Comparação acústica entre ninhos e filhotes de tartarugas marinhas em Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43801 |
Resumo: | Tartarugas têm sido consideradas como um dos répteis viventes menos vocais. Entretanto, estudos recentes mostraram atividade vocal durante a incubação dos ovos e embaixo da água em espécies marinhas e dulcícolas. Dos estudos com espécies marinhas, apenas um foi realizado no Brasil. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi descrever e comparar a produção de sinais acústicos em ninhos de Eretmochelys imbricata e Caretta caretta no município de Ipojuca, litoral sul do estado de Pernambuco, Brasil. As praias do município de Ipojuca representam um importante sítio reprodutivo para as espécies que utilizam a costa brasileira, um cenário ideal para os estudos com tartarugas marinhas. Esta dissertação traz três partes principais: 1- Um referencial teórico contextualizando o tema; 2 – Um capítulo detalhando as informações obtidas sobre a comunicação acústica in situ das espécies-alvo e; 3 – Uma finalização trazendo as principais conclusões no estudo. Foram monitorados 13 km de linha costeira, compreendendo cinco praias de Ipojuca para registro dos ninhos. Foram realizadas gravações em cinco ninhos de cada uma das espécies-alvo durante a temporada reprodutiva de outubro 2020 a maio 2021. As gravações dos ninhos foram iniciadas a partir dos 45 dias de incubação e encerradas após a saída dos filhotes do ninho. Para três dos cinco ninhos de cada espécie, também realizamos registros acústicos dos filhotes durante a caminhada para o mar. Foram construídos espectrogramas das gravações através do software Raven Pro 1.5 para extração das características físicas dos sinais acústicos. Foram encontrados um total de 12 tipos de sinais acústicos, distribuídos entre os cinco contextos analisados (i.e. ovos, a eclosão, filhotes, emergência do ninho e caminhada para o mar) para Caretta caretta, e apenas cinco para Eretmochely imbricata. Os sons encontrados nesta pesquisa, variaram até frequências ultrasônicas, que chegaram à 24 kHz. Considerando o tipo de vocalização mais representativo de ambas as espécies (vocalização tipo 1/I), foi possível verificar que a estrutura física das vocalizações variou entre os ninhos, evidenciando uma assinatura vocal. A estrutura física dessa vocalização também variou entre ninhos da espécie Caretta caretta, mas não entre ninhos da espécie Eretmochely imbricata. Com relação ao padrão total de produção das vocalizações, não houve diferenças entre períodos diurno e noturno, e entre as espécies dentro do ninho e durante a caminhada para o mar. Não houve correlação entre a produção de vocalizações e a quantidade de filhotes vivos. Apesar da fama de silenciosas, o presente estudo mostra um diverso repertório vocal nos filhotes de duas espécies de tartarugas marinhas que utilizam a costa do Brasil para nidificar, indicando que comunicação acústica pode ter um papel crucial para coordenação dos filhotes nos ninhos até a chegada das tartarugas ao mar após a emergência. |
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MELO, Safira Núbia Dias dehttp://lattes.cnpq.br/8534373733296957http://lattes.cnpq.br/4772160868667222BEZERRA, Bruna Martins2022-04-11T19:32:52Z2022-04-11T19:32:52Z2021-11-30MELO, Safira Núbia Dias de. Comparação acústica entre ninhos e filhotes de tartarugas marinhas em Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco. 2021. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43801ark:/64986/001300000g62cTartarugas têm sido consideradas como um dos répteis viventes menos vocais. Entretanto, estudos recentes mostraram atividade vocal durante a incubação dos ovos e embaixo da água em espécies marinhas e dulcícolas. Dos estudos com espécies marinhas, apenas um foi realizado no Brasil. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi descrever e comparar a produção de sinais acústicos em ninhos de Eretmochelys imbricata e Caretta caretta no município de Ipojuca, litoral sul do estado de Pernambuco, Brasil. As praias do município de Ipojuca representam um importante sítio reprodutivo para as espécies que utilizam a costa brasileira, um cenário ideal para os estudos com tartarugas marinhas. Esta dissertação traz três partes principais: 1- Um referencial teórico contextualizando o tema; 2 – Um capítulo detalhando as informações obtidas sobre a comunicação acústica in situ das espécies-alvo e; 3 – Uma finalização trazendo as principais conclusões no estudo. Foram monitorados 13 km de linha costeira, compreendendo cinco praias de Ipojuca para registro dos ninhos. Foram realizadas gravações em cinco ninhos de cada uma das espécies-alvo durante a temporada reprodutiva de outubro 2020 a maio 2021. As gravações dos ninhos foram iniciadas a partir dos 45 dias de incubação e encerradas após a saída dos filhotes do ninho. Para três dos cinco ninhos