Novos olhares, novas costuras... o movimento hip hop e suas práticas educativas na escola

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MOURA, Renata Paula dos Santos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14914
Resumo: Este estudo teve como objetivo analisar como as ações advindas do movimento hip hop – espaço de produção e de transmissão de saberes – dialogam com a gestão da escola pública, refletindo mais especificamente as práticas educativas promovidas por meio do hip hop e suas repercussões no cotidiano escolar. Consideramos as formas que a gestão escolar utiliza para incorporar (ou não) as manifestações juvenis em seu contexto organizacional e problematizamos a participação dos jovens e esses outros sujeitos na escola. Neste sentido, tratamos aqui de expandir nossa ―conversa‖ para além dos muros da escola e adotamos como ―porta de entrada‖ o movimento hip hop, sujeito da pesquisa. O hip hop é um movimento juvenil urbano, artístico-cultural e sociopolítico que reúne quatro elementos artísticos e um quinto elemento político denominado ‗conhecimento e sabedoria‘, que perpassa os demais. Propomos reflexões a partir desta interseção entre a educação não escolar e escolar - este espaço formativo que emana linguagens das juventudes e constitui sujeitos ativos em diferentes espaços. Como é que a gestão escolar se implica (ou poderia se implicar) com o hip hop agindo dentro de ―seu‖ espaço e com a interação dos estudantes e demais sujeitos escolares? Como o movimento repercute suas ações na escola (e para com a gestão escolar)? Como as ações advindas do hip hop dialogam com a gestão da escola pública? Seria possível uma abertura da escola para outros saberes e para outros sujeitos? E que outras pedagogias dialogariam com os jovens? Essas e outras questões refletimos no decorrer da nossa ―conversa‖. A pesquisa qualitativa de inspiração etnográfica desenvolveu um estudo de caso em uma escola pública estadual de ensino médio localizada na cidade do Recife, escolhida justamente pela forte expressão do hip hop. Os principais conceitos abordados são a origem e a concepção do movimento hip hop (MATSUNAGA, 2008). Diante da diversidade de culturas juvenis existentes atualmente, o hip hop, vem adquirindo significativa visibilidade entre jovens de diferentes camadas populares. Compreendemos que a juventude constitui um momento determinado, mas não se reduz a uma passagem; ela assume uma importância em si mesma. Todo esse processo é influenciado pelo meio social concreto no qual se desenvolve e pela qualidade das trocas que este proporciona (DAYRELL, 2002). Neste sentido, problematizamos que a cultura organizacional dificilmente representa um universo homogêneo e, portanto, uma cultura dominante e diversas outras culturas convivem numa mesma escola (BOTLER, 2010). Dentre as conclusões, enfatizamos que ao estudarmos como as ações advindas do movimento hip hop dialogam com a gestão da escola pública, compreendemos que as relações que se estabelecem entre os jovens via hip hop ocorrem por meio de momentos ricos de trocas não só de conhecimentos, mas também de afeto e experiências de vida. Além disso, a relação entre a cultura de rua e a escola só é possível com uma abertura para a comunidade, assim como para projetos sociais - que tem e/ou desenvolvem parcerias - ou em escolas que tem uma proposta diferenciada, que precisam, sobremaneira, do apoio decisivo da gestão escolar, o que é fundamental para que ocorram as ações, atuando como mediação entre escola e projetos.
