Relações discursivas em museus de ciências e o processo de alfabetização científica: analisando interações verbais / não verbais entre monitor e visitantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LEITÃO, Angela Bezerra de Souza
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28379
Resumo: Nosso objetivo geral nesta pesquisa consistiu em compreender como as especificidades dos enunciados, que emergem da interação discursiva monitor/visitante no Espaço Ciência, promovem a Alfabetização Científica. Participaram do estudo um monitor e 27 estudantes de 7ª série de uma escola pública estadual, no Recife, durante visita monitorada. Consideramos a Alfabetização Científica como o processo através do qual o indivíduo adquire habilidades próprias do fazer científico, pelas quais se torna capaz de construir relações entre os conhecimentos científicos e as tecnologias a eles associadas, compreendendo os impactos que produzem para a sociedade e o meio ambiente (SASSERON, 2008; SASSERON; CARVALHO, 2011). Para elaboração do corpus empírico da pesquisa, utilizamos prioritariamente a videogravação de ‘banco de dados’ que havíamos construído em 2009 (LEITÃO, 2009), e entrevistamos a equipe gestora do museu, com o objetivo de atualizar informações sobre o mesmo. Para análise do corpus, nos apoiamos nos eixos estruturantes da Alfabetização Científica e seus indicadores (SASSERON, 2008), e no indicador de Alfabetização Científica estético/afetivo (CERATI, 2014). Recorremos também aos estudos de linguagem de Bakhtin e seu Círculo, tendo como referência a teoria da enunciação, considerados os conceitos de vozes, polifonia, dialogismo, gêneros do discurso, interação verbal, discurso autoritário e discurso interiormente persuasivo, que nos possibilitaram interpretar os enunciados gerados na interlocução monitor/visitantes. Com a pesquisa pudemos constatar que as enunciações no museu foram notadamente marcadas pelo gênero cotidiano, estruturado por meio da linguagem coloquial, com alguns momentos marcados por vocábulos da linguagem científica. Constatamos que o discurso assumido pelo monitor foi determinante por restringir ou ampliar os espaços de negociação de significados pelos estudantes; ora pelo uso que fez da palavra autoritária, ora pela palavra interiormente persuasiva que assumiu. O uso da palavra interiormente persuasiva pelo monitor favoreceu o contexto dialógico, possibilitando aos estudantes fazerem uso de vários indicadores de Alfabetização Científica (SASSERON, 2008). Constatamos que os mesmos também fizeram uso de indicadores estéticos/afetivos (CERATI, 2014). Estes se evidenciaram pela ação estimuladora do monitor, e, acreditamos, porque o museu de ciências, além de ser uma instância do conhecimento, é espaço das emoções, do inusitado, espaço privilegiado para surpreender o visitante através dos aparatos, objetos, imagens, o que amplia as possibilidades deste se envolver com a exposição. Essas evidências nos levam a afirmar que os museus de ciências têm um potencial muito grande para contribuir com a Alfabetização Científica dos seus diversos públicos. Importante é que os seus profissionais instaurem um processo contínuo de avaliação das suas ações educativas, reavaliem os fundamentos que norteiam a divulgação científica, que são determinantes dos discursos que a instituição veicula, para que o público, dentro do museu, se reconheça como sujeito para explorar suas próprias ideias e compreender o papel da ciência na sociedade.
