Biorremediação da Toxicidade de sedimento lamoso contaminado por petróleo e derivados sobre o copépodo harpacticóide Tisbe biminiensis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MELO, Anny Gabrielle Araújo Graf Torreiro
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8419
Resumo: A eficiência de tratamentos de biorremediação utilizando fertilizantes e um biossurfactante na redução da toxicidade de sedimento contaminado por petróleo e um derivado, ao longo do tempo, foi avaliada no presente trabalho por meio de bioensaios com o copépodo Tisbe biminiensis. O sedimento utilizado foi coletado no estuário do rio São Paulo-BA, área com histórico de contaminação por derivados de petróleo e na baía de Suape-PE. Em laboratório, os sedimentos foram acondicionados em provetas de vidro acomodadas em aquários. Para cada tratamento foram utilizados 3 aquários sujeitos à renovação de 1/3 da água a cada 12 horas. O sedimento do estuário do rio São Paulo foi homogeneizando e recebeu os fertilizantes NPK e OMOCOTE, aplicados em 3 vezes de 1,5 g em cada proveta. O sedimento de Suape foi contaminado com óleo diesel (40 g. kg-1) e recebeu biossurfactante ramnolipídeo (0,04 g. kg-1), produzido pela bactéria Pseudomonas aeruginosa. Os sedimentos contaminados por petróleo e derivado sujeitos à biorremediação foram comparados ao sedimento controle, proveniente de uma área sem contaminação. As coletas das provetas de sedimento para a avaliação ecotoxicológica foram realizadas 6 vezes durante os 90 dias do experimento com fertilizantes e 5 vezes durante os 111 dias do experimento com biossurfactante. Durante os bioensaios, cinco réplicas contendo sedimento controle, coletada em uma área livre de contaminação, foram utilizados para comparar o efeito tóxico. Os testes de toxicidade tiveram duração de 7 dias. Para cada réplica de sedimento foram utilizadas 10 fêmeas ovígeras, colocadas em recipientes-teste contendo 2g do sedimento em estudo e 20 ml de suspensão de diatomácea a uma concentração de 0,2μg Clorofila a. mL-1. A adição de alimento era realizada a cada dois dias. Ao término de cada experimento as fêmeas eram coradas com Rosa de Bengala e fixadas em formol para contagem e análise dos efeitos letais e sub-letais (sobre a prole). O sedimento coletado no estuário do Rio São Paulo, testado inicialmente após homogeneização não apresentou toxicidade letal às fêmeas de Tisbe biminiensis, porém reduziu significativamente a fecundidade total dos organismos expostos. A introdução do fertilizante NPK interferiu na sobrevivência das fêmeas nas coletas realizadas com 1 e 8 dias após o início do experimento, contudo este sinal de letalidade desaparece no decorrer do período de biorremediação com os fertilizantes. A fecundidade dos organismos aumenta gradativamente tanto nos tratamentos em que houve adição de fertilizantes quanto no tratamento sujeito apenas à atenuação natural, não havendo diferenças significativas entre tais tratamentos. O tratamento com biossurfactante apresentou efeito tóxico sub-letal na fecundidade do copépodo na primeira avaliação após a adição deste composto, aos 21 dias de experimento, possivelmente pela disponibilização do óleo, pela presença de metabólitos gerados após a degradação ou ainda pela toxicidade do biossurfactante. Este tratamento não demonstrou superioridade quanto à eficiência em relação ao sedimento sujeito apenas à atenuação natural. Desta forma, a adição de fertilizantes, bem como o uso de biossurfactante, nas concentrações utilizadas, não acelerou a redução da toxicidade dos sedimentos contaminados do estuário do rio São Paulo e da baía de Suape, respectivamente. Nestas circunstâncias, a atenuação natural dos hidrocarbonetos liberados por derivados do petróleo no sedimento resultará em uma degradação sem maiores prejuízos à biota
id UFPE_c9f4108b1dfd346f102eb9d4c1311ce5
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8419