de cada espécie, também realizamos registros acústicos dos filhotes durante a caminhada para o mar. Foram construídos espectrogramas das gravações através do software Raven Pro 1.5 para extração das características físicas dos sinais acústicos. Foram encontrados um total de 12 tipos de sinais acústicos, distribuídos entre os cinco contextos analisados (i.e. ovos, a eclosão, filhotes, emergência do ninho e caminhada para o mar) para Caretta caretta, e apenas cinco para Eretmochely imbricata. Os sons encontrados nesta pesquisa, variaram até frequências ultrasônicas, que chegaram à 24 kHz. Considerando o tipo de vocalização mais representativo de ambas as espécies (vocalização tipo 1/I), foi possível verificar que a estrutura física das vocalizações variou entre os ninhos, evidenciando uma assinatura vocal. A estrutura física dessa vocalização também variou entre ninhos da espécie Caretta caretta, mas não entre ninhos da espécie Eretmochely imbricata. Com relação ao padrão total de produção das vocalizações, não houve diferenças entre períodos diurno e noturno, e entre as espécies dentro do ninho e durante a caminhada para o mar. Não houve correlação entre a produção de vocalizações e a quantidade de filhotes vivos. Apesar da fama de silenciosas, o presente estudo mostra um diverso repertório vocal nos filhotes de duas espécies de tartarugas marinhas que utilizam a costa do Brasil para nidificar, indicando que comunicação acústica pode ter um papel crucial para coordenação dos filhotes nos ninhos até a chegada das tartarugas ao mar após a emergência.CAPESTurtles are considered one of the least vocal living reptiles. However, recent studies have shown acoustic activity during egg incubation and underwater in marine and freshwater species. Of the studies with marine turtle species, only one was carried out in Brazil. Thus, the objective of this dissertation was to describe and compare the production of acoustic signals in nests of Eretmochelys imbricata and Caretta caretta in the municipality of Ipojuca on the southern coast of the state of Pernambuco in northeastern Brazil. The beaches of the Ipojuca municipality represent an important reproductive site for the sea turtle species occurring in Brazil. This dissertation has three main parts: 1- A theoretical framework contextualizing the theme of this work; 2 – A chapter detailing the information obtained about the acoustic communication of the target species in situ and; 3 – A conclusion bringing the primary outcomes of the study. We monitored 13km of coastline comprising five beaches of Ipojuca to record the nests. Recordings of five nests of each target species were carried out during the breeding season from October 2020 to May 2021. Nest recordings started after 45 days of incubation and ended after the chicks left the nest. For three of the five nests of each species, we also carried out acoustic recordings of the surviving turtles during their walk to the sea. Spectrograms of the recordings were built using the Raven Pro 1.5 software to extract the physical characteristics of the acoustic signals. We found a total of 12 types of acoustic signals, distributed among the five analyzed contexts (i.e., eggs, hatching, hatchlings, nest emergence, and walk to the sea) for Caretta caretta and only five for Eretmochely imbricata. The sounds found in this research ranged to ultrasonic frequencies up to 24 kHz. When considering the most representative type of vocalization in both species (i.e., vocalization type 1/I), it was possible to verify that the physical structure of this vocalization varied between species, evidencing a vocal signature for the species. The physical structure of this vocalization varied between nests of the species Caretta caretta. However, it did not vary among nests of the species Eretmochely imbricata. Regarding the total pattern of vocalization production, there were no differences in the production of vocalizations between diurnal and nocturnal periods and between species inside the nest or during the walk to the sea. There was no correlation between the production of vocalizations and the number of live offspring. Despite the reputation of being silent, this study shows a diversity of vocalizations in the vocal repertoire of two species of sea turtles in Brazil, indicating that acoustic communication can play a crucial role in coordinating nestlings until the arrival of the sea turtles in the ocean after they come out or their nest.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia AnimalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessTartaruga- marinhaOvos-incubaçãoAcústicaComparação acústica entre ninhos e filhotes de tartarugas marinhas em Ipojuca, Litoral Sul de Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43801/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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