id UFPE_94c921023a4c6f82d4a6076b7237b339
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/28379
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling LEITÃO, Angela Bezerra de Souzahttp://lattes.cnpq.br/0241849505466455http://lattes.cnpq.br/3496051954346908TEIXEIRA, Francimar Martins2019-01-02T19:27:29Z2019-01-02T19:27:29Z2017-11-10https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28379Nosso objetivo geral nesta pesquisa consistiu em compreender como as especificidades dos enunciados, que emergem da interação discursiva monitor/visitante no Espaço Ciência, promovem a Alfabetização Científica. Participaram do estudo um monitor e 27 estudantes de 7ª série de uma escola pública estadual, no Recife, durante visita monitorada. Consideramos a Alfabetização Científica como o processo através do qual o indivíduo adquire habilidades próprias do fazer científico, pelas quais se torna capaz de construir relações entre os conhecimentos científicos e as tecnologias a eles associadas, compreendendo os impactos que produzem para a sociedade e o meio ambiente (SASSERON, 2008; SASSERON; CARVALHO, 2011). Para elaboração do corpus empírico da pesquisa, utilizamos prioritariamente a videogravação de ‘banco de dados’ que havíamos construído em 2009 (LEITÃO, 2009), e entrevistamos a equipe gestora do museu, com o objetivo de atualizar informações sobre o mesmo. Para análise do corpus, nos apoiamos nos eixos estruturantes da Alfabetização Científica e seus indicadores (SASSERON, 2008), e no indicador de Alfabetização Científica estético/afetivo (CERATI, 2014). Recorremos também aos estudos de linguagem de Bakhtin e seu Círculo, tendo como referência a teoria da enunciação, considerados os conceitos de vozes, polifonia, dialogismo, gêneros do discurso, interação verbal, discurso autoritário e discurso interiormente persuasivo, que nos possibilitaram interpretar os enunciados gerados na interlocução monitor/visitantes. Com a pesquisa pudemos constatar que as enunciações no museu foram notadamente marcadas pelo gênero cotidiano, estruturado por meio da linguagem coloquial, com alguns momentos marcados por vocábulos da linguagem científica. Constatamos que o discurso assumido pelo monitor foi determinante por restringir ou ampliar os espaços de negociação de significados pelos estudantes; ora pelo uso que fez da palavra autoritária, ora pela palavra interiormente persuasiva que assumiu. O uso da palavra interiormente persuasiva pelo monitor favoreceu o contexto dialógico, possibilitando aos estudantes fazerem uso de vários indicadores de Alfabetização Científica (SASSERON, 2008). Constatamos que os mesmos também fizeram uso de indicadores estéticos/afetivos (CERATI, 2014). Estes se evidenciaram pela ação estimuladora do monitor, e, acreditamos, porque o museu de ciências, além de ser uma instância do conhecimento, é espaço das emoções, do inusitado, espaço privilegiado para surpreender o visitante através dos aparatos, objetos, imagens, o que amplia as possibilidades deste se envolver com a exposição. Essas evidências nos levam a afirmar que os museus de ciências têm um potencial muito grande para contribuir com a Alfabetização Científica dos seus diversos públicos. Importante é que os seus profissionais instaurem um processo contínuo de avaliação das suas ações educativas, reavaliem os fundamentos que norteiam a divulgação científica, que são determinantes dos discursos que a instituição veicula, para que o público, dentro do museu, se reconheça como sujeito para explorar suas próprias ideias e compreender o papel da ciência na sociedade.Our general objective in this research was to understand how specificities of the enunciation, which emerge from the discursive interaction monitor/ visitor at the Science Space (Recife, Brazil), promote Scientific Literacy. A monitor and 27 seventh grade students from a state school in Recife participated in the study during a monitored visit. We consider Scientific Literacy to be the process through which the individual acquires his/her own skills through scientific praxis, through which he becomes able to build relationships between scientific knowledge and the technologies associated with them, understanding the impacts they produce for society and the environment (SASSERON, 2008; SASSERON and CARVALHO, 2011). In order to elaborate the empirical corpus of the research, we primarily used the video recordings from the database we had built in 2009 (LEITÃO, 2009), and interviewed the museum's management team, aiming to update information about it. For the analysis of the corpus we depended on the structural axes of Scientific Literacy and its indicators (SASSERON, 2008), coupled with the Aesthetic / Emotional Scientific Literacy Indicator (CERATI, 2014). We also went back to Bakhtin's language studies and his Circle, adhering to the theory of enunciation and considering the concepts of voices, polyphony, dialogism, genres