Capacitação de gestores da UFPE: desafios e possibilidades

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LOPES, Silvia Marise Araújo
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/00130000060j4
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11939
Resumo: O eixo central desta investigação é a análise das políticas de capacitação e qualificação dos servidores públicos das universidades federais, inseridas naquilo que, ordinariamente na academia, denomina-se processos de aprendizagem, motivação e profissionalização. Para tanto, foi focalizada, em especial, a Universidade Federal de Pernambuco. Acredita-se que a relevância desta pesquisa reside, prioritariamente, em seu caráter inédito e pelas proposições assinaladas que poderão servir como estratégias para que as políticas públicas de capacitação para os gestores federais obtenham eficácia, eficiência e efetividade. Do ponto de vista teórico, se fez a convergência de lentes advindas de teóricos da Reforma do Estado, onde estão estabelecidas as diretrizes específicas para profissionalização dos servidores públicos. Aqui, naturalmente, emerge um amálgama com as teorias acerca do comportamento humano frente aos desafios para obtenção de capacitação e profissionalização. Assim, foram de fundamental importância para compreensão dos tipos de Estado e políticas públicas, as reflexões de Bresser Pereira (1999), Souza (2002), Dourado (2002) e Amaral (2006). Sobre processos de motivação, aprendizagem e capacitação tornaram-se basilares as ideias de Bergamini (2008), Grilo (1996), Freitas e Brandão (2006), Robins (1999), Chiavenato (2010) e Abbad e Borges Andrade (2004). Do ponto de vista metodológico, trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, alicerçada em dados quantitativos. É também exploratória; metodológica com uso de fontes primárias e secundárias. Se ambiciona, igualmente, as metas de uma pesquisa intervencionista. Como resultados se pode aferir que as formas de provimentos das funções de direção, assessoramento e chefia, ainda não se configuram como sendo por critérios de competência ou meritocráticos, segundo os pilares que alicerçam a Constituição promulgada em 1988. Decorre desta premissa a não existência de motivação para às capacitações e profissionalização em Gestão Pública já ofertadas na UFPE, a partir da realização de lato sensu, stricto sensu, mini cursos, eventos, palestras. O que significa afirmar, também, que os gestores acreditam já possuir conhecimentos suficientes por deterem titulações acadêmicas e/ou experiências, ou seja, sequer se conhece as metas instituídas formalmente, tanto quanto as ferramentas necessárias para o alcance da boa gestão da rés pública. Dito isto, é possível afirmar que o que prevalece é a ascensão pessoal, em detrimento da coletividade, alimentada ininterruptamente pelas relações interpessoais nas redes de poderes e micro poderes entre agentes, habitus, campos e sub campos, como muito bem define Pierre Bourdieu e Michel de Foulcault.
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