Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52051
Resumo: Compreender a dinâmica trófica e espacial de elasmobrânquios comercialmente importantes é fundamental para a gestão pesqueira. Por isso, este trabalho objetivou descrever a ecologia alimentar e uso de hábitat de três espécies de raias demersais simpátricas e testar a importância topológica de uma delas em uma rede trófica estuarina. Três abordagens foram utilizadas neste estudo: I) Através de análises combinadas de conteúdo estomacal e isótopos estáveis (δ13C e δ15N). Observou-se que Hypanus guttatus é um mesopredador com uma dieta diversa de organismos bentônicos e epibentônicos marinhos e estuarinos. Hypanus berthalutzae é um predador marinho generalista e ocupa nível trófico mais alto. Em contraste, Hypanus marianae é um mesopredador marinho especializado e com baixa amplitude de nicho. Embora ocorra sobreposição de nicho, as três raias utilizam os as presas em proporções diferentes e ocuparam nichos tróficos distintos, potencialmente limitando a competição por recursos e promovendo a coexistência; II) Utilizamos dados de isótopos estáveis de tecido muscular (δ13C e δ15N) e dados de microquímica de vértebras (24Mg, 43Ca, 55Mn, 86Sr e 138Ba) para analisar o uso do habitat pelas três espécies de raias em diferentes estágios de vida. Nossa abordagem revelou movimentos de entrada e saída em áreas estuarinas por H. guttatus, forte especificidade para habitats de recifes costeiros para H. marianae, e uso de águas mais profundas por adultos de H. berthalutzae. Também revelamos diferenças significativas entre os sexos no uso do habitat para H. berthalutzae, especialmente para elementos associados a zonas hipóxicas (55Mn) e variações de salinidade (86Sr e 138Ba); III) Com abordagens topológicas, foi avaliada importância da raia H. guttatus em um ambiente estuarino. A raia não foi classificada como espécie-chave e seu potencial de dispersão de efeitos indiretos se limita aos efeitos “top-down”, atuando como um predador de topo da fauna bentônica. Detritos se destacaram como um dos principais nós nas análises topológicas e de espécies-chave, reflexo da importância do suprimento estuarino de matéria orgânica na manutenção de redes alimentares aquáticas costeiras. A pesca atua como um predador de topo, sendo um dos principais nós capazes de afetar a rede de forma rápida e com ampla disseminação e de gerar maior fragmentação. Em uma visão geral, as três raias desempenham papéis ecológicos diferentes nos ecossistemas que ocupam, limitando a redundância funcional. Os ambientes estuarinos e recifes de coral são as áreas mais importantes para H. guttatus e H. marianae, respectivamente, enquanto H. berthalutzae parece utilizar toda a plataforma continental ao longo de seu ciclo de vida.
id UFPE_acdad4d11e6540ade2d12d846ddef70c
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/52051
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nuneshttp://lattes.cnpq.br/0239717990337572http://lattes.cnpq.br/2446086662055314LESSA, Rosângela Paula Teixeira2023-08-23T21:40:50Z2023-08-23T21:40:50Z2023-02-28QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes Ecologia. Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil. 2023. Tese (Doutorado em Biologia Animal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52051Compreender a dinâmica trófica e espacial de elasmobrânquios comercialmente importantes é fundamental para a gestão pesqueira. Por isso, este trabalho objetivou descrever a ecologia alimentar e uso de hábitat de três espécies de raias demersais simpátricas e testar a importância topológica de uma delas em uma rede trófica estuarina. Três abordagens foram utilizadas neste estudo: I) Através de análises combinadas de conteúdo estomacal e isótopos estáveis (δ13C e δ15N). Observou-se que Hypanus guttatus é um mesopredador com uma dieta diversa de organismos bentônicos e epibentônicos marinhos e estuarinos. Hypanus berthalutzae é um predador marinho generalista e ocupa nível trófico mais alto. Em contraste, Hypanus marianae é um mesopredador marinho especializado e com baixa amplitude de nicho. Embora ocorra sobreposição de nicho, as três raias utilizam os as presas em proporções diferentes e ocuparam nichos tróficos distintos, potencialmente limitando a competição por recursos e promovendo a coexistência; II) Utilizamos dados de isótopos estáveis de tecido muscular (δ13C e δ15N) e dados de microquímica de vértebras (24Mg, 43Ca, 55Mn, 86Sr e 138Ba) para analisar o uso do habitat pelas três espécies de raias em diferentes estágios de vida. Nossa abordagem revelou movimentos de entrada e saída em áreas estuarinas por H. guttatus, forte especificidade para habitats de recifes costeiros para H. marianae, e uso de águas mais profundas por adultos de H. berthalutzae. Também revelamos diferenças significativas entre os sexos no uso do habitat para H. berthalutzae, especialmente para elementos associados a zonas hipóxicas (55Mn) e variações de salinidade (86Sr e 138Ba); III) Com abordagens topológicas, foi avaliada importância da