A constituição de territórios-rede através de processos de re-existência da agricultura familiar na mata sul de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BRASILEIRO, Robson Soares
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10892
Resumo: A tese procura investigar o desenvolvimento de iniciativas agroecológicas em região de predominância do setor sucro-energético na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Procura-se, através de uma perspectiva geográfica, analisar a trajetória e os obstáculos que dificultam a construção de redes territorializantes para a agricultura familiar de base agroecológica e seu viés de comercialização alimentar diferenciado. As unidades de produção integradas na região em apreço são fortalecidas mediante processos de intercâmbios e articulação entre sujeitos sociais (pessoas) e atores sociais (instituições) viabilizando estratégias de inovação ao mesmo tempo em que revalorizam saberes tradicionais e uma relação mais harmoniosa entre os sistemas de produção agrícola e a natureza. Através da aplicação de entrevistas semi-estruturadas e dados coletados durante os trabalhos de campo elaborou-se um banco de dados que possibilitou subsídios para construção do material cartográfico, bem como pensar a espacialidade da agricultura familiar em termos da construção de territórios-rede. Foram reconhecidas estratégias territorializantes de integração em diversas escalas, com base no sentimento de pertencimento à agroecologia. Apoiados sobretudo pelo Centro em de Desenvolvimento Agroecológico – SABIÁ uma ONG que desenvolve trabalhos na perspectiva agroecológica em algumas regiões de Pernambuco, agricultores são empoderados na sua base, proporcionando visibilidade e expressividade às iniciativas locais. Os territórios-rede da agroecologia, enquanto hipótese deste trabalho, se configuram não apenas através dos permutas e processos interativos, mas também enquanto espaços de comercialização e diálogos – onde a produção ganha expressividade geográfica através das feiras agroecológicas, sobretudo em Recife. Nesta comercialização procura-se trabalhar no sentido de construir um mercado mais justo e solidário que aproxime produtores e consumidores, estimulando não apenas o consumo de alimentos ecológicos, mas desmistificando a relação campo/cidade e fortalecendo a agricultura familiar de base agroecológica. Os territórios-rede da agroecologia são espaços conectados em várias escalas territoriais e quase imperceptíveis na imensidão do “deserto verde da cana-de-açúcar” na Mata Sul, constituem-se como uma forma de contestação da produção familiar perante o capital hegemônico na região, materializando-se enquanto um processo de “re-existência”, isto é, novas estratégias territorializantes dos sujeitos e atores sociais aqui estudados. Os resultados obtidos demonstram que as iniciativas agroecológicas em região de monocultivo de cana-de-açúcar são fortalecidas na sua base através do processo de organização e articulação espacial dos envolvidos, que por sua vez, possibilita a construção de territórios-rede da agroecologia, garantido um espaço de integração prioritário na busca de canais estáveis de formação e comercialização. Uma geograficidade da agricultura familiar em busca de outra forma de produzir e de relacionar-se ao meio.
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As unidades de produção integradas na região em apreço são fortalecidas mediante processos de intercâmbios e articulação entre sujeitos sociais (pessoas) e atores sociais (instituições) viabilizando estratégias de inovação ao mesmo tempo em que revalorizam saberes tradicionais e uma relação mais harmoniosa entre os sistemas de produção agrícola e a natureza. Através da aplicação de entrevistas semi-estruturadas e dados coletados durante os trabalhos de campo elaborou-se um banco de dados que possibilitou subsídios para construção do material cartográfico, bem como pensar a espacialidade da agricultura familiar em termos da construção de territórios-rede. Foram reconhecidas estratégias territorializantes de integração em diversas escalas, com base no sentimento de pertencimento à agroecologia. 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