Dos antigos e dos modernos se enriquece o pecúlio comum: Machado de Assis e a literatura greco-latina
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Data de Publicação: | 2007 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7525 |
Resumo: | Ao estudarem as obras de Machado de Assis, analistas como Passos (1996, p. 10) identificaram um belo arsenal literário haurido em outras literaturas . Uma parcela desse conjunto de referências pertence à literaturas grega e latina, cujas citações explícitas, em cinco romances machadianos, são tratadas neste trabalho. As obras constituintes do corpus são: Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, D. Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires. Para analisar os textos sob o enfoque eleito, lançamos mão de um percurso teórico integrado por conceitos como dialogismo, intertextualidade e paródia, conforme trabalhados em escritos de Bakhtin (2002b), Koch (2001), Hutcheon (1989) et al. Para situar a nossa leitura no plano dos críticos que se ocuparam das citações na obra machadiana, recorremos a Magalhães Jr. (1957), Miguel- Pereira (1988), Candido (1993) e ao próprio Assis (2004). Em linhas gerais, verificamos que, nos romances por nós estudados, as alusões paródicas se mostram como o modus operandi mais recorrente, uma vez que Machado de Assis constrói novos significados para as referências aos textos gregos e latinos. Isso nos faz ver que o tom predominante, nessas paródias, é o de afastamento, conseguido por meio da reinvenção de uma dada referência. Percebemos, assim, que é esse o processo mais propício ao sentido de reconstrução dado por Machado às citações |
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