A precarização social do trabalho no sistema único de saúde : o caso da enfermagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PEREIRA, Tamires Maria
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55428
Resumo: Em todo o mundo, a agenda neoliberal tem ocasionado a precarização social do trabalho ao suprimir os direitos trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora. No Brasil, esse fenômeno ganha força a partir da década de 1990, após a Reforma do Estado, e desde então ocasiona transformações em distintos setores da economia, entre eles, o da saúde pública e privada. O estudo analisou arranjos contratuais das (os) enfermeiras (os) vinculadas (os) à Fundação de Hematologia de Pernambuco e as repercussões desse fenômeno em suas vidas e na prestação da assistência. A investigação foi descritiva e exploratória, do tipo estudo de caso, com abordagens da pesquisa qualitativa. Foram entrevistadas enfermeiras do Hemope e representantes da gestão do trabalho da enfermagem do Hemope e da SES/PE. Essas entrevistas abordaram as dimensões da precarização social do trabalho, conforme Druck (2011; 2016). Os achados foram analisados utilizando a técnica de análise de conteúdo de Bardin (2011) e análise documental. Além disso, foi coletado material empírico sobre todos os arranjos contratuais de enfermeiras(os) vinculadas(os) às instituições hospitalares públicas, inclusive ao Hemope, vinculadas à SES/PE no período de 2013 a 2021. Esses dados revelaram que o início efetivo da prestação de serviços via plantões extras ocorreu no ano de 2015. Naquele ano, 70,6% das (os) enfermeiras (os) vinculadas(os) aos hospitais públicos possuíam vínculos precarizados quando se somavam os contratos por tempo determinado (6,4%) aos plantões extraordinários (64,2%). Em 2021, essa condição alcançou o patamar de 63%. No Hemope, em 2021, 72,56 % do total de vínculos também eram precários. Sobre as dimensões da precarização do trabalho, as análises das entrevistas revelaram que as poucas ações de promoção e prevenção da saúde do trabalhador desenvolvidas pelo Hemope não contemplam todas (os) as (os) profissionais, visto que só usufruem dessas ações as (os) que possuem vínculo estatutário. As jornadas exaustivas de trabalho, as condições laborais precárias e as contratações informais são justificadas pelo Estado em decorrência da insuficiência de recursos públicos para assegurar a infraestrutura dos serviços de saúde. A ameaça do desemprego em um contexto de coexistência de variados tipos de contratos precarizados vem fomentando um ambiente de trabalho competitivo entre trabalhadoras (es) da enfermagem. Por fim, pode-se dizer que ao priorizar as contratações temporárias no setor público, o Estado reafirma o fomento à precarização dos vínculos de trabalho, em detrimento da função constitucional de assegurar qualidade na assistência à saúde dos cidadãos e a proteção social do trabalho para os profissionais da saúde.
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O estudo analisou arranjos contratuais das (os) enfermeiras (os) vinculadas (os) à Fundação de Hematologia de Pernambuco e as repercussões desse fenômeno em suas vidas e na prestação da assistência. A investigação foi descritiva e exploratória, do tipo estudo de caso, com abordagens da pesquisa qualitativa. Foram entrevistadas enfermeiras do Hemope e representantes da gestão do trabalho da enfermagem do Hemope e da SES/PE. Essas entrevistas abordaram as dimensões da precarização social do trabalho, conforme Druck (2011; 2016). Os achados foram analisados utilizando a técnica de análise de conteúdo de Bardin (2011) e análise documental. Além disso, foi coletado material empírico sobre todos os arranjos contratuais de enfermeiras(os) vinculadas(os) às instituições hospitalares públicas, inclusive ao Hemope, vinculadas à SES/PE no período de 2013 a 2021. Esses dados revelaram que o início efetivo da prestação de serviços via plantões extras ocorreu no ano de 2015. Naquele ano, 70,6% das (os) enfermeiras (os) vinculadas(os) aos hospitais públicos possuíam vínculos precarizados quando se somavam os contratos por tempo determinado (6,4%) aos plantões extraordinários (64,2%). Em 2021, essa condição alcançou o patamar de 63%. No Hemope, em 2021, 72,56 % do total de vínculos também eram precários. Sobre as dimensões da precarização do trabalho, as análises das entrevistas revelaram que as poucas ações de promoção e prevenção da saúde do trabalhador desenvolvidas pelo Hemope não contemplam todas (os) as (os) profissionais, visto que só usufruem dessas ações as (os) que possuem vínculo estatutário. As jornadas exaustivas de trabalho, as condições laborais precárias e as contratações informais são justificadas pelo Estado em decorrência da insuficiência de recursos públicos para assegurar a infraestrutura dos serviços de saúde. A ameaça do desemprego em um contexto de coexistência de variados tipos de contratos precarizados vem fomentando um ambiente de trabalho competitivo entre trabalhadoras (es) da enfermagem. Por fim, pode-se dizer que ao priorizar as contratações temporárias no setor público, o Estado reafirma o fomento à precarização dos vínculos de trabalho, em detrimento da função constitucional de assegurar qualidade na assistência à saúde dos cidadãos e a proteção social do trabalho para os profissionais da saúde.All over the world, the neoliberal agenda has been causing the social precariousness of work by suppressing the labor and social security rights of the working class. In Brazil, this phenomenon gained strength in the 1990s after the State Reform and since then has caused transformations in different sectors of the economy, including public and private health. The study analyzed contractual arrangements of nurses linked to the Hematology Foundation of Pernambuco, and the repercussions of this phenomenon on their lives and the provision of care. The investigation was descriptive and exploratory, case study type, with qualitative research approaches. Nurses from Hemope and representatives of nursing work management from Hemope and SES/PE were interviewed. These interviews focused on dimensions of the social precariousness of work (according to Druck, 2011; 2016). The findings were analyzed using Bardin's (2011) content analysis technique and document analysis. Furthermore, empirical material was collected on all contractual arrangements of nurses linked to public hospital institutions, including Hemope, linked to SES/PE in the period from 2013 to 2021. These data revealed that the effective start of service provision via extra shifts occurred in 2015. That year, 70.6% of nurses working in public hospitals had precarious employment when fixed-term contracts (6.4%) were added to extraordinary shifts (64.2%). In 2021, this condition reached the level of 63%. At Hemope, in 2021, 72.56% of total employment was also precarious. Regarding the dimensions of precarious work, analysis of the interviews revealed that the few actions to promote and prevent worker health developed by Hemope do not include all professionals, as only those who benefit from these actions benefit from these actions. who have a statutory bond. Exhausting working hours, precarious working conditions and informal hiring are justified by the State due to insufficient public resources to ensure the infrastructure of health services. The threat of unemployment in a context of coexistence of various types of precarious contracts has fostered a competitive work environment among nursing workers. Finally, it can be said that by prioritizing temporary hiring in the public sector, the State reaffirms the promotion of precarious employment relationships, to the detriment of the constitutional function of ensuring quality in health care for citizens and the social protection of work for health professionals.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Saude ColetivaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEnfermagemTrabalho precárioMercado de trabalhoSistema Único de Saúdesaúde coletivaA precarização social do trabalho no sistema único de saúde : o caso da enfermageminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Tamires Maria Pereira.pdfDISSERTAÇÃO Tamires Maria Pereira.pdfapplication/pdf1892174https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55428/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Tamires%20Maria%20Pereira.pdf324b540fcccad74a3f90240b0c80c825MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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