Biossurfactante produzido por leveduras para aplicação na formulação de biscoito tipo cookie

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RIBEIRO, Beatriz Galdino
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32464
Resumo: A utilização dos biossurfactantes desperta grande interesse industrial em função da diversidade de estruturas e produção a partir de fontes renováveis, obtendo produtos resistentes às técnicas de processamento utilizadas nas indústrias. As leveduras conseguem sintetizar biossurfactantes e algumas não apresentam riscos de toxicidade e patogenicidade, podendo utilizar seus metabólitos em formulações alimentícias. Desta forma, este trabalho objetivou produzir, caracterizar e aplicar os biossurfactantes produzidos por Candida utilis UFPEDA 1009 e Saccharomyces cerevisiae URM 6670 na formulação de biscoitos tipo cookie. C. utilis foi cultivada em meio mineral contendo 6% de óleo de canola residual de fritura e 6% de glicose, enquanto que S. cerevisiae em seis diferentes meios. Assim, a tensão superficial e interfacial, índice de emulsificação (E₂₄), rendimento, composição físico-química e caracterização estrutural (FT-IR, RMN e GC/FID), bem como microscopia das emulsões e análise térmica foram realizadas nos biossurfactantes. Em última etapa, estes foram incorporados à massa de biscoito substituindo a gordura animal, sendo medidas suas propriedades físicas e analisado o perfil de textura antes e após cocção. O melhor meio de obtenção do biossurfactante utilizando-se S. cerevisiae foi o meio composto por 1% de óleo de fritura de soja e 1% de milhocina, com os melhores resultados de tensão superficial (26,64 mN.m⁻¹) e E₂₄ (37,50 a 94,58%), com tensão interfacial de 9,12 mN.m⁻¹. Para o produto de C. utilis, estes resultados foram de, respectivamente, 35,33 mN.m⁻¹, 35,19 a 37,04% e 2,53 mN.m⁻¹. Avaliando-se as metodologias de extração, a desenvolvida em laboratório apresentou maior viabilidade: 5,84 g.L⁻¹ (S. cerevisiae) e 24,22 g.L⁻¹ (C. utilis). A Concentração Micelar Crítica (CMC) para os biossurfactantes produzidos por S. cerevisiae e C. utilis foram 0,8 g.L⁻¹ e 0,6 g.L⁻¹, respectivamente. Na análise físico-química, o produto de S. cerevisiae apresentou 80,04% de lipídeos e 19,64% de carboidratos em sua composição, já o de C. utilis, 96,43% de lipídeos e 3,21% de carboidratos, sendo confirmada suas estruturas por meio dos espectros de infravermelho e RMN. No perfil de ácidos graxos os maiores percentuais foram de ácido linoleico (50,58%) (S. cerevisiae) e ácido oleico (68,63%) (C. utilis) e as emulsões (½ CMC, CMC e 2xCMC) apresentaram-se estáveis. A análise térmica mostrou que ambos são estáveis à temperatura de aplicação, já que tiveram perda de massa insignificante em temperatura até 200 °C. Além disso, os biossurfactantes não apresentaram potencial citotóxico frente linhagens de fibroblastos (L929) e macrófagos (RAW 264.7) de camundongos. Incorporando os biossurfactantes na massa de biscoito, não houve diferenças significativas nas propriedades físicas e físico-químicas após cocção. Na análise do perfil de textura antes da cocção, a substituição da gema pelos biossurfactantes mostrou-se significativa em todos os parâmetros avaliados, com resultados de firmeza, coesividade e elasticidade do produto de S. cerevisiae mais próximos aos da formulação padrão. Após cocção, a firmeza foi significativa apenas com a substituição do biossurfactante de C. utilis, uma vez que este apresentou teor de lipídeos elevado, resultando em um biscoito mais macio e elástico. Portanto, os biossurfactantes apresentam potencial de aplicação na indústria alimentícia.
