Determinantes socioespaciais da mortalidade infantil em um município da Mata Pernambucana
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38146 |
Resumo: | O óbito infantil está associado às condições de vida da população, sendo a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) o indicador mais sensível para desvelar a atuação dos Determinantes Sociais na dinâmica de morte. A pesquisa propôs uma análise espacial dos eventos de mortalidade infantil em Vitória de Santo Antão, localizada na região da Mata Pernambucana, com objetivo de avaliar o padrão espacial e temporal da mortalidade infantil e sua relação com determinantes sociais no período de 2011 a 2018, considerando a hipótese que a distribuição de óbitos não ocorre de modo aleatório, dando-se de maneira majoritária em grupos com maior desvantagem social. Realizou-se estudo parcialmente ecológico, com população composta pelos óbitos notificados em menores de 1 ano. A pesquisa adotou setores censitários como unidades de análise e fez uso de dados secundários do Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Nascidos Vivos (SINASC), que passaram por processo de linkage. As bases cartográficas foram adquiridas junto ao IBGE e o georreferenciamento dos óbitos ocorreu com auxílio do QGis, Batch Geocoding, Google Earth™ e aplicativo de celular. A análise dos dados deu-se por regressão logística, onde o desfecho foi derivado da Técnica de Varredura Espacial na identificação de áreas de risco para o óbito infantil e as variáveis independentes corresponderam aos produtos originados pela construção do Índice Adaptado de Condição de Vida (IACV), desenvolvido por meio da técnica de Análise de Componentes Principais, utilizando-se de variáveis das dimensões habitação, renda e educação. Calcularam-se a Odds Ratio (OR) e os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%), com nível de significância estabelecido em p<0,05 para as variáveis. Foram respeitados princípios éticos para realização de pesquisas envolvendo seres humanos. Os resultados indicaram TMI de 10,0/1.000 nascidos vivos com prevalência no componente neonatal e apontaram as afecções perinatais como principal causa de morte. O perfil epidemiológico mostrou que os óbitos em menores de um ano prevaleceram em mães jovens, de raça/cor parda ou preta, que viviam sem parceiro, tinham pouca escolaridade e não desempenhavam trabalho fora do lar, cujos recém-nascidos eram do sexo masculino, de raça/cor parda ou preta, prematuros, com baixo peso ao nascer e baixos valores de Apgar. A varredura espacial identificou aglomerado de risco na região sul-sudeste da zona urbana do município (OR:2,0; p=0,024). Na construção do IACV foram retidos dois fatores que explicaram 73,89% da variância original. A regressão logística estabeleceu associação entre mortalidade infantil e pobreza (OR: 1,88; IC: 1,287-2,753; p=0,001), caracterizando esse determinante como fator de risco para aumento da TMI. O padrão do óbito infantil apontou assimetria entre os bairros e evidenciou relação entre mortalidade infantil e fatores econômicos, com valores elevados em áreas com piores condições de vida, onde se faz necessário priorizar ações de políticas públicas que envolvam a educação em saúde como estratégia de enfrentamento ao óbito infantil sob a responsabilidade do enfermeiro. Esta pesquisa é fonte de informação para o gerenciamento dos serviços de saúde e pode susbsidiar estudos de intervenção nessa população. |
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A pesquisa propôs uma análise espacial dos eventos de mortalidade infantil em Vitória de Santo Antão, localizada na região da Mata Pernambucana, com objetivo de avaliar o padrão espacial e temporal da mortalidade infantil e sua relação com determinantes sociais no período de 2011 a 2018, considerando a hipótese que a distribuição de óbitos não ocorre de modo aleatório, dando-se de maneira majoritária em grupos com maior desvantagem social. Realizou-se estudo parcialmente ecológico, com população composta pelos óbitos notificados em menores de 1 ano. A pesquisa adotou setores censitários como unidades de análise e fez uso de dados secundários do Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Nascidos Vivos (SINASC), que passaram por processo de linkage. 