Correlação entre padrão de mioinvasão melf e metástase linfonodal no carcinoma endometrial endometrioide

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PEREIRA, Camilla Correia
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29954
Resumo: Apesar do estadiamento do câncer do endométrio incluir a avaliação de linfonodos, a taxa de acometimento linfonodal é baixa mesmo em pacientes de alto risco. Além disso, a linfadenectomia pode se associar a complicações. Assim, a indicação desse procedimento em todos os casos de carcinoma endometrial endometrioide é questionada. Algumas características histológicas têm sido associadas a maior risco de metástase linfonodal, como o padrão de mioinvasão MELF (microcistic, elongated, fragmented). Foi realizado estudo observacional, caso-controle, retrospectivo, com laudos histopatológicos consecutivos de peças cirúrgicas de carcinomas endometriais endometrioides obtidos por procedimento cirúrgico, referentes aos anos de 2010 a 2014, do Serviço de Patologia do Hospital do Câncer de Pernambuco. Buscou-se verificar se o padrão de mioinvasão MELF aumenta o risco de metástase linfonodal ou se associa com desfecho desfavorável (óbito e recidiva) e, além disso, se é um diagnóstico reprodutível. Em 98 casos de carcinoma endometrial endometrioide, foram avaliados dados de prontuário e de laudo histopatológico, além de realizada leitura de lâminas histológicas por dois patologistas separadamente para pesquisa do padrão. Os critérios diagnósticos para MELF foram: estruturas que se destacam de glândulas neoplásicas típicas mais presença de ao menos uma das seguintes características: 1- microcistos revestidos por células com citoplasma eosinofílico ou escamoide; 2- estruturas alongadas, com lúmen semelhante a fenda, revestidos por células com citoplasma eosinofílico ou planas; 3- células individuais ou pequeno grupo de células. MELF foi diagnosticado em 21,4% dos casos e é fator de risco (OR=6,2; p=0,054) para metástase linfonodal no carcinoma endometrial endometrioide, principalmente nos casos sem invasão vascular, situação em que o risco aumenta para 21 vezes (p=0,02). Há tendência de aumento no risco de desfechos desfavoráveis no carcinoma endometrioide associado a MELF, porém, sem significância estatística (p=0,075). Foi observada concordância moderada (kappa=0,489) e significativa (p=0,000) entre os patologistas avaliadores, indicando que os critérios utilizados são reprodutíveis.
id UFPE_caa1c81ee064f75def35b16b8ba7d2f5
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/29954
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling PEREIRA, Camilla Correiahttp://lattes.cnpq.br/2516815400044604http://lattes.cnpq.br/5125848579611042MELLO, Roberto Jose Vieira de2019-04-01T21:39:45Z2019-04-01T21:39:45Z2017-12-18https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29954Apesar do estadiamento do câncer do endométrio incluir a avaliação de linfonodos, a taxa de acometimento linfonodal é baixa mesmo em pacientes de alto risco. Além disso, a linfadenectomia pode se associar a complicações. Assim, a indicação desse procedimento em todos os casos de carcinoma endometrial endometrioide é questionada. Algumas características histológicas têm sido associadas a maior risco de metástase linfonodal, como o padrão de mioinvasão MELF (microcistic, elongated, fragmented). Foi realizado estudo observacional, caso-controle, retrospectivo, com laudos histopatológicos consecutivos de peças cirúrgicas de carcinomas endometriais endometrioides obtidos por procedimento cirúrgico, referentes aos anos de 2010 a 2014, do Serviço de Patologia do Hospital do Câncer de Pernambuco. Buscou-se verificar se o padrão de mioinvasão MELF aumenta o risco de metástase linfonodal ou se associa com desfecho desfavorável (óbito e recidiva) e, além disso, se é um diagnóstico reprodutível. Em 98 casos de carcinoma endometrial endometrioide, foram avaliados dados de prontuário e de laudo histopatológico, além de realizada leitura de lâminas histológicas por dois patologistas separadamente para pesquisa do padrão. Os critérios diagnósticos para MELF foram: estruturas que se destacam de glândulas neoplásicas típicas mais presença de ao menos uma das seguintes características: 1- microcistos revestidos por células com citoplasma eosinofílico ou escamoide; 2- estruturas alongadas, com lúmen semelhante a fenda, revestidos por células com citoplasma eosinofílico ou planas; 3- células individuais ou pequeno grupo de células. MELF foi diagnosticado em 21,4% dos casos e é fator de risco (OR=6,2; p=0,054) para metástase linfonodal no carcinoma