Limolaygo Toype : território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ARAÚJO, Marli Gondim de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43455
Resumo: Esta tese busca evidenciar os aspectos sobre a retomada da chamada agricultura tradicional Xukuru, também nominada como ancestral ou agricultura modo de vida. Os Xukuru do Ororubá são indígenas que habitam desde o século XVII a Serra do Ororubá, em terras localizadas no agreste pernambucano, nos municípios de Pesqueira e Poção. O território, ao longo dos séculos foi invadido por fazendeiros, latifundiários e criadores de gado, evidenciando relações de exploração da mão de obra indígena, a partir de um modelo de produção explorador da Natureza e excludente para as famílias originárias. Depois de muitas mobilizações, os indígenas retomaram as terras a partir de fins da década de 1990 até início dos anos 2000. Os conflitos ocorridos durante as mobilizações pela retomada das terras, ceifaram muitas vidas, entre as quais a do Cacique “Xikão” assassinado em 1998, liderança máxima dos Xukuru do Ororubá. Com as mobilizações pela reconquista das terras, os indígenas criaram um referencial epistêmico e cosmológico - a retomada, gerando aprendizados que se estenderam a várias esferas de atuação, destacando a chamada agricultura ancestral, cuja centralidade é determinada pela relação com os “Encantados” e as práticas de gestão do território onde habitam, convivendo com espaços de produção, de criação, de realização de cultos, rituais, preservação das matas, rios, lajedos e pedras, num complexo intercultural e cosmológico, cujo referencial físico se configura no Centro de Agricultura Xukuru do Ororubá (CAXO), localizado na Aldeia Couro d’Antas. A primeira retomada na Aldeia Pedra d’Água e as atividades do CAXO estão na perspectiva anunciada como “cosmonucleação”, ou seja, ambos são centros geradores de ações semelhantes, que movidas pela espiritualidade e cosmovisão dos indígenas, se estendem pelo território na Serra do Ororubá. Outra forma didática de construir conhecimentos ocorre a partir da realização dos encontros anuais sobre as áreas consideradas estratégicas pelos indígenas, com destaque para os que discutem e promovem a agricultura modo de vida: o Encontro de Sábios e Sábias e o Urubá Terra. Com isso, os Xukuru do Ororubá, criam referenciais epistêmicos de descolonialidade e caminham no fortalecimento das relações com a Natureza, da forma de produção de alimentos e explicitam uma cosmovisão no Semiárido pernambucano.
id UFPE_874b5823aa08e57a7073a2031efd63a5
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/43455
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling ARAÚJO, Marli Gondim dehttp://lattes.cnpq.br/8236023195653980http://lattes.cnpq.br/4908600462706819http://lattes.cnpq.br/4665749527709728MACIEL, Caio Augusto AmorimAGUIAR, Maria Virgínia de Almeida2022-03-21T18:32:59Z2022-03-21T18:32:59Z2021-10-28ARAÚJO, Marli Gondim de. Limolaygo Toype: território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambuco. 2021. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43455Esta tese busca evidenciar os aspectos sobre a retomada da chamada agricultura tradicional Xukuru, também nominada como ancestral ou agricultura modo de vida. Os Xukuru do Ororubá são indígenas que habitam desde o século XVII a Serra do Ororubá, em terras localizadas no agreste pernambucano, nos municípios de Pesqueira e Poção. O território, ao longo dos séculos foi invadido por fazendeiros, latifundiários e criadores de gado, evidenciando relações de exploração da mão de obra indígena, a partir de um modelo de produção explorador da Natureza e excludente para as famílias originárias. Depois de muitas mobilizações, os indígenas retomaram as terras a partir de fins da década de 1990 até início dos anos 2000. Os conflitos ocorridos durante as mobilizações pela retomada das terras, ceifaram muitas vidas, entre as quais a do Cacique “Xikão” assassinado em 1998, liderança máxima dos Xukuru do Ororubá. Com as mobilizações pela reconquista das terras, os indígenas criaram um referencial epistêmico e cosmológico - a retomada, gerando aprendizados que se estenderam a várias esferas de atuação, destacando a chamada agricultura ancestral, cuja centralidade é