Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
dARK ID: | ark:/64986/001300000x3br |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52051 |
Resumo: | Compreender a dinâmica trófica e espacial de elasmobrânquios comercialmente importantes é fundamental para a gestão pesqueira. Por isso, este trabalho objetivou descrever a ecologia alimentar e uso de hábitat de três espécies de raias demersais simpátricas e testar a importância topológica de uma delas em uma rede trófica estuarina. Três abordagens foram utilizadas neste estudo: I) Através de análises combinadas de conteúdo estomacal e isótopos estáveis (δ13C e δ15N). Observou-se que Hypanus guttatus é um mesopredador com uma dieta diversa de organismos bentônicos e epibentônicos marinhos e estuarinos. Hypanus berthalutzae é um predador marinho generalista e ocupa nível trófico mais alto. Em contraste, Hypanus marianae é um mesopredador marinho especializado e com baixa amplitude de nicho. Embora ocorra sobreposição de nicho, as três raias utilizam os as presas em proporções diferentes e ocuparam nichos tróficos distintos, potencialmente limitando a competição por recursos e promovendo a coexistência; II) Utilizamos dados de isótopos estáveis de tecido muscular (δ13C e δ15N) e dados de microquímica de vértebras (24Mg, 43Ca, 55Mn, 86Sr e 138Ba) para analisar o uso do habitat pelas três espécies de raias em diferentes estágios de vida. Nossa abordagem revelou movimentos de entrada e saída em áreas estuarinas por H. guttatus, forte especificidade para habitats de recifes costeiros para H. marianae, e uso de águas mais profundas por adultos de H. berthalutzae. Também revelamos diferenças significativas entre os sexos no uso do habitat para H. berthalutzae, especialmente para elementos associados a zonas hipóxicas (55Mn) e variações de salinidade (86Sr e 138Ba); III) Com abordagens topológicas, foi avaliada importância da raia H. guttatus em um ambiente estuarino. A raia não foi classificada como espécie-chave e seu potencial de dispersão de efeitos indiretos se limita aos efeitos “top-down”, atuando como um predador de topo da fauna bentônica. Detritos se destacaram como um dos principais nós nas análises topológicas e de espécies-chave, reflexo da importância do suprimento estuarino de matéria orgânica na manutenção de redes alimentares aquáticas costeiras. A pesca atua como um predador de topo, sendo um dos principais nós capazes de afetar a rede de forma rápida e com ampla disseminação e de gerar maior fragmentação. Em uma visão geral, as três raias desempenham papéis ecológicos diferentes nos ecossistemas que ocupam, limitando a redundância funcional. Os ambientes estuarinos e recifes de coral são as áreas mais importantes para H. guttatus e H. marianae, respectivamente, enquanto H. berthalutzae parece utilizar toda a plataforma continental ao longo de seu ciclo de vida. |
id |
UFPE_acdad4d11e6540ade2d12d846ddef70c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/52051 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nuneshttp://lattes.cnpq.br/0239717990337572http://lattes.cnpq.br/2446086662055314LESSA, Rosângela Paula Teixeira2023-08-23T21:40:50Z2023-08-23T21:40:50Z2023-02-28QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes Ecologia. Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil. 2023. Tese (Doutorado em Biologia Animal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52051ark:/64986/001300000x3brCompreender a dinâmica trófica e espacial de elasmobrânquios comercialmente importantes é fundamental para a gestão pesqueira. Por isso, este trabalho objetivou descrever a ecologia alimentar e uso de hábitat de três espécies de raias demersais simpátricas e testar a importância topológica de uma delas em uma rede trófica estuarina. Três abordagens foram utilizadas neste estudo: I) Através de análises combinadas de conteúdo estomacal e isótopos estáveis (δ13C e δ15N). Observou-se que Hypanus guttatus é um mesopredador com uma dieta diversa de organismos bentônicos e epibentônicos marinhos e estuarinos. Hypanus berthalutzae é um predador marinho generalista e ocupa nível trófico mais alto. Em contraste, Hypanus marianae é um mesopredador marinho especializado e com baixa amplitude de nicho. Embora ocorra sobreposição de nicho, as três raias utilizam os as presas em proporções diferentes e ocuparam nichos tróficos distintos, potencialmente limitando a competição por recursos e promovendo a coexistência; II) Utilizamos dados de isótopos estáveis de tecido muscular (δ13C e δ15N) e dados de microquímica de vértebras (24Mg, 43Ca, 55Mn, 86Sr e 138Ba) para analisar o uso do habitat pelas três espécies de raias em diferentes estágios de vida. Nossa abordagem revelou movimentos de entrada e saída em áreas estuarinas por H. guttatus, forte especificidade para habitats de recifes costeiros para H. marianae, e uso de águas mais profundas por adultos de H. berthalutzae. Também revelamos diferenças significativas entre os sexos no uso do habitat para H. berthalutzae, especialmente para elementos associados a zonas hipóxicas (55Mn) e variações de salinidade (86Sr e 138Ba); III) Com abordagens topológicas, foi avaliada