Cnidoscolus sp da Caatinga: fitoquímica e atividades biológicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUZA, Pâmella Grasielle Vital Dias de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000004tgv
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28419
Resumo: Conhecida popularmente por “urtiga” ou “cansanção”, Cnidoscolus urens é uma espécie pertencente a família Euphorbiaceae, endêmica da Caatinga. Bastante conhecida pela presença de pelos urticantes. Segundo conhecimentos populares, esta espécie é utilizada como fitorerápico, utilizando- se principalmente raiz e caule para o tratamento de muitas enfermidades, tais como inflamação da próstata e cistos ovarianos. Em estudos fitoquimicos, metabólitos secundários como flavonóides, antraquinonas, terpenos, taninos, antocianinas, esteróides e xantinas, foram detectados em extrados organicos de C. urens. O presente estudo objetivou investigar o perfil fitoquímico e avaliar o potencial antitumoral, antidiarreico e inseticida dos extratos aquoso e orgânico de C. urens coletadas em Caruaru/ área de Caatinga- PE. Para tanto, foi investigado por cromatografia de camada delgada (CCD), os metabólitos secundários produzidos por C. urens presente em extratos aquoso, acetato de etila e n-butanólico. A toxicidade foi verificada seguindo o guideline OECD. Para a atividade antitumoral, utilizou-se ensaios antiproliferativo in vitro sobre células de linhagem HELA e in vivo, em animais com carcinoma de Ehrlich induzido, sendo tratados com extrato aquoso e etanólico, administrados numa concentração igual a 200mg/kg. A atividade antidiarreica foi averiguada pelas metodologias sobre o efeito nas fezes normais, diarreia induzida por óleo de rícino, ensaio de enteropooling e transito intestinal por carvão ativado, para tal, os animais foram tratados com extrato etanólico de partes aéreas (folha, semente e flor) de C. urens. Quanto a atividade inseticida, o extrato metanólico e também suas frações: éter, clorofórmio, acetona e metanol, foram avaliados quanto a sua toxicidade por ingestão e contato, além do índice de deterrência alimentar. Os testes fitoquímicos demonstraram a presença de taninos, flavonoides, açúraces redutores, terpenos e cumarinas. No modelo de atividade in vitro o extrato aquoso e etanólico (Aq200 e EtOH200) demonstroram moderada ação citotóxica para as metodologias testadas para os modelos in vitro (MTT e Vemelho neutro). Para a atividade in vivo, os extratos Aq200 e EtOH200 produziram um percentual de redução do crescimento tumoral igual a 84.4% e 79.2%, além de causar uma melhora representativa do perfil bioquímico e hematológico. Todos os extratos de C. urens foram avaliados quanto a sua toxicidade e não mostrou ação toxica na dose máxima testada (2000mg/kg). Quanto a avaliação antidiarreica o extrato etanólico de partes aérea de C. urens nas doses de 200 e 400mg/kg, mostraram excelentes resultados. Para o ensaio de diarreia induzida por óleo de rícino foi observado uma redução no numero total de fezes (7.0 e 7.2), respectivamente, para o ensaio que avalia o acumulo de fluido, a redução foi de 23.4 e 20.8 para as concentrações de 200 e 400 mg/kg, respectivamente. Já a avaliação do trânsito intestinal os resultados encontrados foram iguais a 36.3% para EtOH200 e 25.5% para EtOH400. Os extratos de C. urens também foram testados quanto sua ação inseticida e mostrou-se ser um potente agente. Para os testes inseticida, duas metodologias diferentes foram utilizadas, avaliando a ação inseticida por ingestão e contato. Quando espécies de Sitophylos zeamais foram expostos a uma dieta contendo MeOH (0.18; 0.25; 0.5 mg/g) e MeOHFrac (0.25- 0.5 mg/g) foi observado uma indução de 27 a 90% e 33 a 91% de mortalidade por ingestão, respectivamente. O percentual de mortalidade por contato foi avaliado para os mesmos extratos nas concentrações de 50 e 100 μg/mL e apresentou 45 a 75% e 77 a 87% de mortalidade respectivamente. A LC₅₀ também foi determinada, tanto por ingestão para MeOH e MeOHFrac (LC₅₀= 0.241 mg/g e LC₅₀= 0.11 mg/g, respectivamente), quanto por contato para os mesmos extratos (LC₅₀=0,012 μg/inseto e LC₅₀= 0.026 μg/inseto), também respectivamente. Essas metodologias também nos permitiram avaliar que os extratos induziram mudanças significativas nos indices nutricional, além de induzir rejeição do alimento disponibilizado durante o ensaio. Todos estes resultados contribuem para confirmar a hipótese popular de que C. urens possui ação antitumoral, antidiarreica e inseticida. Estes resultados corroboram com o enriquecimento bibliográfico científico e contribuem para uma pespectiva na produção de novos fármacos e agentes inseticidas mais eficazes e com menor efeitos adversos.