determinada pela relação com os “Encantados” e as práticas de gestão do território onde habitam, convivendo com espaços de produção, de criação, de realização de cultos, rituais, preservação das matas, rios, lajedos e pedras, num complexo intercultural e cosmológico, cujo referencial físico se configura no Centro de Agricultura Xukuru do Ororubá (CAXO), localizado na Aldeia Couro d’Antas. A primeira retomada na Aldeia Pedra d’Água e as atividades do CAXO estão na perspectiva anunciada como “cosmonucleação”, ou seja, ambos são centros geradores de ações semelhantes, que movidas pela espiritualidade e cosmovisão dos indígenas, se estendem pelo território na Serra do Ororubá. Outra forma didática de construir conhecimentos ocorre a partir da realização dos encontros anuais sobre as áreas consideradas estratégicas pelos indígenas, com destaque para os que discutem e promovem a agricultura modo de vida: o Encontro de Sábios e Sábias e o Urubá Terra. Com isso, os Xukuru do Ororubá, criam referenciais epistêmicos de descolonialidade e caminham no fortalecimento das relações com a Natureza, da forma de produção de alimentos e explicitam uma cosmovisão no Semiárido pernambucano.FACEPEThis dissertation seeks to bring forth the aspects that shape the takeover of traditional Xukuru agriculture, also known as ancestral, or life mode agriculture. Xukuru do Ororubá are indigenous peoples who have lived since the 17th century in the Serra do Ororubá, in lands located in the region known as "Agreste Pernambucano", in the municipalities of Pesqueira and Poção. Farmers, landowners and cattle raisers have invaded their territory over centuries, thus establishing relations of exploitation of indigenous labor and developing a production model that exploits nature and is excluding for original families. After many mobilizations, the indigenous people regained their lands in the mid-1990s until the early 2000s. The conflicts that occurred during the mobilizations for the repossession of the lands claimed many lives, including that of Cacique Xikão, maximum leader of the Xukuru. With the mobilizations for the reconquest of their lands, the indigenous people created an epistemic and cosmological reference: 'the takeover', which has generated some learning that extends to various spheres of their activity, highlighting ancestral agriculture. This is central for determining the relationship with the "Enchanted Ones" and the practices of territory management in which spaces of production, creation, cults and rituals enactment, preservation of forests, rivers, flagstones and rocks coexist in an intercultural and cosmological complex. The physical reference of such complex is configured in the Agricultural Center Xukuru do Ororubá (CAXO- Centro de Agricultura Xukuru do Ororubá in Portuguese), located in the Couro d'Antas village. The first takeover in Pedra d'Água village and the activities of CAXO follow the perspective of what is announced as “cosmonucleation”, that is, both are generating centers of similar actions, which, driven by Xukuru spirituality and cosmovision, extend into the territory of Serra do Ororubá. Another didactic way of building knowledge is based on the holding of annual meetings on the considered strategic areas of the indigenous people, with emphasis on those that discuss and promote life mode agriculture The Summit of Wise Men and Women and Urubá Terra (Urubá Land). With this, Xukuru do Ororubá, create epistemic references of decoloniality and walk towards strengthening their relationship with nature, their way of producing food, and putting forward their cosmovision in the semi-arids areas of Pernambuco.