importância da raia H. guttatus em um ambiente estuarino. A raia não foi classificada como espécie-chave e seu potencial de dispersão de efeitos indiretos se limita aos efeitos “top-down”, atuando como um predador de topo da fauna bentônica. Detritos se destacaram como um dos principais nós nas análises topológicas e de espécies-chave, reflexo da importância do suprimento estuarino de matéria orgânica na manutenção de redes alimentares aquáticas costeiras. A pesca atua como um predador de topo, sendo um dos principais nós capazes de afetar a rede de forma rápida e com ampla disseminação e de gerar maior fragmentação. Em uma visão geral, as três raias desempenham papéis ecológicos diferentes nos ecossistemas que ocupam, limitando a redundância funcional. Os ambientes estuarinos e recifes de coral são as áreas mais importantes para H. guttatus e H. marianae, respectivamente, enquanto H. berthalutzae parece utilizar toda a plataforma continental ao longo de seu ciclo de vida.FACEPECNPqCAPESUnderstanding the trophic and spatial dynamics of commercially important elasmobranchs is fundamental for fisheries management. Therefore, this work aimed to describe the feeding ecology and habitat use of three sympatric species of demersal stingrays and test the topological importance of one of them in a estuarine trophic network. Three approaches were used in this study: I) Through combined analyzes of stomach contents and stable isotopes (δ13C and δ15N). It was observed that Hypanus guttatus is a mesopredator with a diverse diet of marine and estuarine benthic and epibenthic organisms. Hypanus berthalutzae is a generalist marine predator but occupies higher trophic levels. In contrast, Hypanus marianae is a specialized marine mesopredator with a low niche breadth. Although there is niche overlap, the three rays use preys in different proportions and occupied different trophic niches, potentially limiting competition for resources and promoting coexistence; II) We used stable isotope data from muscle tissue (δ13C and δ15N) and microchemical data from vertebrae (24Mg, 43Ca, 55Mn, 86Sr and 138Ba) to analyze habitat use by three stingray species at different life stages. Our approach revealed movements in and out of estuarine areas by H. guttatus, strong specificity for coastal reef habitats for H. marianae, and deeper water use by H. berthalutzae adults. We also revealed significant sex differences in habitat use for H. berthalutzae, especially for elements associated with hypoxic zones (55Mn) and salinity variations (86Sr and 138Ba); III) With topological approaches, the importance of the stingray H. guttatus in an estuarine environment was evaluated. The stingray was not classified as a key species and its potential for dispersion of indirect effects is limited to “top-down” effects, acting as a top predator of the benthic fauna. Debris stood out as one of the main nodes in the topological and key species analyses, reflecting the importance of the estuarine supply of organic matter in maintaining coastal aquatic food webs. Fishing acts as a top predator, being one of the main nodes able to affect the network quickly and with wide dissemination and to generate greater fragmentation. In an overview, the three stingrays play different ecological roles in the ecosystems they occupy, limiting functional redundancy. Estuarine environments and coral reefs are the most important areas for H. guttatus and H. marianae, respectively, while H. berthalutzae seems to use the entire continental shelf throughout its life cycle.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia AnimalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessElasmobrânquiosCadeias alimentares (ecologia)PernambucoEcologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Aristóteles Philippe Nunes Queiroz.pdfTESE Aristóteles Philippe Nunes Queiroz.pdfapplication/pdf6368263https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/1/TESE%20Arist%c3%b3teles%20Philippe%20Nunes%20Queiroz.pdf0559123d001e05d844550785d7837fbbMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53TEXTTESE Aristóteles Philippe Nunes Queiroz.pdf.txtTESE Aristóteles Philippe Nunes Queiroz.pdf.txtExtracted texttext/plain544047https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/4/TESE%20Arist%c3%b3teles%20Philippe%20Nunes%20Queiroz.pdf.txta4b6c56d0338a9c20c917c2de09a68cdMD54THUMBNAILTESE Aristóteles Philippe Nunes Queiroz.pdf.jpgTESE Aristóteles Philippe Nunes Queiroz.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1195https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/5/TESE%20Arist%c3%b3teles%20Philippe%20Nunes%20Queiroz.pdf.jpg90e2dd8dc24c32aeb79b1189d25115f1MD55123456789/520512023-08-24 02:13:48.097oai:repositorio.ufpe.br:123456789/52051VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212023-08-24T05:13:48Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil |
title |
Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil |
spellingShingle |
Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes Elasmobrânquios Cadeias alimentares (ecologia) Pernambuco |
title_short |
Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil |