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O presente estudo objetivou investigar o perfil fitoquímico e avaliar o potencial antitumoral, antidiarreico e inseticida dos extratos aquoso e orgânico de C. urens coletadas em Caruaru/ área de Caatinga- PE. Para tanto, foi investigado por cromatografia de camada delgada (CCD), os metabólitos secundários produzidos por C. urens presente em extratos aquoso, acetato de etila e n-butanólico. A toxicidade foi verificada seguindo o guideline OECD. Para a atividade antitumoral, utilizou-se ensaios antiproliferativo in vitro sobre células de linhagem HELA e in vivo, em animais com carcinoma de Ehrlich induzido, sendo tratados com extrato aquoso e etanólico, administrados numa concentração igual a 200mg/kg. A atividade antidiarreica foi averiguada pelas metodologias sobre o efeito nas fezes normais, diarreia induzida por óleo de rícino, ensaio de enteropooling e transito intestinal por carvão ativado, para tal, os animais foram tratados com extrato etanólico de partes aéreas (folha, semente e flor) de C. urens. Quanto a atividade inseticida, o extrato metanólico e também suas frações: éter, clorofórmio, acetona e metanol, foram avaliados quanto a sua toxicidade por ingestão e contato, além do índice de deterrência alimentar. Os testes fitoquímicos demonstraram a presença de taninos, flavonoides, açúraces redutores, terpenos e cumarinas. No modelo de atividade in vitro o extrato aquoso e etanólico (Aq200 e EtOH200) demonstroram moderada ação citotóxica para as metodologias testadas para os modelos in vitro (MTT e Vemelho neutro). Para a atividade in vivo, os extratos Aq200 e EtOH200 produziram um percentual de redução do crescimento tumoral igual a 84.4% e 79.2%, além de causar uma melhora representativa do perfil bioquímico e hematológico. Todos os extratos de C. urens foram avaliados quanto a sua toxicidade e não mostrou ação toxica na dose máxima testada (2000mg/kg). Quanto a avaliação antidiarreica o extrato etanólico de partes aérea de C. urens nas doses de 200 e 400mg/kg, mostraram excelentes resultados. Para o ensaio de diarreia induzida por óleo de rícino foi observado uma redução no numero total de fezes (7.0 e 7.2), respectivamente, para o ensaio que avalia o acumulo de fluido, a redução foi de 23.4 e 20.8 para as concentrações de 200 e 400 mg/kg, respectivamente. Já a avaliação do trânsito intestinal os resultados encontrados foram iguais a 36.3% para EtOH200 e 25.5% para EtOH400. Os extratos de C. urens também foram testados quanto sua ação inseticida e mostrou-se ser um potente agente. Para os testes inseticida, duas metodologias diferentes foram utilizadas, avaliando a ação inseticida por ingestão e contato. Quando espécies de Sitophylos zeamais foram expostos a uma dieta contendo MeOH (0.18; 0.25; 0.5 mg/g) e MeOHFrac (0.25- 0.5 mg/g) foi observado uma indução de 27 a 90% e 33 a 91% de mortalidade por ingestão, respectivamente. O percentual de mortalidade por contato foi avaliado para os mesmos extratos nas concentrações de 50 e 100 μg/mL e apresentou 45 a 75% e 77 a 87% de mortalidade respectivamente. A LC₅₀ também foi determinada, tanto por ingestão para MeOH e MeOHFrac (LC₅₀= 0.241 mg/g e LC₅₀= 0.11 mg/g, respectivamente), quanto por contato para os mesmos extratos (LC₅₀=0,012 μg/inseto e LC₅₀= 0.026 μg/inseto), também respectivamente. Essas metodologias também nos permitiram avaliar que os extratos induziram mudanças significativas nos indices nutricional, além de induzir rejeição do alimento disponibilizado durante o ensaio. Todos estes resultados contribuem para confirmar a hipótese popular de que C. urens possui ação antitumoral, antidiarreica e inseticida. Estes resultados corroboram com o enriquecimento bibliográfico científico e contribuem para uma pespectiva na produção de novos fármacos e agentes inseticidas mais eficazes e com menor efeitos adversos.CAPESPopularly known as "nettle" or "cansanção" Cnidoscolus urens is a species belonging to the family Euphorbiaceae, endemic to the Caatinga. Well known for the presence of stinging. According to popular knowledge, this species is applied as fitorerapico, using mainly the root and stalk for the treatment of many diseases, such as inflammation of the prostate and ovarian cysts. In phytochemical studies, secondary metabolites such as flavonoids, anthraquinones, terpenes, tannins, anthocyanins, steroids and xanthines were detected in extraneous organs of C. urens. The present study aimed to investigate the phytochemical profile and