A experiência e a prática da automutilação entre jovens mulheres: a travessia e os ruídos da dor, na contemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LUNA, Dayse Batista de
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/995
Resumo: Esta pesquisa busca compreender o fenômeno da automutilação, mediante os sentidos conferidos por um grupo de jovens mulheres que o praticam. Este fenômeno caracteriza-se por atos de violência infligidos por essas mulheres aos seus corpos. A escolha dos sujeitos da pesquisa relacionase ao fato de que a maioria dos praticantes ser composta por mulheres, entre 16 e 30 anos, oriundas das camadas médias da sociedade brasileira. A metodologia utilizada ancora-se nas técnicas e métodos da pesquisa qualitativa, tem o caráter de um estudo exploratório, devido a ser um campo pouco explorado pelas Ciências Sociais. Pretendi, nesta exploração, compreender o significado sociocultural desta experiência, um comportamento contemporâneo, analisando as narrativas dessas jovens. Foram utilizadas entrevistas não-estruturadas, depoimentos escritos nas comunidades do ORKUT e em blogs, com intenção de escutar as vozes dessas jovens que vêm utilizando as inscrições corporais como veículo de expressão dos seus sofrimentos. As primeiras incursões no campo apontaram que a prática da automutilação reveste-se de um movimento de velamento e de desvelamento, conforme a audiência selecionada entre os que poderiam saber da ocorrência do fenômeno e os que não poderiam ter acesso a esta informação. Na tentativa de desvendar os significados da automutilação para estas jovens, alguns elementos de suas narrativas tornaram-se recorrentes, o que direcionou a ênfase da interpretação em três eixos analíticos: os conflitos relacionados a grupos específicos (família, escola, pares); as instâncias de disciplinamento na socialização das jovens; e as estratégias e os usos do corpo como espaço de comunicação dos sofrimentos vivenciados pelas praticantes da automutilação. Procurei, através da articulação desses focos de interpretação, compreender os processos que dotavam esta experiência de inteligibilidade para as jovens que vivenciam o drama de se violentarem fisicamente
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A metodologia utilizada ancora-se nas técnicas e métodos da pesquisa qualitativa, tem o caráter de um estudo exploratório, devido a ser um campo pouco explorado pelas Ciências Sociais. Pretendi, nesta exploração, compreender o significado sociocultural desta experiência, um comportamento contemporâneo, analisando as narrativas dessas jovens. Foram utilizadas entrevistas não-estruturadas, depoimentos escritos nas comunidades do ORKUT e em blogs, com intenção de escutar as vozes dessas jovens que vêm utilizando as inscrições corporais como veículo de expressão dos seus sofrimentos. As primeiras incursões no campo apontaram que a prática da automutilação reveste-se de um movimento de velamento e de desvelamento, conforme a audiência selecionada entre os que poderiam saber da ocorrência do fenômeno e os que não poderiam ter acesso a esta informação. 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Procurei, através da articulação desses focos de interpretação, compreender os processos que dotavam esta experiência de inteligibilidade para as jovens que vivenciam o drama de se violentarem fisicamenteUniversidade Federal de PernambucoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCorporalidadePoderMulheresAutomutilaçãoA experiência e a prática da automutilação entre jovens mulheres: a travessia e os ruídos da dor, na contemporaneidadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Dayse Batista de Luna.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Dayse Batista de Luna.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2405https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/995/6/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Dayse%20Batista%20de%20Luna.pdf.jpg3fe39ef4f88dd0e966c18a76e49c9dc8MD56LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/995/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALDISSERTAÇÃO Dayse Batista de Luna.pdfDISSERTAÇÃO Dayse Batista de Luna.pdfapplication/pdf963428https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/995/3/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Dayse%20Batista%20de%20Luna.pdf2b69709169666471a23bacd0f9300bafMD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/995/4/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD54TEXTDISSERTAÇÃO Dayse Batista de Luna.pdf.txtDISSERTAÇÃO Dayse Batista de Luna.pdf.txtExtracted texttext/plain225707https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/995/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Dayse%20Batista%20de%20Luna.pdf.txt112317c1f74be4db432bc70496a3aca4MD55123456789/9952019-10-26 04:04:21.029oai:repositorio.ufpe.br:123456789/995Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T07:04:21Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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