title_full |
Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil |
title_fullStr |
Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil |
title_full_unstemmed |
Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil |
title_sort |
Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil |
author |
QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes |
author_facet |
QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0239717990337572 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2446086662055314 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
LESSA, Rosângela Paula Teixeira |
contributor_str_mv |
LESSA, Rosângela Paula Teixeira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Elasmobrânquios Cadeias alimentares (ecologia) Pernambuco |
topic |
Elasmobrânquios Cadeias alimentares (ecologia) Pernambuco |
description |
Compreender a dinâmica trófica e espacial de elasmobrânquios comercialmente importantes é fundamental para a gestão pesqueira. Por isso, este trabalho objetivou descrever a ecologia alimentar e uso de hábitat de três espécies de raias demersais simpátricas e testar a importância topológica de uma delas em uma rede trófica estuarina. Três abordagens foram utilizadas neste estudo: I) Através de análises combinadas de conteúdo estomacal e isótopos estáveis (δ13C e δ15N). Observou-se que Hypanus guttatus é um mesopredador com uma dieta diversa de organismos bentônicos e epibentônicos marinhos e estuarinos. Hypanus berthalutzae é um predador marinho generalista e ocupa nível trófico mais alto. Em contraste, Hypanus marianae é um mesopredador marinho especializado e com baixa amplitude de nicho. Embora ocorra sobreposição de nicho, as três raias utilizam os as presas em proporções diferentes e ocuparam nichos tróficos distintos, potencialmente limitando a competição por recursos e promovendo a coexistência; II) Utilizamos dados de isótopos estáveis de tecido muscular (δ13C e δ15N) e dados de microquímica de vértebras (24Mg, 43Ca, 55Mn, 86Sr e 138Ba) para analisar o uso do habitat pelas três espécies de raias em diferentes estágios de vida. Nossa abordagem revelou movimentos de entrada e saída em áreas estuarinas por H. guttatus, forte especificidade para habitats de recifes costeiros para H. marianae, e uso de águas mais profundas por adultos de H. berthalutzae. Também revelamos diferenças significativas entre os sexos no uso do habitat para H. berthalutzae, especialmente para elementos associados a zonas hipóxicas (55Mn) e variações de salinidade (86Sr e 138Ba); III) Com abordagens topológicas, foi avaliada importância da raia H. guttatus em um ambiente estuarino. A raia não foi classificada como espécie-chave e seu potencial de dispersão de efeitos indiretos se limita aos efeitos “top-down”, atuando como um predador de topo da fauna bentônica. Detritos se destacaram como um dos principais nós nas análises topológicas e de espécies-chave, reflexo da importância do suprimento estuarino de matéria orgânica na manutenção de redes alimentares aquáticas costeiras. A pesca atua como um predador de topo, sendo um dos principais nós capazes de afetar a rede de forma rápida e com ampla disseminação e de gerar maior fragmentação. Em uma visão geral, as três raias desempenham papéis ecológicos diferentes nos ecossistemas que ocupam, limitando a redundância funcional. Os ambientes estuarinos e recifes de coral são as áreas mais importantes para H. guttatus e H. marianae, respectivamente, enquanto H. berthalutzae parece utilizar toda a plataforma continental ao longo de seu ciclo de vida. |
publishDate |
2023 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-08-23T21:40:50Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-08-23T21:40:50Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2023-02-28 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes Ecologia. Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil. 2023. Tese (Doutorado em Biologia Animal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52051 |
dc.identifier.dark.fl_str_mv |
ark:/64986/001300000x3br |
identifier_str_mv |
QUEIROZ, Aristóteles Philippe Nunes Ecologia. Ecologia trófica de dasiatídeos (Myliobatoidei: Dasyatidae) na Costa de Pernambuco, Brasil. 2023. Tese (Doutorado em Biologia Animal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023. ark:/64986/001300000x3br |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52051 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/embargoedAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
embargoedAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/1/TESE%20Arist%c3%b3teles%20Philippe%20Nunes%20Queiroz.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/4/TESE%20Arist%c3%b3teles%20Philippe%20Nunes%20Queiroz.pdf.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52051/5/TESE%20Arist%c3%b3teles%20Philippe%20Nunes%20Queiroz.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
0559123d001e05d844550785d7837fbb e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973 a4b6c56d0338a9c20c917c2de09a68cd 90e2dd8dc24c32aeb79b1189d25115f1 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1815172940463865856 |