Parâmetros comportamentais e reprodutivos para utilização como biomarcadores de desregulação endócrina em Poecilia vivipara

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MELO, Laura Estela de
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18690
Resumo: Compostos desreguladores endócrinos (CDEs) contaminamecossistemas aquáticos esão capazes de imitar a ação de hormônios endógenos em peixes. Diante disso, este trabalho avaliouprimeiramente os efeitos da exposição de machos adultos de Poecilia viviparaa uma mistura ambiental de contaminantes com atividade estrogênica e ao CDE 17 α-etinilestradiol (EE2), envolvendo a análise química de moléculas estrogênicas na mistura ambiental, e de parâmetros bioquímicos, comportamentais e reprodutivos. Moléculas com atividade estrogênica foram quantificadas por cromatografia líquida com espectrometria de massas nas águasda Lagoa do Araçá (LA), do rio Capibaribe (RC) e no Complexo estuarino da Bacia do Pina (CEBP), região metropolitana de Recife. Machos adultos de P. vivipara cultivados em laboratório foram expostos por 14 dias a água limpa controle (EECT), ea 10ngEE2 L-1 (EE10) e 100 ngEE2 L-1 (EE100).Em paralelo, machos adultos residentes no CEBP foram coletados em LA, e trazidos ao laboratório. Machos expostos ao EE2 em laboratório e residentes no CEBP foram colocados em contato com fêmeas adultas cultivadas no laboratório, e os casais foram monitorados por um sistema de vídeo, com posterior avaliação quantitativa do comportamento sexual pelo software de análise comportamental Smart. Os parâmetros avaliados foram:número de contatos entre machos e fêmeas (NC); duração média dos contatos em segundos(YACUBIAN-FERNANDES et al.); distância média entre machos e fêmeas durante os contatos (DiC). O número de tentativas de cópula dos machos (TC) foi avaliado por observação humana dos vídeos, e a velocidade natatória dos machos isolados foi também quantificada pelo software Smart. Após a interação entre os casais, fêmeas pareadas com machos controle e LA foram mantidas isoladas em aquários por 90 dias para quantificação do sucesso de impregnação (SI) e do número de juvenis produzidos (NJP). Machos dos tratamentos EECT, EE10, EE100 e LA foram sacrificados e a quantidade de vitelogenina no fígado foi avaliada indiretamente por método histoquímico para coloração de fosfoproteínas. As análises cromatográficas indicaram a presença dos estrogênios estriol (E3), estrona (E1), EE2 e estradiol (E2), e de bisfenol A (BPA) nas concentrações médias de 31,8; 19,5; 11,9; 8,6; e 4,2 ng L-1, respectivamente, nas águas do CEBP, típicas de áreas urbanas contaminadas por esgotos domésticos. Machos expostos ao EE2 e provenientes da Lagoa do Araçá apresentaram indução de vitelogenina (p < 0,05). O número de contatos entre machos e fêmeas, e número de tentativas de cópula dos machos diminuiu nos casais em EE100 e LA (p < 0,05). A distância média entre machos e fêmeas durante os contatos aumentou em EE100 e LA (p < 0,05). Machos isolados expostos a EE10 e EE100 apresentaram hiperatividade natatória, enquanto machos provenientes de LA apresentaram hipoatividade natatória comparado aos controles. Machos de LA impregnaram 55% das fêmeas, enquanto machos controle impregnaram 88% das fêmeas. Fêmeas pareadas com machos controle (FeCt) produziram 7,1 juvenis em média, enquanto fêmeas pareadas com machos de LA (FeLA) produziram 2,7 juvenis (p = 0,019), totalizando 57 juvenis produzidos por FeCt versus 14 juvenis produzidos por FeLA, o que representa uma redução de 75% na geração de potenciais recrutas para a população. No segundo tema deste trabalho, machos e fêmeas adultos cultivados no laboratório foram mantidos isolados e ambos machos e fêmeas foram expostos por 30 dias ao herbicida atrazina nas concentrações 0 (controle-ATCT), 0,5μgL-1 (AT0,5); 5μgL-1 (AT5) e 50 μgL-1(AT50). Após a exposição, casais foram formados para cada tratamento, e o comportamento sexual foi analisado para o parâmetro TC por observador humano. A atividade natatória de machos e fêmeas mantidos isolados também foi avaliada. Após a exposição e pareamento dos casais, fêmeas de cada tratamento foram mantidas isoladas em aquários por 90 dias, para quantificação do número de ovócitos maduros (NO), e dos índices gonadossomático (IGS) e hepatossomático (Webb and Weihs). Os parâmetros NO, IGS e IHS para as fêmeas não foram alterados significativamente. Nos casais expostos a atrazina foi observada uma redução em TC na concentração de 5 (p > 0,05) e 50 μgL-1 (p < 0,05). Hiperatividade natatória foi detectada nas fêmeas expostas a todas concentrações, e em machos expostos a 5 (p > 0,05) e 50 μg L-1 (p < 0,05). Este estudo quantifica pela primeira vez CDEs estrogênicos em águas da região metropolitana de Recife, e demonstra o efeito de desreguladores endócrinos como o EE2 em laboratório, bem como os efeitos de uma mistura ambiental de contaminantes incluindo CDEs estrogênicos, em biomarcadores bioquímicos, comportamentais e reprodutivos de Poecilia vivipara, que podem afetar a viabilidade populacional em situações ambientalmente realistas.
