Halodule wrightii Ascherson (1868) no litoral do estado de Pernambuco, Brasil: fósforo sedimentar e a abundância das angiospermas marinhas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Elisa Pitanga de Macêdo Silva, Maria
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8358
Resumo: As angiospermas marinhas ocorrem em uma variedade de ambientes costeiros, ficando suscetíveis a inúmeros fatores ambientais, os quais podem afetar o seu crescimento, bem como a sua abundância. Dentre os fatores que influenciam no desenvolvimento dessas plantas destaca-se o sedimento, pelo fato das angiospermas marinhas possuírem um sistema radicular, existindo, assim, uma relação com as características do sedimento e a disponibilidade dos nutrientes para a planta. No presente estudo foi analisada a relação entre a composição do sedimento e as diferentes concentrações das frações do fósforo sedimentar superficial (apatítico - PA, biodisponível PINA e orgânico - PO) com a abundância dos prados da angiosperma marinha Halodule wrightii Ascherson localizados nas praias de Catuama (CB) e de Suape (SB), Pernambuco/Brasil. Amostras de plantas, água e sedimento superficial foram coletadas na área dos prados de H. wrightii ao longo de três transectos, durante um ciclo sazonal entre os meses de maio/2009 a fevereiro/2010. Os resultados demonstraram que as duas populações de H. wrightii estudadas apresentaram diferenças estruturais dentro e entre os prados em relação aos parâmetros analisados. A população de H. wrightii em Catuama apresentou um padrão estrutural com menor densidade de hastes, maior biomassa aérea, menor biomassa subterrânea, maior biomassa total e folhas mais longas. Já a população de Suape foi caracterizada por uma maior densidade de hastes, menor biomassa aérea, maior biomassa subterrânea, menor biomassa total e folhas mais curtas, sugerindo que essas variações morfológicas da planta estejam refletindo diferenças específicas nas condições ambientais para cada área. A densidade de hastes em CB variou entre 630 hastes.m-2 a 6971 hastes.m-2, e em SB variou entre 3066 hastes.m-2 a 8091 hastes.m-2; a biomassa aérea em CB variou entre 19,24 g.ps.m-2 a 179,51 g.ps.m-2, e em SB variou entre 24,76 g.ps.m-2 a 91,60 g.ps.m-2; a biomassa subterrânea em CB variou entre 46,43 g.ps.m-2 a 414,44 g.ps.m-2, e em SB variou entre 114,44 g.ps.m-2 a 339,13 g.ps.m-2; o comprimento foliar em CB variou entre 11,81 cm a 33,41 cm, e em SB variou entre 9,95 cm a 17,79 cm. A composição do sedimento em CB foi caracterizada por diferenças significativas nas frações de cascalho (5,58±0,63%) e silte+argila (9,57±0,72%), %MO (2,16±0,16%) e %CaCO3 (20,34±1,58%) em relação ao sedimento de SB. Essas diferenças na composição do sedimento resultaram em variações na disponibilidade do fósforo sedimentar entre as áreas estudadas. A concentração do PA em CB variou entre 4,65 μg.g-1 a 205,96 μg.g-1, e em SB variou entre 0,07 μg.g-1 a 104,78 μg.g-1; o PINA em CB variou entre 2,22 μg.g-1 a 123,74 μg.g-1, e em SB variou entre 3,98 μg.g-1 a 49,57 μg.g-1; e o PO em CB variou entre 2,19 μg.g-1 a 49,71 μg.g-1, e em SB variou entre 0,28 μg.g-1 to 38,15 μg.g-1. Constatou-se, no presente estudo, que a granulometria do sedimento foi o principal fator que influenciou na disponibilidade do fósforo sedimentar para H. wrightii, e que as diferenças na composição dos sedimentos entre as áreas estudadas, influenciaram nas características morfológicas da planta. Os dados aqui apresentados contribuem com os inúmeros estudos sobre a biologia e ecologia de angiospermas marinhas que têm sido realizados ao longo do litoral brasileiro, possibilitando uma melhor compreensão dos fatores que influenciam esta espécie em nosso litoral
