Morfologias urbanas do medo: a materialização da (in) segurança em bairros nobres do Recife

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria da Cruz, Luciana
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6589
Resumo: Este trabalho propõe discutir como o medo causado pela crescente violência tem sido um fator relevante na estruturação do espaço urbano, através da privatização da segurança e da proliferação dos aparatos de proteção residencial. Trata-se de um problema que atinge as diversas camadas da população, no entanto, se torna mais evidente em bairros que abrigam populações de média e alta renda, por serem o público alvo dos serviços privados. As mudanças materiais alteram também as ações sociais e a cidade fragmenta-se em espaços constantemente vigiados e espaços estigmatizados como inseguros, estes últimos, geralmente, abrigam populações de baixa renda, trazendo a tona velhos mitos e preconceitos. No Brasil esse fenômeno é agravado por uma profunda desigualdade social, fator gerador de uma violência estrutural excludente, que aliado a fatores de ordem político-econômico-cultural instaura um novo padrão de convívio sócio-espacial. Ergue-se muros visíveis e invisíveis que tornam ainda mais evidentes a desigual configuração sócio-territorial das cidades brasileiras. A cidade do Recife, conhecida como uma cidade violenta, materializa em sua paisagem o medo da população. Tudo é justificável em nome da segurança: as grades, as câmeras, a intolerância, etc. Os altos índices de criminalidade e a falta de confiança na segurança pública reforçam esse discurso favorecendo assim o crescimento do setor privado da segurança. E enquanto trava-se uma verdadeira guerra contra a criminalidade e a violência de um modo geral, o medo desta permanece imbatível comandando as ações sociais e a construção das habitações fortificadas e dos espaços de exclusão
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As mudanças materiais alteram também as ações sociais e a cidade fragmenta-se em espaços constantemente vigiados e espaços estigmatizados como inseguros, estes últimos, geralmente, abrigam populações de baixa renda, trazendo a tona velhos mitos e preconceitos. No Brasil esse fenômeno é agravado por uma profunda desigualdade social, fator gerador de uma violência estrutural excludente, que aliado a fatores de ordem político-econômico-cultural instaura um novo padrão de convívio sócio-espacial. Ergue-se muros visíveis e invisíveis que tornam ainda mais evidentes a desigual configuração sócio-territorial das cidades brasileiras. A cidade do Recife, conhecida como uma cidade violenta, materializa em sua paisagem o medo da população. Tudo é justificável em nome da segurança: as grades, as câmeras, a intolerância, etc. Os altos índices de criminalidade e a falta de confiança na segurança pública reforçam esse discurso favorecendo assim o crescimento do setor privado da segurança. E enquanto trava-se uma verdadeira guerra contra a criminalidade e a violência de um modo geral, o medo desta permanece imbatível comandando as ações sociais e a construção das habitações fortificadas e dos espaços de exclusãoConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessViolênciaMedoSegurança privadaSegurança públicaRecifeMorfologias urbanas do medo: a materialização da (in) segurança em bairros nobres do Recifeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo675_1.pdf.jpgarquivo675_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1224https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6589/4/arquivo675_1.pdf.jpgb4e3d17875827a3075d46c279d17387cMD54ORIGINALarquivo675_1.pdfapplication/pdf4145665https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6589/1/arquivo675_1.pdf85176e30257fba4d2a25f892e3dcbd69MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6589/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo675_1.pdf.txtarquivo675_1.pdf.txtExtracted texttext/plain183844https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6589/3/arquivo675_1.pdf.txta6f5a5b9bf9d3b5f69ed3ffeca3d8d51MD53123456789/65892019-10-25 03:32:30.25oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6589Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T06:32:30Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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