evaluation of the antitumor, antidiarrheal and insecticidal potential of the aqueous and organic extracts of C. urens collected Caatinga area in in Caruaru - PE area. Therefore, it was investigated by thin layer chromatography (TLC), secondary metabolites produced by C.urens. The toxicity was observed following the OECD guideline. or antitumor activity, in vitro antiproliferative assays on HELA lineage cells and in vivo in animals with induced Ehrlich carcinoma were treated with aqueous and ethanolic extract, administered in a concentration equal to 200mg / kg. The antidiarrheal activity was investigated by the methodologies on the effect on normal feces, castor oil-induced diarrhea, enteropooling test and activated carbon intestinal transit. The animals were treated with ethanolic extract of aerial parts (leaf, seed and flower) of C. urens. Regarding the insecticidal activity, the methanolic extract and also its fractions: ether, chloroform, acetone and methanol, were evaluated for their toxicity by ingestion and contact, besides the food deterrence index. Phytochemicals tests showed the presence of tannins, flavonoids, açúraces reducers, terpenes and coumarins. In the model of activity in vitro the aqueous extracts and ethanol (Aq200 and EtOH200) showed moderate cytotoxic action for the methodologies. For the in vivo activity, and Aq200 EtOH200 produced a reduction of percentage of tumor growth equal to 84.4 and 79.2%, and cause a representative improved biochemical and haematological profile. All C. urens extract was evaluated for toxicity and showed no toxic action at the maximum tested dose (2000mg / kg). The evaluation antidiarrheal ethanol extract of aerial parts of C. urens in doses of 200 and 400 mg / kg, showed excellent results. For diarrhea assay induced by castor oil has been observed a reduction in the total number of stools (7.0 and 7.2), respectively, to test that evaluates the accumulation of fluid, the reduction was 23.4 and 20.8 for concentrations of 200 and 400 mg / kg, respectively. Since the evaluation of the intestinal transit the results were equal to 36.3% for EtOH200, and 25.5% for EtOH400. The extracts of C. urens were also tested for their insecticidal action and proved to be a potent agent. For the insecticide tests, two different methodologies were used, evaluating the insecticide action by ingestion and contact. When S. zeamais species were exposed to a diet containing MeOHC.urens (0.18, 0.25, 0.5 mg / g) and MeOHFrac (0.25- 0.5 mg / g) an induction of 27 to 90% and 33 to 91% of Mortality on ingestion, respectively. The percentage of contact mortality was evaluated for the same extracts at concentrations of 50 and 100 μg / mL and presented 45 to 75% and 77 to 87% of 006Dortality, respectively. LC50 was also determined, both by ingestion for MeOHC.urens and MeOHFrac (LC₅₀ = 0.24 and LC₅₀ = 0.11, respectively), and by contact for the same extracts (LC₅₀ = 0.012 and LC₅₀ = 0.026, respectively). Allowed to evaluate that the extracts induced significant changes in the nutricionail indices, in addition to inducing rejection of the food available during the test. All these results contribute to confirm the popular hypothesis that C. urens has antitumor, antidiarrheal and insecticide action. These results corroborate with the scientific bibliographic enrichment and contribute to a perspective on the production of new drugs and insecticides more effective and with less adverse effects.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Bioquimica e FisiologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFitoquímicosEuphorbiaceaeCaatingaCnidoscolus sp da Caatinga: fitoquímica e atividades biológicasCnidoscolus urens da Caatinga: fitoquímica e atividades biológicasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Pâmella Grasielle Vital Dias de Souza.pdf.jpgTESE Pâmella Grasielle Vital Dias de Souza.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1192https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28419/5/TESE%20P%c3%a2mella%20Grasielle%20Vital%20Dias%20de%20Souza.pdf.jpgb0fb00fa3d5e1a1a415e29da0713c65dMD55ORIGINALTESE Pâmella Grasielle Vital Dias de Souza.pdfTESE Pâmella Grasielle Vital Dias de Souza.pdfapplication/pdf4726000https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28419/1/TESE%20P%c3%a2mella%20Grasielle%20Vital%20Dias%20de%20Souza.pdfb1349437035e7ae08e609ad466d9e719MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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Euphorbiaceae