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling MELO, Anny Gabrielle Araújo Graf TorreiroSANTOS, Lilia Pereira De Souza2014-06-12T22:59:58Z2014-06-12T22:59:58Z2010-01-31Gabrielle Araújo Graf Torreiro Melo, Anny; Pereira De Souza Santos, Lilia. Biorremediação da Toxicidade de sedimento lamoso contaminado por petróleo e derivados sobre o copépodo harpacticóide Tisbe biminiensis. 2010. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8419A eficiência de tratamentos de biorremediação utilizando fertilizantes e um biossurfactante na redução da toxicidade de sedimento contaminado por petróleo e um derivado, ao longo do tempo, foi avaliada no presente trabalho por meio de bioensaios com o copépodo Tisbe biminiensis. O sedimento utilizado foi coletado no estuário do rio São Paulo-BA, área com histórico de contaminação por derivados de petróleo e na baía de Suape-PE. Em laboratório, os sedimentos foram acondicionados em provetas de vidro acomodadas em aquários. Para cada tratamento foram utilizados 3 aquários sujeitos à renovação de 1/3 da água a cada 12 horas. O sedimento do estuário do rio São Paulo foi homogeneizando e recebeu os fertilizantes NPK e OMOCOTE, aplicados em 3 vezes de 1,5 g em cada proveta. O sedimento de Suape foi contaminado com óleo diesel (40 g. kg-1) e recebeu biossurfactante ramnolipídeo (0,04 g. kg-1), produzido pela bactéria Pseudomonas aeruginosa. Os sedimentos contaminados por petróleo e derivado sujeitos à biorremediação foram comparados ao sedimento controle, proveniente de uma área sem contaminação. As coletas das provetas de sedimento para a avaliação ecotoxicológica foram realizadas 6 vezes durante os 90 dias do experimento com fertilizantes e 5 vezes durante os 111 dias do experimento com biossurfactante. Durante os bioensaios, cinco réplicas contendo sedimento controle, coletada em uma área livre de contaminação, foram utilizados para comparar o efeito tóxico. Os testes de toxicidade tiveram duração de 7 dias. Para cada réplica de sedimento foram utilizadas 10 fêmeas ovígeras, colocadas em recipientes-teste contendo 2g do sedimento em estudo e 20 ml de suspensão de diatomácea a uma concentração de 0,2μg Clorofila a. mL-1. A adição de alimento era realizada a cada dois dias. Ao término de cada experimento as fêmeas eram coradas com Rosa de Bengala e fixadas em formol para contagem e análise dos efeitos letais e sub-letais (sobre a prole). O sedimento coletado no estuário do Rio São Paulo, testado inicialmente após homogeneização não apresentou toxicidade letal às fêmeas de Tisbe biminiensis, porém reduziu significativamente a fecundidade total dos organismos expostos. A introdução do fertilizante NPK interferiu na sobrevivência das fêmeas nas coletas realizadas com 1 e 8 dias após o início do experimento, contudo este sinal de letalidade desaparece no decorrer do período de biorremediação com os fertilizantes. A fecundidade dos organismos aumenta gradativamente tanto nos tratamentos em que houve adição de fertilizantes quanto no tratamento sujeito apenas à atenuação natural, não havendo diferenças significativas entre tais tratamentos. O tratamento com biossurfactante apresentou efeito tóxico sub-letal na fecundidade do copépodo na primeira avaliação após a adição deste composto, aos 21 dias de experimento, possivelmente pela disponibilização do óleo, pela presença de metabólitos gerados após a degradação ou ainda pela toxicidade do biossurfactante. Este tratamento não demonstrou superioridade quanto à eficiência em relação ao sedimento sujeito apenas à atenuação natural. Desta forma, a adição de fertilizantes, bem como o uso de biossurfactante, nas concentrações utilizadas, não acelerou a redução da toxicidade dos sedimentos contaminados do estuário do rio São Paulo e da baía de Suape, respectivamente. Nestas circunstâncias, a atenuação natural dos hidrocarbonetos