Onze negras: “eu vejo que os homens, mesmo eles sendo um negro quilombola, ele não tem uma atitude que nem uma mulher tem” : as relações entre gênero e o reconhecimento em uma comunidade quilombola no Cabo de Santo Agostinho/PE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Jairo Hely
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55453
Resumo: Esta pesquisa analisará as relações entre gênero e o reconhecimento quilombola na comunidade Onze Negras, localizada no município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, capital do estado de Pernambuco. Em pesquisa anterior (2017), um olhar direcionado ao reconhecimento cotidiano e dinâmico do grupo sugeriu que a comunidade é marcada pelas questões de gênero, que exercem importantes influências no seu reconhecimento étnico. Reconhecimento quilombola e gênero têm se constituído como relevantes enfoques nas análises antropológicas, evidenciando complexos fenômenos socioculturais que podem ser problematizados a partir de análises que consideram as conexões entre essas duas temáticas. Nesse sentido, buscamos estabelecer diálogos entre estes dois pontos, refletindo sobre as suas relações a partir de Onze Negras, comunidade quilombola marcada pela forte atuação das mulheres que operam como “agentes do reconhecimento quilombola”, tencionando o reconhecimento étnico na sua comunidade. Foram utilizados três instrumentos de coleta, dialogando em uma triangulação antropológica: análise documental; observações pontuais online e; a realização de entrevistas semiestruturadas via WhatsApp. O trabalho de campo foi impactado pelas consequências e implicações da pandemia de covid-19, exigindo adequações metodológicas impostas pelo fechamento dos territórios quilombolas e indígenas no Brasil, bem como pelas implicações do distanciamento social compulsório, entendido como medida de prevenção/proteção contra a disseminação do coronavírus junto aqueles grupos. Na pesquisa, percebemos que as mulheres influenciam efetivamente no reconhecimento quilombola, liderando as mobilizações do grupo e dialogando com a construção de uma sujeita histórica e coletiva que aqui denominamos de “mulher quilombola”. Naquela comunidade as agentes do reconhecimento interferem direta e ativamente no cotidiano local direcionando, via reconhecimento quilombola, as políticas públicas étnicas; a defesa do território e; as próprias questões simbólicas que dialogam com a afirmação da identidade quilombola.
id UFPE_88e03678f51fa8411e4e5251e1afac48
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/55453
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling SILVA, Jairo Helyhttp://lattes.cnpq.br/2547694049874830http://lattes.cnpq.br/2397198431456002QUADROS, Marion Teodósio de2024-03-14T17:40:07Z2024-03-14T17:40:07Z2022-05-11SILVA, Jairo Hely. Onze negras: “eu vejo que os homens, mesmo eles sendo um negro quilombola, ele não tem uma atitude que nem uma mulher tem”: as relações entre gênero e o reconhecimento em uma comunidade quilombola no Cabo de Santo Agostinho/PE. 2022. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55453Esta pesquisa analisará as relações entre gênero e o reconhecimento quilombola na comunidade Onze Negras, localizada no município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, capital do estado de Pernambuco. Em pesquisa anterior (2017), um olhar direcionado ao reconhecimento cotidiano e dinâmico do grupo sugeriu que a comunidade é marcada pelas questões de gênero, que exercem importantes influências no seu reconhecimento étnico. Reconhecimento quilombola e gênero têm se constituído como relevantes enfoques nas análises antropológicas, evidenciando complexos fenômenos socioculturais que podem ser problematizados a partir de análises que consideram as conexões entre essas duas temáticas. Nesse sentido, buscamos estabelecer diálogos entre estes dois pontos, refletindo sobre as suas relações a partir de Onze Negras, comunidade quilombola marcada pela forte atuação das mulheres que operam como “agentes do reconhecimento quilombola”, tencionando o reconhecimento étnico na sua comunidade. Foram utilizados três instrumentos de coleta, dialogando em uma triangulação antropológica: análise documental; observações pontuais online e; a realização de entrevistas semiestruturadas via WhatsApp. O trabalho de campo foi impactado pelas consequências e implicações da pandemia de covid-19, exigindo adequações metodológicas impostas pelo fechamento dos territórios quilombolas e indígenas no Brasil, bem como pelas implicações do distanciamento social compulsório, entendido como medida de prevenção/proteção contra a disseminação do coronavírus junto aqueles grupos. Na pesquisa, percebemos que as mulheres influenciam efetivamente no reconhecimento quilombola, liderando as mobilizações do grupo e dialogando com a construção de uma sujeita histórica e coletiva que aqui denominamos de “mulher quilombola”. Naquela comunidade as agentes do reconhecimento interferem direta e ativamente no cotidiano local direcionando, via reconhecimento quilombola, as políticas públicas étnicas; a defesa do território e; as próprias questões simbólicas que dialogam com a afirmação da identidade quilombola.CAPESThis research will analyze the relationships