Associação entre qualidade do sono, sonolência diurna excessiva e atividade física em corredores de rua amadores durante a pandemia de SARS-CoV-2
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44056 |
Resumo: | O novo coronavírus, causador da doença COVID-19, surgiu rapidamente na China como uma pneumonia viral. Diante da contaminação descontrolada, a situação foi declarada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde. Consequentemente, uma das recomendações científicas adotadas para conter o vírus foi o fechamento de estabelecimentos e o distancia- mento social/físico. No entanto, estas mudanças nos comportamentos sociais levaram a dimi- nuição no nível de atividade física, inclusive das pessoas que eram consideradas ativas, como os corredores de rua. Além disso, estas mudanças vêm causando danos significativos nos pa- drões de sono e no controle do ritmo circadiano. Nesse contexto, alterações do sono podem estar relacionadas à inatividade física e terem sido agravadas durante a pandemia. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi determinar a associação entre a qualidade do sono, a sonolência diurna excessiva e a atividade física em corredores de rua amadores durante a pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo do tipo corte transversal, realizado com 86 corredores de rua amadores de ambos os sexos, com idade entre 18 e 65 anos. Os dados foram coletados por meio de e-mail e plataformas que permitem a orientação audiovisual. A qualidade do sono foi anali- sada pelo questionário de sono de Pittsburgh, a sonolência diurna excessiva, através da escala de sonolência de Epworth. Além disso, a atividade física foi monitorada durante 7 dias conse- cutivos com o aplicativo Google Fit®,, sendo mensurado por meio de passos dados, da distância percorrida, do gasto energético em calorias e da quantidade de minutos em movimento. A nor- malidade da distribuição dos dados foi verificada pelo teste Shapiro-Wilk e igualdade de vari- âncias pelo teste F de Levene. Para a correlação entre os dados, utilizou-se o teste de correlação de Pearson ou teste de correlação de Spearman. Análise de regressão linear simples foi realizada entre as variáveis que apresentaram correlação. Consideraram-se significativos valores de p < 0,05. A amostra foi composta por voluntários de ambos os sexos, destes 70,93% são do sexo masculino, e de acordo com o IMC a amostra foi caraterizada com sobrepeso (25,49 ± 3,59 kg/m2) e, do total desta amostra, a maior parte testou negativo para COVID-19 (60,5%). A amostra analisada realizava exercício físico mais dias por semana antes da pandemia quando comparado com a prática durante a pandemia (p=0,006). Observou-se também que a duração do exercício era maior antes da pandemia quando comparado com a duração do exercício no decorrer da pandemia (p=0,002). No que se refere à sonolência diurna excessiva, 23,3% da amostra apresentou sonolência diurna, e 96,5% foram caracterizados com má qualidade do sono. Não houve diferença ao compararmos o comportamento durante a semana e nos finais de semana das variáveis, horas de sono autorrelatadas (7,15 ± 1,88 vs 6,89 ± 1,49) e avaliação objetiva da atividade física (calorias (kcal) 1863,26 ± 384,36 vs 1833,76 ± 393,68; contagem de passos 6551,03 ± 4108,01 vs 5912,20 ± 4321,39; distância percorrida em metros 5401,63 ± 7861,08 vs 4878,00 ± 6216,38; contagem de minutos em movimento 80,00 ± 43,35 vs 74,33 ± 60,43) (p > 0,05). Na avaliação das horas de sono autorreferidas (8,03 ± 2,28 vs 7,04 ± 1,42) e na avaliação objetiva da atividade física (calorias (kcal) 1844,04 ± 636,05 vs 1855,22 ± 352,54; contagem de passos 7909,19 ± 6650,13 vs 6312,82 ± 3600,49; distância percorrida em metros 3410,94 ± 1753,23 vs 5318,56 ± 6406,20; contagem de minutos em movimento 79,00 ± 46,21 vs 78,36 ± 43,43), não foram observadas diferenças entre os indivíduos com boa e má qualidade do sono (p > 0,05). O grupo com sonolência diurna excessiva teve uma maior quantidade de passos dados (p = 0,019) e uma maior distância percorrida (p = 0,011) quando comparado com o grupo com ausência de sonolência. Foi encontrada uma correlação entre a sonolência diurna excessiva e a contagem de passos [r(p) = 0,219 (0,042)]. No entanto, não