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No presente estudo foi analisada a relação entre a composição do sedimento e as diferentes concentrações das frações do fósforo sedimentar superficial (apatítico - PA, biodisponível PINA e orgânico - PO) com a abundância dos prados da angiosperma marinha Halodule wrightii Ascherson localizados nas praias de Catuama (CB) e de Suape (SB), Pernambuco/Brasil. Amostras de plantas, água e sedimento superficial foram coletadas na área dos prados de H. wrightii ao longo de três transectos, durante um ciclo sazonal entre os meses de maio/2009 a fevereiro/2010. Os resultados demonstraram que as duas populações de H. wrightii estudadas apresentaram diferenças estruturais dentro e entre os prados em relação aos parâmetros analisados. A população de H. wrightii em Catuama apresentou um padrão estrutural com menor densidade de hastes, maior biomassa aérea, menor biomassa subterrânea, maior biomassa total e folhas mais longas. Já a população de Suape foi caracterizada por uma maior densidade de hastes, menor biomassa aérea, maior biomassa subterrânea, menor biomassa total e folhas mais curtas, sugerindo que essas variações morfológicas da planta estejam refletindo diferenças específicas nas condições ambientais para cada área. A densidade de hastes em CB variou entre 630 hastes.m-2 a 6971 hastes.m-2, e em SB variou entre 3066 hastes.m-2 a 8091 hastes.m-2; a biomassa aérea em CB variou entre 19,24 g.ps.m-2 a 179,51 g.ps.m-2, e em SB variou entre 24,76 g.ps.m-2 a 91,60 g.ps.m-2; a biomassa subterrânea em CB variou entre 46,43 g.ps.m-2 a 414,44 g.ps.m-2, e em SB variou entre 114,44 g.ps.m-2 a 339,13 g.ps.m-2; o comprimento foliar em CB variou entre 11,81 cm a 33,41 cm, e em SB variou entre 9,95 cm a 17,79 cm. A composição do sedimento em CB foi caracterizada por diferenças significativas nas frações de cascalho (5,58±0,63%) e silte+argila (9,57±0,72%), %MO (2,16±0,16%) e %CaCO3 (20,34±1,58%) em relação ao sedimento de SB. Essas diferenças na composição do sedimento resultaram em variações na disponibilidade do fósforo sedimentar entre as áreas estudadas. A concentração do PA em CB variou entre 4,65 μg.g-1 a 205,96 μg.g-1, e em SB variou entre 0,07 μg.g-1 a 104,78 μg.g-1; o PINA em CB variou entre 2,22 μg.g-1 a 123,74 μg.g-1, e em SB variou entre 3,98 μg.g-1 a 49,57 μg.g-1; e o PO em CB variou entre 2,19 μg.g-1 a 49,71 μg.g-1, e em SB variou entre 0,28 μg.g-1 to 38,15 μg.g-1. Constatou-se, no presente estudo, que a granulometria do sedimento foi o principal fator que influenciou na disponibilidade do fósforo sedimentar para H. wrightii, e que as diferenças na composição dos sedimentos entre as áreas estudadas, influenciaram nas características morfológicas da planta. Os dados aqui apresentados contribuem com os inúmeros estudos sobre a biologia e ecologia de angiospermas marinhas que têm sido realizados ao longo do litoral brasileiro, possibilitando uma melhor compreensão dos fatores que influenciam esta espécie em nosso litoralConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAngiosperma marinhaVariação morfológicaGranulometriaSedimento praialFósforo sedimentarHalodule wrightii Ascherson (1868) no litoral do estado de Pernambuco, Brasil: fósforo sedimentar e a abundância das angiospermas marinhasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo2654_1.pdf.jpgarquivo2654_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1257https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8358/4/arquivo2654_1.pdf.jpgcf0b218b94b3a22787ad836ac4d5864fMD54ORIGINALarquivo2654_1.pdfapplication/pdf1305327https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8358/1/arquivo2654_1.pdfcf4ad5e86000bc375b345327cd9dcc6eMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8358/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo2654_1.pdf.txtarquivo2654_1.pdf.txtExtracted texttext/plain216041https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8358/3/arquivo2654_1.pdf.txt84b506440d0aaf72e4f221ba6cd6474dMD53123456789/83582019-10-25 03:45:17.787oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8358Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T06:45:17Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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