id UFPE_9498c0a9f574511d25e8e11bb59f8423
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/14914
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling MOURA, Renata Paula dos Santoshttp://lattes.cnpq.br/3530431746529277http://lattes.cnpq.br/9284144427264959HAPP, Alice Miriam Botler2016-01-15T19:02:28Z2016-01-15T19:02:28Z2015-07-28https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14914Este estudo teve como objetivo analisar como as ações advindas do movimento hip hop – espaço de produção e de transmissão de saberes – dialogam com a gestão da escola pública, refletindo mais especificamente as práticas educativas promovidas por meio do hip hop e suas repercussões no cotidiano escolar. Consideramos as formas que a gestão escolar utiliza para incorporar (ou não) as manifestações juvenis em seu contexto organizacional e problematizamos a participação dos jovens e esses outros sujeitos na escola. Neste sentido, tratamos aqui de expandir nossa ―conversa‖ para além dos muros da escola e adotamos como ―porta de entrada‖ o movimento hip hop, sujeito da pesquisa. O hip hop é um movimento juvenil urbano, artístico-cultural e sociopolítico que reúne quatro elementos artísticos e um quinto elemento político denominado ‗conhecimento e sabedoria‘, que perpassa os demais. Propomos reflexões a partir desta interseção entre a educação não escolar e escolar - este espaço formativo que emana linguagens das juventudes e constitui sujeitos ativos em diferentes espaços. Como é que a gestão escolar se implica (ou poderia se implicar) com o hip hop agindo dentro de ―seu‖ espaço e com a interação dos estudantes e demais sujeitos escolares? Como o movimento repercute suas ações na escola (e para com a gestão escolar)? Como as ações advindas do hip hop dialogam com a gestão da escola pública? Seria possível uma abertura da escola para outros saberes e para outros sujeitos? E que outras pedagogias dialogariam com os jovens? Essas e outras questões refletimos no decorrer da nossa ―conversa‖. A pesquisa qualitativa de inspiração etnográfica desenvolveu um estudo de caso em uma escola pública estadual de ensino médio localizada na cidade do Recife, escolhida justamente pela forte expressão do hip hop. Os principais conceitos abordados são a origem e a concepção do movimento hip hop (MATSUNAGA, 2008). Diante da diversidade de culturas juvenis existentes atualmente, o hip hop, vem adquirindo significativa visibilidade entre jovens de diferentes camadas populares. Compreendemos que a juventude constitui um momento determinado, mas não se reduz a uma passagem; ela assume uma importância em si mesma. Todo esse processo é influenciado pelo meio social concreto no qual se desenvolve e pela qualidade das trocas que este proporciona (DAYRELL, 2002). Neste sentido, problematizamos que a cultura organizacional dificilmente representa um universo homogêneo e, portanto, uma cultura dominante e diversas outras culturas convivem numa mesma escola (BOTLER, 2010). Dentre as conclusões, enfatizamos que ao estudarmos como as ações advindas do movimento hip hop dialogam com a gestão da escola pública, compreendemos que as relações que se estabelecem entre os jovens via hip hop ocorrem por meio de momentos ricos de trocas não só de conhecimentos, mas também de afeto e experiências de vida. Além disso, a relação entre a cultura de rua e a escola só é possível com uma abertura para a comunidade, assim como para projetos sociais - que tem e/ou desenvolvem parcerias - ou em escolas que tem uma proposta diferenciada, que precisam, sobremaneira, do apoio decisivo da gestão escolar, o que é fundamental para que ocorram as ações, atuando como mediação entre escola e projetos.CAPESporUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em EducacaoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessHip-Hop(cultura popular)JuventudePráticas educativasNovos olhares, novas costuras... o movimento hip hop e suas práticas educativas na escolainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILRenata Moura - Dissertação Versão Final (1).pdf.jpgRenata Moura - Dissertação Versão Final (1).pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1228https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14914/5/Renata%20Moura%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Vers%c3%a3o%20Final%20%20%281%29.pdf.jpg71fe1bd51527dd6710cbbb6b0ed8da87MD55ORIGINALRenata Moura - Dissertação Versão Final (1).pdfRenata Moura - Dissertação Versão Final (1).pdfapplication/pdf1962079https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14914/1/Renata%20Moura%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Vers%c3%a3o%20Final%20%20%281%29.pdfa2981188e0497462370adfc511a83897MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14914/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14914/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTRenata Moura - Dissertação Versão Final (1).pdf.txtRenata Moura - Dissertação Versão Final (1).pdf.txtExtracted texttext/plain430586https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14914/4/Renata%20Moura%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Vers%c3%a3o%20Final%20%20%281%29.pdf.txtb58edf8faa5465c7e321009eba2e7747MD54123456789/149142019-10-25 21:22:23.049oai:repositorio.ufpe.br:123456789/14914TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T00:22:23Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Novos olhares, novas costuras... o movimento hip hop e suas práticas educativas na escola
title Novos olhares, novas costuras... o movimento hip hop e suas práticas educativas na escola
spellingShingle Novos olhares, novas costuras... o movimento hip hop e suas práticas educativas na escola