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em GeografiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGeografiaIndígenasXukuru do OrorubáAgriculturaLimolaygo Toype : território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPELICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/3/license.txt6928b9260b07fb2755249a5ca9903395MD53ORIGINALTESE Marli Gondim de Araújo.pdfTESE Marli Gondim de Araújo.pdfapplication/pdf9603048https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/1/TESE%20Marli%20Gondim%20de%20Ara%c3%bajo.pdf9cad39c8ee8b7fd1b0bd341807e54c53MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52TEXTTESE Marli Gondim de Araújo.pdf.txtTESE Marli Gondim de Araújo.pdf.txtExtracted texttext/plain642400https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/4/TESE%20Marli%20Gondim%20de%20Ara%c3%bajo.pdf.txt7b9019bd0158dacff343c4bf1c0ed2a7MD54THUMBNAILTESE Marli Gondim de Araújo.pdf.jpgTESE Marli Gondim de Araújo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1716https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/5/TESE%20Marli%20Gondim%20de%20Ara%c3%bajo.pdf.jpg09e61b85c12d9e87ce5435da38272215MD55123456789/434552022-03-22 02:15:00.196oai:repositorio.ufpe.br:123456789/43455VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBEb2N1bWVudG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUKIAoKRGVjbGFybyBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIGVzdGUgVGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyB0ZW0gbyBvYmpldGl2byBkZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZG9zIGRvY3VtZW50b3MgZGVwb3NpdGFkb3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBlIGRlY2xhcm8gcXVlOgoKSSAtICBvIGNvbnRlw7pkbyBkaXNwb25pYmlsaXphZG8gw6kgZGUgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBkZSBzdWEgYXV0b3JpYTsKCklJIC0gbyBjb250ZcO6ZG8gw6kgb3JpZ2luYWwsIGUgc2UgbyB0cmFiYWxobyBlL291IHBhbGF2cmFzIGRlIG91dHJhcyBwZXNzb2FzIGZvcmFtIHV0aWxpemFkb3MsIGVzdGFzIGZvcmFtIGRldmlkYW1lbnRlIHJlY29uaGVjaWRhczsKCklJSSAtIHF1YW5kbyB0cmF0YXItc2UgZGUgVHJhYmFsaG8gZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbywgRGlzc2VydGHDp8OjbyBvdSBUZXNlOiBvIGFycXVpdm8gZGVwb3NpdGFkbyBjb3JyZXNwb25kZSDDoCB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogZXN0b3UgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBhIGFsdGVyYcOnw6NvIGRhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgYWNlc3NvIGFvIGRvY3VtZW50byBhcMOzcyBvIGRlcMOzc2l0byBlIGFudGVzIGRlIGZpbmRhciBvIHBlcsOtb2RvIGRlIGVtYmFyZ28sIHF1YW5kbyBmb3IgZXNjb2xoaWRvIGFjZXNzbyByZXN0cml0bywgc2Vyw6EgcGVybWl0aWRhIG1lZGlhbnRlIHNvbGljaXRhw6fDo28gZG8gKGEpIGF1dG9yIChhKSBhbyBTaXN0ZW1hIEludGVncmFkbyBkZSBCaWJsaW90ZWNhcyBkYSBVRlBFIChTSUIvVUZQRSkuCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBBYmVydG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAsIGRlIDE5IGRlIGZldmVyZWlybyBkZSAxOTk4LCBhcnQuIDI5LCBpbmNpc28gSUlJLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFBlcm5hbWJ1Y28gYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBncmF0dWl0YW1lbnRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQgKGFxdWlzacOnw6NvKSBhdHJhdsOpcyBkbyBzaXRlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgbm8gZW5kZXJlw6dvIGh0dHA6Ly93d3cucmVwb3NpdG9yaW8udWZwZS5iciwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZSBkZXDDs3NpdG8uCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBSZXN0cml0bzoKCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBhdXRvciBxdWUgcmVjYWVtIHNvYnJlIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBmdW5kYW1lbnRhZG8gbmEgTGVpIGRlIERpcmVpdG8gQXV0b3JhbCBubyA5LjYxMCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIHF1YW5kbyBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvIGNvbmRpemVudGUgYW8gdGlwbyBkZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbmZvcm1lIGluZGljYWRvIG5vIGNhbXBvIERhdGEgZGUgRW1iYXJnby4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212022-03-22T05:15Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Limolaygo Toype : território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambuco
title Limolaygo Toype : território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambuco
spellingShingle Limolaygo Toype : território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambuco
ARAÚJO, Marli Gondim de
Geografia
Indígenas
Xukuru do Ororubá
Agricultura
title_short Limolaygo Toype : território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambuco
title_full Limolaygo Toype : território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambuco
title_fullStr Limolaygo Toype : território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambuco
title_full_unstemmed Limolaygo Toype : território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambuco
title_sort Limolaygo Toype : território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambuco
author ARAÚJO, Marli Gondim de
author_facet ARAÚJO, Marli Gondim de
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8236023195653980
