Carcinoma ductal invasivo mamário esporádico: uma abordagem histoquímica e imunohistiquímica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jesus Barreto de Melo Rêgo, Moacyr
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000mzn1
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1529
Resumo: O câncer de mama é a neoplasia mais freqüente e a maior causa de morte de câncer em mulheres no mundo. Dentre as várias neoplasias que acometem esse órgão o carcinoma ductal invasivo (CDI) representa de 65% a 80% de todos os carcinomas, o qual apresenta grande heterogeneidade fenotípica e genotípica. Por causa dessa heterogeneidade a procura por biomarcadores das neoplasias mamárias vem aumento nos últimos anos. Nesse sentido lectinas, (glico)proteínas reconhecedoras de carboidratos, vem sendo utilizadas como tradutoras de glicocódigos e biomarcadores de várias neoplasias. Esse trabalho objetivou analisar o perfil de carboidratos do CDI através da histoquímica com lectinas e correlacionar essa expressão com parâmetros clínicos e histopatológicos (idade, tamanho do tumor, variante histológica e expressão de p53). Oitenta e oito biópsias de CDI e 20 biópsias de mastoplastia redutora e bordas livres de tumor, utilizadas como controles normais foram obtidas no Hospital das Clínicas da UFPE. Para a histoquímica com lectinas, cortes de 4&#956;m foram tratados com tripsina 0,1%, metanol-peróxido de hidrogênio 0,3% e incubadas com as lectinas conjugadas a peroxidase (horseradish peroxidase HRP), Concanavalin A, Con A-HRP, Ulex europeus I, UEA-I-HRP e Peanult Aglutinin, PNAHRP, especificas para glicose/manose, L-fucose e D-galactose, respectivamente. A imunohistoquímica para o p53 foi realizada através da técnica da estreptavidina-biotinaperoxidase. Ambas as reações foram reveladas com diaminobenzidina (DAB)-H2O2, contra-coradas com hematoxilina e avaliadas em microscopia óptica. Houve uma associação entre a marcação das lectinas, Con A (p<0,001), PNA (p<0,001) e UEA-I (p<0,001), nos dois grupos de estudo, normal e CDI. A prevalência da positividade foi significativamente maior no grupo com câncer.A proteína p53 mutante foi detectada em 34,1% dos casos. Morfologicamente PNA reconheceu mitoses atípicas e, UEA-I e Con A endotélio vascular e todas as lectinas marcaram as células neoplásicas. Não houve correlação significativa entre a marcação das lectinas e os parâmetros clínicos e histopatológicos (p>0,005). Os resultados indicam que ocorre uma maior disponibilidade de glicose/manose, L-fucose e D-galactose no CDI, sugerindo a utilização das lectinas UEA-I, PNA e ConA como ferramentas histopatológicas na diferenciação dos tecidos normais e portadores dessa malignidade
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A imunohistoquímica para o p53 foi realizada através da técnica da estreptavidina-biotinaperoxidase. Ambas as reações foram reveladas com diaminobenzidina (DAB)-H2O2, contra-coradas com hematoxilina e avaliadas em microscopia óptica. Houve uma associação entre a marcação das lectinas, Con A (p<0,001), PNA (p<0,001) e UEA-I (p<0,001), nos dois grupos de estudo, normal e CDI. A prevalência da positividade foi significativamente maior no grupo com câncer.A proteína p53 mutante foi detectada em 34,1% dos casos. Morfologicamente PNA reconheceu mitoses atípicas e, UEA-I e Con A endotélio vascular e todas as lectinas marcaram as células neoplásicas. Não houve correlação significativa entre a marcação das lectinas e os parâmetros clínicos e histopatológicos (p>0,005). 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