id UFPE_b17d93daa23bcc30fe49e6ae3a9c04b4
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18690
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling MELO, Laura Estela dehttp://lattes.cnpq.br/4286866292816738http://lattes.cnpq.br/1366134399739217CARVALHO, Paulo Sérgio Martins de2017-05-03T15:52:19Z2017-05-03T15:52:19Z2016-05-31https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18690Compostos desreguladores endócrinos (CDEs) contaminamecossistemas aquáticos esão capazes de imitar a ação de hormônios endógenos em peixes. Diante disso, este trabalho avaliouprimeiramente os efeitos da exposição de machos adultos de Poecilia viviparaa uma mistura ambiental de contaminantes com atividade estrogênica e ao CDE 17 α-etinilestradiol (EE2), envolvendo a análise química de moléculas estrogênicas na mistura ambiental, e de parâmetros bioquímicos, comportamentais e reprodutivos. Moléculas com atividade estrogênica foram quantificadas por cromatografia líquida com espectrometria de massas nas águasda Lagoa do Araçá (LA), do rio Capibaribe (RC) e no Complexo estuarino da Bacia do Pina (CEBP), região metropolitana de Recife. Machos adultos de P. vivipara cultivados em laboratório foram expostos por 14 dias a água limpa controle (EECT), ea 10ngEE2 L-1 (EE10) e 100 ngEE2 L-1 (EE100).Em paralelo, machos adultos residentes no CEBP foram coletados em LA, e trazidos ao laboratório. Machos expostos ao EE2 em laboratório e residentes no CEBP foram colocados em contato com fêmeas adultas cultivadas no laboratório, e os casais foram monitorados por um sistema de vídeo, com posterior avaliação quantitativa do comportamento sexual pelo software de análise comportamental Smart. Os parâmetros avaliados foram:número de contatos entre machos e fêmeas (NC); duração média dos contatos em segundos(YACUBIAN-FERNANDES et al.); distância média entre machos e fêmeas durante os contatos (DiC). O número de tentativas de cópula dos machos (TC) foi avaliado por observação humana dos vídeos, e a velocidade natatória dos machos isolados foi também quantificada pelo software Smart. Após a interação entre os casais, fêmeas pareadas com machos controle e LA foram mantidas isoladas em aquários por 90 dias para quantificação do sucesso de impregnação (SI) e do número de juvenis produzidos (NJP). Machos dos tratamentos EECT, EE10, EE100 e LA foram sacrificados e a quantidade de vitelogenina no fígado foi avaliada indiretamente por método histoquímico para coloração de fosfoproteínas. As análises cromatográficas indicaram a presença dos estrogênios estriol (E3), estrona (E1), EE2 e estradiol (E2), e de bisfenol A (BPA) nas concentrações médias de 31,8; 19,5; 11,9; 8,6; e 4,2 ng L-1, respectivamente, nas águas do CEBP, típicas de áreas urbanas contaminadas por esgotos domésticos. Machos expostos ao EE2 e provenientes da Lagoa do Araçá apresentaram indução de vitelogenina (p < 0,05). O número de contatos entre machos e fêmeas, e número de tentativas de cópula dos machos diminuiu nos casais em EE100 e LA (p < 0,05). A distância média entre machos e fêmeas durante os contatos aumentou em EE100 e LA (p < 0,05). Machos isolados expostos a EE10 e EE100 apresentaram hiperatividade natatória, enquanto machos provenientes de LA apresentaram hipoatividade natatória comparado aos controles. Machos de LA impregnaram 55% das fêmeas, enquanto machos controle impregnaram 88% das fêmeas. Fêmeas pareadas com machos controle (FeCt) produziram 7,1 juvenis em média, enquanto fêmeas pareadas com machos de LA (FeLA) produziram 2,7 juvenis (p = 0,019), totalizando 57 juvenis produzidos por FeCt versus 14 juvenis produzidos por FeLA, o que representa uma redução de 75% na geração de potenciais recrutas para a população. No segundo tema deste trabalho, machos e fêmeas adultos cultivados no laboratório foram mantidos isolados e ambos machos e fêmeas foram expostos por 30 dias ao herbicida atrazina nas concentrações 0 (controle-ATCT), 0,5μgL-1 (AT0,5); 5μgL-1 (AT5) e 50 μgL-1(AT50). Após a exposição, casais foram formados para cada tratamento, e o comportamento sexual foi analisado para o parâmetro TC por observador humano. A