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C. utilis foi cultivada em meio mineral contendo 6% de óleo de canola residual de fritura e 6% de glicose, enquanto que S. cerevisiae em seis diferentes meios. Assim, a tensão superficial e interfacial, índice de emulsificação (E₂₄), rendimento, composição físico-química e caracterização estrutural (FT-IR, RMN e GC/FID), bem como microscopia das emulsões e análise térmica foram realizadas nos biossurfactantes. Em última etapa, estes foram incorporados à massa de biscoito substituindo a gordura animal, sendo medidas suas propriedades físicas e analisado o perfil de textura antes e após cocção. O melhor meio de obtenção do biossurfactante utilizando-se S. cerevisiae foi o meio composto por 1% de óleo de fritura de soja e 1% de milhocina, com os melhores resultados de tensão superficial (26,64 mN.m⁻¹) e E₂₄ (37,50 a 94,58%), com tensão interfacial de 9,12 mN.m⁻¹. Para o produto de C. utilis, estes resultados foram de, respectivamente, 35,33 mN.m⁻¹, 35,19 a 37,04% e 2,53 mN.m⁻¹. 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Além disso, os biossurfactantes não apresentaram potencial citotóxico frente linhagens de fibroblastos (L929) e macrófagos (RAW 264.7) de camundongos. Incorporando os biossurfactantes na massa de biscoito, não houve diferenças significativas nas propriedades físicas e físico-químicas após cocção. Na análise do perfil de textura antes da cocção, a substituição da gema pelos biossurfactantes mostrou-se significativa em todos os parâmetros avaliados, com resultados de firmeza, coesividade e elasticidade do produto de S. cerevisiae mais próximos aos da formulação padrão. Após cocção, a firmeza foi significativa apenas com a substituição do biossurfactante de C. utilis, uma vez que este apresentou teor de lipídeos elevado, resultando em um biscoito mais macio e elástico. Portanto, os biossurfactantes apresentam potencial de aplicação na indústria alimentícia.The use of biosurfactants arouses great industrial interest due to the diversity of structures and production from renewable sources, obtaining products resistant to the processing techniques used in the industries. Yeasts can synthesize biosurfactants and some do not present risks of toxicity and pathogenicity, being able to use their metabolites in food formulations. In this way, this work aimed to produce, characterize and apply the biosurfactants produced by Candida utilis UFPEDA 1009 and Saccharomyces cerevisiae URM 6670 in the formulation of cookie type cookies. C. utilis was grown in mineral medium containing 6% canola frying oil and 6% glucose, whereas S. cerevisiae in six different media. Thus, surface and interfacial tension, emulsification index (E₂₄), yield, physical-chemical composition and structural characterization (FT-IR, NMR and GC / FID), as well as emulsion microscopy and thermal analysis were performed in the biosurfactants. In the last step, these were incorporated into the cookie dough replacing the animal fat, its physical properties being measured and the texture profile analyzed before and after cooking. The best way of obtaining the biosurfactant using S. cerevisiae was the medium composed of 1% soybean frying oil and 1% corn oil, with the best surface tension results (26.64 mN.m⁻¹) and E₂₄ (37.50 to 94.58%), with interfacial tension of 9.12 mN.m⁻¹. For the C. utilis product, these results were, respectively, 35. mN.m⁻¹, 35.19 at 37.04% and 2.53 mN.m⁻¹. It was evaluated the extraction methodologies, the one developed in the laboratory presented greater viability: 5.84 g.L⁻¹ (S. cerevisiae) and 24.22 g.L⁻¹ (C. utilis). The critical Micellar Concentration (CMC) for the biosurfactants produced by S. cerevisiae and C. utilis were 0.8 g.L⁻¹ and 0.6 g.L⁻¹, respectively. In the physicochemical analysis, the product of S. cerevisiae presented 80.04% of lipids and 19.64% of carbohydrates in its composition, whereas that of C. utilis, 96.43 ± 0.67% of lipids and 3.21% of carbohydrates, being confirmed their structures through infrared and NMR spectra. In the fatty acid profile the highest percentages were of linoleic acid (50.58%) (S. cerevisiae) and oleic acid (68.63%) (C. utilis) and emulsions (½ CMC, CMC and 2xCMC) were stable. The thermal analysis showed that both are stable at the application temperature, since they had negligible mass loss in temperature up to 200 °C. In addition, biosurfactants are not potentially cytotoxic in lineage cultures of fibroblasts (L929) and macrophages (RAW 264.7) of the mice. By incorporating the biosurfactants into the cookie dough, there were no significant differences in physical and physical-chemical properties after cooking. In the analysis of the texture profile before cooking, the replacement of the yolk by the biosurfactants showed to be significant in all evaluated parameters, with results of firmness, cohesiveness and elasticity of the product of S. cerevisiae closer to the standard formulation. After firing, the firmness was significant only with the replacement of the biosurfactant of C. utilis, since this had high lipid content, resulting in a softer and more elastic biscuit. Therefore, biosurfactants present potential of application in the food industry.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biotecnologia IndustrialUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessBiotecnologia – IndústriaAgentes ativos de superfíciesFungosLevedurasBiossurfactante produzido por leveduras para aplicação na formulação de biscoito tipo cookieinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Beatriz Galdino Ribeiro.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Beatriz Galdino Ribeiro.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1193https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32464/6/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Beatriz%20Galdino%20Ribeiro.pdf.jpg32d4b601106831a0ee88e94a74872bdcMD56ORIGINALDISSERTAÇÃO Beatriz Galdino Ribeiro.pdfDISSERTAÇÃO Beatriz Galdino Ribeiro.pdfapplication/pdf2014468https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32464/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Beatriz%20Galdino%20Ribeiro.pdf02430113a463b84075e9898c72efe149MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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