que as duas professoras criavam, em sala, suas próprias teorias de alfabetização , entre as quais encontramos várias similaridades, como o ensino envolvendo a reflexão sobre a palavra. Contudo, vimos que cada docente apresentou suas singularidades em relação ao modo como tratavam o processo de alfabetização, não só no que concerne ao ensino do sistema de escrita alfabética, mas também quanto às relações que estabeleciam entre esse ensino e a realização de práticas de leitura e produção de textos. Pudemos constatar que as práticas dessas professoras refletiam a necessidade de criação de táticas para alfabetizar. Entendemos que essas eram construídas de acordo com as experiências vividas por cada docente, no contexto em que sua escola ou sala de aula estavam inseridas. Nem sempre o que aparecia no discurso da professora era colocado em prática na sala de aula. Ou seja, suas práticas estavam diretamente relacionadas não só a suas concepções e aos saberes construídos ao longo das trajetórias, mas levavam em conta as injunções e restrições da instituição onde atuavam. Por fim, nosso estudo sugere, ainda, que a avaliação das relações entre diferenças nas práticas de ensino e o desempenho final dos aprendizes, na série ou ano de início da instrução regular em leitura, precisa prestar cuidadosa atenção à diversidade de conhecimentos e experiências com que os alunos iniciam o processo de alfabetização |
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Catarina dos Santos Pereira Cabral, AnaGomes de Morais, Artur 2014-06-12T17:20:52Z2014-06-12T17:20:52Z2008-01-31Catarina dos Santos Pereira Cabral, Ana; Gomes de Morais, Artur. O que pensam e fazem duas professoras de alfabetização e o que seus alunos aprendem?. 2008. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4326Nossa pesquisa teve como objetivo investigar as concepções e práticas de alfabetização de duas professoras do 1° ano do 1° ciclo da rede municipal de Recife e analisar sua apropriação das inovações surgidas no campo da alfabetização, a partir da década de 1980. Especificamente, nos interessava identificar e analisar quais atividades as professoras investigadas utilizavam para que seus alunos se apropriassem do Sistema de Escrita Alfabética (doravante, SEA) e avaliar os desempenhos das crianças quanto ao domínio da escrita e sua possível relação com o tipo de ensino recebido. Selecionamos uma docente ( professora 1 ) que utilizava princípios de um método mais convencional (fônico), priorizando um ensino sistemático das correspondências som-grafia, mas desenvolvendo, ainda, práticas de leitura e produção de textos. A segunda docente ( professora 2 ) também realizava um trabalho envolvendo a leitura de textos e sistematizava o ensino do SEA, levando os alunos a refletir sobre palavras, pensando em seus segmentos orais e sonoros. Além de terem práticas distintas, as duas profissionais eram consideradas boas alfabetizadoras, nas escolas onde atuavam. Utilizamos três procedimentos metodológicos: a) Observações participantes das aulas ministradas pelas professoras (23 observações em cada turma), no início, no meio e no final do ano letivo; b) Entrevista semi-estruturada, no início e final do ano, a fim de examinar quais concepções permeavam as práticas docentes e quais atividades elas consideravam essenciais no processo de alfabetização; e c) Aplicação de Sondagens com os alunos, também no início, no meio e no final do ano). As crianças, nesses momentos, foram solicitadas a fazer 6 tarefas. Realizamos, inicialmente, um ditado de palavras , a fim de avaliar as hipóteses de escrita. Em seguida, fizemos uma atividade de leitura de palavras e três tarefas de consciência fonológica (identificação de palavras que começam com a mesma sílaba, identificação de palavras que rimam e produção de palavras maiores). Por fim, aplicamos uma tarefa de compreensão leitora, para identificar se as crianças já conseguiam ler e compreender um pequeno texto. Os dados aqui examinados evidenciam que as professoras conheciam as recentes propostas didáticas na área de Língua Portuguesa e que tinham fabricado inovações em suas formas de alfabetizar, as quais, especialmente no caso da Professora 1, conviviam com antigas alternativas metodológicas. Percebemos que as duas professoras criavam, em sala, suas próprias teorias de alfabetização , entre as quais encontramos várias similaridades, como o ensino envolvendo a reflexão sobre a palavra. Contudo, vimos que cada docente apresentou suas singularidades em relação ao modo como tratavam o processo de alfabetização, não só no que concerne ao ensino do sistema de escrita alfabética, mas também quanto às relações que estabeleciam entre esse ensino e a realização de práticas de leitura e produção de textos. 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Por fim, nosso estudo sugere, ainda, que a avaliação das relações entre diferenças nas práticas de ensino e o desempenho final dos aprendizes, na série ou ano de início da instrução regular em leitura, precisa prestar cuidadosa atenção à diversidade de conhecimentos e experiências com que os alunos iniciam o processo de alfabetizaçãoCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAlfabetizaçãoPrática de ensinoMetodologias de alfabetizaçãoO que pensam e fazem duas professoras de alfabetização e o que seus alunos aprendem?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo3505_1.pdf.jpgarquivo3505_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1077https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4326/4/arquivo3505_1.pdf.jpg61e1462e0ed26459c3e402a9e6177ed1MD54ORIGINALarquivo3505_1.pdfapplication/pdf2561515https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4326/1/arquivo3505_1.pdf636bc35fbbd922667cf139d0fac114edMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4326/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo3505_1.pdf.txtarquivo3505_1.pdf.txtExtracted texttext/plain417275https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4326/3/arquivo3505_1.pdf.txtd29119aed859f8bfba9bec02194b745dMD53123456789/43262019-10-25 03:12:07.956oai:repositorio.ufpe.br:123456789/4326Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T06:12:07Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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