liberados por derivados do petróleo no sedimento resultará em uma degradação sem maiores prejuízos à biotaCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessOsmocoteNPKPseudomonasBiorremediação da Toxicidade de sedimento lamoso contaminado por petróleo e derivados sobre o copépodo harpacticóide Tisbe biminiensisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo372_1.pdf.jpgarquivo372_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1280https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8419/4/arquivo372_1.pdf.jpg1d69b0d49c7233110a1a8d6fbedeecdfMD54ORIGINALarquivo372_1.pdfapplication/pdf1424769https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8419/1/arquivo372_1.pdfb93a14ffc416b9f2e4e209057cf11851MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8419/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo372_1.pdf.txtarquivo372_1.pdf.txtExtracted texttext/plain154484https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8419/3/arquivo372_1.pdf.txt80acbad69711ebb7b9113775735a440bMD53123456789/84192019-10-25 15:31:55.927oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8419Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T18:31:55Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Biorremediação da Toxicidade de sedimento lamoso contaminado por petróleo e derivados sobre o copépodo harpacticóide Tisbe biminiensis
title Biorremediação da Toxicidade de sedimento lamoso contaminado por petróleo e derivados sobre o copépodo harpacticóide Tisbe biminiensis
spellingShingle Biorremediação da Toxicidade de sedimento lamoso contaminado por petróleo e derivados sobre o copépodo harpacticóide Tisbe biminiensis
MELO, Anny Gabrielle Araújo Graf Torreiro
Osmocote
NPK
Pseudomonas
title_short Biorremediação da Toxicidade de sedimento lamoso contaminado por petróleo e derivados sobre o copépodo harpacticóide Tisbe biminiensis
title_full Biorremediação da Toxicidade de sedimento lamoso contaminado por petróleo e derivados sobre o copépodo harpacticóide Tisbe biminiensis
title_fullStr Biorremediação da Toxicidade de sedimento lamoso contaminado por petróleo e derivados sobre o copépodo harpacticóide Tisbe biminiensis
title_full_unstemmed Biorremediação da Toxicidade de sedimento lamoso contaminado por petróleo e derivados sobre o copépodo harpacticóide Tisbe biminiensis
title_sort Biorremediação da Toxicidade de sedimento lamoso contaminado por petróleo e derivados sobre o copépodo harpacticóide Tisbe biminiensis
author MELO, Anny Gabrielle Araújo Graf Torreiro
author_facet MELO, Anny Gabrielle Araújo Graf Torreiro
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv MELO, Anny Gabrielle Araújo Graf Torreiro
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv SANTOS, Lilia Pereira De Souza
contributor_str_mv SANTOS, Lilia Pereira De Souza
dc.subject.por.fl_str_mv Osmocote
NPK
Pseudomonas
topic Osmocote
NPK
Pseudomonas
description A eficiência de tratamentos de biorremediação utilizando fertilizantes e um biossurfactante na redução da toxicidade de sedimento contaminado por petróleo e um derivado, ao longo do tempo, foi avaliada no presente trabalho por meio de bioensaios com o copépodo Tisbe biminiensis. O sedimento utilizado foi coletado no estuário do rio São Paulo-BA, área com histórico de contaminação por derivados de petróleo e na baía de Suape-PE. Em laboratório, os sedimentos foram acondicionados em provetas de vidro acomodadas em aquários. Para cada tratamento foram utilizados 3 aquários sujeitos à renovação de 1/3 da água a cada 12 horas. O sedimento do estuário do rio São Paulo foi homogeneizando e recebeu os fertilizantes NPK e OMOCOTE, aplicados em 3 vezes de 1,5 g em cada proveta. O sedimento de Suape foi contaminado com óleo diesel (40 g. kg-1) e recebeu biossurfactante ramnolipídeo (0,04 g. kg-1), produzido pela bactéria Pseudomonas aeruginosa. Os sedimentos contaminados por