houve correlação entre a qualidade do sono e as variáveis relacionadas à atividade física, que foram, número de passos dados, distância percorrida, gasto energético em calorias e quantidade de minutos em movi- mento. Um modelo (β=0,275; t = 2,622; p = 0,010) foi obtido a partir de regressão linear sim- ples, na qual a atividade física, medida pela contagem de passos, é preditora para sonolência diurna excessiva. Desta forma, concluímos que a nossa amostra apresentou uma alta prevalên- cia de má qualidade do sono. Houve associação entre a sonolência diurna excessiva e a atividade física, no entanto não foi encontrada associação entre a atividade física e a qualidade do sono. Também foi encontrado um baixo nível de atividade física durante a pandemia. Sugere-se que futuros estudos longitudinais, com maior tamanho amostral, sejam realizados, a fim de elucidar as relações causais e avaliar os parâmetros do sono e os níveis de atividade física na população de corredores de rua durante e após o período pandêmico. |
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No entanto, estas mudanças nos comportamentos sociais levaram a dimi- nuição no nível de atividade física, inclusive das pessoas que eram consideradas ativas, como os corredores de rua. Além disso, estas mudanças vêm causando danos significativos nos pa- drões de sono e no controle do ritmo circadiano. Nesse contexto, alterações do sono podem estar relacionadas à inatividade física e terem sido agravadas durante a pandemia. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi determinar a associação entre a qualidade do sono, a sonolência diurna excessiva e a atividade física em corredores de rua amadores durante a pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo do tipo corte transversal, realizado com 86 corredores de rua amadores de ambos os sexos, com idade entre 18 e 65 anos. Os dados foram coletados por meio de e-mail e plataformas que permitem a orientação audiovisual. A qualidade do sono foi anali- sada pelo questionário de sono de Pittsburgh, a sonolência diurna excessiva, através da escala de sonolência de Epworth. Além disso, a atividade física foi monitorada durante 7 dias conse- cutivos com o aplicativo Google Fit®,, sendo mensurado por meio de passos dados, da distância percorrida, do gasto energético em calorias e da quantidade de minutos em movimento. A nor- malidade da distribuição dos dados foi verificada pelo teste Shapiro-Wilk e igualdade de vari- âncias pelo teste F de Levene. Para a correlação entre os dados, utilizou-se o teste de correlação de Pearson ou teste de correlação de Spearman. Análise de regressão linear simples foi realizada entre as variáveis que apresentaram correlação. Consideraram-se significativos valores de p < 0,05. A amostra foi composta por voluntários de ambos os sexos, destes 70,93% são do sexo masculino, e de acordo com o IMC a amostra foi caraterizada com sobrepeso (25,49 ± 3,59 kg/m2) e, do total desta amostra, a maior parte testou negativo para COVID-19 (60,5%). A amostra analisada realizava exercício físico mais dias por semana antes da pandemia quando comparado com a prática durante a pandemia (p=0,006). Observou-se também que a duração do exercício era maior antes da pandemia quando comparado com a duração do exercício no decorrer da pandemia (p=0,002). No que se refere à sonolência diurna excessiva, 23,3% da amostra apresentou sonolência diurna, e 96,5% foram caracterizados com má qualidade do sono. Não houve diferença ao compararmos o comportamento durante a semana e nos finais de semana das variáveis, horas de sono autorrelatadas (7,15 ± 1,88 vs 6,89 ± 1,49) e avaliação objetiva da atividade física (calorias (kcal) 1863,26 ± 384,36 vs 1833,76 ± 393,68; contagem de passos 6551,03 ± 4108,01 vs 5912,20 ± 4321,39; distância percorrida em metros 5401,63 ± 7861,08 vs 4878,00 ± 6216,38; contagem de minutos em movimento 80,00 ± 43,35 vs 74,33 ± 60,43) (p > 0,05). Na avaliação das horas de sono autorreferidas (8,03 ± 2,28 vs 7,04 ± 1,42) e na avaliação objetiva da atividade física (calorias (kcal) 1844,04 ± 636,05 vs 1855,22 ± 352,54; contagem de passos 7909,19 ± 6650,13 vs 6312,82 ± 3600,49; distância percorrida em metros 3410,94 ± 1753,23 vs 5318,56 ± 