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Os resultados indicaram TMI de 10,0/1.000 nascidos vivos com prevalência no componente neonatal e apontaram as afecções perinatais como principal causa de morte. O perfil epidemiológico mostrou que os óbitos em menores de um ano prevaleceram em mães jovens, de raça/cor parda ou preta, que viviam sem parceiro, tinham pouca escolaridade e não desempenhavam trabalho fora do lar, cujos recém-nascidos eram do sexo masculino, de raça/cor parda ou preta, prematuros, com baixo peso ao nascer e baixos valores de Apgar. A varredura espacial identificou aglomerado de risco na região sul-sudeste da zona urbana do município (OR:2,0; p=0,024). Na construção do IACV foram retidos dois fatores que explicaram 73,89% da variância original. A regressão logística estabeleceu associação entre mortalidade infantil e pobreza (OR: 1,88; IC: 1,287-2,753; p=0,001), caracterizando esse determinante como fator de risco para aumento da TMI. 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The research proposed a spatial analysis of infant mortality events in Vitória de Santo Antão, located in the Mata Pernambucana region, with the objective of evaluating the spatial and temporal pattern of infant mortality and its relationship with social determinants in the period from 2011 to 2018, considering the hypothesis that the distribution of deaths does not occur randomly, occurring mostly in groups with greater social disadvantage. A partially ecological study was carried out, with a population composed of deaths reported in children under 1 year. The research adopted census tracts as units of analysis and used secondary data from the 2010 Demographic Census of the Brazilian Institute of Geography and Statistics, Mortality Information System (SIM) and Live Births (SINASC), which went through the linkage. The cartographic bases were acquired from IBGE and the georeferencing of deaths occurred with the aid of QGis, Batch Geocoding, Google Earth ™ and a mobile application. The data analysis was performed by logistic regression, where the outcome was derived from the Spatial Scanning Technique in the identification of risk areas for infant death and the independent variables corresponded to the products originated by the construction of the Adapted Life Condition Index (IACV), developed using the Principal Component Analysis technique, using variables from the housing, income and education dimensions. Odds Ratio (OR) and the respective 95% confidence intervals (95% CI) were calculated, with a significance level set at p <0.05 for the variables. Ethical principles were respected for conducting research involving human beings. The results indicated an IMT of 10.0 / 1,000 live births with prevalence in the neonatal component and pointed out perinatal disorders as the main cause of death. The epidemiological profile showed that deaths in children under one year old prevailed in young mothers, race brown or black, who lived without a partner, had little education and did not work outside the home, whose newborns were male, race brown or black, premature, with low birth weight and low Apgar scores. The spatial scan identified a risk cluster in the south-southeast region of the urban area of the municipality (OR: 2.0; p = 0.024). In the construction of the IACV, two factors were retained that explained 73.89% of the original variance. Logistic regression established an association between infant mortality and poverty (OR: 1.88; CI: 1.287-2.753; p = 0.001), characterizing this determinant as a risk factor for increasing IMR. The pattern of infant death pointed to asymmetry between neighborhoods and showed a relationship between infant mortality and economic factors, with high values in areas with worse living conditions, where it is necessary to prioritize public policy actions that involve health education as a coping strategy infant death under the nurse's responsibility. This research is a source of information for the management of health services and can support intervention studies in this population.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em EnfermagemUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessMortalidade infantilDeterminantes sociais da saúdeAnálise espacialEnfermagemEducação em saúdeDeterminantes socioespaciais da mortalidade infantil em um município da Mata Pernambucanainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Bruno Felipe Novaes de Souza.pdfDISSERTAÇÃO Bruno Felipe Novaes de Souza.pdfapplication/pdf5376992https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38146/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Bruno%20Felipe%20Novaes%20de%20Souza.pdfa9a0a1b4e960b4c71834b12a11401b91MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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