atividade natatória de machos e fêmeas mantidos isolados também foi avaliada. Após a exposição e pareamento dos casais, fêmeas de cada tratamento foram mantidas isoladas em aquários por 90 dias, para quantificação do número de ovócitos maduros (NO), e dos índices gonadossomático (IGS) e hepatossomático (Webb and Weihs). Os parâmetros NO, IGS e IHS para as fêmeas não foram alterados significativamente. Nos casais expostos a atrazina foi observada uma redução em TC na concentração de 5 (p > 0,05) e 50 μgL-1 (p < 0,05). Hiperatividade natatória foi detectada nas fêmeas expostas a todas concentrações, e em machos expostos a 5 (p > 0,05) e 50 μg L-1 (p < 0,05). Este estudo quantifica pela primeira vez CDEs estrogênicos em águas da região metropolitana de Recife, e demonstra o efeito de desreguladores endócrinos como o EE2 em laboratório, bem como os efeitos de uma mistura ambiental de contaminantes incluindo CDEs estrogênicos, em biomarcadores bioquímicos, comportamentais e reprodutivos de Poecilia vivipara, que podem afetar a viabilidade populacional em situações ambientalmente realistas.CNPQEndocrine disruptor compounds (EDCs) contaminate aquatic ecosystems and are able to mimic the action of endogenous hormones in fish.Therefore, this study first evaluated the effects of adult male Poecilia vivipara exposure to an environmental mixture of contaminants with estrogenic activity and to the EDC 17 α-ethinylestradiol (EE2), involving the chemical analysis of estrogenic molecules in the environmental mixture, and biochemical, behavioral and reproductive parameters.Molecules with estrogenic activity were quantified by liquid chromatography with mass spectrometry in the waters of Lagoa do Araçá(LA) and the Capibaribe River (CR), in the Pina Basin estuarine complex (PBEC), metropolitan area of Recife. Laboratory grown adult male P. vivipara were exposed for 14 days to a clean water control (EECT) and to 10 ngEE2 L-1 (EE10) and 100 ngEE2 L-1 (EE100).In parallel, resident adult males in the PBEC were collected in LA, and brought to the laboratory.Males exposed to EE2 in the laboratory and residents of PBEC were placed in contact with adult females grown in the laboratory, and the couples were monitored by a video system, with subsequent quantitative assessment of sexual behavior by behavioral analysis software Smart.The parameters evaluated were: number of contacts between males and females (NC); average duration of contacts in seconds (YACUBIAN-FERNANDES et al.); average distance between males and females during the contacts (DiC). The number of male copulation attempts (Lichota et al.) was assessed by human observation of the videos, and swimming speed of single males was also quantified by the Smart software.After the interaction between couples, females paired with control and LA males were kept isolated in tanks for 90 days to quantify the impregnation success (IS) and the number of juveniles produced (NJP). Males of treatments EECT, EE10, EE100 and LA were sacrificed and the amount of vitellogenin in the liver was assessed indirectly by a histochemical staining method for phosphoproteins.Chromatographic analysis indicated the presence of estrogens estriol (E3), estrone (E1), EE2 and estradiol (E2), and bisphenol A (BPA) in concentrations averaging 31.8; 19.5; 11.9; 8.6; and 4.2 ng L-1, respectively, in PBEC waters, typical of urban areas contaminated by domestic sewage.Males exposed to EE2 and from Lagoa do Araçá showed vitellogenin induction (p <0.05).The number of contacts between males and females, and thenumber of male copulation attempts decreased in couples from EE100 and LA (p <0.05).The average distance between males and females during the contacts increased at EE100 and LA (p <0.05). Isolated males exposed to EE10 and EE100 developed swimming hyperactivity, while males from LA developed swimming hypoactivity compared to controls.LA males impregnated 55% of females, while control males impregnated 88% of females.Females paired with control males (FeCt) produced 7.1 juveniles on average, while females paired with LA males (FeLA) produced 2.7 juveniles (p = 