of speech, verbal interaction, authoritarian discourse and interiorly persuasive discourse, which enabled us to interpret the statements generated in the interlocution monitor / visitors. With the research we could verify that the enunciations in the museum were notably marked by the day-to-day genre of communication, structured through colloquial language, with some moments marked by words from scientific language. We found that the discourse led by the monitor was crucial for restricting or broadening the spaces of negotiation of meanings by the students; sometimes because of the use they made of the authoritarian word, or it could have been because of the inwardly persuasive voicing assumed by them. The use of the persuasive word by the monitor favored the dialogical context, allowing the students to make use of many words to indicate Scientific Literacy (SASSERON, 2008). We found that they also made use of aesthetic / affective indicators (CERATI, 2014). These are evidenced by the stimulating action of the monitor, and, we believe, because the science museum, besides being a center for knowledge, is a space for emotions, for the unusual, a privileged space to surprise the visitor through apparatuses, objects and images which amplify the possibilities for he/she to be involved with the exhibition. This evidence leads us to state that science museums have a great potential to contribute to the Scientific Literacy of their various audiences. It is important that its professionals establish a continuous process of evaluation for their educational actions and reassess the foundations that guide scientific dissemination. These foundations generate discourses that the institution publishes so that the public, within the museum, recognizes itself as a subject to explore people’s own ideas and understand the role of science in society.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em EducacaoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMuseus de ciências - Aspectos educacionaisCiências - Estudo e ensinoAlfabetização científicaRelações discursivas em museus de ciências e o processo de alfabetização científica: analisando interações verbais / não verbais entre monitor e visitantesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Angela Bezerra de Souza Leitão.pdf.jpgTESE Angela Bezerra de Souza Leitão.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1245https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28379/5/TESE%20Angela%20Bezerra%20de%20Souza%20Leit%c3%a3o.pdf.jpg82cb3ccc75ad65fe1548a4e9e847e838MD55ORIGINALTESE Angela Bezerra de Souza Leitão.pdfTESE Angela Bezerra de Souza Leitão.pdfapplication/pdf5859512https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28379/1/TESE%20Angela%20Bezerra%20de%20Souza%20Leit%c3%a3o.pdf9ea8f8fb39df28dabce60a1f9e2b5397MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28379/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28379/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE Angela Bezerra de Souza Leitão.pdf.txtTESE Angela Bezerra de Souza Leitão.pdf.txtExtracted texttext/plain633464https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28379/4/TESE%20Angela%20Bezerra%20de%20Souza%20Leit%c3%a3o.pdf.txt346b58e632703c1a5c538bd48eabfb2eMD54123456789/283792019-10-26 02:38:59.997oai:repositorio.ufpe.br:123456789/28379TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T05:38:59Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Relações discursivas em museus de ciências e o processo de alfabetização científica: analisando interações verbais / não verbais entre monitor e visitantes
title Relações discursivas em museus de ciências e o processo de alfabetização científica: analisando interações verbais / não verbais entre monitor e visitantes
spellingShingle Relações discursivas em museus de ciências e o processo de alfabetização científica: analisando interações verbais / não verbais entre monitor e visitantes
LEITÃO, Angela Bezerra de Souza
Museus de ciências - Aspectos educacionais
Ciências - Estudo e ensino
Alfabetização científica
title_short Relações discursivas em museus de ciências e o processo de alfabetização científica: analisando interações verbais / não verbais entre monitor e visitantes
title_full Relações discursivas em museus de ciências e o processo de alfabetização científica: analisando interações verbais / não verbais entre monitor e visitantes
title_fullStr Relações discursivas em museus de ciências e o processo de alfabetização científica: analisando interações verbais / não verbais entre monitor e visitantes
title_full_unstemmed Relações discursivas em museus de ciências e o processo de alfabetização científica: analisando interações verbais / não verbais entre monitor e visitantes
title_sort Relações discursivas em museus de ciências e o processo de alfabetização científica: analisando interações verbais / não verbais entre monitor e visitantes
