Estrutura e produtividade da comunidade fitoplanctônica de um estuário tropical (Sirinhaém, Pernambuco, Brasil)
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8210 |
Resumo: | O estuário do rio Sirinhaém, situado no município de Sirinhaém, litoral sul do estado de Pernambuco (8°34 -8°37 S e 35º04 -35°01 W), foi investigado com o objetivo de inventariar a comunidade fitoplanctônica, avaliando a sua capacidade produtiva, a dinâmica espaçotemporal e as principais variáveis ambientais que interferem na sua composição. As coletas dos parâmetros hidrológicos e biológicos foram realizadas mensalmente no período de julho/05 a junho/06, em três pontos fixos, abrangendo dois ciclos de marés (baixa-mar e preamar) em diferentes períodos sazonais (estiagem e chuvoso). Foram aferidos in situ dados sobre as variáveis abióticas: profundidade local, temperatura e transparência da água; concomitantemente, foram coletadas amostras de água, com garrafa oceanográfica do tipo Nansen, para análise da salinidade, do pH, do oxigênio dissolvido, do material em suspensão, dos sais nutrientes e, com garrafa de Kitahara, para clorofila a e produção fitoplanctônica. As amostras do fitoplâncton foram coletadas através de arrasto superficial horizontal com duração de 3 minutos, utilizando uma rede de plâncton (64m de abertura de malha), e posteriormente, fixadas com formol neutralizado a 4%. As marés apresentaram diferenças significativas, destacando-se: a salinidade, a transparência da água, o oxigênio dissolvido, a taxa de saturação do oxigênio e o pH na preamar, e o nitrato, o material em suspensão e a biomassa fitoplanctônica na baixa-mar. Sazonalmente, a transparência e a temperatura da água foram significativas no período de estiagem e o oxigênio dissolvido, a taxa de saturação de oxigênio, os sais nutrientes, o material em suspensão e a biomassa, no período chuvoso. O ambiente variou de limnético a eualino, sendo verticalmente homogêneo, com trechos de zona poluída a supersaturada, e a biomassa juntamente com a produção fitoplanctônica caracterizaram o ambiente como eutrófico. Foram inventariados 180 táxons, distribuídos entre diatomáceas, clorofíceas, dinoflagelados, cianobactérias, euglenofíceas e rodofíceas, em ordem de riqueza taxonômica e abundância, destacando-se como dominante e/ou frequente as espécies Bacillaria paxillifera (O. F. Müller) Hendey, Chaetoceros sp., Cerataulus turgidus Ehrenberg, Coscinodiscus oculus-iridis Ehrenberg, Terpsinoe musica Ehrenberg, Synedra sp., Oedogonium sp. e Pleodorina sp. A riqueza taxonômica não variou sazonalmente, sendo observadas variações espaciais. A presença de espécies marinhas eurialinas foi significativa (42,47%), seguidas das oligoalinas (25,34%) e estuarinas (7,53%). Através da análise das componentes principais, foi possível constatar que o ciclo de maré e a salinidade contribuíram para a complexidade ambiental, sendo os principais condicionantes para os parâmetros hidrológicos e a distribuição da composição fitoplanctônica. A diversidade específica, cujos valores foram considerados altos (>2,5) na maioria das amostras, demonstrou uma distribuição homogênea das populações e uma heterogeneidade fortemente influenciada pelos fluxos limnético e marinho. Os dados obtidos das variáveis ambientais indicadoras da qualidade da água (oxigênio dissolvido e nutrientes), dos parâmetros biológicos (composição, biomassa e produção fitoplanctônica), além dos índices de diversidade específica, demonstraram que a área estudada vem sofrendo impactos que são minimizados pela ação da maré |
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Silva, Marcos Honorato daPassavanté, José Zanon de Oliveira2014-06-12T22:58:12Z2014-06-12T22:58:12Z2009-01-31Honorato da Silva, Marcos; Zanon de Oliveira Passavanté, José. Estrutura e produtividade da comunidade fitoplanctônica de um estuário tropical (Sirinhaém, Pernambuco, Brasil). 2009. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8210ark:/64986/00130000052wzO estuário do rio Sirinhaém, situado no município de Sirinhaém, litoral sul do estado de Pernambuco (8°34 -8°37 S e 35º04 -35°01 W), foi investigado com o objetivo de inventariar a comunidade fitoplanctônica, avaliando a sua capacidade produtiva, a dinâmica espaçotemporal e as principais variáveis ambientais que interferem na sua composição. As coletas dos parâmetros hidrológicos e biológicos foram realizadas mensalmente no período de julho/05 a junho/06, em três pontos fixos, abrangendo dois ciclos de marés (baixa-mar e preamar) em diferentes períodos sazonais (estiagem e chuvoso). Foram aferidos in situ dados sobre as variáveis abióticas: profundidade local, temperatura e transparência da água; concomitantemente, foram coletadas amostras de água, com garrafa oceanográfica do tipo Nansen, para análise da salinidade, do pH, do oxigênio dissolvido, do material em suspensão, dos sais nutrientes e, com garrafa de Kitahara, para clorofila a e produção fitoplanctônica. As amostras do fitoplâncton foram coletadas através de arrasto superficial horizontal com duração de 3 minutos, utilizando uma rede de plâncton (64m de abertura de malha), e posteriormente, fixadas com formol neutralizado a 4%. As marés apresentaram diferenças significativas, destacando-se: a salinidade, a transparência da água, o oxigênio dissolvido, a taxa de saturação do oxigênio e o pH na preamar, e o nitrato, o material em suspensão e a biomassa fitoplanctônica na baixa-mar. Sazonalmente, a transparência e a temperatura da água foram significativas no período de estiagem e o oxigênio dissolvido, a taxa de saturação de oxigênio, os sais nutrientes, o material em suspensão e a biomassa, no período chuvoso. O ambiente variou de limnético a eualino, sendo verticalmente homogêneo, com trechos de zona poluída a supersaturada, e a biomassa juntamente com a produção fitoplanctônica caracterizaram o ambiente como eutrófico. Foram inventariados 180 táxons, distribuídos entre diatomáceas, clorofíceas, dinoflagelados, cianobactérias, euglenofíceas e rodofíceas, em ordem de riqueza taxonômica e abundância, destacando-se como dominante e/ou frequente as espécies Bacillaria paxillifera (O. F. 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Os dados obtidos das variáveis ambientais indicadoras da qualidade da água (oxigênio dissolvido e nutrientes), dos parâmetros biológicos (composição, biomassa e produção fitoplanctônica), além dos índices de diversidade específica, demonstraram que a área estudada vem sofrendo impactos que são minimizados pela ação da maréporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessBiomassa FitoplanctônicaFitoplântonTaxonomiaMicroalgasDiversidade EspecíficaHidrologiaPluviometriaEstrutura e produtividade da comunidade fitoplanctônica de um estuário tropical (Sirinhaém, Pernambuco, Brasil)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo1449_1.pdf.jpgarquivo1449_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1285https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8210/4/arquivo1449_1.pdf.jpg6231b9dd09c4a28ade2457f2516534b6MD54ORIGINALarquivo1449_1.pdfapplication/pdf1957099https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8210/1/arquivo1449_1.pdf5372a86dad7eef0cdab8068f19a203f2MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8210/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo1449_1.pdf.txtarquivo1449_1.pdf.txtExtracted texttext/plain351335https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8210/3/arquivo1449_1.pdf.txtfd35edaebfb60457cfe8e31ed8936b81MD53123456789/82102019-10-25 03:52:19.193oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8210Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T06:52:19Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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