between gender and quilombola recognition in the Onze Negras community, located in the municipality of Cabo de Santo Agostinho, in the Região Metropolitana do Recife, capital of the state of Pernambuco. In previous research (2017), a look at the daily and dynamic recognition of the group suggested that the community is marked by gender issues, which exert important influences on its ethnic recognition. Quilombola recognition and gender have become relevant approaches in anthropological analyses, highlighting complex sociocultural phenomena that can be problematized from analyzes that consider the connections between these two themes. In this sense, we seek to establish dialogues between these two points, reflecting on their relationships from Onze Negras, a quilombola community marked by the strong performance of women who operate as “agents of quilombola recognition”, stressing ethnic recognition in their community. Three collection instruments were used, dialoguing in an anthropological triangulation: document analysis; punctual online observations and; conducting semi- structured interviews by WhatsApp. Fieldwork was impacted by the consequences and implications of the covid-19 pandemic, requiring methodological adjustments imposed by the closure of quilombola and indigenous territories in Brazil, as well as by the implications of compulsory social distancing, understood as a measure of prevention/protection against the spread of the coronavirus with those groups. In the research, we realized that women effectively influence quilombola recognition, leading the group's mobilizations and dialoguing with the construction of a historical and collective subject that we call here "quilombola woman". In that community, the agents of recognition directly and actively interfere in the local daily life, directing, via quilombola recognition, ethnic public policies; the defense of the territory and; the very symbolic questions that dialogue with the affirmation of the quilombola identity.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em AntropologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAntropologiaReconhecimento ético - RelevanteIdentidade (Psicologia) - Sexo (Psicologia)Comunidades quilombolas - Escravos fugitivosComunidade quilombolaOnze negras: “eu vejo que os homens, mesmo eles sendo um negro quilombola, ele não tem uma atitude que nem uma mulher tem” : as relações entre gênero e o reconhecimento em uma comunidade quilombola no Cabo de Santo Agostinho/PEinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Jairo Hely Silva.pdfDISSERTAÇÃO Jairo Hely Silva.pdfapplication/pdf1255502https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55453/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Jairo%20Hely%20Silva.pdfed48b93e6c05aec3a1e2190af47a9bb6MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55453/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55453/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53TEXTDISSERTAÇÃO Jairo Hely Silva.pdf.txtDISSERTAÇÃO Jairo Hely Silva.pdf.txtExtracted texttext/plain375348https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55453/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Jairo%20Hely%20Silva.pdf.txt7c125a2680edec85c391a3d1f3bfc995MD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Jairo Hely Silva.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Jairo Hely Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1302https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55453/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Jairo%20Hely%20Silva.pdf.jpg94b3377dc78ec2f822f8ac86c0ba5831MD55123456789/554532024-03-15 02:22:29.561oai:repositorio.ufpe.br:123456789/55453VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212024-03-15T05:22:29Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Onze negras: “eu vejo que os homens, mesmo eles sendo um negro quilombola, ele não tem uma atitude que nem uma mulher tem” : as relações entre gênero e o reconhecimento em uma comunidade quilombola no Cabo de Santo Agostinho/PE
title Onze negras: “eu vejo que os homens, mesmo eles sendo um negro quilombola, ele não tem uma atitude que nem uma mulher tem” : as relações entre gênero e o reconhecimento em uma comunidade quilombola no Cabo de Santo Agostinho/PE
spellingShingle Onze negras: “eu vejo que os homens, mesmo eles sendo um negro quilombola, ele não tem uma atitude que nem uma mulher tem” : as relações entre gênero e o reconhecimento em uma comunidade quilombola no Cabo de Santo Agostinho/PE
SILVA, Jairo Hely
Antropologia
Reconhecimento ético - Relevante
Identidade (Psicologia) - Sexo (Psicologia)
Comunidades quilombolas - Escravos fugitivos
Comunidade quilombola
title_short Onze negras: “eu vejo que os homens, mesmo eles sendo um negro quilombola, ele não tem uma atitude que nem uma mulher tem” : as relações entre gênero e o reconhecimento em uma comunidade quilombola no Cabo de Santo Agostinho/PE
title_full Onze negras: “eu vejo que os homens, mesmo eles sendo um negro quilombola, ele não tem uma atitude que nem uma mulher tem” : as relações entre gênero e o reconhecimento em uma comunidade quilombola no Cabo de Santo Agostinho/PE