petróleo e derivado sujeitos à biorremediação foram comparados ao sedimento controle, proveniente de uma área sem contaminação. As coletas das provetas de sedimento para a avaliação ecotoxicológica foram realizadas 6 vezes durante os 90 dias do experimento com fertilizantes e 5 vezes durante os 111 dias do experimento com biossurfactante. Durante os bioensaios, cinco réplicas contendo sedimento controle, coletada em uma área livre de contaminação, foram utilizados para comparar o efeito tóxico. Os testes de toxicidade tiveram duração de 7 dias. Para cada réplica de sedimento foram utilizadas 10 fêmeas ovígeras, colocadas em recipientes-teste contendo 2g do sedimento em estudo e 20 ml de suspensão de diatomácea a uma concentração de 0,2μg Clorofila a. mL-1. A adição de alimento era realizada a cada dois dias. Ao término de cada experimento as fêmeas eram coradas com Rosa de Bengala e fixadas em formol para contagem e análise dos efeitos letais e sub-letais (sobre a prole). O sedimento coletado no estuário do Rio São Paulo, testado inicialmente após homogeneização não apresentou toxicidade letal às fêmeas de Tisbe biminiensis, porém reduziu significativamente a fecundidade total dos organismos expostos. A introdução do fertilizante NPK interferiu na sobrevivência das fêmeas nas coletas realizadas com 1 e 8 dias após o início do experimento, contudo este sinal de letalidade desaparece no decorrer do período de biorremediação com os fertilizantes. A fecundidade dos organismos aumenta gradativamente tanto nos tratamentos em que houve adição de fertilizantes quanto no tratamento sujeito apenas à atenuação natural, não havendo diferenças significativas entre tais tratamentos. O tratamento com biossurfactante apresentou efeito tóxico sub-letal na fecundidade do copépodo na primeira avaliação após a adição deste composto, aos 21 dias de experimento, possivelmente pela disponibilização do óleo, pela presença de metabólitos gerados após a degradação ou ainda pela toxicidade do biossurfactante. Este tratamento não demonstrou superioridade quanto à eficiência em relação ao sedimento sujeito apenas à atenuação natural. Desta forma, a adição de fertilizantes, bem como o uso de biossurfactante, nas concentrações utilizadas, não acelerou a redução da toxicidade dos sedimentos contaminados do estuário do rio São Paulo e da baía de Suape, respectivamente. Nestas circunstâncias, a atenuação natural dos hidrocarbonetos liberados por derivados do petróleo no sedimento resultará em uma degradação sem maiores prejuízos à biota
publishDate 2010
dc.date.issued.fl_str_mv 2010-01-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2014-06-12T22:59:58Z
dc.date.available.fl_str_mv 2014-06-12T22:59:58Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Gabrielle Araújo Graf Torreiro Melo, Anny; Pereira De Souza Santos, Lilia. Biorremediação da Toxicidade de sedimento lamoso contaminado por petróleo e derivados sobre o copépodo harpacticóide Tisbe biminiensis. 2010. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8419
identifier_str_mv Gabrielle Araújo Graf Torreiro Melo, Anny; Pereira De Souza Santos, Lilia. Biorremediação da Toxicidade de sedimento lamoso contaminado por petróleo e derivados sobre o copépodo harpacticóide Tisbe biminiensis. 2010. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8419
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8419/4/arquivo372_1.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8419/1/arquivo372_1.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8419/2/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8419/3/arquivo372_1.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 1d69b0d49c7233110a1a8d6fbedeecdf
b93a14ffc416b9f2e4e209057cf11851
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
80acbad69711ebb7b9113775735a440b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310857017786368