Limolaygo Toype : território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambuco
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Data de Publicação: | 2021 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43455 |
Resumo: | Esta tese busca evidenciar os aspectos sobre a retomada da chamada agricultura tradicional Xukuru, também nominada como ancestral ou agricultura modo de vida. Os Xukuru do Ororubá são indígenas que habitam desde o século XVII a Serra do Ororubá, em terras localizadas no agreste pernambucano, nos municípios de Pesqueira e Poção. O território, ao longo dos séculos foi invadido por fazendeiros, latifundiários e criadores de gado, evidenciando relações de exploração da mão de obra indígena, a partir de um modelo de produção explorador da Natureza e excludente para as famílias originárias. Depois de muitas mobilizações, os indígenas retomaram as terras a partir de fins da década de 1990 até início dos anos 2000. Os conflitos ocorridos durante as mobilizações pela retomada das terras, ceifaram muitas vidas, entre as quais a do Cacique “Xikão” assassinado em 1998, liderança máxima dos Xukuru do Ororubá. Com as mobilizações pela reconquista das terras, os indígenas criaram um referencial epistêmico e cosmológico - a retomada, gerando aprendizados que se estenderam a várias esferas de atuação, destacando a chamada agricultura ancestral, cuja centralidade é determinada pela relação com os “Encantados” e as práticas de gestão do território onde habitam, convivendo com espaços de produção, de criação, de realização de cultos, rituais, preservação das matas, rios, lajedos e pedras, num complexo intercultural e cosmológico, cujo referencial físico se configura no Centro de Agricultura Xukuru do Ororubá (CAXO), localizado na Aldeia Couro d’Antas. A primeira retomada na Aldeia Pedra d’Água e as atividades do CAXO estão na perspectiva anunciada como “cosmonucleação”, ou seja, ambos são centros geradores de ações semelhantes, que movidas pela espiritualidade e cosmovisão dos indígenas, se estendem pelo território na Serra do Ororubá. Outra forma didática de construir conhecimentos ocorre a partir da realização dos encontros anuais sobre as áreas consideradas estratégicas pelos indígenas, com destaque para os que discutem e promovem a agricultura modo de vida: o Encontro de Sábios e Sábias e o Urubá Terra. Com isso, os Xukuru do Ororubá, criam referenciais epistêmicos de descolonialidade e caminham no fortalecimento das relações com a Natureza, da forma de produção de alimentos e explicitam uma cosmovisão no Semiárido pernambucano. |
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O território, ao longo dos séculos foi invadido por fazendeiros, latifundiários e criadores de gado, evidenciando relações de exploração da mão de obra indígena, a partir de um modelo de produção explorador da Natureza e excludente para as famílias originárias. Depois de muitas mobilizações, os indígenas retomaram as terras a partir de fins da década de 1990 até início dos anos 2000. Os conflitos ocorridos durante as mobilizações pela retomada das terras, ceifaram muitas vidas, entre as quais a do Cacique “Xikão” assassinado em 1998, liderança máxima dos Xukuru do Ororubá. Com as mobilizações pela reconquista das terras, os indígenas criaram um referencial epistêmico e cosmológico - a retomada, gerando aprendizados que se estenderam a várias esferas de atuação, destacando a chamada agricultura ancestral, cuja centralidade é determinada pela relação com os “Encantados” e as práticas de gestão do território onde habitam, convivendo com espaços de produção, de criação, de realização de cultos, rituais, preservação das matas, rios, lajedos e pedras, num complexo intercultural e cosmológico, cujo referencial físico se configura no Centro de Agricultura Xukuru do Ororubá (CAXO), localizado na Aldeia Couro d’Antas. A primeira retomada na Aldeia Pedra d’Água e as atividades do CAXO estão na perspectiva anunciada como “cosmonucleação”, ou seja, ambos são centros geradores de ações semelhantes, que movidas pela espiritualidade e cosmovisão dos indígenas, se estendem pelo território na Serra do Ororubá. 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Farmers, landowners and cattle raisers have invaded their territory over centuries, thus establishing relations of exploitation of indigenous labor and developing a production model that exploits nature and is excluding for original families. After many mobilizations, the indigenous people regained their lands in the mid-1990s until the early 2000s. The conflicts that occurred during the mobilizations for the repossession of the lands claimed many lives, including that of Cacique Xikão, maximum leader of the Xukuru. With the mobilizations for the reconquest of their lands, the indigenous people created an epistemic and cosmological reference: 'the takeover', which has generated some learning that extends to various spheres of their activity, highlighting ancestral agriculture. This is central for determining the relationship with the "Enchanted Ones" and the practices of territory management in which spaces of production, creation, cults and rituals