title_fullStr Onze negras: “eu vejo que os homens, mesmo eles sendo um negro quilombola, ele não tem uma atitude que nem uma mulher tem” : as relações entre gênero e o reconhecimento em uma comunidade quilombola no Cabo de Santo Agostinho/PE
title_full_unstemmed Onze negras: “eu vejo que os homens, mesmo eles sendo um negro quilombola, ele não tem uma atitude que nem uma mulher tem” : as relações entre gênero e o reconhecimento em uma comunidade quilombola no Cabo de Santo Agostinho/PE
title_sort Onze negras: “eu vejo que os homens, mesmo eles sendo um negro quilombola, ele não tem uma atitude que nem uma mulher tem” : as relações entre gênero e o reconhecimento em uma comunidade quilombola no Cabo de Santo Agostinho/PE
author SILVA, Jairo Hely
author_facet SILVA, Jairo Hely
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2547694049874830
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2397198431456002
dc.contributor.author.fl_str_mv SILVA, Jairo Hely
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv QUADROS, Marion Teodósio de
contributor_str_mv QUADROS, Marion Teodósio de
dc.subject.por.fl_str_mv Antropologia
Reconhecimento ético - Relevante
Identidade (Psicologia) - Sexo (Psicologia)
Comunidades quilombolas - Escravos fugitivos
Comunidade quilombola
topic Antropologia
Reconhecimento ético - Relevante
Identidade (Psicologia) - Sexo (Psicologia)
Comunidades quilombolas - Escravos fugitivos
Comunidade quilombola
description Esta pesquisa analisará as relações entre gênero e o reconhecimento quilombola na comunidade Onze Negras, localizada no município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, capital do estado de Pernambuco. Em pesquisa anterior (2017), um olhar direcionado ao reconhecimento cotidiano e dinâmico do grupo sugeriu que a comunidade é marcada pelas questões de gênero, que exercem importantes influências no seu reconhecimento étnico. Reconhecimento quilombola e gênero têm se constituído como relevantes enfoques nas análises antropológicas, evidenciando complexos fenômenos socioculturais que podem ser problematizados a partir de análises que consideram as conexões entre essas duas temáticas. Nesse sentido, buscamos estabelecer diálogos entre estes dois pontos, refletindo sobre as suas relações a partir de Onze Negras, comunidade quilombola marcada pela forte atuação das mulheres que operam como “agentes do reconhecimento quilombola”, tencionando o reconhecimento étnico na sua comunidade. Foram utilizados três instrumentos de coleta, dialogando em uma triangulação antropológica: análise documental; observações pontuais online e; a realização de entrevistas semiestruturadas via WhatsApp. O trabalho de campo foi impactado pelas consequências e implicações da pandemia de covid-19, exigindo adequações metodológicas impostas pelo fechamento dos territórios quilombolas e indígenas no Brasil, bem como pelas implicações do distanciamento social compulsório, entendido como medida de prevenção/proteção contra a disseminação do coronavírus junto aqueles grupos. Na pesquisa, percebemos que as mulheres influenciam efetivamente no reconhecimento quilombola, liderando as mobilizações do grupo e dialogando com a construção de uma sujeita histórica e coletiva que aqui denominamos de “mulher quilombola”. Naquela comunidade as agentes do reconhecimento interferem direta e ativamente no cotidiano local direcionando, via reconhecimento quilombola, as políticas públicas étnicas; a defesa do território e; as próprias questões simbólicas que dialogam com a afirmação da identidade quilombola.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-05-11
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-03-14T17:40:07Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-03-14T17:40:07Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SILVA, Jairo Hely. Onze negras: “eu vejo que os homens, mesmo eles sendo um negro quilombola, ele não tem uma atitude que nem uma mulher tem”: as relações entre gênero e o reconhecimento em uma comunidade quilombola no Cabo de Santo Agostinho/PE. 2022. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55453
identifier_str_mv SILVA, Jairo Hely. Onze negras: “eu vejo que os homens, mesmo eles sendo um negro quilombola, ele não tem uma atitude que nem uma mulher tem”: as relações entre gênero e o reconhecimento em uma comunidade quilombola no Cabo de Santo Agostinho/PE. 2022. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55453
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Antropologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55453/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Jairo%20Hely%20Silva.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55453/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55453/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55453/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Jairo%20Hely%20Silva.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55453/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Jairo%20Hely%20Silva.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv ed48b93e6c05aec3a1e2190af47a9bb6
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973
7c125a2680edec85c391a3d1f3bfc995
94b3377dc78ec2f822f8ac86c0ba5831
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310768442474496