0.019), totaling 57 juveniles produced by FeCt versus 14 juveniles produced by FeLA, which represents a 75% reduction in the generation of potential recruits for the population.In the second theme of this work, adult males and females grown in the laboratory were kept isolated and both males and females were exposed for 30 days to atrazine concentrations 0(control-ATCT), 0.5 μg L-1 (AT0.5); 5 μg L-1 (AT5) and 50 μg L-1 (AT50).After exposure, couples were formed for each treatment, and sexual behavior was analyzed for MCA by a human observer.Swimming activity of isolated males and females was also evaluated.After exposure and pairing of couples, females from each treatment were kept isolated in tanks for 90 days, to quantify the number of mature oocytes (NO), and the Gonadosomatic index (GSI) and hepatossomatic index (HSI). The parameters NO, GSI and HSI for females did not change significantly.In couples exposed to atrazine a significant reduction in MCA was observed at concentrations5 (p > 0,05) and 50 μg.L-1 (p <0.05). Hyperactive swimming was detected in females exposed to all concentrations, and in males exposed to 5 (p > 0.05) and 50 μgL-1 (p < 0.05).This study quantifies for the first time estrogenic EDCs in waters of the metropolitan area of Recife, and demonstrates the effect of endocrine disruptors such as EE2 in the laboratory, as well as the effects of an environmental mixture of contaminants including estrogenic EDCs, in biochemical, behavioral and reproductive biomarkers of Poecilia vivipara, which can affect population viability in environmentally realistic conditions.porUniveridade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia AnimalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPoecilia vivípara. desreguladores endócrinos. Estrógenos. cromatografia Líquida. vitelogenina.comportamento sexual. Fecundidade. fertilidadePoecilia vivípara. endocrine disruptors.estrogens. liquid chromatography. Vitellogenin. sexual behavior. Fecundity.fertilityParâmetros comportamentais e reprodutivos para utilização como biomarcadores de desregulação endócrina em Poecilia viviparainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDissertação - Laura - versão final - Corrigida_docx - sem assinatura.pdf.jpgDissertação - Laura - versão final - Corrigida_docx - sem assinatura.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1282https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18690/5/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Laura%20-%20vers%c3%a3o%20final%20-%20Corrigida_docx%20-%20sem%20assinatura.pdf.jpg9dd27a50b82308d5e106e77f0bddd4b5MD55ORIGINALDissertação - Laura - versão final - Corrigida_docx - sem assinatura.pdfDissertação - Laura - versão final - Corrigida_docx - sem assinatura.pdfapplication/pdf1975245https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18690/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Laura%20-%20vers%c3%a3o%20final%20-%20Corrigida_docx%20-%20sem%20assinatura.pdf1380118f3f00203cdd14e785c8e7df92MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18690/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18690/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDissertação - Laura - versão final - Corrigida_docx - sem assinatura.pdf.txtDissertação - Laura - versão final - Corrigida_docx - sem assinatura.pdf.txtExtracted texttext/plain173165https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18690/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Laura%20-%20vers%c3%a3o%20final%20-%20Corrigida_docx%20-%20sem%20assinatura.pdf.txt69e38330ad2daa45b3b0de7780ce4966MD54123456789/186902019-10-25 03:49:27.521oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18690TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T06:49:27Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Parâmetros comportamentais e reprodutivos para utilização como biomarcadores de desregulação endócrina em Poecilia vivipara
title Parâmetros comportamentais e reprodutivos para utilização como biomarcadores de desregulação endócrina em Poecilia vivipara