enactment, preservation of forests, rivers, flagstones and rocks coexist in an intercultural and cosmological complex. The physical reference of such complex is configured in the Agricultural Center Xukuru do Ororubá (CAXO- Centro de Agricultura Xukuru do Ororubá in Portuguese), located in the Couro d'Antas village. The first takeover in Pedra d'Água village and the activities of CAXO follow the perspective of what is announced as “cosmonucleation”, that is, both are generating centers of similar actions, which, driven by Xukuru spirituality and cosmovision, extend into the territory of Serra do Ororubá. Another didactic way of building knowledge is based on the holding of annual meetings on the considered strategic areas of the indigenous people, with emphasis on those that discuss and promote life mode agriculture The Summit of Wise Men and Women and Urubá Terra (Urubá Land). With this, Xukuru do Ororubá, create epistemic references of decoloniality and walk towards strengthening their relationship with nature, their way of producing food, and putting forward their cosmovision in the semi-arids areas of Pernambuco.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em GeografiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGeografiaIndígenasXukuru do OrorubáAgriculturaLimolaygo Toype : território ancestral e agricultura indígena dos Xukuru do Ororubá em Pesqueira e Poção, Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPELICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/3/license.txt6928b9260b07fb2755249a5ca9903395MD53ORIGINALTESE Marli Gondim de Araújo.pdfTESE Marli Gondim de Araújo.pdfapplication/pdf9603048https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/1/TESE%20Marli%20Gondim%20de%20Ara%c3%bajo.pdf9cad39c8ee8b7fd1b0bd341807e54c53MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52TEXTTESE Marli Gondim de Araújo.pdf.txtTESE Marli Gondim de Araújo.pdf.txtExtracted texttext/plain642400https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/4/TESE%20Marli%20Gondim%20de%20Ara%c3%bajo.pdf.txt7b9019bd0158dacff343c4bf1c0ed2a7MD54THUMBNAILTESE Marli Gondim de Araújo.pdf.jpgTESE Marli Gondim de Araújo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1716https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43455/5/TESE%20Marli%20Gondim%20de%20Ara%c3%bajo.pdf.jpg09e61b85c12d9e87ce5435da38272215MD55123456789/434552022-03-22 02:15:00.196oai:repositorio.ufpe.br:123456789/43455VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBEb2N1bWVudG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUKIAoKRGVjbGFybyBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIGVzdGUgVGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyB0ZW0gbyBvYmpldGl2byBkZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZG9zIGRvY3VtZW50b3MgZGVwb3NpdGFkb3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBlIGRlY2xhcm8gcXVlOgoKSSAtICBvIGNvbnRlw7pkbyBkaXNwb25pYmlsaXphZG8gw6kgZGUgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBkZSBzdWEgYXV0b3JpYTsKCklJIC0gbyBjb250ZcO6ZG8gw6kgb3JpZ2luYWwsIGUgc2UgbyB0cmFiYWxobyBlL291IHBhbGF2cmFzIGRlIG91dHJhcyBwZXNzb2FzIGZvcmFtIHV0aWxpemFkb3MsIGVzdGFzIGZvcmFtIGRldmlkYW1lbnRlIHJlY29uaGVjaWRhczsKCklJSSAtIHF1YW5kbyB0cmF0YXItc2UgZGUgVHJhYmFsaG8gZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbywgRGlzc2VydGHDp8OjbyBvdSBUZXNlOiBvIGFycXVpdm8gZGVwb3NpdGFkbyBjb3JyZXNwb25kZSDDoCB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogZXN0b3UgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBhIGFsdGVyYcOnw6NvIGRhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgYWNlc3NvIGFvIGRvY3VtZW50byBhcMOzcyBvIGRlcMOzc2l0byBlIGFudGVzIGRlIGZpbmRhciBvIHBlcsOtb2RvIGRlIGVtYmFyZ28sIHF1YW5kbyBmb3IgZXNjb2xoaWRvIGFjZXNzbyByZXN0cml0bywgc2Vyw6EgcGVybWl0aWRhIG1lZGlhbnRlIHNvbGljaXRhw6fDo28gZG8gKGEpIGF1dG9yIChhKSBhbyBTaXN0ZW1hIEludGVncmFkbyBkZSBCaWJsaW90ZWNhcyBkYSBVRlBFIChTSUIvVUZQRSkuCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBBYmVydG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAsIGRlIDE5IGRlIGZldmVyZWlybyBkZSAxOTk4LCBhcnQuIDI5LCBpbmNpc28gSUlJLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFBlcm5hbWJ1Y28gYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBncmF0dWl0YW1lbnRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQgKGFxdWlzacOnw6NvKSBhdHJhdsOpcyBkbyBzaXRlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgbm8gZW5kZXJlw6dvIGh0dHA6Ly93d3cucmVwb3NpdG9yaW8udWZwZS5iciwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZSBkZXDDs3NpdG8uCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBSZXN0cml0bzoKCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBhdXRvciBxdWUgcmVjYWVtIHNvYnJlIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBmdW5kYW1lbnRhZG8gbmEgTGVpIGRlIERpcmVpdG8gQXV0b3JhbCBubyA5LjYxMCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIHF1YW5kbyBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvIGNvbmRpemVudGUgYW8gdGlwbyBkZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbmZvcm1lIGluZGljYWRvIG5vIGNhbXBvIERhdGEgZGUgRW1iYXJnby4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212022-03-22T05:15Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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