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4908600462706819
dc.contributor.advisor-coLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4665749527709728
dc.contributor.author.fl_str_mv ARAÚJO, Marli Gondim de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv MACIEL, Caio Augusto Amorim
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv AGUIAR, Maria Virgínia de Almeida
contributor_str_mv MACIEL, Caio Augusto Amorim
AGUIAR, Maria Virgínia de Almeida
dc.subject.por.fl_str_mv Geografia
Indígenas
Xukuru do Ororubá
Agricultura
topic Geografia
Indígenas
Xukuru do Ororubá
Agricultura
description Esta tese busca evidenciar os aspectos sobre a retomada da chamada agricultura tradicional Xukuru, também nominada como ancestral ou agricultura modo de vida. Os Xukuru do Ororubá são indígenas que habitam desde o século XVII a Serra do Ororubá, em terras localizadas no agreste pernambucano, nos municípios de Pesqueira e Poção. O território, ao longo dos séculos foi invadido por fazendeiros, latifundiários e criadores de gado, evidenciando relações de exploração da mão de obra indígena, a partir de um modelo de produção explorador da Natureza e excludente para as famílias originárias. Depois de muitas mobilizações, os indígenas retomaram as terras a partir de fins da década de 1990 até início dos anos 2000. Os conflitos ocorridos durante as mobilizações pela retomada das terras, ceifaram muitas vidas, entre as quais a do Cacique “Xikão” assassinado em 1998, liderança máxima dos Xukuru do Ororubá. Com as mobilizações pela reconquista das terras, os indígenas criaram um referencial epistêmico e cosmológico - a retomada, gerando aprendizados que se estenderam a várias esferas de atuação, destacando a chamada agricultura ancestral, cuja centralidade é determinada pela relação com os “Encantados” e as práticas de gestão do território onde habitam, convivendo com espaços de produção, de criação, de realização de cultos, rituais, preservação das matas, rios, lajedos e pedras, num complexo intercultural e cosmológico, cujo referencial físico se configura no Centro de Agricultura Xukuru do Ororubá (CAXO), localizado na Aldeia Couro d’Antas. A primeira retomada na Aldeia Pedra d’Água e as atividades do CAXO estão na perspectiva anunciada como “cosmonucleação”, ou seja, ambos são centros geradores de ações semelhantes, que movidas pela espiritualidade e cosmovisão dos indígenas, se estendem pelo território na Serra do Ororubá. Outra forma didática de construir conhecimentos ocorre a partir da realização dos encontros anuais sobre as áreas consideradas estratégicas pelos indígenas, com destaque para os que discutem e promovem a agricultura modo de vida: o Encontro de Sábios e Sábias e o Urubá Terra. Com isso, os Xukuru do Ororubá, criam referenciais epistêmicos de descolonialidade e caminham no fortalecimento das relações com a Natureza, da forma de produção de alimentos e explicitam uma cosmovisão no Semiárido pernambucano.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-10-28
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-03-21T18:32:59Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-03-21T18:32:59Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv ARAÚJO, Marli Gondim de. Limolaygo Toype: território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambuco. 2021. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43455
identifier_str_mv ARAÚJO, Marli Gondim de. Limolaygo Toype: território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambuco. 2021. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43455
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Geografia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/1/TESE%20Marli%20Gondim%20de%20Ara%c3%bajo.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/4/TESE%20Marli%20Gondim%20de%20Ara%c3%bajo.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/5/TESE%20Marli%20Gondim%20de%20Ara%c3%bajo.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 6928b9260b07fb2755249a5ca9903395
9cad39c8ee8b7fd1b0bd341807e54c53
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
7b9019bd0158dacff343c4bf1c0ed2a7
09e61b85c12d9e87ce5435da38272215
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310731394187264