spellingShingle Parâmetros comportamentais e reprodutivos para utilização como biomarcadores de desregulação endócrina em Poecilia vivipara
MELO, Laura Estela de
Poecilia vivípara. desreguladores endócrinos. Estrógenos. cromatografia Líquida. vitelogenina.comportamento sexual. Fecundidade. fertilidade
Poecilia vivípara. endocrine disruptors.estrogens. liquid chromatography. Vitellogenin. sexual behavior. Fecundity.fertility
title_short Parâmetros comportamentais e reprodutivos para utilização como biomarcadores de desregulação endócrina em Poecilia vivipara
title_full Parâmetros comportamentais e reprodutivos para utilização como biomarcadores de desregulação endócrina em Poecilia vivipara
title_fullStr Parâmetros comportamentais e reprodutivos para utilização como biomarcadores de desregulação endócrina em Poecilia vivipara
title_full_unstemmed Parâmetros comportamentais e reprodutivos para utilização como biomarcadores de desregulação endócrina em Poecilia vivipara
title_sort Parâmetros comportamentais e reprodutivos para utilização como biomarcadores de desregulação endócrina em Poecilia vivipara
author MELO, Laura Estela de
author_facet MELO, Laura Estela de
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4286866292816738
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1366134399739217
dc.contributor.author.fl_str_mv MELO, Laura Estela de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv CARVALHO, Paulo Sérgio Martins de
contributor_str_mv CARVALHO, Paulo Sérgio Martins de
dc.subject.por.fl_str_mv Poecilia vivípara. desreguladores endócrinos. Estrógenos. cromatografia Líquida. vitelogenina.comportamento sexual. Fecundidade. fertilidade
Poecilia vivípara. endocrine disruptors.estrogens. liquid chromatography. Vitellogenin. sexual behavior. Fecundity.fertility
topic Poecilia vivípara. desreguladores endócrinos. Estrógenos. cromatografia Líquida. vitelogenina.comportamento sexual. Fecundidade. fertilidade
Poecilia vivípara. endocrine disruptors.estrogens. liquid chromatography. Vitellogenin. sexual behavior. Fecundity.fertility
description Compostos desreguladores endócrinos (CDEs) contaminamecossistemas aquáticos esão capazes de imitar a ação de hormônios endógenos em peixes. Diante disso, este trabalho avaliouprimeiramente os efeitos da exposição de machos adultos de Poecilia viviparaa uma mistura ambiental de contaminantes com atividade estrogênica e ao CDE 17 α-etinilestradiol (EE2), envolvendo a análise química de moléculas estrogênicas na mistura ambiental, e de parâmetros bioquímicos, comportamentais e reprodutivos. Moléculas com atividade estrogênica foram quantificadas por cromatografia líquida com espectrometria de massas nas águasda Lagoa do Araçá (LA), do rio Capibaribe (RC) e no Complexo estuarino da Bacia do Pina (CEBP), região metropolitana de Recife. Machos adultos de P. vivipara cultivados em laboratório foram expostos por 14 dias a água limpa controle (EECT), ea 10ngEE2 L-1 (EE10) e 100 ngEE2 L-1 (EE100).Em paralelo, machos adultos residentes no CEBP foram coletados em LA, e trazidos ao laboratório. Machos expostos ao EE2 em laboratório e residentes no CEBP foram colocados em contato com fêmeas adultas cultivadas no laboratório, e os casais foram monitorados por um sistema de vídeo, com posterior avaliação quantitativa do comportamento sexual pelo software de análise comportamental Smart. Os parâmetros avaliados foram:número de contatos entre machos e fêmeas (NC); duração média dos contatos em segundos(YACUBIAN-FERNANDES et al.); distância média entre machos e fêmeas durante os contatos (DiC). O número de tentativas de cópula dos machos (TC) foi avaliado por observação humana dos vídeos, e a velocidade natatória dos machos isolados foi também quantificada pelo software Smart. Após a interação entre os casais, fêmeas pareadas com machos controle e LA foram mantidas isoladas em aquários por 90 dias para quantificação do sucesso de impregnação (SI) e do número de juvenis produzidos (NJP). Machos dos tratamentos EECT, EE10, EE100 e LA foram sacrificados e a quantidade de vitelogenina no fígado foi avaliada indiretamente por método histoquímico para coloração de fosfoproteínas. As análises