Racismo e subjetividade: o desenlace social da subjetividade dos indivíduos negros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: JESUS, Laís Gonçalves de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29498
Resumo: A presente dissertação objetiva refletir sobre os impactos do racismo na subjetividade dos indivíduos negros, a partir das relações sociais estruturadas pelas desigualdades raciais. O campo empírico investigado foram os relatos das vivências individuais de racismo, no espaço virtual da comunidade do Facebook Senti na Pele. Para tanto, configurou-se as formas que o racismo se apresenta na contemporaneidade, demarcando um tempo-espaço para esse fenômeno, e tomou-se esse fenômeno tal qual estruturante das relações sociais no Brasil, com base na sua formação social e na dinâmica que o reproduz, ao longo das quadras históricas. Partiu-se do entendimento de que a vivência do racismo, além de produzir desigualdades objetivas como as desigualdades salariais e escolares entre sujeitos brancos e negros, também resguarda para os/as negros/as condições peculiares ao desenvolvimento subjetivo, que gerarpossibilidades e limites a esse desenvolvimento. Contradição, totalidade e problematização da realidade em suas dimensões mediata e imediata foram os pressupostos teórico-metodológicos que guiaram essa investigação, que apreendeu a subjetividade em níveis de abstração, buscando determiná-la socialmente através do trabalho como fundamento da sociabilidade humana, e com a discussão da personalidade de LucienSéve, através da compreensão do seu desenvolvimento à luz das relações sociais. As categorias negro e branco foram tomadas como, forjadas pelas relações sociais estruturantes de um modo de vida social, que lastreiam a formação de indivíduos concretos. Nesse sentido, a pesquisa desvelou que essa vivência mobiliza na subjetividade resistência, silenciamento, reprodução, sofrimento e libertação vividos com a relação contraditória entre o negro e o branco– conforme os embates cotidianos e as capacidades criadas por cada indivíduo.Também foi possível identificar a complexidade do racismo, e os passos para sua superação apontam para a reconstrução das relações sociais negro-branco, para que os sujeitos vivam plenamente sua humanidade, independente de pertencimento racial, no bojo da superação da relação de exploração capitalista. Para a luta antirracista ressaltamos a importância de discutir as subjetividades em todas as suas nuances; formar-se em espaços coletivos e de militância, que empoderam e ajudam a reconstruir a história e o corpo; apostar em estratégias de conhecimento que descolonize o saber e fortaleça processos educativos que reconheçam os sujeitos negros como sujeitos de saber-poder que contribui na construção desse país de diversas formas.
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Partiu-se do entendimento de que a vivência do racismo, além de produzir desigualdades objetivas como as desigualdades salariais e escolares entre sujeitos brancos e negros, também resguarda para os/as negros/as condições peculiares ao desenvolvimento subjetivo, que gerarpossibilidades e limites a esse desenvolvimento. Contradição, totalidade e problematização da realidade em suas dimensões mediata e imediata foram os pressupostos teórico-metodológicos que guiaram essa investigação, que apreendeu a subjetividade em níveis de abstração, buscando determiná-la socialmente através do trabalho como fundamento da sociabilidade humana, e com a discussão da personalidade de LucienSéve, através da compreensão do seu desenvolvimento à luz das relações sociais. As categorias negro e branco foram tomadas como, forjadas pelas relações sociais estruturantes de um modo de vida social, que lastreiam a formação de indivíduos concretos. 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Para a luta antirracista ressaltamos a importância de discutir as subjetividades em todas as suas nuances; formar-se em espaços coletivos e de militância, que empoderam e ajudam a reconstruir a história e o corpo; apostar em estratégias de conhecimento que descolonize o saber e fortaleça processos educativos que reconheçam os sujeitos negros como sujeitos de saber-poder que contribui na construção desse país de diversas formas.CNPqCAPESThe present dissertation aims to reflect on the impacts of racism on the subjectivity of black individuals, based on social relations structured by racial inequalities. The empirical field investigated was the reports of individual experiences of racism, in the virtual space of the Facebook community Sentina Pele. In order to do so, the forms that racism presents itself in contemporaneity have been configured, demarcating a space-time for this phenomenon, and this phenomenon was taken as such structuring of social relations in Brazil, based on its social formation and the dynamics that reproduces it, along the historical blocks. It was based on the understanding that the experience of racism, beside to producing objective inequalities such as the salary and school inequalities between white and black subjects, also produces for blacks the peculiar conditions for subjective development, which can generate possibilities and development. Contradiction, totality and problematization of reality in its mediate and immediate dimensions were the theoretical and methodological assumptions that guided this investigation, which grasped subjectivity at levels of abstraction, seeking to determine it socially through work as the foundation of human sociability, and with discussion of the personality of Lucien Serve, through the understanding of its development in the light of social relations. The black and white categories were taken as forged by the structuring social relations of a social way of life, which base the formation of concrete individuals. In this sense, the research revealed that this experience mobilizes in the subjectivity resistance, silencing, reproduction, suffering and liberation experienced with the contradictory relation between black and white - according to the daily struggles and the capacities created by each individual. It was also possible to identify the complexity of racism, and the steps to overcome it point to the reconstruction of black-white social relations, so that the subjects live fully their humanity, independent of racial belonging, in the process of overcoming the capitalist relation of exploitation. For the antiracist struggle we emphasize the importance of discussing subjectivities in all their dimensions; forming themselves in collective and militancy spaces that empower and help rebuild history and the body; bet on strategies of knowledge that decolonize the knowledge and strengthen educational processes that recognize the black subjects as subjects of knowledge-power that contributes to the construction of this country in different ways.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Servico SocialUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessRacismoSubjetividadePersonalidadeRacismo e subjetividade: o desenlace social da subjetividade dos indivíduos negrosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Laís Gonçalves de Jesus.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Laís Gonçalves de Jesus.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1184https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29498/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20La%c3%ads%20Gon%c3%a7alves%20de%20Jesus.pdf.jpge6c854a6a735c89996cab33e8916715eMD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Laís Gonçalves de Jesus.pdfDISSERTAÇÃO Laís Gonçalves de Jesus.pdfapplication/pdf1301155https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29498/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20La%c3%ads%20Gon%c3%a7alves%20de%20Jesus.pdfb9844e5930c3e6815c432e046bb5ceb6MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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