6406,20; contagem de minutos em movimento 79,00 ± 46,21 vs 78,36 ± 43,43), não foram observadas diferenças entre os indivíduos com boa e má qualidade do sono (p > 0,05). O grupo com sonolência diurna excessiva teve uma maior quantidade de passos dados (p = 0,019) e uma maior distância percorrida (p = 0,011) quando comparado com o grupo com ausência de sonolência. Foi encontrada uma correlação entre a sonolência diurna excessiva e a contagem de passos [r(p) = 0,219 (0,042)]. No entanto, não houve correlação entre a qualidade do sono e as variáveis relacionadas à atividade física, que foram, número de passos dados, distância percorrida, gasto energético em calorias e quantidade de minutos em movi- mento. Um modelo (β=0,275; t = 2,622; p = 0,010) foi obtido a partir de regressão linear sim- ples, na qual a atividade física, medida pela contagem de passos, é preditora para sonolência diurna excessiva. Desta forma, concluímos que a nossa amostra apresentou uma alta prevalên- cia de má qualidade do sono. Houve associação entre a sonolência diurna excessiva e a atividade física, no entanto não foi encontrada associação entre a atividade física e a qualidade do sono. Também foi encontrado um baixo nível de atividade física durante a pandemia. Sugere-se que futuros estudos longitudinais, com maior tamanho amostral, sejam realizados, a fim de elucidar as relações causais e avaliar os parâmetros do sono e os níveis de atividade física na população de corredores de rua durante e após o período pandêmico.CAPESThe new coronavirus, which causes COVID-19 disease, quickly emerged in China as a viral pneumonia. Due to its uncontrolled contamination, the situation was defined as pandemic according to the World Health Organization. Hence, one of several scientific recommendations to avoid the virus spreading was the social/physical distancing. Nonetheless, these changes in social behavior led to changes in physical activity levels, including people who were considered active, such as street runners. Futhermore, these changes have induced significant damage to sleep patterns and control of circadian rhythms. In this matter, sleep disorders may be related to physical inactivity and have been aggravated during the pandemic. Therefore, the goal of this study was to link physical activity of amateur street runners during COVID-19 pandemic with sleep quality and excessive daytime sleepiness. This research is a cross-sectional survey, carried out with 86 amateur street runners from both sexes aged between 18 and 65 years old. The data was collected online through eletronic mail and guided audio-visual platforms. Sleep quality was assessed by Pittsburgh sleep questionnaire index and excessive daytime sleepiness through Epworth sleepiness scale. In addition, physical activity was monitored during 7 consecutive days with Google Fit®️ App, being evaluated through steps taken, displaced distance, energy consumption in calories and number of minutes in motion. The normality of data distribution was verified by the Shapiro-Wilk test and equality of variances by Levene's F test. For the correlation between the data, the Pearson correlation test or the Spearman correlation test were used. Simple linear regression analysis was performed between the variables that showed a significant correlation. Values of p < 0.05 were considered significant. The sample consisted of volunteers of both sexes, which 70.93% are male, and according to BMI, the sample was char- acterized as overweight (25.49 ± 3.59 kg/m2) and, considering the totality of the sample, most tested negative for COVID-19 (60.5%). The analyzed sample performed physical activity more days a week before the pandemic when compared to practice during the pandemic period (p = 0.006). It was also observed that the exercise duration was longer before the pandemic period when compared with the duration exercise during the pandemic period (p = 0.002). Regarding excessive daytime sleepiness, 23.3% of the total sample presented daytime sleepiness, and 96.5% were characterized as having poor sleep quality. There was no difference when compar- ing weekdays and weekends behavior variables, such as self-reported sleep hours (7.15 ± 1.88 vs 6.89 ± 1.49), and objective