cromatográficas indicaram a presença dos estrogênios estriol (E3), estrona (E1), EE2 e estradiol (E2), e de bisfenol A (BPA) nas concentrações médias de 31,8; 19,5; 11,9; 8,6; e 4,2 ng L-1, respectivamente, nas águas do CEBP, típicas de áreas urbanas contaminadas por esgotos domésticos. Machos expostos ao EE2 e provenientes da Lagoa do Araçá apresentaram indução de vitelogenina (p < 0,05). O número de contatos entre machos e fêmeas, e número de tentativas de cópula dos machos diminuiu nos casais em EE100 e LA (p < 0,05). A distância média entre machos e fêmeas durante os contatos aumentou em EE100 e LA (p < 0,05). Machos isolados expostos a EE10 e EE100 apresentaram hiperatividade natatória, enquanto machos provenientes de LA apresentaram hipoatividade natatória comparado aos controles. Machos de LA impregnaram 55% das fêmeas, enquanto machos controle impregnaram 88% das fêmeas. Fêmeas pareadas com machos controle (FeCt) produziram 7,1 juvenis em média, enquanto fêmeas pareadas com machos de LA (FeLA) produziram 2,7 juvenis (p = 0,019), totalizando 57 juvenis produzidos por FeCt versus 14 juvenis produzidos por FeLA, o que representa uma redução de 75% na geração de potenciais recrutas para a população. No segundo tema deste trabalho, machos e fêmeas adultos cultivados no laboratório foram mantidos isolados e ambos machos e fêmeas foram expostos por 30 dias ao herbicida atrazina nas concentrações 0 (controle-ATCT), 0,5μgL-1 (AT0,5); 5μgL-1 (AT5) e 50 μgL-1(AT50). Após a exposição, casais foram formados para cada tratamento, e o comportamento sexual foi analisado para o parâmetro TC por observador humano. A atividade natatória de machos e fêmeas mantidos isolados também foi avaliada. Após a exposição e pareamento dos casais, fêmeas de cada tratamento foram mantidas isoladas em aquários por 90 dias, para quantificação do número de ovócitos maduros (NO), e dos índices gonadossomático (IGS) e hepatossomático (Webb and Weihs). Os parâmetros NO, IGS e IHS para as fêmeas não foram alterados significativamente. Nos casais expostos a atrazina foi observada uma redução em TC na concentração de 5 (p > 0,05) e 50 μgL-1 (p < 0,05). Hiperatividade natatória foi detectada nas fêmeas expostas a todas concentrações, e em machos expostos a 5 (p > 0,05) e 50 μg L-1 (p < 0,05). Este estudo quantifica pela primeira vez CDEs estrogênicos em águas da região metropolitana de Recife, e demonstra o efeito de desreguladores endócrinos como o EE2 em laboratório, bem como os efeitos de uma mistura ambiental de contaminantes incluindo CDEs estrogênicos, em biomarcadores bioquímicos, comportamentais e reprodutivos de Poecilia vivipara, que podem afetar a viabilidade populacional em situações ambientalmente realistas.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-05-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-05-03T15:52:19Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-05-03T15:52:19Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18690
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18690
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Univeridade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Univeridade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18690/5/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Laura%20-%20vers%c3%a3o%20final%20-%20Corrigida_docx%20-%20sem%20assinatura.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18690/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Laura%20-%20vers%c3%a3o%20final%20-%20Corrigida_docx%20-%20sem%20assinatura.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18690/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18690/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18690/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Laura%20-%20vers%c3%a3o%20final%20-%20Corrigida_docx%20-%20sem%20assinatura.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 9dd27a50b82308d5e106e77f0bddd4b5
1380118f3f00203cdd14e785c8e7df92
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
69e38330ad2daa45b3b0de7780ce4966
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310658444754944