raia H. guttatus em um ambiente estuarino. A raia não foi classificada como espécie-chave e seu potencial de dispersão de efeitos indiretos se limita aos efeitos “top-down”, atuando como um predador de topo da fauna bentônica. Detritos se destacaram como um dos principais nós nas análises topológicas e de espécies-chave, reflexo da importância do suprimento estuarino de matéria orgânica na manutenção de redes alimentares aquáticas costeiras. A pesca atua como um predador de topo, sendo um dos principais nós capazes de afetar a rede de forma rápida e com ampla disseminação e de gerar maior fragmentação. Em uma visão geral, as três raias desempenham papéis ecológicos diferentes nos ecossistemas que ocupam, limitando a redundância funcional. Os ambientes estuarinos e recifes de coral são as áreas mais importantes para H. guttatus e H. marianae, respectivamente, enquanto H. berthalutzae parece utilizar toda a plataforma continental ao longo de seu ciclo de vida.FACEPECNPqCAPESUnderstanding the trophic and spatial dynamics of commercially important elasmobranchs is fundamental for fisheries management. Therefore, this work aimed to describe the feeding ecology and habitat use of three sympatric species of demersal stingrays and test the topological importance of one of them in a estuarine trophic network. Three approaches were used in this study: I) Through combined analyzes of stomach contents and stable isotopes (δ13C and δ15N). It was observed that Hypanus guttatus is a mesopredator with a diverse diet of marine and estuarine benthic and epibenthic organisms. Hypanus berthalutzae is a generalist marine predator but occupies higher trophic levels. In contrast, Hypanus marianae is a specialized marine mesopredator with a low niche breadth. Although there is niche overlap, the three rays use preys in different proportions and occupied different trophic niches, potentially limiting competition for resources and promoting coexistence; II) We used stable isotope data from muscle tissue (δ13C and δ15N) and microchemical data from vertebrae (24Mg, 43Ca, 55Mn, 86Sr and 138Ba) to analyze habitat use by three stingray species at different life stages. Our approach revealed movements in and out of estuarine areas by H. guttatus, strong specificity for coastal reef habitats for H. marianae, and deeper water use by H. berthalutzae adults. We also revealed significant sex differences in habitat use for H. berthalutzae, especially for elements associated with hypoxic zones (55Mn) and salinity variations (86Sr and 138Ba); III) With topological approaches, the importance of the stingray H. guttatus in an estuarine environment was evaluated. The stingray was not classified as a key species and its potential for dispersion of indirect effects is limited to “top-down” effects, acting as a top predator of the benthic fauna. Debris stood out as one of the main nodes in the topological and key species analyses, reflecting the importance of the estuarine supply of organic matter in maintaining coastal aquatic food webs. Fishing acts as a top predator, being one of the main nodes able to affect the network quickly and with wide dissemination and to generate greater fragmentation. In an overview, the three stingrays play different ecological roles in the ecosystems they occupy, limiting functional redundancy. Estuarine environments and coral reefs are the most important areas for H. guttatus and H. marianae, respectively, while H. berthalutzae seems to use the entire continental shelf throughout its life cycle.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia AnimalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessElasmobrânquiosCadeias alimentares (ecologia)PernambucoEcologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Aristóteles Philippe Nunes Queiroz.pdfTESE Aristóteles Philippe Nunes Queiroz.pdfapplication/pdf6368263https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/1/TESE%20Arist%c3%b3teles%20Philippe%20Nunes%20Queiroz.pdf0559123d001e05d844550785d7837fbbMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53TEXTTESE Aristóteles Philippe Nunes Queiroz.pdf.txtTESE Aristóteles Philippe Nunes Queiroz.pdf.txtExtracted texttext/plain544047https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/4/TESE%20Arist%c3%b3teles%20Philippe%20Nunes%20Queiroz.pdf.txta4b6c56d0338a9c20c917c2de09a68cdMD54THUMBNAILTESE Aristóteles Philippe Nunes Queiroz.pdf.jpgTESE Aristóteles Philippe Nunes Queiroz.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1195https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/5/TESE%20Arist%c3%b3teles%20Philippe%20Nunes%20Queiroz.pdf.jpg90e2dd8dc24c32aeb79b1189d25115f1MD55123456789/520512023-08-24 02:13:48.097oai:repositorio.ufpe.br:123456789/52051VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212023-08-24T05:13:48Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil
title Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil
spellingShingle Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil
QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes
Elasmobrânquios
Cadeias alimentares (ecologia)
Pernambuco
title_short Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil
title_full Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil
title_fullStr Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil
title_full_unstemmed Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil
title_sort Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil
author QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes
author_facet QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0239717990337572
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2446086662055314
dc.contributor.author.fl_str_mv QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv LESSA, Rosângela Paula Teixeira
contributor_str_mv LESSA, Rosângela Paula Teixeira
dc.subject.por.fl_str_mv Elasmobrânquios
Cadeias alimentares (ecologia)
Pernambuco
topic Elasmobrânquios
Cadeias alimentares (ecologia)
Pernambuco
description Compreender a dinâmica trófica e espacial de elasmobrânquios comercialmente importantes é fundamental para a gestão pesqueira. Por isso, este trabalho objetivou descrever a ecologia alimentar e uso de hábitat de três espécies de raias demersais simpátricas e testar a importância topológica de uma delas em uma rede trófica estuarina. Três abordagens foram utilizadas neste estudo: I) Através de análises combinadas de conteúdo estomacal e isótopos estáveis (δ13C e δ15N). Observou-se que Hypanus guttatus é um mesopredador com uma dieta diversa de organismos bentônicos e epibentônicos marinhos e estuarinos. Hypanus berthalutzae é um predador marinho generalista e ocupa nível trófico mais alto. Em contraste, Hypanus marianae é um mesopredador marinho especializado e com baixa amplitude de nicho. Embora ocorra sobreposição de nicho, as três raias utilizam os as presas em proporções diferentes e ocuparam nichos tróficos distintos, potencialmente limitando a competição por recursos e promovendo a coexistência; II) Utilizamos dados de isótopos estáveis de tecido muscular (δ13C e δ15N) e dados de microquímica de vértebras (24Mg, 43Ca, 55Mn, 86Sr e 138Ba) para analisar o uso do habitat pelas três espécies de raias em diferentes estágios de vida. Nossa abordagem revelou movimentos de entrada e saída em áreas estuarinas por H. guttatus, forte especificidade para habitats de recifes costeiros para H. marianae, e uso de águas mais profundas por adultos de H. berthalutzae. Também revelamos diferenças significativas entre os sexos no uso do habitat para H. berthalutzae, especialmente para elementos associados a zonas hipóxicas (55Mn) e variações de salinidade (86Sr e 138Ba); III) Com abordagens topológicas, foi avaliada importância da raia H. guttatus em um ambiente estuarino. A raia não foi classificada como espécie-chave e seu potencial de dispersão de efeitos indiretos se limita aos efeitos “top-down”, atuando como um predador de topo da fauna bentônica. Detritos se destacaram como um dos principais nós nas análises topológicas e de espécies-chave, reflexo da importância do suprimento estuarino de matéria orgânica na manutenção de redes alimentares aquáticas costeiras. A pesca atua como um predador de topo, sendo um dos principais nós capazes de afetar a rede de forma rápida e com ampla disseminação e de gerar maior fragmentação. Em uma visão geral, as três raias desempenham papéis ecológicos diferentes nos ecossistemas que ocupam, limitando a redundância funcional. Os ambientes estuarinos e recifes de coral são as áreas mais importantes para H. guttatus e H. marianae, respectivamente, enquanto H. berthalutzae parece utilizar toda a plataforma continental ao longo de seu ciclo de vida.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-08-23T21:40:50Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-08-23T21:40:50Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-02-28
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes Ecologia. Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil. 2023. Tese (Doutorado em Biologia Animal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52051
identifier_str_mv QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes Ecologia. Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil. 2023. Tese (Doutorado em Biologia Animal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52051
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/embargoedAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv embargoedAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/1/TESE%20Arist%c3%b3teles%20Philippe%20Nunes%20Queiroz.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/4/TESE%20Arist%c3%b3teles%20Philippe%20Nunes%20Queiroz.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/5/TESE%20Arist%c3%b3teles%20Philippe%20Nunes%20Queiroz.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 0559123d001e05d844550785d7837fbb
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973
a4b6c56d0338a9c20c917c2de09a68cd
90e2dd8dc24c32aeb79b1189d25115f1
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310834521636864