endometrial endometrioide, principalmente nos casos sem invasão vascular, situação em que o risco aumenta para 21 vezes (p=0,02). Há tendência de aumento no risco de desfechos desfavoráveis no carcinoma endometrioide associado a MELF, porém, sem significância estatística (p=0,075). Foi observada concordância moderada (kappa=0,489) e significativa (p=0,000) entre os patologistas avaliadores, indicando que os critérios utilizados são reprodutíveis.Although staging of endometrial cancer includes assessment of lymph nodes, the rate of lymph node involvement is low even in high-risk patients. In addition, lymphadenectomy may be associated with complications. Thus, the indication of this procedure in all cases of endometrioide endometrial carcinoma is questioned. Some histological features have been associated with a higher risk of lymph node metastasis, such as MELF (microcistic, elongated, fragmented) myoinvasion pattern. Was performed a observational, case-control, retrospective study, with consectives histopathological reports of cirurgical parts of endometrioide endometrial carcinoma obtained por surgical procedure, between years 2010 to 2014, of Patology Service of Hospital do Câncer de Pernambuco. This study examined whether this pattern increases the risk of lymph node metastasis or is associated with na unfavorable outcome (death and relapse) and, in addition, whether it is a reproducible diagnosis. In 98 cases of endometrioide endometrial carcinoma, data from the medical record and histopathological report were evaluated, as well as histological slides reading by two pathologists separately to search the pattern. The diagnostic criteria for MELF were: structures that stand out from typical neoplastic gland plus presence of at least one of the following characteristics: 1- microcysts coated by cells with eosinophilic or squamoid cytoplasm; 2- elongated structures, with slit-like lumen, coated by cells with eosinophilic or flat cytoplasm; 3- individual cells or small group of cells. MELF was diagnosed in 21.4% of the cases and has a risk fator (OR=6,2; p=0,054) for lymph node metastasis in endometrioide endometrial carcinoma, especially in cases without vascular invasion, in which the risk increases 21 times (p=0,02). There is a increased risk of unfavorable outcomes in endometrioide carcinoma associated with MELF, but without statistical significance (p=0,075). Moderate (kappa=0,489) and significant (p=0,000) concordance among the evaluating pathologistis were observed, indicating that the criteria used are reproducible.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em PatologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessNeoplasias do endométrioCarcinoma endometrioideExcisão de linfonodoCorrelação entre padrão de mioinvasão melf e metástase linfonodal no carcinoma endometrial endometrioideinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Camilla Correia Pereira.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Camilla Correia Pereira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1215https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29954/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Camilla%20Correia%20Pereira.pdf.jpg556c00355e27e4843ec18756fac6cf84MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Camilla Correia Pereira.pdfDISSERTAÇÃO Camilla Correia Pereira.pdfapplication/pdf1819264https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29954/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Camilla%20Correia%20Pereira.pdfb93198178f939a6080f773efa8598b34MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29954/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29954/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDISSERTAÇÃO Camilla Correia Pereira.pdf.txtDISSERTAÇÃO Camilla Correia Pereira.pdf.txtExtracted texttext/plain82153https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29954/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Camilla%20Correia%20Pereira.pdf.txt8cb4c9f0536a26a889ba41631908c6a7MD54123456789/299542019-10-25 10:01:08.493oai:repositorio.ufpe.br:123456789/29954TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T13:01:08Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Correlação entre padrão de mioinvasão melf e metástase linfonodal no carcinoma endometrial endometrioide
title Correlação entre padrão de mioinvasão melf e metástase linfonodal no carcinoma endometrial endometrioide
spellingShingle Correlação entre padrão de mioinvasão melf e metástase linfonodal no carcinoma endometrial endometrioide
PEREIRA, Camilla Correia
Neoplasias do endométrio