evaluation of physical activity: energy consumption (kcal) (1863.26 ± 384.36 vs 1833.76 ± 393.68); step counting (6551.03 ± 4108.01 vs 5912.20 ± 4321.39); distance covered (m) (5401.63 ± 7861.08 vs 4878.00 ± 6216.38); count of minutes in motion (80.00 ± 43.35 vs 74.33 ± 60.43) (p > 0.05). In addition, there was no difference when comparing good and bad quality of sleep behavior variables, such as the evaluation of self- reported hours of sleep (8.03 ± 2.28 vs 7.04 ± 1.42) and the objective evaluation of physical activity: energy consumption (kcal) (1844.04 ± 636.05 vs 1855.22 ± 352.54); step counting (7909.19 ± 6650.13 vs 6312.82 ± 3600.49); distance covered (m) (3410.94 ± 1753.23 vs 5318.56 ± 6406.20); count of minutes in motion (79.00 ± 46.21 vs 78.36 ± 43.43) (p > 0.05). The group with excessive daytime sleepiness had a greater number of steps taken compared to the group without excessive daytime sleepiness (p = 0.019) and a greater distance walked than the group without sleepiness (p = 0.011). A correlation was found between excessive daytime sleepiness and step counting [r(p) = 0.219 (0.042)]. However, there was no correlation between sleep quality and variables related to physical activities. A model (β=0.275; t = 2.622; p = 0.010) was obtained using simple linear regression in which physical activity is measured by step counting predicts excessive daytime sleepiness. Thus, it was observed that the studied sample presented a high prevalence of bad sleep quality. There was correlation between excessive day- time sleepiness and physical activity, however, no association was found between physical ac- tivity and sleep quality. Lastly, low level of physical activity was found during the pandemic period. It is suggested that future longitudinal studies with a larger sample size be carried out in order to elucidate casual relationships, evaluate sleep parameters, and physical activity levels in the population of street runners during and after the pandemic period.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em FisioterapiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDistúrbios do sono por sonolência excessivaComportamento sedentárioAtividade físicaAssociação entre qualidade do sono, sonolência diurna excessiva e atividade física em corredores de rua amadores durante a pandemia de SARS-CoV-2info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPELICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44056/3/license.txt6928b9260b07fb2755249a5ca9903395MD53ORIGINALDISSERTAÇÃO Pedro Paulo Simões de Siqueira.pdfDISSERTAÇÃO Pedro Paulo Simões de Siqueira.pdfapplication/pdf2623431https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44056/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Pedro%20Paulo%20Sim%c3%b5es%20de%20Siqueira.pdfb65dc4c20faafb0a7a9b37d1c71abdd3MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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Distúrbios do sono por sonolência excessiva Comportamento sedentário Atividade física |
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O novo coronavírus, causador da doença COVID-19, surgiu rapidamente na China como uma pneumonia viral. Diante da contaminação descontrolada, a situação foi declarada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde. Consequentemente, uma das recomendações científicas adotadas para conter o vírus foi o fechamento de estabelecimentos e o distancia- mento social/físico. No entanto, estas mudanças nos comportamentos sociais levaram a dimi- nuição no nível de atividade física, inclusive das pessoas que eram consideradas ativas, como os corredores de rua. Além disso, estas mudanças vêm causando danos significativos nos pa- drões de sono e no controle do ritmo circadiano. Nesse contexto, alterações do sono podem estar relacionadas à inatividade física e terem sido agravadas durante a pandemia. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi determinar a associação entre a qualidade do sono, a sonolência diurna excessiva e a atividade física em corredores de rua amadores durante a pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo do tipo corte transversal, realizado com 86 corredores de rua amadores de ambos os sexos, com idade entre 18 e 65 anos. Os dados foram coletados por meio de e-mail e plataformas que permitem a orientação audiovisual. A qualidade do sono foi anali- sada pelo questionário de sono de Pittsburgh, a sonolência diurna excessiva, através da escala de sonolência de Epworth. Além disso, a atividade física foi monitorada durante 7 dias conse- cutivos com o aplicativo Google Fit®,, sendo mensurado por meio de passos dados, da distância percorrida, do gasto energético em calorias e da quantidade de minutos em movimento. A nor- malidade da distribuição dos dados foi verificada pelo teste Shapiro-Wilk e igualdade de vari- âncias pelo teste F de Levene. Para a correlação entre os dados, utilizou-se o teste de correlação de Pearson ou teste de correlação de Spearman. Análise de regressão linear simples foi realizada entre as variáveis que apresentaram correlação. Consideraram-se significativos valores de p < 0,05. A amostra foi composta por voluntários de ambos os sexos, destes 70,93% são do sexo masculino, e de acordo com o IMC a amostra foi caraterizada com sobrepeso (25,49 ± 3,59 kg/m2) e, do total desta amostra, a maior parte testou negativo para COVID-19 (60,5%). A amostra analisada realizava exercício físico mais dias por semana antes da pandemia quando comparado com a prática durante a pandemia (p=0,006). Observou-se também que a duração do exercício era maior antes da pandemia quando comparado com a duração do exercício no decorrer da pandemia (p=0,002). No que se refere à sonolência diurna excessiva, 23,3% da amostra apresentou sonolência diurna, e 96,5% foram caracterizados com má qualidade do sono. Não houve diferença ao compararmos o comportamento durante a semana e nos finais de semana das variáveis, horas de sono autorrelatadas (7,15 ± 1,88 vs 6,89 ± 1,49) e avaliação objetiva da atividade física (calorias (kcal) 1863,26 ± 384,36 vs 1833,76 ± 393,68; contagem de passos 6551,03 ± 4108,01 vs 5912,20 ± 4321,39; distância percorrida em metros 5401,63 ± 7861,08 vs 4878,00 ± 6216,38; contagem de minutos em movimento 80,00 ± 43,35 vs 74,33 ± 60,43) (p > 0,05). Na avaliação das horas de sono autorreferidas (8,03 ± 2,28 vs 7,04 ± 1,42) e na avaliação objetiva da atividade física (calorias (kcal) 1844,04 ± 636,05 vs 1855,22 ± 352,54; contagem de passos 7909,19 ± 6650,13 vs 6312,82 ± 3600,49; distância percorrida em metros 3410,94 ± 1753,23 vs 5318,56 ± 6406,20; contagem de minutos em movimento 79,00 ± 46,21 vs 78,36 ± 43,43), não foram observadas diferenças entre os indivíduos com boa e má qualidade do sono (p > 0,05). O grupo com sonolência diurna excessiva teve uma maior quantidade de passos dados (p = 0,019) e uma maior distância percorrida (p = 0,011) quando comparado com o grupo com ausência de sonolência. Foi encontrada uma correlação entre a sonolência diurna excessiva e a contagem de passos [r(p) = 0,219 (0,042)]. No entanto, não houve correlação entre a qualidade do sono e as variáveis relacionadas à atividade física, que foram, número de passos dados, distância percorrida, gasto energético em calorias e quantidade de minutos em movi- mento. Um modelo (β=0,275; t = 2,622; p = 0,010) foi obtido a partir de regressão linear sim- ples, na qual a atividade física, medida pela contagem de passos, é preditora para sonolência diurna excessiva. Desta forma, concluímos que a nossa amostra apresentou uma alta prevalên- cia de má qualidade do sono. Houve associação entre a sonolência diurna excessiva e a atividade física, no entanto não foi encontrada associação entre a atividade física e a qualidade do sono. Também foi encontrado um baixo nível de atividade física durante a pandemia. Sugere-se que futuros estudos longitudinais, com maior tamanho amostral, sejam realizados, a fim de elucidar as relações causais e avaliar os parâmetros do sono e os níveis de atividade física na população de corredores de rua durante e após o período pandêmico. |
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SIQUEIRA, Pedro Paulo Simões de. Associação entre qualidade do sono, sonolência diurna excessiva e atividade física em corredores de rua amadores durante a pandemia de SARS-CoV-2. 2021. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021. |
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