Caatinga
description Conhecida popularmente por “urtiga” ou “cansanção”, Cnidoscolus urens é uma espécie pertencente a família Euphorbiaceae, endêmica da Caatinga. Bastante conhecida pela presença de pelos urticantes. Segundo conhecimentos populares, esta espécie é utilizada como fitorerápico, utilizando- se principalmente raiz e caule para o tratamento de muitas enfermidades, tais como inflamação da próstata e cistos ovarianos. Em estudos fitoquimicos, metabólitos secundários como flavonóides, antraquinonas, terpenos, taninos, antocianinas, esteróides e xantinas, foram detectados em extrados organicos de C. urens. O presente estudo objetivou investigar o perfil fitoquímico e avaliar o potencial antitumoral, antidiarreico e inseticida dos extratos aquoso e orgânico de C. urens coletadas em Caruaru/ área de Caatinga- PE. Para tanto, foi investigado por cromatografia de camada delgada (CCD), os metabólitos secundários produzidos por C. urens presente em extratos aquoso, acetato de etila e n-butanólico. A toxicidade foi verificada seguindo o guideline OECD. Para a atividade antitumoral, utilizou-se ensaios antiproliferativo in vitro sobre células de linhagem HELA e in vivo, em animais com carcinoma de Ehrlich induzido, sendo tratados com extrato aquoso e etanólico, administrados numa concentração igual a 200mg/kg. A atividade antidiarreica foi averiguada pelas metodologias sobre o efeito nas fezes normais, diarreia induzida por óleo de rícino, ensaio de enteropooling e transito intestinal por carvão ativado, para tal, os animais foram tratados com extrato etanólico de partes aéreas (folha, semente e flor) de C. urens. Quanto a atividade inseticida, o extrato metanólico e também suas frações: éter, clorofórmio, acetona e metanol, foram avaliados quanto a sua toxicidade por ingestão e contato, além do índice de deterrência alimentar. Os testes fitoquímicos demonstraram a presença de taninos, flavonoides, açúraces redutores, terpenos e cumarinas. No modelo de atividade in vitro o extrato aquoso e etanólico (Aq200 e EtOH200) demonstroram moderada ação citotóxica para as metodologias testadas para os modelos in vitro (MTT e Vemelho neutro). Para a atividade in vivo, os extratos Aq200 e EtOH200 produziram um percentual de redução do crescimento tumoral igual a 84.4% e 79.2%, além de causar uma melhora representativa do perfil bioquímico e hematológico. Todos os extratos de C. urens foram avaliados quanto a sua toxicidade e não mostrou ação toxica na dose máxima testada (2000mg/kg). Quanto a avaliação antidiarreica o extrato etanólico de partes aérea de C. urens nas doses de 200 e 400mg/kg, mostraram excelentes resultados. Para o ensaio de diarreia induzida por óleo de rícino foi observado uma redução no numero total de fezes (7.0 e 7.2), respectivamente, para o ensaio que avalia o acumulo de fluido, a redução foi de 23.4 e 20.8 para as concentrações de 200 e 400 mg/kg, respectivamente. Já a avaliação do trânsito intestinal os resultados encontrados foram iguais a 36.3% para EtOH200 e 25.5% para EtOH400. Os extratos de C. urens também foram testados quanto sua ação inseticida e mostrou-se ser um potente agente. Para os testes inseticida, duas metodologias diferentes foram utilizadas, avaliando a ação inseticida por ingestão e contato. Quando espécies de Sitophylos zeamais foram expostos a uma dieta contendo MeOH (0.18; 0.25; 0.5 mg/g) e MeOHFrac (0.25- 0.5 mg/g) foi observado uma indução de 27 a 90% e 33 a 91% de mortalidade por ingestão, respectivamente. O percentual de mortalidade por contato foi avaliado para os mesmos extratos nas concentrações de 50 e 100 μg/mL e apresentou 45 a 75% e 77 a 87% de mortalidade respectivamente. A LC₅₀ também foi determinada, tanto por ingestão para MeOH e MeOHFrac (LC₅₀= 0.241 mg/g e LC₅₀= 0.11 mg/g, respectivamente), quanto por contato para os mesmos extratos (LC₅₀=0,012 μg/inseto e LC₅₀= 0.026 μg/inseto), também respectivamente. Essas metodologias também nos permitiram avaliar que os extratos induziram mudanças significativas nos indices nutricional, além de induzir rejeição do alimento disponibilizado durante o ensaio. Todos estes resultados contribuem para confirmar a hipótese popular de que C. urens possui ação antitumoral, antidiarreica e inseticida. Estes resultados corroboram com o enriquecimento bibliográfico científico e contribuem para uma pespectiva na produção de novos fármacos e agentes inseticidas mais eficazes e com menor efeitos adversos.
publishDate 2017
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