Carcinoma endometrioide
Excisão de linfonodo
title_short Correlação entre padrão de mioinvasão melf e metástase linfonodal no carcinoma endometrial endometrioide
title_full Correlação entre padrão de mioinvasão melf e metástase linfonodal no carcinoma endometrial endometrioide
title_fullStr Correlação entre padrão de mioinvasão melf e metástase linfonodal no carcinoma endometrial endometrioide
title_full_unstemmed Correlação entre padrão de mioinvasão melf e metástase linfonodal no carcinoma endometrial endometrioide
title_sort Correlação entre padrão de mioinvasão melf e metástase linfonodal no carcinoma endometrial endometrioide
author PEREIRA, Camilla Correia
author_facet PEREIRA, Camilla Correia
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2516815400044604
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5125848579611042
dc.contributor.author.fl_str_mv PEREIRA, Camilla Correia
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv MELLO, Roberto Jose Vieira de
contributor_str_mv MELLO, Roberto Jose Vieira de
dc.subject.por.fl_str_mv Neoplasias do endométrio
Carcinoma endometrioide
Excisão de linfonodo
topic Neoplasias do endométrio
Carcinoma endometrioide
Excisão de linfonodo
description Apesar do estadiamento do câncer do endométrio incluir a avaliação de linfonodos, a taxa de acometimento linfonodal é baixa mesmo em pacientes de alto risco. Além disso, a linfadenectomia pode se associar a complicações. Assim, a indicação desse procedimento em todos os casos de carcinoma endometrial endometrioide é questionada. Algumas características histológicas têm sido associadas a maior risco de metástase linfonodal, como o padrão de mioinvasão MELF (microcistic, elongated, fragmented). Foi realizado estudo observacional, caso-controle, retrospectivo, com laudos histopatológicos consecutivos de peças cirúrgicas de carcinomas endometriais endometrioides obtidos por procedimento cirúrgico, referentes aos anos de 2010 a 2014, do Serviço de Patologia do Hospital do Câncer de Pernambuco. Buscou-se verificar se o padrão de mioinvasão MELF aumenta o risco de metástase linfonodal ou se associa com desfecho desfavorável (óbito e recidiva) e, além disso, se é um diagnóstico reprodutível. Em 98 casos de carcinoma endometrial endometrioide, foram avaliados dados de prontuário e de laudo histopatológico, além de realizada leitura de lâminas histológicas por dois patologistas separadamente para pesquisa do padrão. Os critérios diagnósticos para MELF foram: estruturas que se destacam de glândulas neoplásicas típicas mais presença de ao menos uma das seguintes características: 1- microcistos revestidos por células com citoplasma eosinofílico ou escamoide; 2- estruturas alongadas, com lúmen semelhante a fenda, revestidos por células com citoplasma eosinofílico ou planas; 3- células individuais ou pequeno grupo de células. MELF foi diagnosticado em 21,4% dos casos e é fator de risco (OR=6,2; p=0,054) para metástase linfonodal no carcinoma endometrial endometrioide, principalmente nos casos sem invasão vascular, situação em que o risco aumenta para 21 vezes (p=0,02). Há tendência de aumento no risco de desfechos desfavoráveis no carcinoma endometrioide associado a MELF, porém, sem significância estatística (p=0,075). Foi observada concordância moderada (kappa=0,489) e significativa (p=0,000) entre os patologistas avaliadores, indicando que os critérios utilizados são reprodutíveis.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-12-18
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-04-01T21:39:45Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-04-01T21:39:45Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29954
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29954
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Patologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29954/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Camilla%20Correia%20Pereira.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29954/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Camilla%20Correia%20Pereira.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29954/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29954/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29954/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Camilla%20Correia%20Pereira.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 556c00355e27e4843ec18756fac6cf84
b93198178f939a6080f773efa8598b34
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
8cb4c9f0536a26a889ba41631908c6a7
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310663017594880