Diversidade de fungos micorrízicos arbusculares ao longo de um gradiente vegetacional na Caatinga

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Iolanda Ramalho da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12662
Resumo: Os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) beneficiam as comunidades vegetais e a qualidade edáfica, contribuindo para a estabilidade dos ecossistemas terrestres. Contudo, os serviços ecossistêmicos prestados por esses fungos dependem da relação desenvolvida com o solo e as plantas, pois esses fatores são os principais influenciadores da presença e atividade dos FMA. Foram avaliadas a atividade e a diversidade de espécies de FMA em gradiente ambiental (edáfico e vegetacional) na Caatinga. O gradiente é composto por floresta úmida (componente botânico dos brejos de altitude), zona transicional e floresta seca (caatinga), localizadas em Carro Quebrado, no Município de Triunfo-PE. Em cada local foram coletadas dez amostras de solo e raízes nos dois períodos (chuvoso e seco) e determinados: a densidade de glomerosporos, o número mais provável (NMP) de propágulos infectivos, a colonização micorrízica dos vegetais, as proteínas do solo relacionadas à glomalina (PSRG), a composição e diversidade de espécies de FMA. A floresta seca diferiu das outras áreas para a maioria dos atributos do solo, densidade de glomerosporos, NMP de propágulos infectivos de FMA e PSRG. A atividade dos FMA, representada pela densidade de glomerosporos, colonização micorrízica, NMP de propágulos infectivos e PSRG, diferiu entre as três áreas e os dois períodos de coleta. Forte correlação entre a atividade dos FMA e o solo foi detectada, com os atributos edáficos explicando 96% da variância dos dados. Foram identificadas 51 espécies de FMA, com maior riqueza (41) e abundância de esporos (1.862) no solo da floresta seca, enquanto maior diversidade de espécies, com base no índice de Shannon, foi registrada na zona transicional (4,4). A composição das comunidades de FMA diferiu entre os períodos de coleta, com maior riqueza e abundância de FMA na estiagem. A estrutura da comunidade de FMA da floresta seca diferiu das demais áreas. Houve forte correlação entre a composição das comunidades de FMA e o solo, com este contribuindo para a explicação de 60% da variância; possivelmente os outros 40% estão relacionados ao tipo vegetacional. Os resultados indicam que o solo é o principal fator que afeta a atividade dos FMA e juntamente com os hospedeiros vegetais influencia a composição das comunidades de FMA nas áreas estudadas.
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Em cada local foram coletadas dez amostras de solo e raízes nos dois períodos (chuvoso e seco) e determinados: a densidade de glomerosporos, o número mais provável (NMP) de propágulos infectivos, a colonização micorrízica dos vegetais, as proteínas do solo relacionadas à glomalina (PSRG), a composição e diversidade de espécies de FMA. A floresta seca diferiu das outras áreas para a maioria dos atributos do solo, densidade de glomerosporos, NMP de propágulos infectivos de FMA e PSRG. A atividade dos FMA, representada pela densidade de glomerosporos, colonização micorrízica, NMP de propágulos infectivos e PSRG, diferiu entre as três áreas e os dois períodos de coleta. Forte correlação entre a atividade dos FMA e o solo foi detectada, com os atributos edáficos explicando 96% da variância dos dados. 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