MOURA, Renata Paula dos Santos
Hip-Hop(cultura popular)
Juventude
Práticas educativas
title_short Novos olhares, novas costuras... o movimento hip hop e suas práticas educativas na escola
title_full Novos olhares, novas costuras... o movimento hip hop e suas práticas educativas na escola
title_fullStr Novos olhares, novas costuras... o movimento hip hop e suas práticas educativas na escola
title_full_unstemmed Novos olhares, novas costuras... o movimento hip hop e suas práticas educativas na escola
title_sort Novos olhares, novas costuras... o movimento hip hop e suas práticas educativas na escola
author MOURA, Renata Paula dos Santos
author_facet MOURA, Renata Paula dos Santos
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3530431746529277
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9284144427264959
dc.contributor.author.fl_str_mv MOURA, Renata Paula dos Santos
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv HAPP, Alice Miriam Botler
contributor_str_mv HAPP, Alice Miriam Botler
dc.subject.por.fl_str_mv Hip-Hop(cultura popular)
Juventude
Práticas educativas
topic Hip-Hop(cultura popular)
Juventude
Práticas educativas
description Este estudo teve como objetivo analisar como as ações advindas do movimento hip hop – espaço de produção e de transmissão de saberes – dialogam com a gestão da escola pública, refletindo mais especificamente as práticas educativas promovidas por meio do hip hop e suas repercussões no cotidiano escolar. Consideramos as formas que a gestão escolar utiliza para incorporar (ou não) as manifestações juvenis em seu contexto organizacional e problematizamos a participação dos jovens e esses outros sujeitos na escola. Neste sentido, tratamos aqui de expandir nossa ―conversa‖ para além dos muros da escola e adotamos como ―porta de entrada‖ o movimento hip hop, sujeito da pesquisa. O hip hop é um movimento juvenil urbano, artístico-cultural e sociopolítico que reúne quatro elementos artísticos e um quinto elemento político denominado ‗conhecimento e sabedoria‘, que perpassa os demais. Propomos reflexões a partir desta interseção entre a educação não escolar e escolar - este espaço formativo que emana linguagens das juventudes e constitui sujeitos ativos em diferentes espaços. Como é que a gestão escolar se implica (ou poderia se implicar) com o hip hop agindo dentro de ―seu‖ espaço e com a interação dos estudantes e demais sujeitos escolares? Como o movimento repercute suas ações na escola (e para com a gestão escolar)? Como as ações advindas do hip hop dialogam com a gestão da escola pública? Seria possível uma abertura da escola para outros saberes e para outros sujeitos? E que outras pedagogias dialogariam com os jovens? Essas e outras questões refletimos no decorrer da nossa ―conversa‖. A pesquisa qualitativa de inspiração etnográfica desenvolveu um estudo de caso em uma escola pública estadual de ensino médio localizada na cidade do Recife, escolhida justamente pela forte expressão do hip hop. Os principais conceitos abordados são a origem e a concepção do movimento hip hop (MATSUNAGA, 2008). Diante da diversidade de culturas juvenis existentes atualmente, o hip hop, vem adquirindo significativa visibilidade entre jovens de diferentes camadas populares. Compreendemos que a juventude constitui um momento determinado, mas não se reduz a uma passagem; ela assume uma importância em si mesma. Todo esse processo é influenciado pelo meio social concreto no qual se desenvolve e pela qualidade das trocas que este proporciona (DAYRELL, 2002). Neste sentido, problematizamos que a cultura organizacional dificilmente representa um universo homogêneo e, portanto, uma cultura dominante e diversas outras culturas convivem numa mesma escola (BOTLER, 2010). Dentre as conclusões, enfatizamos que ao estudarmos como as ações advindas do movimento hip hop dialogam com a gestão da escola pública, compreendemos que as relações que se estabelecem entre os jovens via hip hop ocorrem por meio de momentos ricos de trocas não só de conhecimentos, mas também de afeto e experiências de vida. Além disso, a relação entre a cultura de rua e a escola só é possível com uma abertura para a comunidade, assim como para projetos sociais - que tem e/ou desenvolvem parcerias - ou em escolas que tem uma proposta diferenciada, que precisam, sobremaneira, do apoio decisivo da gestão escolar, o que é fundamental para que ocorram as ações, atuando como mediação entre escola e projetos.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-07-28
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-01-15T19:02:28Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-01-15T19:02:28Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14914
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14914
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Educacao
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14914/5/Renata%20Moura%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Vers%c3%a3o%20Final%20%20%281%29.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14914/1/Renata%20Moura%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Vers%c3%a3o%20Final%20%20%281%29.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14914/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14914/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14914/4/Renata%20Moura%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Vers%c3%a3o%20Final%20%20%281%29.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 71fe1bd51527dd6710cbbb6b0ed8da87
a2981188e0497462370adfc511a83897
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
b58edf8faa5465c7e321009eba2e7747
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310865658052608