author LEITÃO, Angela Bezerra de Souza
author_facet LEITÃO, Angela Bezerra de Souza
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0241849505466455
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3496051954346908
dc.contributor.author.fl_str_mv LEITÃO, Angela Bezerra de Souza
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv TEIXEIRA, Francimar Martins
contributor_str_mv TEIXEIRA, Francimar Martins
dc.subject.por.fl_str_mv Museus de ciências - Aspectos educacionais
Ciências - Estudo e ensino
Alfabetização científica
topic Museus de ciências - Aspectos educacionais
Ciências - Estudo e ensino
Alfabetização científica
description Nosso objetivo geral nesta pesquisa consistiu em compreender como as especificidades dos enunciados, que emergem da interação discursiva monitor/visitante no Espaço Ciência, promovem a Alfabetização Científica. Participaram do estudo um monitor e 27 estudantes de 7ª série de uma escola pública estadual, no Recife, durante visita monitorada. Consideramos a Alfabetização Científica como o processo através do qual o indivíduo adquire habilidades próprias do fazer científico, pelas quais se torna capaz de construir relações entre os conhecimentos científicos e as tecnologias a eles associadas, compreendendo os impactos que produzem para a sociedade e o meio ambiente (SASSERON, 2008; SASSERON; CARVALHO, 2011). Para elaboração do corpus empírico da pesquisa, utilizamos prioritariamente a videogravação de ‘banco de dados’ que havíamos construído em 2009 (LEITÃO, 2009), e entrevistamos a equipe gestora do museu, com o objetivo de atualizar informações sobre o mesmo. Para análise do corpus, nos apoiamos nos eixos estruturantes da Alfabetização Científica e seus indicadores (SASSERON, 2008), e no indicador de Alfabetização Científica estético/afetivo (CERATI, 2014). Recorremos também aos estudos de linguagem de Bakhtin e seu Círculo, tendo como referência a teoria da enunciação, considerados os conceitos de vozes, polifonia, dialogismo, gêneros do discurso, interação verbal, discurso autoritário e discurso interiormente persuasivo, que nos possibilitaram interpretar os enunciados gerados na interlocução monitor/visitantes. Com a pesquisa pudemos constatar que as enunciações no museu foram notadamente marcadas pelo gênero cotidiano, estruturado por meio da linguagem coloquial, com alguns momentos marcados por vocábulos da linguagem científica. Constatamos que o discurso assumido pelo monitor foi determinante por restringir ou ampliar os espaços de negociação de significados pelos estudantes; ora pelo uso que fez da palavra autoritária, ora pela palavra interiormente persuasiva que assumiu. O uso da palavra interiormente persuasiva pelo monitor favoreceu o contexto dialógico, possibilitando aos estudantes fazerem uso de vários indicadores de Alfabetização Científica (SASSERON, 2008). Constatamos que os mesmos também fizeram uso de indicadores estéticos/afetivos (CERATI, 2014). Estes se evidenciaram pela ação estimuladora do monitor, e, acreditamos, porque o museu de ciências, além de ser uma instância do conhecimento, é espaço das emoções, do inusitado, espaço privilegiado para surpreender o visitante através dos aparatos, objetos, imagens, o que amplia as possibilidades deste se envolver com a exposição. Essas evidências nos levam a afirmar que os museus de ciências têm um potencial muito grande para contribuir com a Alfabetização Científica dos seus diversos públicos. Importante é que os seus profissionais instaurem um processo contínuo de avaliação das suas ações educativas, reavaliem os fundamentos que norteiam a divulgação científica, que são determinantes dos discursos que a instituição veicula, para que o público, dentro do museu, se reconheça como sujeito para explorar suas próprias ideias e compreender o papel da ciência na sociedade.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-11-10
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-01-02T19:27:29Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-01-02T19:27:29Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28379
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28379
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Educacao
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28379/5/TESE%20Angela%20Bezerra%20de%20Souza%20Leit%c3%a3o.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28379/1/TESE%20Angela%20Bezerra%20de%20Souza%20Leit%c3%a3o.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28379/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28379/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28379/4/TESE%20Angela%20Bezerra%20de%20Souza%20Leit%c3%a3o.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 82cb3ccc75ad65fe1548a4e9e847e838
9ea8f8fb39df28dabce60a1f9e2b5397
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
346b58e632703c1a5c538bd48eabfb2e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310717160816640